sábado, 5 de setembro de 2015

As 70 Fotografias Mais Chocantes do Final de Semana em São Luis

por José Gilbert Arruda Martins

Vamos deixar um pouco de lado a Política, o debate das ideias partidárias, para falar de Amor, Família, Amigos, Amigas.
Marta Maria, prof. Gilbert, Givalber e Cristiane

Dizem, que viajar é como lê um bom livro. Eu, Givalber e Cristiane, por 4 dias, experimentamos a sensação de uma visita à capital do Estado do Maranhão, São Luis, passando por Grajaú. 
Sr. "Pedão" - grande figura histórica e amada em Grajaú -, Givalber, Sr. Luis Vilarins - fotógrafo histórico e o prof. Gilbert. Em Grajaú, em frente à casa da Família "AmadeuNeusa"

Se a leitura de um livro ensina, viajar, ver pessoas, sentir e ver como vivem nossos irmãos e irmãs do Tocantins e do Maranhão é lição que não se esquece jamais.

Curta aqui um pouco do que foi a nossa viagem de 4.070 Km de Ônibus e Carro a Brasília/Palmas/Grajaú/São Luis. Ida e volta.
Professor Gilbert e o irmão Givalber, ao nascer do sol em Tocantins, na ponte Padre Cícero entre Lageado e Miracema.
De Brasília-DF a Palmas-TO são cerca de 808,2 km via BR-080 e BR-153, 12 horas de ônibus. De Palmas a Grajaú-MA, são mais 683,2 km via BR-153 e BR-226, 9 horas de carro e, de Grajaú a São Luis, mas 541,9 km via BR-135 e 8h30. Total: 2.035 Km + 30 horas, tudo para ver familiares, amigos e amigas na capital do Maranhão.
Professor Gilbert, ao fundo a ponte Padre Cícero. Ponte Padre Cícero Lageado - Miracema no Estado do Tocantins.
Café da manhã em Miracema-TO que ninguém é de ferro. Parece cachaça, mas não, é café preparado por Givalber com bolo feito por Cristiane, a namorada do meu querido irmão.
Novamente na estrada, rodovia Belém-Brasília, rumo ao Maranhão. A rodovia também é lugar de falar de Política, e aqui nesse momento, debatemos o porquê da perseguição da Direita e da mídia conservadora ao Partido dos Trabalhadores e ao nosso governo. Nesse momento Givalber era nosso motorista.
Parada para o almoço.
Momento de forte emoção no reencontro com nossa maravilhosa e querida irmã Sandra Cristina, já em Grajaú-MA, na casa do "AmadeuNeusa". Um bom café com leite, bolo e queijo preparados por nossa mana. Ver e ouvir nossa irmã depois de mais de um ano não tem preço. A vida tem posto à prova não apenas ela, mas a todos os irmãos e irmãs. A velha casa, adquirida pela família no início da década de 1960, continua incrivelmente de pé. Nesse velho casarão nasceram 5 dos sete irmãos. Apenas Neusa Maria e Ana Patrícia não nasceram aqui. Nos energizamos por duas horas, vendo e sentido as coisas, móveis e lugares que nosso velho pai andou e viveu durante muitos anos.
Eu, Givalber, nossa irmã Sandra e as filhas dela, Isadora, minha querida afilhada e a bela Camila.
Após o café, sempre fotografados pela maravilhosa Cristiane, namorada do meu irmão Givalber, uma boa conversa. Causos e uma vida. Histórias para rir e chorar, se emocionar. É muita energia. Apesar da longa e cansativa viagem, saímos de Grajaú, depois do encontro com nossas sobrinhas e irmã, depois de revivermos o passado em palavras repletas de pura e genuína emoção, pegamos a estrada rumo a São Luis.
Até que enfim a bela Cristiane (nossa fotógrafa, lembra?), apareceu!
Retornando de um breve passeio ao quintal, cheio de carrapichos!!!
01h30 da madrugada. Enfim São Luis do Mara. Depois de nos receber, Daniel e Segundo, ao violão nos receberam com um pouco da música maravilhosa do grande e inesquecível Bebé.

