sábado, 16 de abril de 2016

Golpe está sendo vencido. Todos às ruas para liquidar.

no Blog Amigos do Presidente Lula

Antes de mais nada, parabéns para todos nós, que estamos indo às ruas e ajudamos a mobilizar nas redes para todos irem. Com essa nossa luta e mobilização popular estamos vencendo. Mas temos que continuar até domingo para enterrar o golpe.



Golpistas não estão conseguindo os 342 deputados necessários. O PIG blefou o tempo todo essa semana e agora já está falando que o golpe "recuou" e faltam votos. Mentiram, pois nunca esteve nada definido. Os placares dos jornalões contaram com o ovo no "cunha" da galinha, sem ter.

Tem deputado virando para a democracia. Tem outros que estavam distanciados se reconciliando com o governo.

Tem deputado apavorado de enfrentar eleições para prefeito neste ano ou a reeleição em 2018, diante de nossas manifestações, se votarem no golpe.

Tem oposicionista que bateu o pavor de ficarem carimbados para sempre como golpistas e "cunhistas" (da bancada do Cunha), e articulam de não votar no golpe fazendo um protesto do tipo "Nem Cunha, nem Dilma".

Tem deputado do Nordeste morrendo de medo de nunca mais se eleger se der o golpe para derrubar uma presidenta que tem carinho com o Norte e o Nordeste para colocar Temer-Cunha-Skaf que só olham para São Paulo-Rio e Sul, virando as costas para o Nordeste e o Norte.

Tem empresário e investidor golpista arrependido, vendo que a instabilidade política e econômica será muito maior com Temer. Com Dilma a economia se recupera em 2017, preveem. Com Temer e Cunha, ainda que eles consigam chegar ao fim do mandato, não se sabe até quando a crise se alonga, talvez a economia só recuperará lá para 2019 e olhe lá.

Até o vexame internacional está deixando alguns golpistas, metidos a intelectuais, envergonhados de dar voto no golpe. Mas esses não dá para contar, porque vergonha na cara é uma coisa que eles já perderam há muito tempo.

Enfim o vento na Câmara está soprando de novo para a democracia, a legalidade e o respeito ao voto popular.

Mas nenhum passo atrás, porque ninguém vence na véspera. Mobilização total nas ruas neste sábado e domingo. Agenda de manifestações hoje (atualizações na Frente Brasil Popular):

Sábado, 16 de Abril


Cidade: Arcoverde - PE
8h - Ato e Panfletagem no CECORA (Concentração no Sindicato dos Bancários)

Cidade: Campo Grande - MS
19h – Virada pela Democracia - Local: Praça Ary Coelho

Cidade: Cuiabá - MT
13h – Plenária Estadual - Não vai ter golpe - Sintep MT

Cidade: Caucaia - CE
08h - Caminhada contra o golpe. Praça da Igreja Matriz de Caucaia

Cidade: Cruz - CE
9h - Caravana pela Democracia, no Sindicato de Rurais (Rua Bernardino, 228 - Centro)

Cidade: Fortaleza - CE
20h - Vigília na Avenida da Universidade. A via será fechada do sinal do IDT até a Praça da Bandeira.

Cidade: Goiania - GO
17h30 - Cultura em Defesa da Democracia - Praça Universitaria

Cidade: Limoeiro do Norte - CE
19h - Vigília Cultural na FAFIDAM/UECE, com artistas locais e poesia

Cidade: Mossoró - RN
19h - Ato Cultural Não Vai Ter Golpe - Praça do Teatro

Cidade: Pelotas - RS
10h – Panfletagem contra o Golpe, no Chafariz do Calçadão, em Pelotas

Cidade: Pelotas - RS
12h – Carreteiro da Democracia, no Parque Antônio Zattera, em Pelotas

Cidade: Pelotas - RS
18h – Virada Política, Artística e Cultural, em Pelotas

Cidade: Porto Alegre- RS
Vigília da Legalidade e da Democracia (De 11 a 17 de Abril na Praça da Matriz)
16h - Julgamento Popular da Mídia Golpista
Cidade: Porto Alegre - RS
14h - Sarau Auto de Resistência e Cortejo Cultural, na Vila Santa Rosa em Porto Alegre. Organização: Na Rua Pela Democracia e Cultura Pela Democracia

Cidade: Porto Alegre - RS
16h – Abraço ao Cais Mauá, Porto Alegre

Cidade: Porto Alegre - RS
16h – Ato, Caminhada e Batucada pela Democracia na Esplanada da Restinga, Porto Alegre

Cidade: Recife - PE
Dia todo de agitação no Derby, no acampamento.

