segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Petrobras: FHC e Gilmar botaram a raposa no galinheiro

Ah, que saudades do Joel Rennó …
no Conversa Afiada
Reichstuhl, o da Petrobrax (E), e Rennó, o do ACM


Conversa Afiada reproduz entrevista do jurista Celso Antônio Bandeira de Mello, publicada na Rede Brasil Atual:

‘NÃO HÁ EXEMPLO NA HISTÓRIA DE ENTREGUISMO TÃO DESLAVADO QUANTO NO GOVERNO FHC’


Segundo jurista, para discutir problemas de corrupção na companhia de petróleo brasileira, é preciso lembrar que, em 1997, o governo do tucano fragilizou a Lei de Licitações e regra sobrevive até hoje

por Eduardo Maretti, da RBA 

São Paulo – A discussão sobre problemas de corrupção da Petrobras precisa levar em conta o momento em que o primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fragilizou a Lei 8.666/1993 (a Lei de Licitações). Em 1997, o governo FHC editou a Lei n° 9.478/1997, que autorizou a Petrobras a se submeter ao regime de licitação simplificado, descaracterizando determinações da legislação anterior. Para o jurista Celso Antônio Bandeira de Mello, esse foi o momento em que “o governo Fernando Henrique colocou o galinheiro ao cuidado da raposa”. Em julgamento de mandado de segurança de 2006, o ministro Gilmar Mendes, do STF (indicado por FHC), concedeu liminar validando a regra da lei do governo tucano. Desde então, outras liminares confirmaram a decisão de Mendes, mas o julgamento do mérito nunca ocorreu.

Na opinião do jurista, embora tudo esteja “sendo feito para prejudicar o governo” no escândalo da Petrobras e denúncias de corrupção, não existe risco de impeachment.

Porém, as dificuldades enfrentadas pelo PT e seus governos, de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, no âmbito do Judiciário, são em grande parte decorrentes do “desprezo” da esquerda pelo direito. “Tanto a esquerda não dá muita importância ao direito que o Supremo (de hoje) praticamente foi composto, em boa parte, por governos do PT. E, no entanto, como é que o Supremo se comportou no chamado mensalão? Condenou, não apenas o Genoino, mas o Dirceu de uma maneira absurda”, diz.

Porém, na opinião do jurista, a partir de agora a esquerda vai ser obrigada a dar mais atenção a aspectos jurídicos ao governar.

Na atual composição do STF, nada menos do que sete ministros foram indicados por Lula ou Dilma: o ex-presidente indicou o atual presidente da corte, Ricardo Lewandowski, além de Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Os nomes de iniciativa da presidenta são Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso.

Leia entrevista concedida à RBA.


Qual sua opinião sobre a “tese” do impeachment, aventada politicamente nos corredores do Congresso, por alguns juristas e alimentada pelos jornais?
Entre os juristas, só vi falar a respeito o Ives Gandra.


O senhor leu o parecer?
Vi aquele artigo do jeito que saiu, por ele mesmo publicado na Folha. Eles perderam a eleição, ficaram aborrecidíssimos – o que se compreende. O que não se compreende é esse tipo de reação de quem, digamos, dá vontade de dizer: vai chorar na cama que é lugar quente. Eles reagiram dessa maneira intempestiva. Não estou muito impressionado com isso, porque para impeachment é preciso muita coisa. Não basta um artigo que alguém escreva e eventualmente algumas pessoas insatisfeitas fazerem menção a isso. Não houve a meu ver nada suficiente para justificar um impeachment, assim como não houve também no Congresso. Impeachment não é assim, “eu não fiquei satisfeito com o resultado das eleições…” Não creio que vá muito pra frente isso, embora eles tenham por eles o Ministério Público e a polícia. A coisa mais difícil de controlar é a polícia.


As informações são vazadas seletivamente…
Tudo está sendo feito para prejudicar o governo. Se formos falar nesse negócio da Petrobras, isso é antiquíssimo. Aliás, qualquer pessoa que pegar meu Curso de Direito Administrativo (editora Malheiros) vai ver que lá está escrito com todas as letras que o governo Fernando Henrique colocou o galinheiro ao cuidado da raposa. Ainda no governo daquele senhor, ele baixou uma medida para as estatais escaparem da Lei de Licitações, a lei 8.666. Essa medida foi autorizada às empresas estatais, que são as grandes realizadoras de obras públicas. A partir do momento em que o governo autoriza as estatais a regulamentarem suas compras, portanto retira a força de Lei de Licitações, o que está fazendo? Entregou o galinheiro à raposa. Então a questão da Petrobras é coisa antiga…


Lembrando o julgamento da Ação Penal 470, ela mudou alguns paradigmas e introduziu a questão da judicialização da política. Considerando isso, o senhor acha plausível a possibilidade de impeachment de Dilma?
Eu não acho, sinceramente. Acho que existe um escândalo e, no fundo, eles gostariam que algum jurista respondesse aquele artigo (de Ives Gandra), para colocar esse tema em pauta. Mas não se deve, na minha opinião. Tanto que nenhum jurista respondeu. Você vê que houve um silêncio de morte. Em geral há muito poucos juristas, de nomeada, de direita. Quase nenhum. Os juristas são de centro, de centro-esquerda, mas não são de direita. Não tem. Sobretudo jurista de direita que seja nacionalmente ouvido, respeitado. É mais raro ainda. Um falou, e ficou nele. E os chamados juristas de centro ou centro-esquerda nem ao menos responderam, não deram bola.


