quinta-feira, 5 de março de 2015

Rede Globo: O racismo “Tá no Ar” ou “Quer açoitar quantos?”

  no Portal da Carta Capital
Escravas_Bahia

“Interrompemos esse programa para apresentar um comercial do século XIX:

Extra, extra, atenção! Não compre escravo hoje!

É que amanhã é dia de mega promoção aqui nas “Escravas Bahia”.

Cabindas, Guinés, Angolas! O Feitor ficou maluco!

Quer açoitar quantos?

É isso mesmo! Compre dois escravos de engenho e leve uma ama de leite inteiramente grátis!

Venha conhecer novas filias: Pelourinho e Pedra do Sal!

Escravas Bahia: Servidão total pra você!”


Por Douglas Belchior

Esse foi o roteiro interpretado por Marcius Melhem, em um quadro do programa “Tá no Ar”, que foi ao ar na última quinta-feira (12/02) pela Rede Globo, em que os atores “brincam com comerciais de TV”.

ASSISTA AQUI O REFERIDO EPISÓDIO

Já abordamos várias vezes neste Blog o debate sobre os limites do humor, aliás, assunto recorrente. Só para citar um dos casos, lembro o infeliz “Baú do Baú do Fantástico”, de novembro de 2013, quando Bruno Mazzeo dá vida a um repórter que faz a cobertura da abolição da escravidão no Brasil. Triste!

Preciso aqui repetir o “clichê” – verdadeiro à meu ver -, de que a rede globo de televisão é sim produtora de conteúdos ideologicamente comprometidos, sempre a serviço de determinados interesses políticos e econômicos e que sua arte, na maioria das vezes, tem sempre a intencionalidade de reforçar estigmas, estereótipos e valores, tudo isso com dois intuitos fundamentais: vender produtos de seus anunciantes e formar a opinião coletiva.

O Programa “Tá no Ar”, criação de Marcelo Adnet, Marcius Melhem e Maurício Farias e que conta com outros atores de peso como Danton Melo e Mauricio Rizzo, desde sua estréia em 2014, vem sendo comemorado pela crítica justamente pelo humor ácido e em grande parte, pela crítica à própria programação da rede globo e das tv’s tradicionais. Sei que muitos responderão è este texto com argumentos de defesa à liberdade de expressão, de crítica ao politicamente correto, de acusação ao “coitadismo negro” ou de erro na percepção, já que a intenção do programa teria sido exatamente o contrário: criticar e denunciar a forma como a TV expõe os negros. Um equívoco. E explico:

Empresto o pensamento da professora e ativista negra Adriana de Cássia, quando da polêmica sobre o conteúdo das charges do jornal francês Charlie Hebdo, que resultou no triste assassinato de diversos artistas, sem a intenção de comparações desproporcionais, mas pertinente:

“A ideia de raça que organiza o entendimento do que é o racismo se estabelece a partir de uma constante social, não biológica, que relaciona determinados traços fenotípicos a uma expectativa de desenvolvimento cognitivo e de comportamento social determinando, dessa maneira, tanto o lugar dos grupos sociais na estrutura quanto a expectativa que as pessoas tem em relação a esses grupos.”

Mesmo que a intenção dos humoristas do “Tá no Ar”  tenha sido criticar o racismo na televisão brasileira, há de se perguntar: “Os grupos que reivindicam direitos para a população negra fazem piada com a escravidão? O Movimento Negro faria? É possível também argumentar que o programa usa a estratégia da ironia para expressar uma idéia antirracista, entretanto, a imagem deveria falar por si mesma, não poderia dar margem para outros tipos de interpretações. Se, ao observar a imagem, é possível uma interpretação racista, a tarefa fora, neste aspecto, mal sucedida. Outra questão: Houve uma pesquisa dirigida à população negra para aferir como se sentem, tendo sua imagem e sua história satirizada em rede nacional? Eu, como descendente de pessoas escravizadas não me senti confortável com a piada. Tampouco achei graça em ouvir a “mega-promoção” em que a ama de leite sai de graça, depois da compra de dois escravos homens. Afinal, impossível não associar à minha mãe, irmã, filhas e à todas as mulheres negras brasileiras, principais vítimas da violência racista e machista em todos os níveis. Assim, a peça teatral da maneira como foi construída, reforça a lógica racista da representação.

E repito o que já escrevi aqui quando da análise do humorístico do Fantástico: Um regime de escravidão que durou 388 anos; Que custou o sequestro e o assassinato de aproximadamente 7 milhões de seres humanos africanos e outros tantos milhões de seus descendentes; e que fora amplamente denunciado como um dos maiores crimes de lesa-humanidade já vistos, deve ou pode ser motivo de piadas?

Quantas cenas de “humor inteligente” relacionado ao Holocausto; Ou às vítimas de Hiroshima e Nagasaki; Ou às vítimas do Word Trade Center ou – para ficar no Brasil – às vítimas do incêndio na Boate Kiss, assistiremos como fruto da boa intenção de roteiristas que não sabem do que falam ou do cinismo dos grandes meios de comunicação? Ah, mas homens e mulheres postos à venda e nos lembrando que sempre fomos – negros e negras – tratados como mercadoria, desumanizados e coisificados, em rede nacional e à mercê da gargalhada coletiva, isso pode! E com direito a status de humor crítico e inteligente.

