domingo, 8 de fevereiro de 2015

Paulo Kapela, antologia de um profeta

Por Miguel Gomes (texto), Ampe Rogério (fotos). no Rede Angola
Ampe Rogério/RA
Paulo Kapela


O artista plástico está, desde Outubro de 2014, no Beiral. Um dos principais pensadores da arte contemporânea angolana está, por isso, sem espaço para trabalhar – foi retirado dos escombros da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP), onde vivia em péssimas condições desde 1996. Apesar do sucesso, sobretudo nos circuitos internacionais, Paulo Kapela está agora em ambiente de paz, mas sem espaço para expandir a sua voz, o seu trabalho, as suas ideias.
Por entre casas cor-de-rosa e umas brilhantes acácias rubras, rodeado por uma Terra Nova só de nome e longe do estilo actualizado-envidraçado como está a bater no Talatona, Paulo Kapela, o Mestre Kapela, arrasta-se para mais um dia de vida. A vida do Beiral, o lar de idosos afecto ao Governo Provincial de Luanda, não é suficientemente grande para alimentar o espírito.
“Penso muito mas não tenho a solução”, diz Mestre Kapela, contemplativo. “O que eu quero? Já falei com algumas pessoas sobre isso. Preciso de um espaço onde possa estar à vontade para trabalhar. Onde possa receber as pessoas que gostam de me visitar e os clientes interessados em conhecer ou comprar as minhas obras”.
Sente-se a falta de estímulo no olhar perdido debaixo de um chapéu de mais-velho e um calção de mais-novo. A vida já não é a loucura mundial da Mutamba, o frenesim dos carros, dos polícias, dos vícios. Dos jovens atirados a uma vida sem arte mas com muito talento para fumar o sinal de proibido: agora tudo se resume a três refeições, uma sombra fresca, visitas periódicas a um médico de bata-branca, sem nome, sem fé. Sem rosto.
"Preciso de um espaço onde possa estar à vontade para trabalhar"
“Preciso de um espaço onde possa estar à vontade para trabalhar”
Parece tudo bastante simples, parece que tudo se pode resolver num estalar de dedos. Mas não. Nada na vida de Kapela tem uma solução descomplicada. Se, antes de o receberem no Beiral, o dia-a-dia era passado na sede da UNAP, onde vivia, a obra de Kapela é muito mais do que um tecto rasgado, um chão imundo e um altar despido de amor – mas repleto de latas vazias de Coca-Cola.
“Várias pessoas têm procurado uma solução, têm tentado ajudar-me, mas até agora não foi possível. O Nuno Pimentel, por exemplo, é como um irmão para mim. Chegou a sugerir um espaço que ele tem em Cacuaco, mas também é muito distante. Quero trabalhar e fazer as minhas coisas”, frisa Kapela, em conversa com o Rede Angola.
No seu sincretismo, na conjugação dos factores morais, políticos e universais, a sua obra – entre pintura, instalação, colagem – é uma reflexão histórica meio animista, meio católica. Abraça a crítica dos modelos ocidentais de sociedade e de economia. Abraça as técnicas ancestrais de negociação divina: o espelho é um elemento central que nos transporta para um imaginário ligado às esculturas Nkisi.
E é também uma flecha no discurso universal e na narrativa predominante das classes que (des)governam o mundo, ao mesmo tempo que anuncia o que está por vir.
Autodidacta, Paulo Kapela começou a pintar em 1960 na Escola POTO-POTO (Brazzaville – República do Congo). Fixou-se em Luanda em 1996. A sua marginalidade, impulsionada pelo facto de não dominar o português numa Luanda arreigada a hábitos assimilados (expressa-se maioritariamente em kikongo, lingala e francês), pode também estar associada ao estigma que até hoje assalta os angolanos originários das províncias do Zaire e do Uíje. O Mestre Paulo Kapela nasceu em 1947, em Maquela do Zombo, província do Uíje.
Apesar da quase invisibilidade interna, o facto é que o Mestre tem participado em inúmeras exposições colectivas em África e na Europa: verdade que quase não se reflecte no seu tempo pessoal. Ficaram para a história, sim, mas para a história enquanto tal ou mesmo para a história de outras pessoas.
No âmbito do projecto Trienal de Luanda, integrou a exposição “No Fly Zone” (Lisboa, 2013) e a representação angolana da Bienal de Veneza na exposição “Check List – Luanda Pop”. As suas obras integraram a circulação da exposição “Africa Remix” (2004/2006) e “Réplica e Rebeldia” (2006). Em 2003 recebeu o prémio CICIBA – Centro Internacional de Civilizações Bantu, em Brazzaville.