O presidente do PT falou em coletiva, na última semana, sobre violação de direitos fundamentais na Operação Lava Jato. Pessoas serem acusadas e presas sem provas, como até o ministro Marco Aurélio do Supremo comentou…
Na verdade, o que aconteceu desde antes do chamado mensalão – e o mensalão foi uma prova disso – é que a esquerda tem um defeito, a meu ver: é o desprezo pelo direito. A esquerda não dá muita importância aos aspectos jurídicos. Tanto não dá que o Supremo (de hoje) praticamente foi composto, em boa parte, por governos do PT. E, no entanto, como é que o Supremo se comportou no chamado mensalão?

Vou citar um caso paradigmático: condenou, não apenas o Genoino, mas o Dirceu de uma maneira a meu ver absurda. E tão absurda que dois expoentes da direita, a saber, Ives Gandra da Silva Martins e depois Cláudio Lembo – que aliás é um excelente constitucionalista, um jurista de muito valor –, os dois disseram que a condenação do Dirceu foi sem provas. Foi absolutamente sem prova. Foi tão escandalosa que essas duas pessoas insuspeitíssimas se manifestaram nesse mesmo sentido. O PT e a esquerda, de modo geral, não dão a menor bola pro direito. Agora vão ser obrigados a dar.



O que seriam atitudes que indicariam levar o direito em consideração, pela esquerda?

Na escolha das pessoas já se vê que não tiveram cuidado. Tanto que escolheram pessoas que foram capazes de condenar sem prova. Eles queriam pegar o Lula, mas era demais, porque era mais fácil cair tudo. Então pegaram quem estava mais alto abaixo do Lula: Dirceu.


Nesse sentido, o senhor considera que Dilma pode ser “pega”?
Acho que esse clima alucinado já passou. Eu tenho dito e repito: no Brasil não há liberdade de imprensa, há meia dúzia de famílias, se tanto, que controlam os meios de comunicação. As pessoas costumam ingenuamente imaginar que esses meios de comunicação têm por finalidade informar as pessoas. Não têm, são empresas, elas têm por finalidade ganhar dinheiro. Portanto, têm que agradar aqueles que os sustentam. E quem são? Os anunciantes. Nunca vão ter isenção. Pelo menos não num país como o nosso.

Em países desenvolvidos têm muitas fontes de informação, o cidadão lê livros, vai ao teatro, ao cinema, ele se ilustra. Em país subdesenvolvido, não existe essa ilustração. Então, o que está escrito nesses meios de comunicação entra como faca na manteiga na cabeça da classe média alta, que é muito influente. O povão não liga, mas a classe média alta liga. E quando é muito insistente, vai se generalizando até para o povo. A eleição (de 2014) foi apertada, por isso estão usando esses expedientes. Se tivesse sido uma vitória esmagadora como a do Lula, não iam se atrever.



Curioso que o parecer de Ives Gandra é de José de Oliveira Costa, advogado de FHC…
Pois é, mas não é para estranhar. Porque o governo desse Fernando, o que não foi defenestrado, foi o governo mais entreguista da história do Brasil. Não há exemplos na história, que eu saiba, de um entreguismo tão deslavado quanto no governo dele. Portanto, desse lado pode se esperar tudo.


Em 2018, a eleição promete ser dura, não?
Promete mesmo ser muito dura. Daqui até lá tem muita água pra correr debaixo da ponte. Ainda é cedo, eu não sei como vai ficar.


A Petrobras sempre foi atacada como pretexto para se atingir governos que desagradam à elite…
Vou dar uma resposta muito pessoal: se eu tivesse dinheiro pra investir era ação da Petrobras que eu ia comprar. Eu creio que ela vai se levantar, que tudo isso é onda. É política, e política dos derrotados, mas os derrotados têm em favor deles todos os meios de comunicação. Não estou falando da Veja, porque a Veja nem considero que é veículo de imprensa, é um veículo, digamos, de mera publicidade. Nós já vivemos situação pior, porque hoje é esse grupinho, mas houve um momento em que o Chateaubriand controlava tudo. Era pior ainda. Hoje temos um grande respiradouro, que é a internet. Eu tenho uma relação de uns 20 sites ou mais que, se achar necessário, recorro a eles. Vão da extrema direita à extrema esquerda, para eu poder me sentir mediocremente informado.

Completo dizendo o óbvio. Quando você vai para a França, por exemplo, os hotéis de alguma qualidade colocam à disposição dos hóspedes dois jornais. O Le Monde, tido como de centro-esquerda, e o Figaro, tido como de centro-direita. Mas se ler um ou ler outro, você continua devidamente informado. Nenhum deles te engana. Eles têm a linha deles. É normal que haja pessoas de direita, de esquerda, de centro, de tudo. Nenhum problema que tenham a linha deles. Mas no Brasil não é assim. No Brasil a imprensa faz tudo pra te enganar.

Navalha
Sergio Gabrielli​ deu excelente entrevista à Fel-lha – ver no ABC do C Af – (Aqui, a entrevista que deu ao Conversa Afiada, melhor e mais completa, ainda !.)
A certa altura, Gabrielli desmonta o moralismo udenista do entrevistador que pergunta: “não seria melhor blindar empresas como a Petrobras contra indicações políticas ?”
Responde Gabrielli – “Bobagem. O que você tem que fazer é que a diretoria aja tecnicamente. Por que o dirigente de uma empresa não pode ter uma filiação partidária ? O que não pode é usar o cargo para ajudar o partido.”
Conversa Afiada lembra que o Dr Getúlio nomeou um político por excelência, Juracy Magalhães, para ser o primeiro presidente da Petrobras.
E que o Príncipe da Privataria, que, segundo o jurista Bandeira de Mello, instalou a raposa no galinheiro, nomeou para a presidência da Petrobras o insigne dr Joel Rennó. Ele marca a História da Petrobras de forma indelével !
Sua gestão compara-se à daquele aquele que queria criar a Petrobrax …
Rennó foi nomeado presidente da Petrobras pelo presidente Itamar Franco, por sugestão do grupo político de Aureliano Chaves, vice-presidente de João Figueiredo.
E lá permaneceu no Governo do Príncipe, segundo a Fel-lha:
Considerado substituição certa no início do segundo governo FHC, Rennó conseguiu permanecer no cargo graças a novas alianças que costurou, especialmente com o grupo do PFL liderado pelo senador Antonio Carlos Magalhães, e com alguns setores do PSDB, como os ligados ao ex-governador do Rio Marcello Alencar.
Quer dizer que o FHC, imaculado, vestal udenista de São Paulo, entregou a Petrobras a um aliado do pecaminoso ACM ?
Que horror !