Se é verdade que a crítica e a autocrítica são elementos da concepção de “Tá no Ar” e da iniciativa da emissora, eles falham no momento em que não rompem com a lógica de manipulação das representações e reforçam estereótipos raciais, colocando-se assim como um veículo de comunicação que, através de tal conteúdo, fortalecem e fomentam o racismo.

É preciso estar alerta. Fugir à regra da cognição racista é tarefa das mais difíceis. Se a missão é combater o racismo, não se pode utilizar da mesma lógica estrutural que organiza o pensamento racista. Portanto, nada de piadas sobre a escravidão, por favor!


Encontro de comunicação busca fortalecer as rádios nos assentamentos

no Portal do MST
O rádio foi o principal foco do encontro, já que é um importante instrumento de formação e mobilização do Movimento.
Por Geani de Souza
Da Página do MST

Foram quatro dias intensos de aprimoramento sobre os conhecimentos da comunicação. Assim se deu 1° Encontro de Comunicação Popular no Assentamento 8 de Abril, no Jardim Alegre (PR).

Quinze militantes do MST participaram do encontro entre os dias 25 e 28 de setembro, que teve como foco principal o rádio.

Para Riquieli Capitani, da coordenação do setor de comunicação no estado, o curso é resultado de um processo de discussões sobre o papel da comunicação e a importância das rádios. 

Segundo Capitani, essa é uma demanda que já acontece a dois anos no Paraná, e que se fortaleceu ainda mais no 6° Congresso Nacional do MST, realizado no início desse ano em Brasília.

“Para o Movimento as rádios são um importante instrumento de formação e mobilização. Por isso precisamos garantir a estrutura e a qualidade das nossas rádios”, coloca. 

Dessa forma, Capitani aponta que é “com passos pequenos e firmes que vamos garantindo o fortalecimento da comunicação do MST, que hoje já tem várias conquistas, como por exemplo, o Jornal Sem Terra e o site do MST”.

O encontro trouxe também um debate geral sobre a comunicação e o MST. O objetivo foi fazer com que os militantes pudessem se aperfeiçoar nas diversas frentes que compõe o setor.

Como forma de dar continuidade ao processo de discussões nos assentamentos, os militantes já tiraram um calendário de ações e formações para levarem às suas regiões. A meta é fortalecer a comunicação no estado, debatendo as necessidades de cada região.

TVT lança canal digital e alcançará 20 milhões de pessoas

no Portal do MST
Com a empreitada, a emissora mantida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e pelo Sindicato dos Bancários passará a sintonizar em toda a Grande São Paulo.
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O apresentador do Seu Jornal, Eli Santos.

por José Gilbert Arruda Martins
O tema democratização da comunicação no Brasil e no mundo vem pautando encontros de dirigentes de sindicatos e dos Movimentos Sociais.
A notícia de que a TVT poderá ser vista por 20 milhões de paulistanos é, o que antes, não passava de tema de simpósios e seminários, agora é realidade.
As mudanças na comunicação e mídia brasileiras pode começar por aí. Apostar em mídias alternativas, em canais voltados aos trabalhadores e suas famílias, é uma iniciativa que, se potencializada, concretamente ajudará na democratização das comunicações no país por inteiro.
A internet já faz um bom papel. Pessoas de todas as classes sociais, usam a web para fazer cursos, compras e informar-se. A ampliação que hora se faz na TVT, vem fortalecer a luta democrática por uma mídia séria, honesta e verdadeiramente instrumento de construção da cidadania.

TVT lança canal digital e alcançará 20 milhões de pessoas

Com a empreitada, a emissora mantida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e pelo Sindicato dos Bancários passará a sintonizar em toda a Grande São Paulo.
Por Mariana Melo
Da Carta Capital


A Rede TVT, a única emissora de televisão brasileira sob coordenação dos trabalhadores, dá um grande passo para ampliar sua repercussão a partir desta sexta-feira 4 de março, quando lança a TVT Digital. O alcance, antes restrito a 400 mil pessoas, será agora de 20 milhões de habitantes, atingindo toda a população da Grande São Paulo.

Mantida com recursos do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, a emissora tem uma grade com cinco programas - ABCD em Revista, Melhor e Mais Justo, Bom para Todos, Mais Direitos Mais Humanos e o Seu Jornal -- com foco nas demandas sociais. O grande destaque da programação é o Seu Jornal, transmitido das 19 horas às 19h30. “Neste mês, iremos ampliar o espaço dele na programação. Serão, inicialmente, 35 minutos, e a ideia é alcançar 45 minutos de duração”, diz Valter Sanches, diretor de comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e coordenador da TVT.

Isso será possível, segundo Sanches, por conta da ampliação do espaço para o jornalismo colaborativo e também da utilização de material de agências de notícias, como a France-Presse. “A TVT, além de trazer uma outra visão da realidade, sob a ótica dos movimentos sociais, dá espaço ao cidadão comum.” E exemplifica: “Nós divulgamos um vídeo em que um garoto de 10 anos, em evento de uns dos CEU da prefeitura, fala sobre o racismo. Foi um grande sucesso de compartilhamento. E, como ele, deve ter mil outros para falar sobre isso, mas nenhum canal vai mostrar algum desses garotos, porque eles são cidadão comuns.” (Assista a reportagem ao final do texto).

