domingo, 22 de abril de 2018

Violência DE GÊNERO - Conheça Seus Direitos


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O que é violência contra mulheres?

A violência contra mulheres atinge indistintamente mulheres de todas as classes sociais, raças e etnias, religiões e culturas. Produz conseqüências emocionais devastadoras e impactos graves sobre a saúde mental, sexual e reprodutiva da mulher.

A violência não é somente praticada por meio de AGRESSÃO FÍSICA, mas também como violência SEXUAL, MORAL, PATRIMONIAL E PSICOLÓGICA. Todos os tipos de violência que podem ser praticados contra mulher geram conseqüências para sua saúde e qualidade de vida.

HÁ PROFISSIONAIS
QUE PODEM AJUDÁ-LA A ROMPER O CICLO DE VIOLÊNCIA!
NÃO FIQUE SOZINHA!
  
Tipos de violência

Violência psicológica
Qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima; ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento; ou que vise DEGRADAR OU CONTROLAR SUAS AÇÕES,
COMPORTAMENTOS, CRENÇAS E DECISÕES,
MEDIANTE AMEAÇA, CONSTRANGIMENTO,
HUMILHAÇÃO, MANIPULAÇÃO,
ISOLAMENTO, VIGILÂNCIA CONSTANTE,
PERSEGUIÇÃO, INSULTO, CHANTAGEM, RIDICULARIZAÇÃO, EXPLORAÇÃO E
LIMITAÇÃO DO DIREITO DE IR E VIR ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.

Violência física
Qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal, como EMPURRÕES, TAPAS, SOCOS, CHUTES, PUXÕES DE CABELO, MORDIDAS, QUEIMADURAS, AMARRAS,
AGRESSÕES com armas ou objetos.

Violência moral
Ofender a reputação ou bem-estar psicológico da mulher com XINGAMENTOS,
INSULTOS; dizer QUALQUER COISA QUE A OFENDA, como CHAMÁ-LA DE PUTA, VADIA,
LOUCA, ACUSAR DE TRAIÇÃO ou qualquer outro xingamento que a ofenda.

Violência sexual
Forçar a prática de atos que causam desconforto ou repulsa como, por exemplo, SEXO FORÇADO; IMPEDIR O USO DE MÉTODO CONTRACEPTIVO; FORÇAR UMA GRAVIDEZ; FORÇAR UM ABORTO; TOQUES E CARÍCIAS NÃO DESEJADAS. A violência sexual pode ocasionar gravidez não desejada e abortamento, além de aumentar o risco de infecções sexualmente transmissíveis e pelo HIV.

Violência patrimonial
RETENÇÃO, SUBTRAÇÃO, DESTRUIÇÃO parcial ou total de OBJETOS, INSTRUMENTOS DE
TRABALHO, DOCUMENTOS PESSOAIS, BENS, VALORES E DIREITOS OU RECURSOS
ECONÔMICOS, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.
Violência em função da raça
Mulheres NEGRAS E INDÍGENAS, por exemplo, estão sujeitas a outras violências diretamente relacionadas ao seu pertencimento racial. TODAS AS VIOLÊNCIAS LISTADAS ANTERIORMENTE, PRATICADAS EM FUNÇÃO DA RAÇA, E ATOS DE DESVALORIZAÇÃO OU IMPEDIMENTO DE AÇÕES caracterizam-se como violência racial.

O que significa
Punir criminalmente?

Um processo penal investiga a prática de um crime e, se comprovado que a pessoa cometeu o crime, nos CASOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL, O AGRESSOR PODE SER PRESO, sendo que essa prisão é de acordo com a pena prevista no crime. Nas penas de PRISÃO, há os REGIMES FECHADO,
SEMIABERTO E ABERTO. Ele somente fica totalmente preso no REGIME FECHADO, QUANDO A PENA É MUITO ALTA ou QUANDO ELE JÁ FOI PROCESSADO POR OUTRO CRIME. Em todos esses procedimentos a vítima pode ir sozinha ou acompanhada de um advogado.

É IMPORTANTE SE ATENTAR AO SIGILO DESSES
PROCEDIMENTOS, além da vítima e do agressor ninguém tem o direito de divulgar essas informações, elas são sigilosas e, CASO ALGUÉM DIVULGUE SEM A AUTORIZAÇÃO, HÁ
A POSSIBILIDADE DE QUEM DIVULGOU SOFRER
PROCESSO CRIMINAL OU CÍVEL.

Fui agredida, o que devo fazer?

A lei protege todas as mulheres, ricas ou pobres, negras, indígenas ou brancas, de qualquer etnia mulheres que se relacionam efetivamente com homens ou com outras mulheres, mulheres em situação de prostituição, jovens, adultas e idosas, solteiras, casadas, separadas, não casadas que vivem com parceiro ou parceira, e mulheres que vivem com o vírus da AIDS ou outras doenças.

SE VOCÊ SOFREU
ALGUM TIPO DE VIOLÊNCIA VEJA A SEGUIR COMO PROCEDER.