Paulo Henrique Amorim

Para quem acompanha o fortíssimo Game of Thrones. A belíssima música de abertura com o Grupo Break of Reality.


A série é contundentemente forte, foge às regras estabelecidas, beirando a falta de qualquer ética sobre o assassinato e a violência. Expõe as mulheres a situações de sadomasoquismo, banaliza, muitas vezes o sexo e, principalmente o corpo da mulher, mas é vista por milhares de pessoas mundo afora.

Aqui, apenas fazemos o compartilhamento da música de abertura que é um primor.

Publicado em 4 de abr de 2013
Download on iTunes: http://bit.ly/10K5qh6
Also available on Amazon and Google Play

SHEET MUSIC: http://bit.ly/1s1jgIO

Game of Thrones theme song arranged and performed by cello rock band Break of Reality. Original composition and soundtrack by Ramin Djawadi.

www.breakofreality.com
www.facebook.com/breakofreality
www.twitter.com/breakofreality

Filmed at Kolo Klub in Hoboken, NJ. Produced by Break of Reality. Set stylist and direction: Heather Sanders (Tutu and Betz). Cellists: Patrick Laird, Laura Metcalf and Brook Speltz. Percussionist: Ivan Trevino

LOUCOS POR SAMBA - Usuários de serviço de saúde mental fazem fantasias em ateliê inclusivo

por Igor Truz e Dodô Calixto, do Opera Mundi no Rede Brasil Atual
Empreendimento economicamente solidário, projeto “Loucos pela X” mantém parceria com X-9 Paulistana há 14 anos e luta contra preconceito, internações e segregação no tratamento psiquiátrico.
loucos pela x
'Loucos pela X': empreendimento luta contra preconceito, internações e segregação no tratamento psiquiátrico

Reconhecido como o empreendimento mais economicamente inclusivo do carnaval brasileiro no 1º prêmio Edison Carneiro, promovido pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) em novembro de 2014, o projeto reúne o grupo de aderecistas carnavalescos há 14 anos.
O encontro do grupo que hoje compõe a Loucos pela X começou dentro de um serviço municipal de saúde mental localizado também no Jaçanã. Com o objetivo de promover a inclusão social de usuários do serviço por meio da geração de trabalho e renda, os profissionais de saúde organizaram, em 2001, um projeto baseado na reciclagem de papel.
“Era bem modesto, bem pequeno. A gente reciclava papel e produzia objetos para vender em feiras de artesanato, tentando se aproximar do campo da economia solidária. Nosso interesse era sair do ciclo doença mental-incapacidade-improdutividade. Queríamos começar a criar vínculos com a cidade”, explica a psicóloga Simone Ramalho, uma das coordenadoras e fundadoras da Loucos pela X.
O esforço do grupo ganhou repercussão no Jaçanã e chegou aos ouvidos de Lucas Pinto, carnavalesco da X-9 naquela época. Devido a problemas com direitos autorais, o carnavalesco não pôde contar a história do artista sergipano Arthur Bispo do Rosário, expoente das artes plásticas que passou mais de 50 anos internado em um hospital psiquiátrico. Ele então convidou o grupo de reciclagem para participar do desfile da escola no ano seguinte. Sua ideia era destacar a potência criativa da loucura.
Imortalizado pelo sambista Adoniran Barbosa, o "Trem das Onze", de fato, nunca existiu. O compositor, que também não era filho único, jamais morou no Jaçanã e disse ter usado o nome da região em sua música apenas porque rimava com “só amanhã de manhã”. No entanto, o bairro da zona norte paulistana parece ter uma vocação para ser cenário de grandes histórias do samba.
Localizado em uma pequena rua daquela região está instalado o ateliê dos “Loucos pela X”, que abriga um empreendimento coletivo de trabalhadores formado por profissionais e usuários de serviços de saúde mental. Além de manter uma ala nos desfiles da X-9 Paulistana, o grupo confecciona fantasias da escola de samba e de outras agremiações do grupo especial e de outras divisões do carnaval de São Paulo.
O grupo aceitou o convite e criou a própria fantasia, inspirada na obra de Bispo do Rosário, feita com flores de papel reciclado por seus integrantes.
A psicóloga relata que a experiência de preparar aquele carnaval foi intensa. Usuários, seus familiares e até mesmo vizinhos do serviço de saúde participaram do mutirão para confeccionar as fantasias daquele ano. O grupo começou a frequentar a quadra da X-9 e a participar dos ensaios para aprender o que era harmonia e evolução. “A gente foi percebendo que este é um grupo carnavalesco. Cada um foi se descobrindo em outro corpo, outro papel.”
A primeira participação no Sambódromo, em 2002, foi um sucesso. Homenageado pela X-9 como uma das alas de destaque do carnaval daquele ano, o grupo foi convidado para integrar uma ala permanente, que hoje já é uma das mais antigas da agremiação.
NATASSIA TRUZ
Psicóloga Simone Ramalho é fundadora do 'Loucos pela X': ateliê é um dos mais procurados do carnaval de SP
“O mais interessante no início deste projeto é que o chamado veio da comunidade. Para a escola de samba, um lugar plural, que também tem essa história de resistência, não havia nenhum problema que pessoas diferentes, do ponto de vista subjetivo, tomassem parte de seu carnaval como qualquer outro folião”, destaca Simone.
Desde então, o projeto cresceu. A ala é hoje composta por 40% de usuários de serviços de saúde mental no Jaçanã e em outras regiões da cidade. “Isso tem um impacto no que a gente chama de cultura manicomial. Manter esta ala circula a mensagem de que o lugar de quem é diferente é de cidadania. Cuidar em liberdade, o grande lema da luta antimanicomial, é tentar reverter o histórico de segregação, se ocupando daquilo que é dificuldade, mas se ocupando também da vida, para poder desfazer essa história de preconceito construída durante muito tempo”, afirma Simone.