Como eu assisto a TVT?

Para assistir a TVT Digital na Grande São Paulo é preciso sintonizar no canal 44.1 HD. Quem for assinante de sinal a cabo na Capital e no ABC, deve sintonizar o canal 12 NET. Já na região do alto do Tietê, os canais são 46 analógico e 13 NET. Os moradores do ABC também têm a possibilidade de assistir a TVT Digital no canal 8 GVT. Quem usa antena parabólica pode sintonizar na frequência 3851, symbol rate 6247, vertical, em todo o Brasil. Ainda, é possível acompanhar o conteúdo do canal em sua página do Facebook e em seu site.

A TVT é a primeira emissora de televisão outorgada a um sindicato. O lançamento, para o diretor Sanches, é um momento de celebração. “Desde 84 nós temos o projeto da TVT, que existe como emissora desde 2010. Faltava esse canal digital que alcançasse toda a grande São Paulo.” A TVT Digital também estará disponível, em breve, para aplicativos e Smart TV, conta o diretor. “A intenção é, agora, investir em nova programação.” A cerimônia que ocorre nesta sexta-feira contará com a presença do ex-presidente Lula e do ministro das Comunicações Ricardo Berzoini.

A melhor notícia até aqui é que Janot não virou um heroi da direita

no DCM - Diário do Centro do Mundo
Bom começo
Bom começo
A lista de Janot, pelo que se sabe dela até agora, tem desde já uma virtude: provocar queixas à direita e à esquerda.
Parece ser um sinal de que Janot escapou da “partidarização” em seu trabalho, ao contrário do juiz Sérgio Moro.
A direita reclama de Janot porque ele não fez um trabalho para matar o PT. A grande nostalgia conservadora é o Mensalão, um circo cujo objetivo era massacrar o PT em praça pública.
Porta-vozes da direita saíram chutando Janot. Reinaldo Azevedo, na Veja, disse que tudo começava “muito mal”. Merval Pereira, no Globo, comprou a tese de Renan e Eduardo Cunha de que eles estariam na lista para beneficiar o governo.
Merval parecia esquecer que os dois, Renan e Cunha, foram citados pelos delatores como alvos de propinas. Para Merval, lista boa é lista com petista, e vamos ficando por aí.
Janot não é um heroi da direita, e isso é animador.
A esquerda, ou parte dela, ficou frustrada quando surgiu a notícia – não confirmada – de que Aécio escapara.
Segundo se disse, Janot entendeu não haver contra ele indícios suficientes para levar adiante uma investigação.
Tudo ponderado, há motivos de otimismo.
No Mensalão, houve uma caçada ao petismo disfarçada, grosseiramente, de “combate à corrupção”.
Estava tudo dominado: a mídia e, por meio dela, os juízes do Supremo, que sob a liderança desastrosa de Joaquim Barbosa produziram barbaridades como a Teoria do Domínio do Fato, pela qual foi possível condenar sem provas.
Agora, as bases parecem estar firmes para que se combata verdadeiramente a corrupção – sem que os conservadores comandem as ações e escolham, criteriosa e cinicamente, as vítimas das sentenças.
Entre o Mensalão e o Lava Jato, o Brasil avançou – para desalento da direita e suas múltiplas vozes alojadas nas grandes empresas de jornalismo.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Youssef liga Aécio a esquema de propinas de Furnas

no DCM - Diário do Centro do Mundo
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por José Gilbert Arruda Martins
Uma grande questão é: O Ministério Público vai engavetar?
A velha e "boa" mídia com a globo, a veja, a falha de s. paulo...vai divulgar?
Por quanto tempo a sociedade brasileira irá aguentar uma mídia que se deixa levar por interesses de partidos e grupos, empresas e até interesses internacionais, em prejuízo claro, à Classe Trabalhadora?
Vivemos ou não um Estado de Direito? Num Estado de Direito, as leis são respeitadas por todos, do contrário vira o caos e a selvageria.
Quem quer o caos? Quem deseja a selvageria do salve-se quem puder?
Quando partidos políticos, regularmente inscritos no TSE, permite que um dos seus quadros mais importantes, é o caso do deputado federal Fraga, de Brasília, ir à TV convidar a população para destituir um governo democraticamente eleito, esse é um partido democrático e sério?
O democratas de Brasília, através do sr. Fraga - deputado federal -, aproveitou do tempo de TV de ontem (04/03), para chamar as pessoas às ruas.