Cidade: Rio de Janeiro - RJ
16h -  Carnaval de rua pela democracia e pela defesa do Estado de Direito - Cinelandia

Cidade: Torres - RS
14h – Início da vigília pela Democracia e contra o Golpe, na Praça XV, em Torres, com coxinhaço no sábado à noite


Domingo, 17 de abril

Cidade: Aracajú - SE
16h - Festival Arte abraça Democracia (Arcos da Orla de Atalaia)

Cidade: Arcoverde - PE
8h - Ato e Panfletagem no São Cristóvão (Concentração em frente Igreja Universal)

Cidade: Belém - PA
13h - Brasil pela Democracia - Praça da leitura, bairro São Bras

Cidade: Belo Horizonte - MG
10h Praça da Estação

Cidade: Campo Grande - MS
9h - Brasil pela Democracia - Local: Praça Ary Coelho

Cidade: Crato - CE
14h - Atos em defesa da Democracia - Praça Siqueira Campos

Cidade: Curitiba - PR
13h - Brasil pela Democracia - Praça Rui Barbosa

Cidade: Fortaleza - CE
9h - Transmissão, por meio de telões, da sessão de votação do impeachment

Cidade: Florianópolis - SC
13h – Brasil pela Democracia - Largo da Catedral

Cidade: Goiania - GO
13h- Tenda da Democracia (transmissão da votação na camara)  - Praça Universitaria

Cidade: João Pessoa - PB
14h - Praça da Paz, Bairro dos Bancários.
Cidade: Juiz de Fora - MG
10h - Acompanhamento da Votação (Praça da Estação)

Cidade: Maceió - AL
13h - Atividades Culturais até o fim da votação - Virgilia Praça Multieventos (concentração a partir das 20:00hs)

Cidade: Mossoró - RN
8h- Ocupa Praça - Praça do Teatro

Cidade: Natal - RN
8h às 22h - Cultura na Praça pela Democracia (Árvore Natal de Mirassol)

Cidade: Pelotas- RS
9h – Mateada contra o Golpe, no Altar da Pátria, em Pelotas

Cidade: Pelotas- RS
12h – Coxinhaço contra o Golpe, no Parque Antônio Zattera, em Pelotas

Cidade: Pelotas- RS
14h – Vigília pela Democracia em Pelotas

Cidade: Porto Alegre- RS
Vigília da Legalidade e da Democracia (De 11 a 17 de Abril na Praça da Matriz)
10h - Cortejo da Cultura até a Praça da Matriz (Concentração no Araújo Viana)
12h - Vígília e acompanhamento da votaçaõ na Praça da Matriz

Cidade: Porto Alegre- RS
12h – Coxinhaço contra o Golpe, no Morro da Conceição. Na rua Barão do Amazonas esquina com a rua João do Rio. Com Samba de Roda, MCS de Funk, Bloco Carnavalesco e Muamba

Cidade: Porto Velho - RO
8h até às 22h - Rondônia pela Democracia (Praça das 3 Caixas d’Água)

Cidade: Recife - PE
9h - Ato político cultural e acompanhamento da votação - Marco Zero

Cidade: Rio de Janeiro - RJ
10h - Funk contra o Golpe - Copacabana

Cidade: Rio de Janeiro - RJ
15h - Vigilia pela Democracia e Projeção da Votação - Arcos da Lapa

Cidade: Salvador - BA
9h - Brasil pela Democracia - Farol da Barra

Cidade: São Luís - MA
09h - Brasil pela Democracia - Praça Nauro Machado

Cidade: Santa Maria- RS
14h - Sarau  Auto de Resistência (Largo da Locomotiva)

Cidade: São Paulo - SP
10h – Ato e Vigilia - Não vai ter golpe! - No Vale do Anhangabaú

Cidade: Torres- RS
9h - Vigília pela Democracia e contra o Golpe, na Praça XV, em Torres, com telão para acompanhar a votação.