Rebeldia pós-capitalista
Paulo Kapela vive a rotina tranquila do Beiral, e não a efervescência do trabalho artístico
Não é fácil encontrar um ponto-de-encontro entre a projecção externa do Mestre Kapela e o lar de idosos onde agora passa os dias. Há um ponto-de-sucesso e um ponto-de-esquecimento que envolve o seu trabalho. A internet leva-nos rapidamente a interessantes artigos nacionais e internacionais, a críticas mais ou menos sérias, que absolvem a criatividade do profeta-xamã, enxaguam as lágrimas exteriores e vangloriam a ideia de caos na indigência. Será justo?
Fernando Alvim, o rosto da Trienal de Luanda, evento que proporcionou novos espaços e novos caminhos às artes na capital do país, reconhece que as condições em que o Mestre vivia não eram “as mais indicadas”. “Quem é que se atreve a dizer que a UNAP tem boas condições para uma pessoa viver? Todos sabemos que, devido ao espírito aberto, ao facto do Kapela gostar de conviver com os jovens, ao espírito comunitário que ele tem, muita gente aproveitou-se do seu talento”.

kapela 
Kapela lembra-se destes momentos. A voz fica (ainda mais) embargada, a lamentação surge rapidamente. “Durante os anos muitas pessoas levaram da UNAP obras minhas sem autorização. Outras enganaram-me”, recorda o artista plástico que, actualmente, tem apenas o apoio directo do amigo Rasta Kongo.
Fernando Alvim, artista e curador angolano, que é uma das figuras da Fundação Sindika Dokolo, financiada pelo homónimo Sindika Dokolo (o congolês-democrata, casado com Isabel dos Santos, tem investido em arte africana ao longo dos últimos anos e, por via disso, possui uma das principais colecções do continente), destaca o que lhe atrai na perspectiva do Mestre Kapela.
“Ele lê as coisas que se passam à nossa volta com muita coerência. E desenvolveu uma estética profetizante, é uma espécie de xamã, com uma profunda visão pacifista das pessoas. Também aprecio a quantidade de informação presente nos seus trabalhos e a utilização de referências da cultura católica (os crucifixos) que são depois misturadas com outros elementos”, explica Fernando Alvim.
Os coleccionadores angolanos são, muitas vezes, apontados como co-responsáveis pela situação em que se encontra o artista – já que as suas obras têm sido motivo de interesse tanto dentro, como fora do país. A exposição “No Fly Zone” (Lisboa, 2013) mostrou obras de Kapela, Kiluanji Kia Henda, Bynelde Hyrcam, Nástio Mosquito, Edson Chagas e Yonamine – mas Kapela foi o único que não esteve presente na inauguração, no Museu Berardo, em Lisboa (Portugal).
“Mas por acaso o Kapela tem passaporte?”, questiona Fernando Alvim. “Todos sabemos que não tem os documentos em dia. Defendo que ele deve-se organizar e aproveitar o tempo que está no Beiral para tratar de toda a documentação enquanto cidadão – e também para cuidar da sua saúde”, lembra Alvim.
A Fundação Sindika Dokolo anunciou, ainda em 2014, que está a conceder uma bolsa mensal de Kz 100 mil, em benefício do Mestre Kapela. Com a duração de 12 meses. “O período é curto porque acho que, no final, devemos reanalisar o processo”, esclarece Fernando Alvim em conversa com o Rede Angola.