É justo Givalber, uma foto de quem registrou para a história da família e para os amigos e amigas, nossa viagem.
Givalber, nossa linda e genial irmã Marta Maria, Paulo Victor e Segundo. Uma cerveja, duas cervejas...lavar a garganta e a alma, enquanto Arialdo dormia.
Daniel e Segundo, cantavam "Fátima", a música mais cantada que "Milhões de amigos" de Roberto Carlos. Um sucesso que, se o artista Bebé tivesse, como muitos outros, a oportunidade de mostrar em rede nacional por meio de uma TV democrática e popular, o que a Rede Globo, passa longe, cairia na boca e nos corações dos brasileiros, quiçá da América Latina. Obrigado Daniel e Segundo.
Primeira cerveja.
Uma pausa para a fotografia com os artistas.
Segunda cerveja. E o cansaço?
Veja ao fundo. É de manhã. Vamos à praia?
Terceira cerveja. Agora na Litorânea, às cinco e... da manhã.
Emociona o cuidado de Givalber com a caixa térmica, será por que? Olha o sol nascendo ao fundo.
Agora, na água morna do mar de São Luis.
Água morna, sal grosso para espantar o cansaço, afinal a terceira cerveja estava a caminho. Ao fundo a fila de navios. O Maranhão, apesar do secular sofrimento da maioria do nosso povo, patrocinado pelo clã Sarney, tem a 16° economia do país. Um dos mais importantes portos de exportação do mundo, o Porto de Itaqui.
Mãe, posso me molhar?
Olha que imagem!!! Sutileza e beleza. Já era manhã na terra onde o sol desperta primeiro. "Terra das palmeiras, dos sabiás", e de gente trabalhadora, batalhadora.
E aí mano, vamos "pegar um jacaré"? kkkkkkkkkk!!! Olha o relógio na fotografia, 05h54...
O sol. A Marta Maria. A praia. São Luis.
"O que é que a baiana tem?" Tem Amor, muito Amor!!!
A noite no Projeto Reviver. Para a 4a. cerveja e, como não poderia ser diferente, reencontrar com um dos cenários de casarios históricos mais belos do país.
"Ilha do amor, cidade dos azulejos, capital brasileira do reggae, patrimônio da humanidade, capital brasileira da cultura. Muitos são os títulos já recebidos pela lendária São Luís do Maranhão. No entanto, mesmo exalando tanta cultura e riqueza histórica, a cidade nem sempre foi tão bem cuidada e preservada."
Givalber, no Projeto Reiviver
"O projeto teve como propósito a restauração da área do Centro Histórico de São Luís, que compreende o bairro da Praia Grande. O plano de ações foi dividido em duas etapas: a primeira, nos anos 1987/1988, quando ainda era conhecido como Projeto Praia Grande e a segunda, em 1988/1989, já como Projeto Reviver."
A bela baiana Cristiane.
"Na primeira fase foram reformados: O Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, Fábrica Cânhamo, sobrado do Largo do Comércio, sobrado da Montanha Russa, a Casa da Cidade de São Luís, Escola de Música, Albergue Solar da Amizade, Casa dos Estudantes Secundarista, Fachada da Igreja da Sé e do palácio Episcopal e Armazéns Gerais do Estado e a Casa de Cultura Josué Montello."
"Já na segunda etapa, as obras foram voltadas para a estrutura urbana da Praia Grande. Foram 107.000m² recuperados dentro da área tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, onde estão localizadas as 15 quadras e os 200 imóveis beneficiados."
"No ano de 1993, foi inaugurado um projeto piloto de habitação que deu abrigo para famílias e antigos moradores da Praia Grande, distribuídas em dez apartamentos. Contudo, essa ideia não foi levada adiante."
“Infelizmente, o projeto se direcionou muito mais a questão turística em detrimento da social. Foi um investimento em áreas antigas, com baixo orçamento, quando deveria ter sido voltada para bairros como São Pantaleão e Santo Antônio, que são áreas habitadas”, explica o professor Carlos Frederico Lago Burnett, doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP) e atuante no Programa de Preservação e Revitalização do Centro Histórico de São Luís, entre 1997 e 2003."