Cidade: Tramandaí - RS
14h – Ato e vigília pela Democracia em Tramandaí

Cidade: Vitória - ES
13h - Praça Costa Pereira

Gaviões no Vale do Anhangabaú: não vai ter golpe

no Blog do Rovai

Os golpes paulistas são tão elitistas que eles não chegam de um lado nem ao Butantã e do outro não passam da Móoca.
Os golpistas paulistas só conhecem a Oscar Freire, a Gabriel Monteiro de Barros, algumas ruas do Leblon e Miami. Aí sim, em Miami eles conhecem todos os shoppings.
gavioes golpe
É por isso que os Gaviões da Fiel, a maior torcida do estado de São Paulo, não caiu no engodo Temer. No engodo do golpe que é paulista, mas que não conhece a verdadeira São Paulo. Ou melhor, o Corinthians, o Palmeiras e o glorioso alvinegro da Vila Belmiro.
Até porque o Temer não tem time, como revelou nosso especialista em Temer, Gregório Duvivier.
Neste momento, eles ocupam o Vale do Anhangabaú. E os Ninja fizeram essa foto linda de lá, que me foi enviada pelo craque Pablo Capilé. Que pode não saber jogar futebol, mas sabe enxergar um golpe de muito longe.
E o golpe que já subiu no telhado, caminha para cair dele.

New York Times denuncia corruptos por trás do golpe contra Dilma

na Revista Fórum

Jornal norte-americano mostra aquilo que a imprensa tradicional brasileira esconde: presidenta não cometeu crimes, mas é atacada por políticos acusados de corrupção, violação de direitos humanos e fraudes eleitorais


nyt


O jornal The New York Times publicou ontem (14) uma reportagem com chamada de capa em que faz um alerta para quem está por trás do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A publicação destaca o fato de que não há denúncias de crimes contra Dilma, mas que ela é atacada por parlamentares denunciados por corrupção, violação de direitos humanos e fraudes eleitorais.
A matéria de Simon Romero e Vinod Sreeharsha cita, entre os exemplos com má reputação que integram o movimento pelo golpe, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), os deputados federais Paulo Maluf (PP-SP) e Beto Mansur (PRB-SP), além do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Para ler o texto na íntegra, em inglês, clique aqui.

Suspeito da máfia da merenda ostenta maços de dinheiro em foto

na Revista Fórum

Carlos Luciano Lopes é ex-vendedor da Coaf, entidade acusada de manter contratos irregulares com o governo Geraldo Alckmin (PSDB) para fornecimento de merenda em escolas paulistas


coaf


Uma foto descoberta na operação Alba Branca, que investiga fraudes na merenda escolar de São Paulo, mostra um homem exibindo maços de dinheiro nas mãos. É Carlos Luciano Lopes, ex-vendedor da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), entidade acusada de manter contratos irregulares com o governo Geraldo Alckmin (PSDB).
Em depoimento à polícia em janeiro, Lopes apontou Fernando Capez, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), como um dos beneficiários das propinas pagas no esquema para beneficiamento da cooperativa, que fornecia alimentação para escolas paulistas.
O deputado foi citado também pelo lobista Marcel Ferreira Julio, que disse ter se encontrado duas vezes com Capez em 2014. Em uma das ocasiões, o político teria ligado para agilizar um contrato da Coaf e, em seguida, exigiu recursos para sua campanha. A foto de Lopes foi anexada ao inquérito policial e a operação irá apurar se o dinheiro exibido tem relação com o esquema.

Foto de capa: Divulgação

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Não Vai Ter Golpe (se passar não será indolor)

por José Gilbert Arruda Martins

As elites ricas desse país resolveram quebrar o jogo democrático, como não tem votos, não respeitam as urnas e estão tentando ganhar com gol de mão. Só que não contavam com a reação contrária, o povo esta reagindo fortemente.



Mesmo por que as velhas raposas - corruptas, antiéticas, desonestas -, é que desejam tomar conta do galinheiro. Isso o povo já percebeu.

O povo e toda a classe trabalhadora enxergou claramente quem perderá se esse golpe passar, por isso a reação de força da nossa população.