Economia solidária

Em outra frente, a Loucos pela X também cresceu. O ateliê no Jaçanã hoje conta com 20 integrantes fixos, entre usuários, familiares e profissionais de saúde, todos trabalhando como aderecistas.
“Nós somos um coletivo de trabalho. Nossas decisões são tomadas coletivamente. Fazemos reuniões com frequência para discutir quais decisões a gente vai tomar no processo de trabalho e também com a renda, como faremos nossos investimentos, o que vamos comprar. Este é um princípio importante da economia solidária: o dinheiro é de todos, o trabalho é de todos”, afirma Simone.
Cada aderecista trabalha com o que tem mais habilidade e todos recebem a mesma quantia de dinheiro. As remunerações não são baseadas na produtividade individual de cada trabalhador. Todas as tarefas, inclusive a organização do barracão, são consideradas importantes para a manutenção da cadeia de produção dentro do ateliê.
Simone destaca que a inserção social pelo trabalho é fundamental por promover a sustentabilidade econômica de pessoas com a marca da psiquiatria em suas vidas.
“Quando alguém está desempregado, sua circulação no mundo fica diminuída. Existe uma questão concreta neste projeto que é possibilitar autonomia, além de mudar identidades. Historicamente, estas pessoas foram identificadas como incapazes, mas não existe ninguém incapaz. Estes trabalhadores são aderecistas disputados, que produzem fantasias e alegorias para escolas do grupo especial de São Paulo há 14 anos”, diz a coordenadora do projeto.
Nos últimos quatro anos o coletivo se fortaleceu, inclusive economicamente. O ateliê conseguiu aumentar a oferta de serviços para a X-9 e outras escolas e hoje consegue sustentar, de maneira autônoma, o pagamento do aluguel do espaço e todo o empreendimento.
“É um negócio como qualquer outro. A gente precisa correr atrás de grana, de como vamos nos sustentar. A gente pode ter dificuldades, mas todo ano tem carnaval. E em todo carnaval a escola de samba tem que começar do zero”, ressalta Simone.
Em 2014, além da oferta de serviços para a X-9, a Loucos pela X fez todas as fantasias da escola Imperatriz da Pauliceia, do grupo 3 do carnaval de São Paulo. Além dos aderecistas, o grupo conta com 3 coordenadores: a própria Simone e os psicólogos Kátia Maria Souza e Pedro Gava.

Além do carnaval

Percebendo a necessidade de atuar de forma mais consistente no coletivo para garantir o crescimento do empreendimento, Gava deixou seu cargo na coordenação de um serviço de saúde para se dedicar exclusivamente ao grupo, recebendo a mesma remuneração dos demais integrantes.
Seu trabalho já rendeu bons frutos. A Loucos pela X venceu no início deste ano um edital do Programa de Ação Cultural (Proac) da Secretaria de Estado da Cultura. A verba subsidiará um projeto de parceria com serviços de saúde mental municipais.
Após o carnaval, o coletivo receberá usuários que serão alunos em uma oficina de confecção de fantasias de carnaval, com os aderecistas como professores. Para as aulas, materiais usados em fantasias da X-9 serão reciclados.
Além disso, a Loucos pela X também é um espaço de formação de profissionais de saúde. O ateliê é campo de estágio da PUC de São Paulo na disciplina de psicologia do trabalho e mantém parceria com a Escola de Enfermagem da USP.  No carnaval deste ano, cinco psicólogos estão trabalhando voluntariamente com o coletivo.

Pesquisa Data Popular mostra persistência do preconceito contra moradores de favelas

por Agência Brasil no Rede Brasil Atual
Para instituto, conjunto de noticiários negativos vinculados às comunidades é fator que mais contribui para o estigma de favelas pobres à criminalidade.
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Comunidade na zona oeste de São Paulo. Exclusão social e preconceito multiplicados por estereótipos na mídia

por José Gilbert Arruda Martins
Um dos aspectos que precisa ser levado em conta e, que foi destacado pela matéria é a visão da "grande" mídia sobre os moradores das favelas.

Como a grande maioria é negra e pobre. As TVs em seus programas diários, fazem verdadeira apologia aos PMs que caçam jovens negros, supostamente ladrões pelas ruas da cidade até as favelas.

Uma das questões que precisam ser debatida na hora do país elaborar uma lei de mídia, é criar, de forma democrática e sem censura, uma forma de regulamentar e organizar essa forma de fazer "programas" onde seus apresentadores, na prática, generalizam e jogam o povo da favela contra a polícia e a polícia, mal preparada, entra e usa de extrema violência contra essas comunidades, tudo filmado e transmitido, muitas vezes ao vivo para milhares de pessoas e cidades do Brasil.