Violência sexual
SE VOCÊ FOI VÍTIMA DE VIOLÊNCIA
SEXUAL NAS ÚLTIMAS 72 HORAS tem o direito ao atendimento médico especializado para protegê-la de infecções sexualmente transmissíveis e evitar uma gravidez não desejada.

IMPORTANTE:
Em caso de gravidez resultante de violência sexual a mulher tem direito ao aborto previsto em lei e a decisão pelo aborto deve ser consciente, voluntária e tomada o mais breve possível.

Procedimentos Para casos de Violência Física e/ou Sexual

SE FOR MERGÊNCIA
(SITUAÇÃO GRAVE) procure uma Unidade de Emergência (Pronto Socorro ou Unidade de Pronto Atendimento - UPA);

HÁ OUTROS CRIMES DE CUNHO SEXUAL:

a) fazer um procedimento no corpo de uma pessoa, com intenções sexuais, de modo a enganá-la;
b) praticar o assédio sexual, quando uma pessoa se aproveita da sua posição de poder e faz uma investida amorosa ou sexual;
c) mostrar as partes íntimas para alguém, com intenção sexual.

PARA REGISTRO DE BOLETIM DE OCORRÊNCIA – BO

Você pode procurar uma Delegacia de Direitos da Mulher – DDM, em horário comercial. No período noturno, finais de semana e feriados, procurar a Delegacia da Polícia Civil de plantão. APÓS O REGISTRO DO BO É NECESSÁRIO FAZER A REPRESENTAÇÃO
CRIMINAL NA PRÓPRIA DELEGACIA.

EXAME DE CORPO DE DELITO

Para realizar exame de corpo de delito (comprovação dos ferimentos) junto ao Instituto Médico Legal – IML, você precisará de uma requisição que é expedida pela Delegacia de Polícia. Se for um atendimento emergencial é importante que a pessoa que sofreu violência permaneça do jeito que está. AS ROUPAS SÃO IMPORTANTES PROVAS para ajudar a IDENTIFICAR O AGRESSOR, pois podem trazer vestígios como CABELOS, SANGUE E ESPERMA.

terça-feira, 17 de abril de 2018

SEM RUMO - Classe média se arrependeu do impeachment, diz Marilena Chaui

na Rede Brasil Atual

Filósofa é a convidada de Juca Kfouri no programa "Entre Vistas", da TVT, nesta terça (17). "Há uma espécie de insegurança com o funcionamento da República porque ela está desfeita”, avalia

São Paulo — A classe média brasileira se arrependeu do impeachment, mas finge que não. É com essa avaliação que a filósofa Marilena Chaui abre o programa Entre Vistas, da TVT, apresentado pelo jornalista Juca Kfouri nesta terça-feira (17). O programa é exibido semanalmente às 21h, em São Paulo, pelo canal digital 44.1 – também pelo Youtube e Facebook. 
“É impossível que ela (a classe média) não veja todos os dias os resultados do governo Temer. Há essa percepção, mas ela é razoavelmente enrustida. Se você der visibilidade para o equívoco, a classe média recua. Acho que ela se deu conta de que foi um passo equivocado”, analisou Marilena Chaui. 
Durante quase uma hora de entrevista, a filósofa reconheceu estar preocupada com as eleições de outubro. Disse que em outros anos eleitorais, no mês de abril já se sabia com mais clareza quem eram os candidatos e quais eram as bases dos programas, situação oposta à de 2018, em que o cenário está “bagunçado" e a população ainda não pensa nas eleições. “Minha impressão é que houve uma devastação tão grande dos políticos e dos partidos, da credibilidade do Legislativo, que faz com que as eleições pareçam distantes ou nem possam acontecer.” 
Assista a partir das 21h desta terça (17)

A filósofa e professora da Universidade de São Paulo (USP) define o momento do país como o de “desconstituição da República”, no qual os três poderes disputam a hegemonia e se desqualificam mutuamente. Por um lado, o Executivo e o Legislativo perderam a confiança da sociedade e, por outro, o Judiciário, antes um poder obscuro, agora decide e muda de opinião conforme as circunstâncias e interesses dos seus membros. 
"Você sente que há uma espécie de insegurança com o funcionamento da República, porque ela está desfeita”, afirma. Ao longo do programa, a filósofa voltou a fazer considerações sobre as manifestações de junho de 2013 e recordou ter ficado apavorada com cenas que já prenunciavam o ovo da serpente do fascismo ressurgindo no Brasil. A professora também abordou a influência da mídia tradicional nos destinos do país, analisou a “revolução econômica, social e antropológica” causada pelo programa Bolsa Família na região Nordeste, e a concepção neoliberal que vai se firmando na sociedade.
“O neoliberalismo criou a crença no individualismo, onde cada um é responsável pelo próprio sucesso ou fracasso, numa competição extrema. É mais difícil hoje desmontar essa barbaridade do individualismo criado pelo neoliberalismo”, ponderou Marilena Chaui. 
Além do jornalista Juca Kfouri, o Entre Vistas teve a participação da jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, e de Júlio César Silva Santos, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.