Percebeu que essa história de combate à corrupção é apenas uma cortina de fumaça para esconder corruptos e esconder os grandes objetivos escusos e sórdidos que é destruição da CLT, a entrega do pré sal, a entrega do patrimônio nacional e a destruição dos Programas Sociais: Bolsa Família; Minha Casa, Minha Vida; Fies, Prouni, Ciência Sem Fronteiras etc.

Esta manhã o País já acordou com fechamentos de estradas importantes e manifestações de protestos. Não será indolor, se querem om governo terão que nos ganhar nas urnas e não com golpe.

Estamos presenciando um grupo de corruptos - Cunha, Aécio, Alkmin, FHC, Agripino Maia, Fraga, Serra - lotados de denúncias tentando tirar do governo uma presidenta eleita pelo povo e sem nenhuma denúncia, sem ter cometido nenhum crime.

Acorda meu povo, Não vai ter golpe de novo.


Lula sobre a votação de domingo: "Vamos derrotar o impeachment e encerrar de vez essa crise"

no Blog Amigos do Presidente Lula


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou nesta sexta-feira (15), em Brasília, uma mensagem ao país e aos deputados sobre a votação da admissibilidade da denúncia do impeachment pela Câmara, que acontece neste domingo. Lula passou a semana conversando com lideranças políticas sobre a necessidade de garantir a democracia e não deixar um golpe acontecer. 

Lula alerta aos deputados que o esforço para o país ser reconhecido como uma nação com instituições sólidas pode ser jogado fora por um passo impensado no próximo domingo. E pede que os parlamentares não "embarquem em aventuras, acreditando no canto da sereia dos que sentam na cadeira antes da hora". E segue: "derrubar um governo eleito democraticamente sem que haja um crime de responsabilidade não vai consertar nada. Só vai agravar a crise".

Em sua mensagem, Lula reafirma a confiança na vitória da democracia no domingo: "Vamos derrotar o impeachment e encerrar de vez essa crise". E anuncia que a partir de segunda-feira, independente de cargos, estará empenhado, junto com a presidenta Dilma, para que o Brasil tenha um novo modo de governar. "Nessa próxima etapa, vou usar minha experiência de ex-presidente para ajudar na reconstrução do diálogo e unir o país".

Assista a fala de Lula em: https://youtu.be/4mCx1Eq19jw  e leia a transcrição abaixo:

Meus amigos e minhas amigas,

Quero falar com vocês, e especialmente com os nossos deputados, sobre o momento histórico que o país está vivendo.

Em 1988, aprovamos uma constituição democrática, que restabeleceu a liberdade e o estado de direito, depois de 21 anos de ditadura.

E a partir de 2003, como todos sabem, o Brasil mudou muito e mudou para melhor.

Juntos, superamos grandes desafios econômicos, políticos e sociais.

Juntos, vencemos a fome e começamos a reduzir a desigualdade.

Derrubamos o muro que dividia o Brasil entre os que tudo podiam e os que sempre ficaram à margem da história.

Vocês sabem que foi preciso muito esforço, muito sacrifício, para o Brasil conquistar respeito e credibilidade diante do mundo.

Para ser reconhecido como um país sério, com instituições sólidas e confiáveis.

Todo esse esforço pode ser jogado fora por um passo errado, um passo impensado, no próximo domingo.

Os deputados têm de pensar com muita serenidade sobre isso.

Uma coisa é divergir do governo, criticar os erros e cobrar mais diálogo e participação.

Este é o papel do legislativo, que deve ser e será respeitado.

Outra coisa é embarcar em aventuras, acreditando no canto de sereia dos que se sentam na cadeira antes da hora.

Quem trai um compromisso selado nas urnas não vai sustentar acordos feitos nas sombras.

Eu estou convencido de que o golpe do impeachment não passará.

Derrubar um governo eleito democraticamente sem que haja um crime de responsabilidade não vai consertar nada.

Só vai agravar a crise.

Ninguém conseguirá governar um país de 200 milhões de habitantes, uma das maiores economias do mundo, se não tiver a legitimidade do voto popular.

Ninguém será respeitado como governante se não respeitar, primeiro, a constituição e as regras do jogo democrático.

Ninguém será respeitado se não prosseguir no combate implacável à corrupção.

É isso que a sociedade exige.

Meus amigos, minhas amigas.

Não se pode brincar com a democracia.