“Penso que o Kapela, no Beiral, pelo menos tem assistência, tem acesso a três refeições diárias e a cuidados médicos. Mas ainda não fui lá ver a situação com os meus próprios olhos”, confessa um dos maiores coleccionadores angolanos de arte, Nuno Pimentel. O coleccionador começou a investir no mercado de arte, em 2003, quando comprou um quadro de Marco Kabenda. Hoje tem mais de 200 obras de artistas angolanos de referência.
António Tomás Ana “Etona”, actual secretário-geral da UNAP, considera que a situação do Mestre Kapela é, na verdade, “um problema da nação artística angolana”. “A classe artística não está estruturada. Mesmo a sociedade angolana está afastada das artes – não é fácil encontrar angolanos num museu, é muito mais fácil encontrar angolanos numa discoteca. Neste contexto, a UNAP serviu de abrigo para várias pessoas. O local onde estava o Kapela já tinha sido do falecido Viteix. Julgo que, para o Kapela, neste momento é importante garantir as condições mínimas para que possa ter estabilidade”, defende Etona.
Kiluanji Kia Henda, Kapela Studio, 2006
Kiluanji Kia Henda, Kapela Studio, 2006
O líder associativo não deixa de fazer críticas aos agentes do mercado da arte, que utilizam o trabalho do Mestre Kapela “numa condição de exploração”. “Para já, a questão é importante porque é um ser humano que está em causa. Mas há outros artistas com os mesmos problemas. O ideal seria que a UNAP conseguisse ter uma Casa dos Artistas – uma instituição que pudesse prestar alguns serviços sociais a quem necessita. Mas a realidade está muito longe deste sonho”, lembra Etona.
Por outro lado, há muito tempo que o edifício da UNAP, na Mutamba, está sob pressão do sector imobiliário. Etona não esconde que a UNAP está “aberta a negociar” o imóvel. “Para já, não há nenhuma indicação oficial mas é algo que pode acontecer no futuro”, admite.
A Mutamba, o Mestre Kapela, a UNAP, o Elinga e o seu teatro e as suas noites, a confluências de jornalistas, intelectuais, quadros técnicos do sector público e privado, meninos de rua, indigentes, drogados e prostitutas, deram origem a uma geração pós-tudo que se tem destacado a vários níveis – e o Mestre Kapela é uma das influências directas deste movimento.
“Sempre gostei muito do trabalho do Kapela. Daquilo que ele tem feito por Angola. Sempre gostei muito dele. Gosto das instalações, da utilização do vidro, das colagens que ele faz, onde é capaz de colocar frente-a-frente o rosto do José Eduardo dos Santos e do Simão Toko. São reflexões do quotidiano. O seu trabalho influencia até hoje toda uma geração, sobretudo as pessoas que frequentam os ambientes da Mutamba”, frisa Nuno Pimentel.
As influências de Kapela, não apenas estéticas mas também de visão do mundo, podem ser apreciadas no trabalho de Kiluanji Kia Henda, Yonamine, Marco Kabenda, Edson Chagas, entre outros novos nomes do meio artístico angolano.
Voltamos ao lar de idosos. O Beiral está calmo, em posição fetal, virado para si mesmo. Longe agora das lutas que envolvem as sociedades contemporâneas. Impera o silêncio sem arte. A batida é velha e sem torpor: o que se passa lá fora simplesmente não interessa. O combate passa por adaptar o tempo a uma nova linha do horizonte. A uma nova vitória.