Brasília – Pesquisa do Instituto Data Popular mostra que ainda é preconceituosa a visão dos moradores do asfalto em relação aos de favelas. A pesquisa consultou 3.050 pessoas em 150 cidades de todo o país entre os dias 15 e 19 de janeiro. De acordo com o levantamento, 47% dos cidadãos do asfalto nunca contratariam, para trabalhar em sua casa, uma pessoa que morasse em favela.
O presidente do Data Popular, Renato Meirelles, destacou que o Rio de Janeiro é exceção, porque um terço da mão de obra feminina das favelas é formada por empregadas domésticas. "E o Rio de Janeiro tem um fenômeno que não ocorre em outras regiões metropolitanas, que é uma presença maior de favelas nas áreas nobres da cidade", destacou. Isso explica a maior interação entre moradores do asfalto e de favelas no Rio de Janeiro.
Meirelles chamou a atenção para outro fato significativo nessa relação: "No Rio, encontramos muita gente que não disse explicitamente que morava em favela a seu patrão. É muito comum a gente encontrar casos de pessoas que dão 'uma enroladinha' sobre o local onde realmente moram".
A pesquisa constata a existência de preconceito relacionado à violência: 69% dos entrevistados do asfalto disseram que têm medo quando passam em frente a uma favela e 51% afirmaram que as primeiras palavras que lhes vêm à mente quando ouvem falar de favela são droga e violência. "Eles têm medo de que, ao contratar um morador de favela, se tornem mais uma vítima de roubos ou assaltos, como se os moradores de favela fossem efetivamente ladrões quando, na verdade, a gente sabe que a criminalidade é a menor parte da favela". Ponderou que a violência está presente hoje em dia tanto no asfalto quanto na favela.
Para Renato Meirelles, criou-se um estigma no país, relacionado à favela, de associar esse território à criminalidade. "[Isso] vem da origem da favela, que foi fruto da ocupação e da ausência do Estado". A consequência foi o tráfico se colocar como poder paralelo, observou.
Segundo o presidente do Data Popular, a associação da favela com droga e violência é uma visão estereotipada que, muitas vezes, se alimenta de um conjunto de noticiários negativos vinculados às comunidades. Segundo ele, o retrato que os moradores do asfalto têm dos habitantes de favelas mostra um aspecto cultural.
Meirelles comentou, que embora esses dados sejam alarmantes, eles seriam piores há dez anos. "Porque de dez anos para cá, você teve o processo de pacificação das favelas, teve novelas que passaram em favelas ou nas periferias, mostrando outro lado além da violência". O livro Um País Chamado Favela, lançado no ano passado pelo instituto, colocou a favela no centro do debate eleitoral.
Há hoje uma discussão mais aprofundada sobre a realidade da favela, para Meirelles. "Isso é bom". O empreendedorismo não para de crescer nas favelas – dois terços dos moradores que há dez anos pertenciam às classes sociais D e E hoje estão na classe C, acompanhando o processo de melhoria da economia, explicou. O preconceito ainda é, entretanto, uma barreira que os moradores da favela encontram para conseguir, na prática, superar dificuldades da ausência do Estado, da falta de acesso à educação nessas localidades.
Até conseguir um emprego é mais difícil, observou, porque a maioria dos moradores de favelas é negra. Além disso, há participação maior de mulheres como chefes de família e elas ganham menos do que os homens. Outro ponto é que a escolaridade na favela é menor que no asfalto. "Ou seja, na favela tem muito menos oportunidades do que o asfalto para conseguir abrir o seu negócio, para conseguir um emprego de boa qualidade ou melhorar economicamente.".
A pesquisa completa será divulgada no 2º Fórum Nova Favela Brasileira, que ocorrerá no próximo dia 3 de março no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Durante o evento, será apresentada a íntegra de outra pesquisa inédita, feita com 2 mil moradores de favelas do Brasil em janeiro deste ano, que retrata a visão deles em relação aos moradores do asfalto, abrangendo ainda aspectos sobre como se divertem, o que consomem e o que compram no interior das favelas, entre outros dados.

SEGUNDO MANDATO - Pronatec Aprendiz tem meta de oferecer 12 milhões de vagas até 2018

por Agência Brasil no Rede Brasil Atual
No caso das micro e pequenas empresas, que representam 95% do universo empresarial do país, o programa vai cobrir os custos de treinamento e acompanhamento, cabendo a elas apenas o pagamento do salário.
pronatec
Guilherme Afif e Cid Gomes assinam acordo de cooperação para custeio de treinamento de jovens

por José Gilbert Arruda Martins
Boa iniciativa. A principio só positividade. Agora é esperar que haja a concretização do projeto.

Projeto que pode ajudar a diminuir as milhares de mortes de jovens, principalmente nos grandes centros do país.

O Pronatec, incentivando aos estudos, primeiro e, depois ao trabalho, irá, se tudo caminhar como foi planejado, potencializar a economia mas, principalmente, colaborar para que nossos jovens, principalmente os mais pobres, vislumbrem um futuro melhor.

Somos um país muito grande, com uma população também grande de jovens que, se "perdem" ao longo do caminho da educação formal. Milhares se evadem, principalmente durante o Ensino Médio, centenas são cooptados pelo crime organizado e acabam sendo assassinados.

Temos a chance de dar a oportunidade de estudo. 