A comunidade internacional já percebeu que o processo de impeachment não passa de um golpe.

São extraordinárias as manifestações em defesa da legalidade em todos os cantos do país.

Elas alertam que, fora da democracia, o que vai existir é o caos e a incerteza permanente.

O Brasil precisa de paz e de estabilidade para retomar o caminho do desenvolvimento.

Derrotado o impeachment, já na segunda-feira, independente de cargos, estarei empenhado, junto com a presidenta Dilma, para que o Brasil tenha um novo modo de governar.

Nessa próxima etapa, vou usar minha experiência de ex-presidente para ajudar na reconstrução do diálogo e unir o país.

O Brasil tem plenas condições de voltar a crescer, gerando empregos e distribuindo renda.

Vocês se lembram:

Foi graças ao diálogo que fiz um governo em que todos os setores ganharam.

É verdade que o Brasil e o mundo enfrentam hoje uma situação difícil na economia.

É verdade que o governo tem falhas, que precisam ser corrigidas.

Mas nós já fomos capazes de superar grandes desafios e saberemos fazer isso mais uma vez.

Todos nós sabemos qual é o caminho.

É com responsabilidade, com maturidade, respeitando todas as forças políticas, os agentes econômicos e os movimentos sociais.

Vamos reafirmar a credibilidade do país lá fora e resgatar, aqui dentro, a confiança que sempre tivemos no futuro do Brasil.

Por isso, peço a todos que confiem na minha palavra e mantenham a defesa da democracia.

Vamos derrotar o impeachment e encerrar de vez essa crise.

E juntos, novamente, vamos fazer do Brasil um país cada vez maior e mais justo, com oportunidades para todos.

Muito obrigado."

Da assessoria  do presidente Lula

Cunha recebeu propina de R$ 52 milhões em 36 parcelas, afirma delator

no Blog Amigos do Presidente Lula

 Em delação premiada à Procuradoria-Geral da República, na Operação Lava Jato, o empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, entregou aos investigadores uma tabela que aponta 22 depósitos somando US$ 4.680.297,05 em propinas supostamente pagas ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entre 10 de agosto de 2011 e 19 de setembro de 2014.

Segundo o empreiteiro, empresas relacionadas às obras do Porto Maravilha, no Rio, deveriam pagar R$ 52 milhões ou 1,5% do valor total dos Certificados de Potencial de Área Construtiva (Cepac) a Eduardo Cunha. A parte que caberia à Carioca era de R$ 13 milhões.

O maior repasse ocorreu em 26 de agosto de 2013 no valor de US$ 391 mil depositados em conta do peemedebista no banco suíço Julius Baer. Em 2011 foram quatro depósitos, somando US$ 1,12 milhão. Em 2012, Eduardo Cunha recebeu só dessa fonte outros US$ 1,34 milhão divididos em seis depósitos. A tabela revela que em 2013 o deputado - que ainda não exercia a presidência da Casa -, foi contemplado com mais seis depósitos, totalizando US$ 1,409 milhão. Já em 2014, Eduardo Cunha recebeu outros seis depósitos que somaram US$ 804 mil.

A tabela com o caminho das propinas é dividida em duas partes.

"Em relação a primeira tabela, que totaliza US$ 3.984.297,05 tem certeza de que foram destinadas a contas apontadas pela deputado Eduardo Cunha; que em relação a segunda tabela, no valor total de US$ 696 mil, é altíssima a probabilidade de que também eram valores destinados a contas indicadas por Eduardo Cunha, por todo o trabalho investigativo que fizeram, em especial porque não fizeram pagamentos deste tipo a outras pessoas e, também, pelo valor das transferências", afirmou o empresário.

"Em nenhum momento Eduardo Cunha lhe disse que as contas eram de titularidade dele, mas tem certeza de que todas estas contas foram indicadas pela deputado Eduardo Cunha; que tampouco o depoente chegou a perguntar a Eduardo Cunha sobre o titular das referidas contas."

Em 14 páginas, o empresário Raul Pernambuco Júnior narra com detalhes encontro com o presidente da Câmara para combinar como seriam realizados pagamentos no exterior. Raul Pernambuco Júnior descreveu uma reunião no Hotel Sofitel, em Copacabana, no Rio, que, segundo ele, teria ocorrido entre junho e julho de 2011, época da aquisição das Cepac's pelo Fundo de Investimento do FGTS.