Youssef liga Aécio a esquema de propinas de Furnas

Do estadão:
(…)
Em delação premiada à qual o Estado teve acesso, o delator Youssef afirmou que Aécio teria recebido dinheiro fruto de propina de Furnas, estatal do setor elétrico, por meio “de sua irmã”, sem citar nomes ou detalhes. Aécio tem duas irmãs, Angela e Andrea – a última trabalhou no governo mineiro e na campanha eleitoral de 2014.
O termo de colaboração número 20, que registra confissão do doleiro feita no fim do ano passado, tem como “tema principal: Furnas e o recebimento de propina pelo Partido Progressista e pelo PSDB”. Além de Aécio, são citados o ex-deputado do PP José Janene, morto em 2009, e um executivo da empresa Bauruense.
O pedido de arquivamento é um dos sete feitos na terça-feira pelo procurador-geral. No mesmo dia, Janot solicitou ao Supremo autorização para investigar 54 pessoas em 28 inquéritos. Os pedidos estão sob relatoria do ministro Teori Zavascki.
Youssef relatou aos investigadores que recolheu dinheiro de propina na Bauruense, prestadora de serviços para Furnas, cerca de dez vezes. Em uma delas, foi informado que o repasse não seria feito integralmente – faltariam R$ 4 milhões porque “alguém do PSDB” havia coletado essa quantia antes.
Indagado pelos procuradores, Youssef declarou não ter informação de quem havia retirado parte da comissão, mas afirmou “ter conhecimento” de que o então deputado federal Aécio Neves teria influência sobre a diretoria de Furnas e que o mineiro estaria recebendo o recurso “através de sua irmã”, segundo o texto literal da delação. O delator disse “não saber como teria sido implementado o ‘comissionamento’ de Aécio Neves”.
Na delação, o doleiro descreve que “de 1994 a 2001 o PSDB era responsável pela diretoria de Furnas”. Youssef declarou que recebia o dinheiro destinado a Janene em Bauru (SP) e na capital paulista e o enviava a Londrina (PR) ou Brasília. No depoimento, ele afirmou que os diretores da Bauruense poderiam fornecer mais informações sobre Furnas e que a empresa já responde a inquérito no STF.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Veja admite: mentiu sobre festa de sobrinho de Lula. E o bandidinho que invade casas?

no Tijolaço
vejamentiu
Finalmente a Veja, edição Brasília admite a falsidade da matéria publicada no dia 18 de fevereiro e imediatamente desmentida pelo ex-presidente Lula de que estaria sendo organizada uma festa milionária para um inexistente sobrinho seu.
A nota, que você vê aí em cima, tem o título “Erramos”.
Deveria tê-lo “Mentimos”.
E ainda: “e ainda tentamos arrumar algo para continuar a mentir”.
Porque só isso explica porque mandaram o tal Ullisses Campbell, o desqualificado que  se prestou ao papel de inventar a história, para São Paulo, usar de expedientes e falsa identidade para xeretar a casa do irmão de Lula.
A “confissão de erro” da Veja tem o valor moral de um Alberto Youssef.
É algo como aquilo que disse dele o senhor Sérgio Moro: coisa de “bandido profissional”.
Daqueles que sabem que vão ficar impunes.
Porque, depois de 15 dias de estultos que acreditam naquele lixo reproduzindo a notícia, não vai ser o hipócrita “Erramos” que irá reparar o estrago.
Mas seria uma boa a família de Lula mover um processo contra o intrigante da Veja, para ele explicar como a revista bancava e mandava achar criar “provas” do que não existia.

Dia 13: todos às ruas e defender a Petrobras!

no Conversa Afiada
“Defender a Petrobrás é defender um projeto de desenvolvimento do Brasil”
Conversa Afiada reproduz convite de movimentos sociais:


DIA 13 DE MARÇO – DIA NACIONAL DE LUTA EM DEFESA:

- Dos Direitos da Classe Trabalhadora

- Da Petrobrás

- Da Democracia

- Da Reforma Política 



CONTRA O RETROCESSO!

TODOS NA PAULISTA
Avenida Paulista, 901
Horário: a partir das 16h00

Um dos maiores desafios dos movimentos sindical e social hoje é defender, de forma unificada e organizada, o projeto de desenvolvimento econômico com distribuição de renda, justiça e inclusão social. É defender uma Nação mais justa para todos.

Defender os Direitos da Classe Trabalhadora

A agenda dos trabalhadores que queremos ver implementada no Brasil é a agenda do desenvolvimento, com geração de emprego e renda.

Governo nenhum pode mexer nos direitos da classe trabalhadora. Quem ousou duvidar da nossa capacidade de organização e mobilização já viu do que somos capazes.

Defender os trabalhadores é lutar contra medidas de ajuste fiscal que prejudicam a classe trabalhadora.

As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora.

Se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização; se quer combater a alta taxa de rotatividade, que taxe as empresas onde os índices de demissão imotivada são mais altos do que as empresas do setor, e que ratifique a Convenção 158 da OIT.

Lutaremos também contra o PL 4330, que da maneira como está impostolibera a terceirização ilimitada para as empresas, aumentando osubemprego, reduzindo os salários e colocando em risco a vida dos/as trabalhadores/as. 

Defender a Petrobrás

Defender a Petrobrás é defender a empresa que mais investe no Brasil – mais de R$ 300 milhões por dia – e que representa 13% do PIB Nacional. É defender mais e melhores empregos e avanços tecnológicos. É defender uma Nação mais justa e igualitária.

Defender a Petrobrás é defender um projeto de desenvolvimento do Brasil, com mais investimentos em saúde, educação, geração de empregos, investimentos em tecnologia e formação profissional. 

Defender a Petrobrás é defender ativos estratégicos para o Brasil. É defender um patrimônio que pertence a todos os brasileiros e a todas as brasileiras. É defender nosso maior instrumento de implantação de políticas públicas que beneficiam toda a sociedade.