"A inserção de cursos de graduação da Universidade Federal do Maranhão na área do Reviver, também foi uma solução apresentada durante a execução do projeto, para resolver a questão da habitação no local. A presença da Instituição na Praia Grande traria uma movimentação natural à área, permitindo dessa forma um impulso à economia do centro."
Tambor de Crioula, Um pouco de cultura popular para inspirar e embalar corpo e alma.
Tambor de crioula ou punga é uma dança de origem africana praticada por descendentes de escravos africanos no estado brasileiro do Maranhão, em louvor a São Benedito, um dos santos mais populares entre os negros. É uma dança alegre, marcada por muito movimento dos brincantes e muita descontração.
Os motivos que levam os grupos a dançarem o tambor de crioula são variados podendo ser: pagamento de promessa para São Benedito, festa de aniversário, chegada ou despedida de parente ou amigo, comemoração pela vitória de um time de futebol, nascimento de criança, matança de bumba-meu-boi, festa de preto velho ou simples reunião de amigos.
Não existe um dia determinado no calendário para a dança, que pode ser apresentada, preferencialmente, ao ar livre, em qualquer época do ano. Atualmente, o tambor de crioula é dançado com maior freqüência no carnaval e durante as festas juninas.
Bahia e Maranhão. Mistura arretada!!!
Peixe para aumentar a saúde. Manter de pé. Para aguentar a Festa do "Tributo ao Bebé"
Na Litorânea, o encontro da família Grajaú, da Família São Luis em homenagem ao grande artista 
Raimundo Alberto Teixeira de Moraes, O Maravilhoso"Bebé - "Ao lado de Wilson Zara e Gilvandro Martins, seu nome aparecia entre os autores de Zaratustra, canção inspirada na obra do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, Assim falou Zaratustra."
Um time da Paz. Uma equipe entrosada no Amor e Carinho um ao outro/outra. Unidos no "tributo ao Bébé". (...) conheci sua Fátima, uma verdadeira pérola, incluindo todas as licenças poéticas ao longo da letra, que transcrevo completa a seguir, gravada, entre outros, por Daffé e Tom Cléber: “Esses teus olhos prateados/ feito o céu todo estrelado/ é tão bom de se olhar/ neles tem tantos segredos/ que de olhar inté dá medo/ mas me faz assossegar// Se pra eu ele espia/ meu cabelo se arrepia/ bate forte o coração/ me contento em só olhar/ esses olhos cor de mar/ que nunca vão ser meus, não// Ai, meu Deus, eu não desejo/ dela o corpo, nem os beijos/ só peço uma coisa só:/ não deixe nunca eu viver/ longe desses olhos que/ faz minha vida melhor”
Atentos à apresentação dos nossos artistas da noite, o grande amigo Paulo Victor, com professor Gilbert no "Tributo ao Bebé"
Nascido Raimundo Alberto Teixeira Moraes (1º de fevereiro de 1963 – 19 de julho de 2015), Bebé faleceu no último domingo, vítima de leucemia. Grajauense, venceu várias edições do FEMUG, um outrora famoso festival de música de sua cidade natal, por que passaram nomes como Luís Carlos Pinheiro, Daffé, Wilson Zara, Neném Bragança e Clauber Martins, entre outros.
O Tributo ao Bebé, contou com a participação de várias artistas de Grajaú - como nosso queridíssimo Jessé, e de São Luis.
Wilson Zara
Alguns nomes: Segundo, Daniel, Jessé, Ricardo, Wilson Zara, Garrincha - o cara que tem uma voz maravilhosa -, Marcelo, Nilton Nogueira, Luis Carlos...
Grande Encontro com Robertinho, amigo de longa data.