"O depoente não estava presente, mas seu pai e um executivo da Carioca de nome Marcelo Macedo estiveram presentes a esta reunião; que após esta reunião, o depoente foi chamado pelo seu pai; que seu pai lhe comunicou que Léo Pinheiro, da OAS, e Benedicto Junior, da Odebrecht, na reunião do Hotel Sofitel, comunicaram que havia uma solicitação e um 'compromisso' com o deputado Eduardo Cunha, em razão da aquisição, pela FI-FGTS, da totalidade das CEPAC's", declarou.

O empreiteiro detalhou. "Que o valor destinado a Eduardo Cunha seria de 1,5% do valor total das Cepac's, o que daria em tomo de R$ 52 milhões devidos pelo consórcio, sendo R$ 13 milhões a cota parte da Carioca; que este valor deveria ser pago a Eduardo Cunha em 36 parcelas mensais; que seu pai disse ao depoente que cada uma das empresas "assumiria" a sua parte diretamente com Eduardo Cunha."

À Procuradoria, o delator contou que o primeiro pagamento no Israel Discount Bank para Eduardo Cunha ocorreu em 10 de agosto de 2011, no valor de US$ 220.777,00. Raul Pernambuco Júnior relatou que houve uma dificuldade do Banco de seu pai para efetuar a transferência, em razão do banco destinatário.

Segundo o delator, Marcelo Macedo não participou especificamente desta conversa entre ele, seu pai e os representantes da OAS e da Odebrecht. Raul Pernambuco Junior disse que a Carioca, na época não tinha contato com Eduardo Cunha. O empreiteiro afirmou que ele e seu pai foram apenas "comunicados" pela Odebrecht e pela OAS sobre o "compromisso".

"Como cada empresa deveria acertar os valores diretamente com Eduardo Cunha, o pai do depoente pediu que este procurasse referido parlamentar para acertar os pagamentos; que o contato telefônico de Eduardo Cunha foi repassado ao depoente por Benedicto Junior, a pedido do depoente; que foi passado ao depoente um numero de rádio Nextel", afirmou.

O delator contou aos procuradores da Lava Jato que entrou em contato com Eduardo Cunha e marcaram uma primeira reunião. Raul Pernambuco Júnior disse não se recordar se o encontro se deu no escritório político do deputado, no centro do Rio, ou na Câmara, em Brasilia, 'mas acredita que tenha sido no escritório político'. O empresário afirmou acreditar que a reunião tenha ocorrido no início de agosto de 2011.

"Indagado sobre a descrição do escritório político de Eduardo Cunha, respondeu que se trata de um escritório com decoração mais antiga, que tem uma antessala, com uma recepcionista; que, além disso, havia dois sofás, em seguida um corredor, com duas salas; que nestas salas havia uma secretária mais alta e um assessor do deputado; que este assessor era uma pessoa mais velha, com cerca de 60 anos, acreditando que fosse um pouco calvo, possuindo cabelo lateral; que nunca conversou, porém, nenhum assunto com tais pessoas; que mais à esquerda tinha a sala do deputado Eduardo Cunha, com uma mesa antiga, de madeira maciça, com muitos papeis em cima; que acredita que o escritório fique no 32° andar."

De acordo com Raul Pernambuco Júnior, durante a reunião, ele perguntou 'sobre o "compromisso" estabelecido e, inclusive, o valor, o que foi confirmado por Eduardo Cunha'. O empresário disse que ele e o pai não queriam que o dinheiro passasse "por dentro da empresa", para ser o mais reservado possível. O delator contou que questionou Eduardo Cunha 'sobre a possibilidade de estes pagamentos serem feitos em contas no exterior'.

"Eduardo Cunha disse que não haveria problema nenhum e, neste momento, ele indicou a primeira conta em que deveria ser efetivado o pagamento", relatou Raul Pernambuco Júnior.

"Eduardo Cunha passou a conta em um papel, com os dados já digitados; que se lembra bem deste primeiro pagamento, porque o Banco indicado por Eduardo Cunha era denominado Israel Discount Bank; que não sabia se este banco era realmente em Israel; que já ficou estabelecido, inclusive, o valor do primeiro pagamento; que, dividindo o valor total devido pelo número de parcelas, o valor de cada parcela era de cerca de R$ 360 mil."