Defender a Petrobrás é, também, defender a punição de funcionários de alto escalão envolvidos em atos de corrupção. Exigimos que todos os denunciados sejam investigados e, comprovados os crimes, sejam punidos com os rigores da lei. Tanto os corruptores, como os corruptos.  A bandeira contra a corrupção é dos movimentos social e sindical. Nós nunca tivemos medo da verdade.

Defender a Petrobrás é não permitir que as empresas nacionais sejam inviabilizadas para dar lugar a empresas estrangeiras. Essas empresas brasileiras detêm tecnologia de ponta empregada na construção das maiores obras no Brasil e no exterior.

Defender a Democracia – Defender Reforma Política

Fomos às ruas para acabar com a ditadura militar e conquistar a redemocratização do País. Democracia pressupõe o direito e o respeito às decisões do povo, em especial, as dos resultados eleitorais. A Constituição deve ser respeitada.    

Precisamos aperfeiçoar a nossa democracia, valorizando a participação do povo e tirando a influência do poder econômico sobre nosso processo eleitoral.

Para combater a corrupção entre dirigentes empresariais e políticos, temos de fazer a Reforma Política e acabar de uma vez por todas com o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. A democracia deve representar o Povo. Não cabe às grandes empresas e as corporações aliciar candidatos e políticos para que sirvam como representantes de seus interesses  empresariais em detrimento das necessidades do povo.

No dia 13 de março vamos mobilizar e organizar nossas bases, garantir a nossa agenda e mostrar a força dos movimentos sindical e social. Só assim conseguiremos colocar o Brasil na rota de crescimento econômico com inclusão social, ampliação de direitos e aprofundamento de nossa democracia.

Estamos em alerta, mobilizados e organizados, prontos para ir às ruas de todo o país defender a democracia e os interesses da classe trabalhadora e da sociedade sempre que afrontarem a liberdade e atacarem os direitos dos/as trabalhadores/as.

Não aceitaremos retrocesso!

CUT – Central Única dos Trabalhadores
FUP – Federação Única dos Petroleiros
CTB – Central dos Trabalhadores do Brasil
UGT – União Geral dos Trabalhadores
NCST – Nova Central Sindical dos Trabalhadores
CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
UNE – União Nacional dos Estudantes
MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
CMP – Central dos Movimentos Populares 
MAB – Movimento de Atingidos por Barragem 
LEVANTE Popular da Juventude 
FAF – Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar
MNPR – Movimento Nacional das Populações de Rua
FDE – Fora do Eixo
MÍDIA Ninja




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MORO JÁ DEMITIU 10 MIL NA INDÚSTRIA NAVAL



VÍDEO EXCLUSIVO: PRIVATIZAÇÃO É A MAIOR AMEAÇA À PETROBRAS!

Sem tucano, lista de Janot é Golpe de Estado

no Conversa Afiada
De Luisk2017, no twitter

por José Gilbert Arruda Martins
Falando em golpe. Em Brasília, o "democratas" está usando hoje, com o deputado federal Fraga, o tempo de TV para chamar a população para o golpe.

Na democracia, que esse senhor desconhece, temos que conviver com esse tipo de político e com uma forma de fazer política que amedrontaria Maquiavel.



O site Congresso em Foco adianta alguns nomes da lista Janot/Moro.

Já, antes, o PiG revelou que Aécio Never estava livre como o FHC e o Cerra: são por definição inimputáveis.

Se não tiver tucano na lista de Janot e Moro, o Golpe Mensalão II se concretizou.

Janot é o crime da rua Toneleros.

Ou, mais recente, o Golpe Paraguaio: no Judiciário.

Viva a Globo !!!

Ela ganhou !

Paulo Henrique Amorim




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Campanha antiaborto: entre o desserviço e a hipocrisia

no Portal da Carta Capital
Caso a lei seja endurecida, como pede a ala "pró-vida", tudo continuará como está. Só que alguns pagarão pela dignidade. Outras, se não morrerem na entrada, serão algemadas na saída
Aborto
Ato realizado em novembro passado em Brasília pelo Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil Sem Aborto. A quem essa campanha ajuda?
por José Gilbert Arruda Martins
Vamos pensar um pouco. Quantos abortos clandestinos são feitos no Brasil por ano? Segundo as pesquisas 850 mil. Quantas mulheres ricas fazem aborto clandestino por ano no país? Essas, mesmo fazendo aborto clandestino, têm todo apoio e aparato técnico. Quantas mulheres pobres fazem aborto a cada ano no Brasil? As pesquisas trazem percentuais bem acima das ricas, sem apoio, sem aparato técnico, muitas vezes sem acompanhamento de profissionais adequados e, muitas sofrem pelo resto da vida com sequelas.
Os jovens da foto acima, já leram sobre o tema? Onde? Qual escola ou qual professor ou ainda família, debateu?
Como posso ser contra algo, se não tenho conhecimento nenhum?
Esses jovens estão sendo empurrados para essas manifestações por padres e pastores mal intencionados e despreparados?
As pessoas que são a favor ou contra a legalização do aborto no Brasil precisam, antes de fazer os discursos ou de sair para as ruas, ler, conhecer a questão.