A obra de Kapela tem excelente reputação entre coleccionadores

sábado, 7 de fevereiro de 2015

PF intercepta ligação de Gilmar Mendes para investigado no STF

Da época no Diário do Centro do Mundo
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Em 15 de maio do ano passado, o Supremo Tribunal Federal, a pedido da Procuradoria-Geral da República, autorizou a Polícia Federal a vasculhar a residência do então governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, do PMDB, à cata de provas sobre a participação dele num esquema de corrupção. Cinco dias depois, uma equipe da PF amanheceu no duplex do governador, em Cuiabá.
Na batida, os policiais acabaram descobrindo que Silval Barbosa guardava uma pistola 380, três carregadores e 53 munições. Como o registro da arma vencera havia quatro anos, a PF prendeu o governador em flagrante. Horas mais tarde, Silval Barbosa pagou fiança de R$ 100 mil e saiu da prisão. Naquele momento, o caso já estava no noticiário. Às 17h15, o governador recebeu um telefonema de Brasília. Vinha do mesmo Supremo que autorizara a operação.
“Governador Silval Barbosa? O ministro Gilmar Mendes gostaria de falar com o senhor, posso transferi-lo?”, diz um rapaz, ligando diretamente do gabinete do ministro.
“Positivo”, diz o governador. Ouve-se a tradicional e irritante musiquinha de elevador.
“Ilustre ministro”, diz Silval Barbosa.
Gilmar Mendes, que nasceu em Mato Grosso, parece surpreso com a situação de Silval Barbosa: “Governador, que confusão é essa?”.
Começavam ali dois minutos de um telefonema classificado pela PF como “relevante” às investigações. O diálogo foi interceptado com autorização do próprio Supremo – era o telefone do governador que estava sob vigilância da polícia. Na conversa, Silval Barbosa explica as circunstâncias da prisão. “Que loucura!”, diz Gilmar Mendes, duas vezes, ao governador. Silval Barbosa narra vagamente as acusações de corrupção que pesam contra ele. Gilmar Mendes diz a Silval Barbosa que conversará com o ministro Dias Toffoli, relator do caso. Fora Toffoli quem, dias antes, autorizara a batida na casa do governador. Segue-se o seguinte diálogo:
Silval Barbosa: E é com isso que fizeram a busca e apreensão aqui em casa.
Gilmar Mendes: Meu Deus do céu!
Silval Barbosa: É!
Gilmar Mendes: Que absurdo! Eu vou lá. Depois, se for o caso, a gente conversa.
Silval Barbosa: Tá bom, então, ministro. Obrigado pela atenção!
Gilmar Mendes: Um abraço aí de solidariedade!
Silval Barbosa: Tá, obrigado, ministro! Tchau!
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PF intercepta ligação de Gilmar Mendes para investigado no STF