Wilson Zara e sua bela música - “Aborrecido de minha sabedoria/ desci a montanha solitariamente/ carregando os anos seculares/ e os rios que nascem/ nas linhas da palma da minha mão/ abelha enfastiou-se do mel/ o sol baixou às profundezas/ retornei ao meu corpo-espírito/ e voltei a ser homem”, começava a letra. Filosoficamente, fazendo jus à obra inspiradora, continuava: “tudo tem o seu ocaso/ da imensidão dos astros/ ao brilho frágil de uma vela/ tudo é vão/ outro corpo em minha cama/ uma rosa na janela/ minha torpe consciência/ o que é o homem, senão, uma ponte entre o animal e o super-homem”.
Amigo Nilton Nogueira, ladeado por Robertinho e Givalber.
Amigo Paulinho da "Maroca"
"Um Dia Depois de Ontem..."
Olha o Sérgio Limeira...
O incrível copo vazio do Arialdo!!!
Esse é o cara, é, o da camisa "Bebé"...
Esse olhar apaixonado por mim da minha irmã Marta Maria, não tem preço...kkkkkk!!!!!
Para fechar, Givalber e a namorada Cristiane. 
Fotografias de Markes Cristiane, Givalber e Gilbert.

Com informações do http://www.webjornalismo.ufma.br/EDITORIA%20DE%20CULTURA/cultura%20projeto%20reviver.html

http://zemaribeiro.org/2015/07/22/obituario-bebe/

https://www.google.com.br/search?q=Dist%C3%A2ncia+de+Bras%C3%ADlia+a+Palmas+Tocantinms&rlz=2C1SAVU_enBR0538BR0538&oq=Dist%C3%A2ncia+de+Bras%C3%ADlia+a+Palmas+Tocantinms&aqs=chrome..69i57j0.30600j0j7&sourceid=chrome&es_sm=0&ie=UTF-8

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tambor_de_crioula

Como a PM paulista tornou-se máquina de assassinar jovens

na Carta Maior

Investigações da PM sobre a chacina de Osasco atrapalharam a colheita de provas e expuseram testemunhas. É necessário enfrentar o poder paralelo das PMs.

Luis Nassif - Jornal GGN
jornal ggn
De repente, a força tarefa montada para apurar a chacina de Osasco – na qual 19 jovens foram assassinados - foi atropelada pelas investigações da Polícia Militar (PM).
 
A maior suspeita era de PMs envolvidos.
 
As investigações da PM atuaram em duas frentes: para atrapalhar os aspectos materiais e para comprometer os aspectos formais da investigação.
 
Na primeira frente, atrapalharam a colheita de provas e expuseram nomes de testemunhas. A partir do vazamento, todas elas passam a ser juradas de morte.
 
Na frente formal, caso as investigações levem a nomes de policiais de menor patente, com toda certeza serão anuladas nos tribunais superiores, já que crimes de morte só podem ser investigados pela Polícia Civil (PC). À PM cabe apenas investigar infrações administrativas.
 
Escancara-se, assim, um dos grandes desafios nacionais, que mais cedo ou mais tarde teria mesmo que ser encarado: o do enfrentamento do poder paralelo incrustado nas PMs, cuja manifestação mais trágica é a extraordinária taxa de letalidade nas suas ações. Em muitos lugares – especialmente em São Paulo – a PM tornou-se uma máquina feroz de assassinar jovens de periferia, escudada na mais absoluta impunidade.
 
O papel dos P2
 
Os problemas da PM começaram quando transformaram o P2 em agentes policiais.
 
Os P2 são uma espécie de polícia judiciária, responsáveis por levantar as infrações disciplinares e propor correções de rumo à polícia. Os PMs usam fardas, os P2, não. Os PMs são cidadãos comuns; os P2, os PMs de confiança.
 