O empreiteiro disse que a reunião deve ter durado cerca de 30 minutos, 'oportunidade em que se conheceram melhor'. Raul Pernambuco Júnior afirmou que 'até então não se conheciam ou ao menos não se recorda de tê-lo conhecido pessoalmente'.

"O depoente disse nessa reunião a Eduardo Cunha que seria impossível fazer depósitos mensais; que o depoente disse a Eduardo Cunha que fariam depósitos com periodicidade irregular; que esta impossibilidade de realizar depósitos mensais decorria da precaução que seu pai tinha em dar as ordens bancárias para o exterior; que o pai do depoente normalmente dava tais ordens aos gerentes das contas no exterior pessoalmente, seja em viagens que seu genitor fazia ao exterior ou, ainda, quando o gerente vinha ao Brasil; que não sabe se seu pai enviava ordens por outro meio de comunicação à distância, como fax ou e-mail."

O delator continuou. "A pedido de seu genitor, o depoente solicitou uma reunião com Eduardo Cunha, por meio da secretária do depoente; que a secretária do depoente, de nome Sheila Oliveira, entrou em contato com a secretária do deputado Eduardo Cunha e, em seguida, enviou um e-mail para o depoente, questionando qual seria a "pauta para a reunião"; que o depoente respondeu o e-mail afirmando que "Ele está a par. Só avisa q sou eu"", declarou. Segundo o delator, este e-mail é datado de 16 de agosto de 2011.

Raul Pernambuco Júnior disse que a reunião 'foi efetivamente marcada e realizada, não se recordando ao certo onde'.

"Nesta reunião, ocorrida provavelmente entre final de agosto e início de setembro, perguntou a Eduardo Cunha se haveria a possibilidade de mudar o banco e indicar uma conta na própria Suíça; que Eduardo Cunha concordou e disse não haver problemas; que Eduardo Cunha, no mesmo ato, já indicou a conta Esteban Garcia, no banco Merryl Lynch Bank, na Suíça; que a partir daí todos os depósitos para Eduardo Cunha foram na Suíça", declarou. "Se estabeleceu que se houvesse necessidade de alteração do banco, isto deveria partir do deputado Eduardo Cunha; que, de qualquer forma, em toda oportunidade em que iriam fazer os pagamentos, o depoente ligava ou se encontrava com Eduardo Cunha para perguntar se "mantínhamos o mesmo endereço"."

O delator narrou ainda que por uma ou duas vezes, as contas no exterior eram enviadas por Eduardo Cunha para ele, em envelopes lacrados e sigilosos, para a filial da Carioca em São Paulo, 'contendo os dados da conta e códigos de transferência'.

A notícia esta no Estadão Conteúdo

Articulados por Lula, 186 deputados assinam frente parlamentar contra o golpe

na Rede Brasil Atual

Número de adesões recebidas já é mais que o mínimo necessário para barrar o afastamento de Dilma Rousseff

por Brasil 247

Frente pela democracia

Brasil 247 – A deputada Luciana Santos, presidente do PCdoB, protocolou hoje (14) uma Frente Parlamentar em Defesa da Democracia – documento contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff que recebeu a assinatura de 186 deputados.
O número é maior do que o suficiente (172, contando abstenções) para barrar o impeachment, que será votado no próximo domingo (17) pela Câmara dos Deputados. O documento foi articulado pelo ex-presidente Lula junto aos deputados e conta ainda com a assinatura de 30 senadores.
Mais cedo, o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que o governo continuava otimista sobre a votação. "Todos nós sabemos que as bancadas estão muito divididas. Poucos partidos já estão decididos 100%. No mais é jogada para a mídia. Temos segurança do trabalho que fizemos esses dias todos. Não tem risco de termos menos de 200 a 216 votos", afirmou nesta quinta.

O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence, disse que o governo tem os quase 172 votos necessários para barrar o impeachment. "A oposição precisa de 342 votos 'sim' pelo impeachment e hoje eles não têm e não terão. E, nas ruas, o movimento pela legalidade democrática tem influenciado muito o voto de indecisos. O governo obviamente se preocupa com os indecisos. Há um trabalho de persuasão", afirmou.