O padrão Globo de cobertura de casos de sonegação fiscal alheios

por :  no Diário do Centro do Mundo
Um país cujo slogan é "Segredinhos da Natureza"
                                   Um país cujo slogan é “Segredinhos da Natureza”
Esta reportagem faz parte da série do DCM sobre o escândalo de sonegação da Globo. Elas foram produzidas com financiamento dos leitores através do Catarse. As demais estão aqui.
 Quando um hotel em Brasília quis dar emprego a José Dirceu, na época preso pelo caso do mensalão, um repórter da Rede Globo foi enviado ao Panamá com a tarefa de levantar informações sobre a offshore sócia da empresa no Brasil. Em tom de escândalo, a reportagem divulgou entrevistas e mostrou cenas para fazer o público concluir que era tudo fachada.
Se fizesse o mesmo sobre o caso da Empire Investment Group Ltd, nas Ilhas Virgens Britânicas, a TV não teria nem pessoas para mostrar. A empresa que a Globo manteve aberta durante um ano e meio nas Ilhas Virgens Britânicas nunca passou de uma caixa postal. “Fraude”, definiu o auditor fiscal Alberto Zile, ao descrever a engenharia financeira montada pela empresa para sonegar impostos do Estado brasileiro.
Nesse período, abriu e fechou duas empresas, e fez alterações no contrato social em outras quatro, algumas com a assinatura dos três filhos de Roberto Marinho.
Ao ver as provas coletadas pelo auditor fiscal, mostradas por mim, o advogado tributarista Jarbas Marchione, um dos mais respeitados em sua área no Brasil, ficou surpreso: “A semelhança com o esquema do Maluf é impressionante. Eles abrem e fecham empresas para tentar dificultar o rastreamento”, disse. “Mas as autoridades fiscais, não só no Brasil, aperfeiçoaram muito os mecanismos de investigação, e é por isso que descobriram esse caso de sonegação da Globo.”
Segundo Marchione, esse avanço não foi por acaso. Foi uma reação à escalada do terrorismo e do poder do narcotráfico. Os governos dos países desenvolvidos procuraram meios legais para cortar o fonte de financiamento de grupos criminosos nos territórios além de sua fronteiras. Com a crise econômica, o cerco começou a se fechar também para os sonegadores.
Quem não paga imposto acaba tendo uma vantagem desleal sobre seus concorrentes. O mesmo raciocínio se aplica à corrupção. O suborno em países alheios era tolerado em muitas nações europeias, como meio legítimo de obter contratos. Não é por outro motivo que a francesa Alston e a alemã Siemens deitaram e rolaram na compra de autoridades do governo paulista, para ganhar concorrências no Metrô e na CPTM.
Quando a prática deixou de ser não apenas imoral, mas também ilegal, o jogo mudou, e algumas corporações, para não serem condenadas nos países de sua sede, estão fazendo acordo, e reembolsando governos lesados. Por que será que o Deutsch Bank se apresentou espontaneamente para devolver recursos desviados da prefeitura que Paulo Maluf manteve lá durante algum tempo?
Outras empresas se antecipam ao escândalo para preservar a imagem. Não é o que acontece com a Globo. Até porque, detentora dos veículos de maior audiência e sócia de outros empreendimentos de comunicação, a emissora parece acreditar que controla essa variável. “Em nenhum país democrático liberal, uma única rede de televisão detém mais de 40 por cento de audiência”, diz o professor Marcos Dantas, titular da Escola de Comunicação da UFRJ, ex-secretário de planejamento do Ministério das Comunicações.
Para realizar esta série de reportagens, entrevistei Marcos Dantas e outros três pesquisadores da televisão no Brasil, e acabei descobrindo que, do ponto de vista teórico, os estudos sobre a Globo estão bastante avançados, embora praticamente nada se ouça a respeito. As entrevistas desses pesquisadores serão publicadas no decorrer da série.
“A concentração de mercado, num nível tão alto, como o que ocorre no Brasil no campo da comunicação, prejudica o direito à informação dos cidadãos, e cria um poder de lobby nefasto para a democracia”, afirma, por sua vez, o professor César Bolaño, formado em jornalismo pela USP, com doutorado em economia pela Unicamp e professor da Universidade Federal de Sergipe. Bolaño é autor do livro “Globo – 40 anos de poder”, que está esgotado.
No mundo das coisas visíveis, fatos recentes confirmam o que teóricos como Bolaño e Dantas estudam. Fora da internet, que veículo noticiou o desaparecimento na Receita Federal do processo que apurou a sonegação de mais de 180 milhões de reais (valores de 14 anos atrás)? Na véspera de ser enviado para o Ministério Público Federal, ao qual caberia denunciar criminalmente os filhos de Roberto Marinho, uma servidora pública interrompeu suas férias, foi até a Delegacia da Receita e levou os dois volumes mais o apenso do processo.
Em qualquer lugar do planeta, é notícia importante, mas por aqui o fato mereceu o silêncio da mídia. O poder de lobby da Globo foi descrito pelo professor Anderson David Gomes, num estudo sobre sobre o direito de transmissão do Campeonato Brasileiro de Futebol. Em 2001, a CBF cancelou os jogos das 21 horas de sábado, importantes para os negócios em pay per view e havia insinuações entre os clubes de futebol e o SBT — na final do campeonato, o Vasco jogou com o logo da emissora da Sílvio Santos na camisa.
A resposta veio através de um Globo Repórter, apresentado por Alexandre Garcia, com reportagem de Marcelo Resende. A emissora denuncia o enriquecimento de Ricardo Teixeira e diz que o então presidente da CBF tinha empresas em paraísos fiscais, “onde a lei é manter no mais absoluto sigilo o nome dos investidores”. Uma das empresas é a Ameritech Holding, nas Ilhas Virgens, onde, agora se sabe, a mesma Globo tinha uma empresa aberta para sonegar impostos, segundo a Receita Federal.
Para chegar às Ilhas Virgens Britânicas, o jeito mais prático é ir de avião até às vizinhas Ilhas Virgens Americanas, num voo que faz escala em Atlanta, na área dos Estados Unidos que fica no continente. Aproveitei a conexão para conhecer a redação da CNN, o canal de notícias com sede na cidade. A surpresa foi encontrar o prédio cheio de gente, e a maioria não era jornalista. Eram americanos — centenas num fim de tarde, mas soube que passam por lá milhares todos os dias — que fazem do endereço um ponto de encontro. Tem até uma praça de alimentação. Povo e jornalistas dividem o mesmo espaço. Para um brasileiro, impossível não comparar. A última vez que o povo tentou chegar ao saguão da emissora brasileira, em junho de 2013, em algumas capitais, foi para jogar estrume.