Gradativamente houve uma alteração na sua atuação, conforme se contará mais à frente, tornando-se a linha de frente das operações extralegais da PM, como agentes de confiança do oficialato.
 
Essa máquina de assassinato foi montada de forma gradativa.
 
Na década de 70 consolidou-se a imagem da PC corrupta e da PM violenta. Vem de lá os conflitos entre as duas polícias.
 
Na linha de frente, os conflitos se manifestavam no próprio atendimento policial. O PM prendia o suspeito, levava para a delegacia e lá havia a primeira frente de conflito.
 
Há duas espécies de policiais civis.
 
O policial sério é garantista – isto é, não está lá meramente para apurar culpas, mas para apurar a verdade. Ele precisa seguir o Código de Processo Penal (CPP), requisitar laudos e perícias. Já a PM não se prende a códigos e busca culpados.
 
Além disso, não havia interesse em fortalecer a PC, porque a própria PM pretendeu desde sempre controlar o ciclo completo da apuração do crime. No passado, houve inúmeros casos de efetivos da PM cercarem delegacias para fazer valer a vontade do oficial, exigindo flagrante em determinados casos, contra a opinião do delegado, que não via motivos para tal.
 
O problema maior surgiu com a segunda espécie de policial civil, o corrupto.
 
Ainda na década de 70 a PM deu-se conta de que prendendo o contraventor e entregando-o em uma delegacia - em geral ligado ao jogo de bicho e ao bingo - apenas valorizava a corrupção da PC.
 
Talvez por efeito-demonstração, as companhias da PM que atuavam na região da Santa Ifigênia começaram a praticar venda de segurança. Havia reuniões formais entre os capitães e comerciantes. Os oficiais alegavam que o Estado não tinha verbas. Os comerciantes montavam então uma associação incumbida de recolher recursos para financiar os PMs. Foi o início de um modelo que se expandiu para outras regiões da cidade e deu início ao crescente mercado de segurança, dominado por companhias de propriedade de oficiais da PM.
 
Hoje em dia, é comum a venda casada de segurança por essas empresas. Tipo, se a contratarem garante-se pelo menos duas vezes por dia a presença de viaturas da Rota transitando pela região.
 
A segurança de quem pagava
 
A venda de segurança começou a dar na vista, porque regiões e cidadãos passaram a ser divididos entre os que podiam e os que não podiam pagar.
 
Para administrar a opinião pública, a maneira encontrada por setores da PM e das companhias de segurança foi a criação de grupos de extermínio.
 
Se surgiam problemas em determinada região, mandavam um esquadrão na calada da noite que executava meia dúzia de pessoas, quadrilheiros ou não. A ação servia para alertar os quadrilheiros: mudem-se! Para a população, passava a ideia de guerras de quadrilha.
 
Aos poucos, o modelo de execução foi sendo aprimorado.
 
Quando surgem problemas em determinadas regiões nobres, os grupos de segurança privada combinam entre si e aquele de outra região vai até o local, procede à matança e à desova dos corpos em outro lugar.
 
Esse mesmo procedimento passou a ser adotado por setores da PM.
 
Quando precisa matar alguém, setores da PM valem-se de três equipes. A primeira, executa as vítimas. A segunda, vai até o local e esconde as provas. A terceira comparece para registrar o crime.
 
A eficácia do modelo é assegurada por dois instrumentos.
 
O primeiro, o sistema de gestão avançado, que permite programar a ida ou retirada de policiais da área. Se um grupo de extermínio planeja uma ação em determinada área, basta acionar o sistema para tirar o policiamento do entorno do alvo.
 
O segundo é a falta de uma polícia técnica independente. O Instituto Médico Legal não tem verba própria. Depende da Polícia Civil, porque até hoje não foi instituída uma polícia científica, conforme preconizado pela Constituição.
 