Vamos aguardar.
Brasília – O Ministro da Educação (MEC), Cid Gomes, espera oferecer 12 milhões de vagas para jovem aprendiz até o final de 2018, quando termina o segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. "Existe já um programa nacional que é o Menor Aprendiz. E esse programa está muito presente em grandes e médias empresas, até por obrigatoriedade. Mas essas empresas só representam 5% do universo empresarial, então agora nós queremos massificar", afirmou o ministro da Educação, Cid Gomes, ao deixar um encontro com o ministro da Secretaria de Micro e Pequena Empresa (SMPE), Guilherme Afif, quando assinaram cooperação entre as pastas para custear o treinamento de jovens em empresas de pequeno porte.
Afif explicou que, atualmente, cabe às grandes empresas arcarem com os custos de acompanhamento do jovem durante o período de estágio dentro da empresa. No caso das micro e pequenas empresas, que representam 95% do universo empresarial do país, o Pronatec Aprendiz vai cobrir os custos de treinamento e acompanhamento, cabendo a elas apenas o pagamento do salário. Outra mudança é a possibilidade de o jovem ingressar ao mercado com 14 anos.
Cid Gomes ressaltou ainda que existe a necessidade de garantir maior acesso a programas de capacitação técnica voltados aos jovens do país. De acordo com ele, em países como a Alemanha e a França, a relação entre profissionais com nível de instrução técnica é de cinco para cada um com nível superior.
"No Brasil, que já padece de um histórico baixo de profissionais de nível superior, embora esse quadro esteja mudando aceleradamente, a relação é de um profissional (com nível superior) para meio (com nível técnico). Essa é uma das razões que motivaram o governo a colocar em ação esse programa Pronatec", disse. "Vai ser um oportunidade para milhões de jovens e isso, sem dúvida nenhuma, terá impacto positivo na nossa economia", completou Cid Gomes.




domingo, 15 de fevereiro de 2015

Nordestinos respondem ao golpe da mídia: "impitiman é meu zovo"

no Vermelho

Com o humor e em resposta aos constantes ataques à presidenta Dilma Rousseff, os nordestinos invadiram a gravação ao vivo em uma reportagem do programa do carnaval da Rede Globo "Globeleza" em Fortaleza no Ceará e mandaram recado: #ImpitimamÉMeuzovo.


A onda superou as barreiras nacionais e foi a hashtag #ImpitimamÉMeuzovo chegou aos trending tops mundiais na tarde deste sábado.

A frase exibida é uma paródia a lá nordeste com a frase "Impeachment é meus ovos". Imagem e o vídeo fizeram o maior sucesso nas redes sociais e já viraliza pelo Facebook com a campanha "impitimam é meuzovo".

A frase representa, de uma forma engraçada, o manifesto de seus eleitores a favor da presidenta que sofre constantes ameaças da mídia e da oposição sobre o impeachment. Que no fundo também é uma forma de trollar a Rede Globo e seu jornalismo tucano.

Vale lembrar que Dilma recebeu mais de 54 milhões de votos sendo sua maioria nas terras nordestinas.

Da Redação do Portal Vermelho
Com informaçóes do Portal Metrópole

Por que a sonegação de 8 mil brasileiros não é notícia no ‘JN’?

no Vermelho

Desde a última segunda-feira (9), os telejornais do mundo inteiro noticiaram o escândalo mundial do banco HSBC ter ajudado milionários e criminosos a sonegar impostos em seus países, usando sua filial na Suíça. Mas no Jornal Nacional da TV Globo, nenhuma palavra sobre o assunto.

Não se pode dizer que a notícia é apenas de interesse estrangeiro, pois 8.667 correntistas são associados ao Brasil, despontando como a quarta maior clientela.

O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco Filho, por exemplo, confessou em depoimento à Polícia Federal, ter mantido dinheiro de propinas neste HSBC Suíço durante um período.

No Brasil, não é só a TV Globo que parece desinteressada nesta notícia. O resto da imprensa tradicional brasileira também reluta em divulgar até nomes que já saíram na imprensa estrangeira.

Um portal de notícias de Angola noticiou a presença na lista da portuguesa residente no Brasil, Maria José de Freitas Jakurski, com US$ 115 milhões, e do empresário que detém concessões de ônibus urbanos no Rio de Janeiro, Jacob Barata, com US$ 95 milhões. A notícia traz dores de cabeça também para o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB-RJ), pois Barata é chamado o "rei dos ônibus" e desde junho de 2013 é alvo de protestos liderados pelo Movimento Passe Livre.

O dinheiro nas contas pode ser legítimo ou não. No caso de brasileiros, a lei exige que o saldo no exterior seja declarado no Brasil e, se a origem do dinheiro for tributável, que os impostos sejam devidamente pagos, inclusive no processo de remessa para o exterior. Porém é grande a possibilidade de esse tipo de conta ser usada justamente para sonegar impostos, esconder renda, patrimônio e dinheiro sujo vindo de atividades criminosas. O próprio HSBC afirma que mudou seus controles de 2007 para cá, e 70% das contas na Suíça foram fechadas.

A receita federal Inglaterra, onde fica a matriz do HSBC, identificou 7 mil clientes britânicos que não pagaram impostos. A francesa avaliou que 99,8% de seus cidadãos presentes na lista praticavam evasão fiscal. Na Argentina, a filial do HSBC foi denunciada em novembro de 2014, acusada de ajudar 4 mil cidadãos a evadir impostos. Segundo a agência de notícias Télam, o grupo de mídia Clarín (uma espécie de Organizações Globo de lá) tem mais de US$ 100 milhões sem declarar.