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Sobre o Autor Jornalista, com passagem pela Veja, Jornal Nacional, entre outros. joaquim.gil@ig.com.br

Por que a Globo escolheu as Ilhas Virgens para sediar uma empresa fantasma, segundo nosso enviado

no Diário do Centro do Mundo
Sede da empresa que administrava a offshore da Globo
Sede da empresa que administrava a offshore da Globo

Road Town, a capital das Ilhas Virgens Britânicas, é como uma pequena cidade do litoral brasileiro. Só que muito mais rica, e com morros cobertos de vegetação verde escura, e não casas amontoadas, como costuma ocorrer em muitas cidades do litoral brasileiro.
Ao contrário, as casas no alto dos morros em Road Town são grandes, distantes umas das outras, e com mais de um carro na garagem. Eu notei outra diferença logo depois que atravessei o portão da imigração, no pequeno porto da cidade, e caminhei pela rua principal.
Muitos prédios têm placas de bancos, empresas de seguro e outras de suporte e intermediação de negócios, como Scotiabank, National Bank of The Virgin Islands, First Caribbean Internacional Bank e Sotheby’s.
A presença dessas empresas mundialmente famosas é a face visível de uma economia baseada na manutenção de empresas que existem apenas no papel, como é o caso da Empire Investment Goup Ltd., a companhia que os donos da Rede Globo abriram ali em 1999, com o objetivo exclusivo, segundo a Receita Federal, de sonegar o imposto devido pela aquisição dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.
No caso da Globo, a placa que reluz é a Ernst & Young, que, depois de criar e administrar a empresa de papel da Globo, vendeu sua carteira para a Tricor e passou a se dedicar a serviços contábeis. Os clientes são os mesmos: empresas de papel.
Offshore é o nome que se dá a essas empresas. O significado literal é “afastado da costa”, um trocadilho sobre a natureza dessas sociedades empresariais, que ficam longe de suas matrizes, e um termo usado na indústria petrolífera – offshore é como são chamadas as operações de extração de petróleo longe da costa.
A indústria do petróleo foi a primeira a usar pequenos países estrangeiros para contornar obrigações legais. Há mais de 50 anos, gigantes do setor abriram empresas de transportes em países como o Panamá.
Vendiam o petróleo a preço baixo para essas companhias (que eram deles mesmos), que o revendiam a preço elevado, mas em país de tributação favorecida. Além disso, caso houvesse acidente, o prejuízo seria menor, já que as empresas de transporte não tinham patrimônio para ser usado em caso de indenização.
O negócio deu tão certo que logo mafiosos, traficantes de drogas e de armas, corruptos e sonegadores começaram a fazer o mesmo, aproveitando que, nestes países, a propriedade real da empresa é mantida em sigilo.
Bancos grandes, como o Chase Manhattan, abriram filiais nestas localidades, incentivados pelas autoridades monetárias de seus países, interessadas em manter sob sua jurisdição os dólares obtidos de negócios ilícitos. Logo, o país de refúgio passou a ser chamado “paraíso fiscal”.
Em 1986, as Ilhas Virgens Britânicas, até então apenas um local de intenso turismo e endereço de lazer de milionários norte-americanos, começaram a admitir o registro de empresas offshore e ofereceu vantagens, como tributação zero, desde que a empresa mantivesse ali apenas registros, não atividades reais.
Ilhas Virgens é um território ultramarino britânico, seus moradores são súditos da Rainha Elisabeth, assim como os ingleses, mas têm autonomia administrativa. A moeda oficial é o dólar, o que mostra a influência dos vizinhos Estados Unidos.
Sobrou pouco da cultura inglesa, como os automóveis circulando na pista da esquerda, assim como na Inglaterra. Mas a maioria dos carros usados aqui é fabricada nos Estados Unidos, e tem volante também no lado esquerdo do veículo, o que provoca alguma confusão a quem não está acostumado. Mão inglesa com carro americano.
Talvez por isso é que existam algumas placas avisando: mantenha-se à esquerda. Outra placa curiosa é a que informa a rota de tsunami.
Os moradores contam que nunca houve ondas gigantes por lá, mas, depois da tragédia de 2004 na Ásia, a administração pública decidiu indicar a rota de fuga, em caso de tsunami.
A direção é o alto do morro, de onde se tem uma visão belíssima das Ilhas Virgens. São muitas. Tanto que o primeiro europeu a chegar aqui, Cristóvão Colombo, em 1493, deu ao local o nome de Santa Úrsula e Suas Mil Virgens.
No local, viviam índios, depois vieram espanhóis, holandeses, dinamarqueses, ingleses e americanos. O pirata inglês Edward Teach,  conhecido como Barba Negra, viveu por aqui. Segundo a lenda, Road Town era a base de onde Barba Negra saía para atacar navios franceses.
Com o ciclo da cana, vieram os escravos negros, para trabalhar nas fazendas locais. Com a liberdade, houve uma reforma agrária, e os negros passaram a ter pequenas propriedades.
A história das Ilhas está contada em uma grande pintura, no alto de um morro, ponto turístico dos milhares que vêm aqui todas as semanas, muitos deles em cruzeiros marítimos.