No geral, os PMs desenvolvem laços de compadrio com médicos. De posse da escala de médicos, é fácil identificar aqueles menos exigentes nos laudos.
 
Os crimes de maio de 2006 só cessaram quando médicos do Conselho Regional de Medicina correram para o IML (Instituto Médico Legal) para acompanhar as autópsias. É nesse momento que aparecem as provas mais objetivas que podem levar ao criminoso.
 
Os crimes de agosto
 
Não foi por acaso que Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) exigiu providências do governo brasileiro tão logo foram divulgadas as notícias sobre a chacina de Osasco. Nos organismos internacionais, há consenso de que as autoridades públicas perderam o controle sobre as PMs.
 
A primeira atitude do Secretário de Segurança Alexandre de Moraes foi a constituição de um grupo de trabalho de 50 pessoas, entre policiais civis e procuradores estaduais visando apurar os crimes. Não incluiu ninguém da PM. Parecia que, pela primeira vez, seria rompida a blindagem.
 
Quando a PM colocou seu bloco na rua, o Secretário calou-se. Dele não se ouviu mais nenhuma palavra, nenhuma declaração.
 
A chacina de Osasco tornou-se um divisor de águas. Nos próximos dias se saberá onde reside o poder de fato em São Paulo: se no Palácio Bandeirantes ou se no quartel da PM.
 
Dessa resposta dependem centenas de rapazes de periferia que serão executados nos próximos meses, caso o governo de São Paulo atue de forma pusilânime.


Créditos da foto: jornal ggn

Censura não intimidará os(as) professores(as) do Distrito Federal

no Portal Sinpro - DF
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Os professores e professoras do ensino público do Distrito Federal estão há mais de 120 dias sem reajuste do auxílio alimentação, benefício previsto pela Lei Complementa nº 840/2011. Além de desrespeitar um direito do trabalhador e consequentemente penalizar a categoria e demais servidores públicos do GDF com o não reajuste do auxílio, os professores(as) têm passado por censura da grande mídia, que tenta impedir que nossas reivindicações sejam veiculadas nos meios de comunicação da cidade.
Recentemente o Sinpro fez uma consulta ao DIEESE sobre os impactos negativos identificados até o momento pela falta do reajuste. Para intensificar a cobrança, o Sindicato deu início a campanhas publicitárias nas ruas cobrando o cumprimento da lei. No entanto os professores e orientadores não verão esta cobrança em outdoors ou front light devido a censura imposta pelas empresas que fazem este tipo de serviço na cidade. Ao verem que o material cobrava do governador Rollemberg o reajuste do auxílio alimentação, as empresas se negaram a fazer a publicação alegando medo de represálias por parte do GDF.
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A censura tem sido uma máxima nos meios de comunicação, que sempre reivindicaram liberdade de expressão, mas não aceitam veicular nenhum tipo de conteúdo da classe trabalhadora que possa lhes causar algum tipo de constrangimento nas relações comerciais que elas têm com o governo. O motivo é simples: o governo utiliza esses veículos para fazer sua propaganda institucional e ao mesmo tempo é responsável por autorizar o funcionamento deles na cidade.
Para se ter uma ideia, o Sindicato criou um material para ser publicado nas redes de TV da cidade (Ato Público do dia 13 de agosto) e o SBT se recusou a veicular pelo fato de ter a palavra calote no material publicitário. Nesta emissora tivemos que veicular outro vídeo.
A Diretoria Colegiada do Sinpro, os(as) professores(as) e orientadores(as) da rede pública de ensino repudiam todo e qualquer tipo de censura e buscaremos os meios legítimos para fazer a comunicação com a categoria e denunciar o governo das ilegalidades que vem cometendo com os educadores do DF. A censura não nos impedirá de continuar cobrando do GDF o cumprimento da Lei Complementa nº 840/2011 em todos os seus aspectos.
Segue abaixo o outdoor que seria veiculado e será colocado de outras formas.