Os dados de mais de 100 mil clientes com contas entre 1988 e 2007 foram vazados pelo ex-funcionário do HSBC Herve Falciani. O jornal Le Monde teve acesso e compartilhou com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), formado por mais de 140 jornalistas de 45 países para explorar as informações e produzir reportagens, compondo o projeto SwissLeaks.

No Brasil, o jornalista Fernando Rodrigues do portal UOL é quem detém a lista e deveria revelar o que encontrou. Porém sua postura tem sido mais de esconder do que de revelar o que sabe. Segundo ele, revelará nomes que tiverem "interesse público" (portanto, independentemente da licitude) ou nomes desconhecidos sobre os quais venham a ser provadas irregularidades.

Mas o próprio Rodrigues disse que há nomes conhecidos de empresários, banqueiros, artistas, esportistas, intelectuais e, até agora, praticamente não publicou nenhum. Nem o de Jacob Barata, de claro interesse jornalístico. Só publicou dois nomes já divulgados no site internacional do SwissLeaks (contas do banqueiro falecido Edmond Safra e da família Steinbruch), o de Pedro Barusco, também já divulgado antes, e de outros envolvidos com a Operação Lava Jato, como Julio Faerman (ex-representante da empresa SBM), o doleiro Raul Henrique Srour, e donos da Construtora Queiroz Galvão.

Rodrigues não publicou nenhum nome de artista, esportista, intelectual, político ou ex-político, contradizendo sua política editorial de revelar tudo que seja de interesse público. Jornalistas do ICIJ de outros países divulgaram os nomes de celebridades, políticos, empresários. Há atores, pilotos de Fórmula 1, jogadores de futebol, o presidente do Paraguai etc.

A cautela no Brasil é contraditória com o jornalismo que vem sendo praticado pela imprensa tradicional de espalhar qualquer vazamento, sem conferir se tem fundamento, quando atinge alguém ligado ao governo da presidenta Dilma Roussef ou ao Partido dos Trabalhadores. Esta blindagem de não publicar o que sabe só costuma ser praticada quando há nomes ligados ao PSDB ou ligados aos patrões dos jornalistas e grandes anunciantes.

Um caso recente não noticiado pela mídia tradicional foi o discurso em 29 de abril de 2013 do ex-deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), no plenário da Câmara, em que disse sobre um dos donos da TV Globo: "(...) O Sr. João Roberto Marinho deveria explicar porque no ano de 2006 tinha uma conta em paraíso fiscal não declarada à Receita Federal com mais de R$ 100 milhões (...)". Tudo bem que o ônus da prova é de quem acusa, mas se fosse contra qualquer burocrata na hierarquia do governo Dilma, estaria nas primeiras páginas de todos os jornais e o acusado que se virasse para explicar, tendo culpa ou não.

O período que abrange o SwissLeaks, de 1988 a 2007, pega a era da privataria tucana e dos grandes engavetamentos na Procuradoria Geral da Republica, enterrando escândalos de grandes proporções sem investigações.

É só coincidência, mas o próprio processo de transferência do controle do antigo banco Bamerindus para o HSBC no Brasil se deu em 1997, durante o governo FHC. Reportagens da época apontaram que foi um "negócio da China" para o banco britânico.


Fonte: Rede Brasil Atual

PSDB é o partido mais sujo do Brasil, revela ranking da justiça eleitoral

no Pragmatismo Político

Análise dos 317 políticos brasileiros que foram impedidos de se candidatar pela lei Ficha Limpa traz uma descoberta interessante: o PSDB é o partido político mais sujo do Brasil. Veja o ranking

psdb ranking corrupção ficha suja
Os TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) barraram até agora a candidatura a prefeito de 317 políticos com base na Lei da Ficha Limpa, de acordo com levantamento feito nos 26 Estados do país.
O número deve aumentar, já que em 16 tribunais ainda há casos a serem julgados. Entre esses fichas-sujas, 53 estão no Estado de SP.
Na divisão por partido, o PSDB é o que possui a maior “bancada” de barrados, com 56 candidatos –o equivalente a 3,5% dos tucanos que disputam uma prefeitura. O PMDB vem logo atrás (49). O PT aparece na oitava posição, com 18 –1% do total de seus postulantes a prefeito.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Ministro defende investigação de denúncias sobre gestão FHC

no Essencial - DCM
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por José Gilbert Arruda Martins

Será que vão pegar o vira lata?

Não estou xingando, é apenas uma forma de denominar o cara que entregou o país na década de 90.

Que criticava o Brasil até nas rodinhas de chá no palácio do planalto.

É fundamental investigar "os malfeitos" da época de FHC. 

O problema é ter alguém para investigar, a blindagem da globo e de grande parte da "grande" mídia pode prevalecer.

Da folha:
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quinta-feira (12) que denúncias de pagamento de propina na Petrobras durante o governo Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, devem ser investigadas na Operação Lava Jato.
Em entrevista à Folha, o ministro disse que o dever da polícia é apurar qualquer suspeita de ato ilícito.
A declaração de Cardozo ocorre depois de o PT, seu partido, contestar o fato de investigadores não terem indagado depoentes sobre denúncias que envolvem o pagamento de propina na Petrobras no período anterior a 2003, ano do primeiro mandato petista na Presidência da República.
Em delação premiada divulgada na semana passada, o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco relatou ter começado a receber propina em 1997, época em que o PSDB comandava o país. Procurado na ocasião para comentar as declarações de Barusco, o partido não comentou.