Crônica / Matheus Pichonelli

Campanha antiaborto: entre o desserviço e a hipocrisia

Caso a lei seja endurecida, como pede a ala "pró-vida", tudo continuará como está. Só que alguns pagarão pela dignidade. Outras, se não morrerem na entrada, serão algemadas na saída
Estávamos no fim do jantar quando ela decidiu quebrar o silêncio. "Parem de me oferecer vinho. Estou grávida e não posso beber". A insistência diante de uma taça vazia adiantou uma notícia à espera da hora certa. A ideia era chegar em casa na segunda-feira e me presentar com um par de sapatinhos vermelhos comprados na véspera – a senha para o anúncio de que, em breve, seríamos muitos. A surpresa levou meu pai a levantar as mãos para o céu e abrir outra garrafa de vinho – que, a partir de então, só o pai e os avôs, os anfitriões da noite, poderiam beber.
Motivos para celebrar não faltavam. Aos 30 anos de idade, já tinha perdido as contas de quantos aniversários meu pai me telefonara para me congratular e perguntar: "Quando vem meu neto?".
Não sei se existe hora certa para a chegada de um filho, mas a ocasião parecia perfeita. Tínhamos emprego fixo, uma casa com três quartos, um bom tempo de relacionamento. A gente se dava bem e não tinha qualquer vício além do vinho antes do jantar ou a cerveja do fim de semana. Tínhamos confiança um no outro de que seríamos, ou nos esforçaríamos ao máximo, para sermos bons pais. Nenhum de nós corria o risco de refugar e desaparecer no dia seguinte. Tínhamos plano de saúde e alguma economia para consultas em clínicas particulares. E, apesar de nosso grito de independência financeira e emocional em relação a nossos pais, dado uma década antes, sabíamos que, se algo acontecesse com um de nós, haveria uma fila de avôs, bisavôs, tios, tios-avôs e amigos atentos para cuidar da criança em caso de urgência. Os caminhões de fraldas que entupiram nossa casa em poucos dias eram o melhor parâmetro: a barriga que crescia era motivo de alegria, e não de vergonha.
A celebração de nossos pais era a prova de que a nossa decisão não fora tomada entre uma garrafa e outra, mas sim ao longo de quase dez anos. Isso nos deu a segurança necessária para seguir em frente, mais ou menos como os amigos da mesma idade que naquele ano promoveram o maior baby boom de toda a cidade. Alguns deles, para meu espanto, hoje usam a imagem dos filhos, obviamente amados, para levantar a bandeira da hashtag antiaborto. Como se a paternidade, em si, nos garantisse uma reserva moral sobre um mundo fora da nossa janela e nossos parâmetros.
Nessas correntes de solidariedade aparente, insufladas por declarações descabidas do novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), as manifestações são confusas. Já li, por exemplo, algo como “Eu amo meu filho e sou contra o aborto”. Me pergunto, já sem a mesma paciência cristã, o que isso – um sentimento particular – diz sobre um debate que é, em si, político. É mais ou menos como dizer “sou a favor da aposentadoria porque gosto do meu pai”. Em um caso como o outro, o meu sentimento não diz nada sobre o debate a não ser a mim mesmo.
Ainda que não pareça, meu exemplo particular de menino branco de classe média com relação estável e casa em condomínio não me autoriza a escrever, nas linhas acima que, ao celebrar a chegada de um filho, eu decidi dizer “sim” à vida. É mais ou menos o inverso: a vida me permitiu dizer sim. Ser mãe ou pai não é exatamente padecer no paraíso, mas é bem mais fácil chegar a ele quando tudo conspira a favor – a começar pela taça de vinho erguida ao alto, em sinal de alegria e apoio, pelos avós. Em outras condições, seríamos enxotados da casa. Pois aquela alegria poderia se converter em desespero com uma única mudança de variável. Por exemplo, a idade. Uma coisa é dar a notícia aos 30. Outra, aos 14. Entre uma idade e outra, perdi as contas de quantas vezes eu e os amigos da mesma idade fomos pegos por algum lapso de métodos contraceptivos. Alguns correram para a farmácia. Outros, aos chás abortivos. Outros comemoraram com urras o exame negativo. Com o tempo e a maturidade, muitos deles se tornaram bons pais - e muitos, talvez esquecidos dos apertos de um passado recente, agora se engajam na campanha após as declarações de Eduardo Nem Debaixo do Meu Cadáver Cunha.
Vendo essas manifestações, volto ao jantar com meus pais, quando souberam que seriam avôs, e penso que bastaria que um de nós estivesse desempregado para que a notícia transformasse o vinho da noite em vinagre. Ou que o emprego de um de nós corresse risco em razão da gravidez - nem todo mundo tem carteira assinada, direito a férias ou licença-maternidade; entre ser mãe e não ter dinheiro durante os meses de gestação e amamentação, há quem não tenha margem para escolhas morais. Bastaria também que um de nós tivesse de abrir mão de uma oferta irrecusável de estudo ou trabalho em outra cidade ou país. Ou que um de nós estivesse em tratamento contra drogas ou álcool. Ou que não tivéssemos nossa casa - e anunciássemos que nossos pais teriam de cuidar de três crianças num mesmo cômodo a partir de então. Ou que o "sim" à vida era apenas (e não apenas) uma ferramenta para evitar o rompimento de uma relação baseada em chantagens ou agressões. Ou que os pais fossem estranhos um para o outro (em vez de sete anos, poderíamos ter sete dias de namoro). Ou - pior – que a gravidez era resultado da violência de uma relação não consensual.
Todos estes fatores podem pesar e não ser preponderantes na hora da decisão - e julgar se são razões suficientes para interromper uma gravidez cabe, ou deveria caber, apenas aos sujeitos da decisão: os que podem calcular, pesar, medir, sentir e suportar as dores da própria condição. Reduzir essa escolha a uma vocação ou vontade é uma contribuição tão rica para o debate quanto publicizar o próprio amor. Isso diz mais sobre o manifestante, e sua (pouca) vontade de mudar uma realidade perversa, do que sobre a causa em si. Nessa realidade, é possível tapar os olhos ou não, mas não vai evitar que todos os anos milhares de mulheres sejam empurradas para o abismo da ilegalidade. Pois com ou sem as âncoras do moralismo barato, elas seguirão decidindo sobre o próprio destino.
Quando damos ao Estado a prerrogativa de decidir por nós, damos a ele o direito de uma imposição. Com ele, o direito de tabelar a vida alheia em primeiras, segundas e terceiras categorias. Caso as leis antiaborto sejam endurecidas, como pedem as manifestantes "pró-vida", tudo continuará como está. Só que alguns pagarão pela dignidade. Outras, se não morrerem na entrada, serão algemadas na saída. Em outras palavras: apesar dos bons sentimentos por nossos bebês, a ojeriza antiaborto publicizada em rede serve apenas para deixar tudo como está: ricos recorrem a clínicas clandestinas equipadas; pobres (as mães e os filhos) morrem no beco. Se isso não é digno da nossa ojeriza é porque a nossa humanidade é um conceito natimorto.
Em tempo: Fortalecido pela eleição ao comando da Câmara, Eduardo Cunha mostrou a que veio ao tirar da gaveta projetos que dificultam a adoção de crianças por homossexuais e que ofendem a comunidade LGBT com a instituição do Dia do Orgulho Hetero.
O deputado é um craque do mundo político: cavou seu espaço em meio a uma guerra fratricida entre PT e PSDB sem romper ou se aliar necessariamente com nenhum dos lados. Mas de gente ele nada entende. Cunha, como tantos, se aferra em pressupostos verdadeiros para atingir conclusões falsas (ou desonestas) acerca da ideia de liberdade. Esta pressupõe um mundo em condições iguais – e simétricas – de direitos. Sendo assim, se gays e negros podem sair às ruas manifestar o seu orgulho, heteros e brancos também podem, certo? Poder pode, mas isso não os iguala em condições.
Afinal, quais direitos, como jovem branco e hetero, posso pedir em uma exortação pública de orgulho à minha cor ou sexualidade? Em minha vida, jamais fui enquadrado como elemento suspeito. Nem vi as portas de entrada para a escola ou o mercado de trabalho se reduzirem à minha frente: os professores, os amigos, os diretores e a propaganda da Margarina sempre me deram a sensação de acolhimento – um acolhimento normativo e monocromático. E, em que pese as brincadeiras por meus hábitos religiosos da infância, ninguém me abordou com lâmpadas e correntadas no meu rosto quando andava nas ruas com a Bíblia ou de mãos dadas com a namorada.
Movimentos de afirmação são movimentos para combater o mal-estar da invisibilidade. Esta invisibilidade decorre do aniquilamento e do confinamento de determinados grupos a determinados espaços – quase sempre longe do centro, das escolas, das empresas, dos centros culturais, dos governos, etc.
Quem jura ver racismo em ações afirmativas ou privilégio em dia de orgulho gay não sabe o que é ser invisível. De minha parte, dispenso um dia em minha homenagem, e me solidarizo com as reações ao escracho agora patrocinado pela maior autoridade da Câmara. Nos debates sobre aborto e direitos das minorias, a ingenuidade e a má-fé andam juntas. São a argamassa do mundo tal como está: uma ilha de privilégios cercada de sangue.

22 fotos que mostram por que ser mãe ou pai é a 'profissão' mais difícil do mundo

no Catraca Livre
Uma das experiências mais transformadoras e fantásticas do mundo é ter um filho. Porém, quem é mãe ou pai sabe que também essa é uma tarefa bem desafiadora, que inclui conviver com muita bagunça pela casa.
O site Distractify reuniu 22 fotos divertidas que mostram quão árdua pode ser essa tarefa e como também as crianças podem ser criativas na hora de brincar. Veja:
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Foto: Reddit
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Conheça Lucy e Maria: as irmãs gêmeas totalmente diferentes

no Catraca Livre
Todo nós sabemos que os irmãos gêmeos podem não ser tão semelhantes, mas essas duas jovens britânicas estão chamando atenção por não terem nenhuma característica parecida.
As gêmeas Maria e Lucy Aylmer, 18 anos, não têm problemas de serem confundidas na rua, isso por causa de uma condição muito rara que fez com que uma nascesse ruiva de olhos azuis e a outra negra de cabelos encaracolados. As informações são do Terra.
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oto: The Mirror / Reprodução
As britânicas são filhas de mãe jamaicana e pai inglês. Desde o dia de seu nascimento, todos da família ficaram surpresos com as diferenças entre elas. Em entrevista ao The Mirror, as jovens relatam que já tiveram de mostrar seus documentos para provar aos amigos que são gêmeas.
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Foto: The Mirror / Reprodução
As gêmeas também são diferentes em relação a gostos e características comportamentais. Além disso, enquanto Lucy estuda Arte e Design na Universidade de Gloucester, Maria é estudante de Direito, na Universidade de Cheltenham. A condição que as tornou opostas é rara e a chance de ocorrer é apenas uma em um milhão.
Veja mais fotos:

terça-feira, 3 de março de 2015

Dilma, o único antídoto contra o fundamentalismo é o confronto

no Socialista Morena
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Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Entendo que Lula deseje pacificar Dilma com o PMDB para que, afinal, eles não acabem participando da trama do impeachment. Entendo que a própria presidenta queira isso. Mas há PMDBs e PMDBs. Não existe mais a possibilidade de Dilma dialogar com o PMDB que Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, representa. O PMDB dos fundamentalistas religiosos, dos que querem transformar o País numa teocracia. Esta gente odeia Dilma, odeia tudo que ela representa. E quer tomar o seu lugar.
A história do PT o empurra para a obrigação de deter a escalada dos fundamentalistas, cujo alvo principal é a presidência da República. Ou Dilma e Lula têm a ilusão de que em 2018 terá este PMDB a seu lado novamente? Em nome da tal governabilidade, o PT dilapidou seu patrimônio ético e político ao longo dos anos que está no poder. Para agradar setores à direita, eliminou os “radicais” do partido, quando em muitos aspectos eles eram o que de melhor o PT tinha. Que falta eles fazem hoje!
Será que o PT acalenta o sonho de permanecer no poder em 2018? Ou melhor: será que o PT será reeleito em 2018? Tenho minhas dúvidas. Mas tanto para permanecer no poder quanto para se preparar para deixá-lo, o partido deveria começar a fazer o que tem de ser feito. Dar ao Brasil de presente a entrada no primeiro mundo de fato, onde a civilidade supera a barbárie. Neste quarto mandato à frente do País, o PT precisa garantir seu lugar na história, como fez Pepe Mujica no Uruguai e mesmo Barack Obama nos Estados Unidos. E acredito que Dilma sairá fortalecida se o fizer. O PT cresce quando confronta.
O contra-ataque no Congresso deveria se basear em quatro projetos basicamente:
1. Imposto sobre grandes fortunas: é um assunto que conta com o apoio de grande parcela da população. Só é polêmico, na verdade, para quem possui grandes fortunas.
2. Legalização da maconha para uso medicinal: segundo pesquisa Datafolha de novembro do ano passado, 56% dos brasileiros se manifestaram contrários à venda da maconha para uso medicinal. Mas e os outros 44%? Uma boa campanha não seria capaz de modificar o pensamento de quem se opõe? Se o próprio ex-presidente FHC, que é da oposição, participa de campanhas a favor… Este é um tema caro à esquerda brasileira, tão menosprezada pelo PT nos últimos anos. E o ideal é que fosse um projeto que abarcasse também o uso e o plantio para consumo próprio, o que elimina o narcotráfico.
3. Reforma política: um projeto próprio e avançado, com tudo que o PT sempre quis colocar em pauta. Voto em lista, financiamento público de campanha e aumento da participação da mulher. Nada mais perfeito para mostrar quem está mesmo preocupado com a ética na política.
4. Criminalização da homofobia: pesquisa do Ibope de setembro do ano passado mostrou que 53% dos brasileiros são contra o casamento gay, mas 40% são a favor. Trata-se de uma parcela muito significativa da população que se mostra partidária da tolerância com o semelhante e que precisa ser atendida em seu desejo de que o País avance no combate ao preconceito. Sem contar que os cidadãos LGBTs votaram em Dilma, ela lhes deve isso.
Ao apresentar estes projetos no Congresso, Dilma iria recuperar imediatamente a simpatia da parcela mais progressista do eleitorado, que é formadora de opinião e foi importantíssima para sua reeleição. E, assim como Obama fez, dará um xeque-mate no conservadorismo religioso, porque é uma dessas ocasiões em que, mesmo se for derrotada, Dilma ganha. Se perder, o Congresso sairá com uma imagem extremamente retrógrada não só diante do Brasil como do mundo. A presidenta, ao contrário, sairá como a mulher que tentou colocar o País no rumo das nações mais civilizadas do planeta e foi derrotada por políticos atrasados, dignos de república de bananas.
Aposto que seria uma boa briga e que só faria bem à popularidade da presidenta. Um antídoto contra o golpismo dos fundamentalistas, que dificilmente conseguiriam levantar a cabeça de novo. Se, em vez disso, o PT e Dilma resolverem baixar a cabeça, cedendo cargos e espaço no governo para o conservadorismo, nada mais farão que dar um tiro no próprio pé e enterrar o partido de vez. Além de colocar o Brasil no rumo das trevas.
Ninguém aguenta mais a covardia que o PT está demonstrando no governo. Afinal, a presidenta tem coração valente ou era só truque de marketing? Vai para cima deles, Dilma!
(Mais para o final do mandato, a presidenta Dilma deveria apresentar ao País um bom projeto para a legalização do aborto. Está mais do que na hora e ela é a pessoa certa para fazê-lo e passar à história. Tenho certeza disso.)