Grávida defende descriminalização do aborto no Facebook e post viraliza

no Essencial
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Pedagoga Gabriela Moura escreveu um texto em seu perfil do Facebook em que se posiciona a favor da descriminalização do aborto no Brasil.
Na publicação, a jovem contou que passou pela experiência da gestação por duas vezes, sendo que a primeira não foi planejada. Mesmo assim, de acordo com ela, ambas foram “muitíssimo desejadas e apoiadas” por seu companheiro e por sua família. Isso, no entanto, não a impede de maneira alguma de ser “solidária” a suas “irmãs” e nem de saber respeitar as escolhas de todas.
O texto da jovem já foi curtido mais de 40 mil vezes. Enquanto muitas pessoas aplaudiram sua iniciativa, outros internautas atacaram a moça em sua página pessoal.
O post de Gaabriela:
Eu passei pela experiência de engravidar duas vezes. A primeira não foi planejada, a segunda, sim. Ambas foram muitíssimo desejadas e apoiadas, parceiro, familiar, financeiro, todas as nossas questões nos satisfaziam, estávamos (e estamos, afinal, estou gestando ainda) muitíssimo felizes, empenhados e preparados física e, sobretudo, emocionalmente.
As minhas gestações são as minhas gestações, jamais poderia embasar decisões de mulheres, essas que suas histórias não conheço, essas que seus desejos não conheço, essas que suas dores e delícias não conheço, por minhas experiências felizes na gestação e maternidade.
Estou ao lado dos direitos reprodutivos das mulheres. Eu sou TOTALMENTE favorável à descriminalização do aborto, ao respeito às mulheres e suas escolhas e seus corpos. Sou inteiramente solidária às minhas irmãs que são massacradas, estupradas, culpabilizadas por suas gestações, culpabilizadas pela interrupção destas gestações, caso tenham esses filhos, sofram violência obstétrica, sejam culpabilizadas por péssimas condições físicas e emocionais, rechaçadas no trabalho, crucificadas nos meios conservadores e, muitas vezes, sobretudo se forem negras e pobres, mortas sangrando na mão de um sistema cruel, ao coro de comemorações, em um Estado que tem por dever ser LAICO, ou seja, não deve embasar suas políticas públicas em aspectos religiosos.
Mulheres casadas abortam, cristãs abortam, prostitutas abortam, mulheres de mais de 40 anos, mulheres de menos idade abortam e eu jamais vou usar a minha gestação contra elas.
Solidariedade às minhas irmãs mulheres

E se fosse um governo petista no Paraná?

no Diário do Centro do Mundo
Um governador pouco amado
Um governador pouco amado


Publicado no literatortura.
A escolha de pauta nos grandes jornais brasileiros é muito interessante, veja bem:
No Paraná, 100% das escolas estaduais estão em greve. Três, das quatro universidades estaduais, também. Policiais e bombeiros, não, porque sua greve é inconstitucional.
Há poucos dias, os ônibus de Curitiba pararam. Pelo governo estadual.
Nesta semana, Beto Richa (PSDB) propôs um “pacote de maldades” para ser aprovado em critério de urgência pelos seus deputados mandados. Entre os desejos, além de aumentar impostos, Richa quer pegar 8 bilhões da Previdência Paraná. Pegar (pra não dizer roubar) porque esse dinheiro tem dono. Esse dinheiro é do contribuinte.
Entre tantos feitos, Beto deu calote em professores, bombeiros, policiais e outras classes, não pagando férias, atrasando décimo terceiro, demitindo professores PSS que haviam sido aprovados, além de faxineiros, merendeiros, porteiros etc.
Para o leitor entender, se uma escola abrir hoje, ela abre sem merenda.
Por outro lado, sorte da escola que abre, porque várias foram fechadas.
Qual governo, em pleno 2015, fecha escolas?
Qual jornal, em pleno 2015, com a internet aí, omite o caos que está acontecendo?
Talvez as informações sejam irrelevantes…
Talvez, como sempre acontece quando o bico do pássaro é grande, estejam acobertando. Como o e-mail que vazou, da diretora da globo mandando tirar o nome de FHC dos vt’s sobre a Lava-Jato. Curioso que dois dias depois do e-mail vazar, fizeram uma matéria colocando o nome do FHC, em todos os jornais. Imparcialidade, sempre.
Ontem, além do que já foi escrito e dos outros absurdos que você pode descobrir, caso se interesse pela política paranaense, mais de 20 mil professores e funcionários públicos, de diferentes cidades, ocuparam a Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, dando um corre nos deputados de situação, que fugiram pela porta dos fundos.
[Minha mãe, professora há mais de 25 anos, com outros professores de Guaíra, viajou mais de 660 km, para estar no protesto, tamanha a gravidade do assunto.]
Os professores permanecem na ALEP.
Hoje, Beto Richa conseguiu que decretassem a expulsão deles do local.
A PM, em vídeo divulgado lá na nossa página, se recusou a cumprir tal ordem e foi embora.
Em comentário, a docente e leitora do site, Thais Vanessa Schmitz, escreveu: “A PM do PR também está sofrendo com um calote do governador e desvalorização. Para eles é inconstitucional fazer greve, mas estão nos apoiando, um deles mesmo disse: eu sei que vocês estão lutando por nós também.”
Entretanto, nada está garantido. Como se fosse piada, os parlamentares irão votar o projeto amanhã, a portas fechadas, no restaurante da Câmara.
Será que a população não vai invadir? Será que não teremos confrontos?
Tudo isso, absolutamente tudo isso [e muito mais], não parece importar aos grandes jornais, sendo transmitido apenas pela televisão local.
A pergunta que não quer e não pode calar é: e se fosse um governo petista?
Eu respondo:
Se fosse um governo petista, este site atuaria da mesma maneira. Infelizmente, porém, não podemos dizer isso da grande mídia, que não abre o bico sobre tais assuntos, porque o mesmo bico que abre é o bico que é atingido.
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