Aviso de tsunami
Rota de fuga de tsunamis

O dinheiro do turismo e das taxas de empresas atrai também pequenos comerciantes e trabalhadores do mundo todo. Conversei com um jovem que veio de Granada, e trabalha em um resort. Recebe cerca de 2.500 dólares, o salário mínimo daqui, e nas horas vagas vende cup cake perto de uma marina: 2 dólares cada um.
A renda extra se justifica: o custo de vida nas Ilhas pode ser dimensionado pelo preço de um litro de suco de laranja no supermercado: o equivalente a 15 reais.
Uma amiga dele, funcionária de uma marina, ficou impressionada ao saber que, no Brasil, o salário mínimo é de 300 dólares.
“Vi o filme ‘Rio’ e tenho vontade de conhecer seu país. Mas, com esse salário, deve ter muita gente pobre lá.”
Em uma praia, vi a bandeira brasileira, colocada ao lado da bandeira das Ilhas Virgens Britânicas numa barraca que vende suvenires. “Os brasileiros são muito bons, amigos, gosto deles. Mas não gostaria de morar no seu país. Soube que tem muitos ladrões nas ruas”, diz o dono da barraca, que usa uma bandana de pirata.
Numa quadra comercial, o dono de uma loja de acessórios para celulares, conta que veio da Palestina às Ilhas Virgens por causa dos dólares. “O poder de compra é alto”, conta.
O vietnamita Pituong Nguyen saiu da cidade de Camau para abrir um restaurante de comidas rápidas, tipo bandejão, mas sem balança, onde o prato mais barato sai por R$ 24,00 – preço incrivelmente baixo para os padrões locais.
De domingo a domingo, atende turistas do mundo inteiro e também moradores da ilha, muitos imigrantes como ele.
Domingo de manhã, em Road Town, veem-se homens e mulheres bem vestidos, descendo dos carros de terno e vestidos longos, para ir a uma das muitas igrejas locais. A maioria é protestante, mas há também católicos e anglicanos.
Uma faixa perto do centro esportivo anuncia um festival gospel.
A religião ocupa um grande espaço nesta pequena cidade, onde os homens de negócios nem precisam vir para abrir ou movimentar suas empresas.
Todo o serviço é feito por procuradores. O representante da Empire Investment Group, por exemplo, assinou o termo de venda da empresa por 229 milhões de dólares à Rede Globo.
O mesmo documento tem a assinatura dos procuradores de outra empresa de paraíso fiscal, a Globinter Investments, das Antilhas Holandesas, controladora da Empire.
Como compradores, assinam Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho, donos da TV Globo. Oficialmente, a Globo estava ampliando sua atuação no mercado internacional de televisão.
Na verdade, as três empresas eram da mesma família Marinho. O contrato era apenas uma manobra para esconder da Receita Federal os impostos devidos pela aquisição dos direitos de transmitir a Copa do Mundo de 2002 para o Brasil.
Com suas praias belíssimas, Road Town poderia até ser cenário de novela, mas, em termos de qualidade de produção de TV, a Globo não teria nada para comprar ali. Muito menos por 229 milhões de dólares em dinheiro da época.
Como a Receita Federal descobriria mais tarde, o contrato que tem a assinatura dos filhos de Roberto Marinho era pura ficção, nada mais natural no país onde o slogan oficial é “Ilhas Virgens – Segredinhos da Naturieza”.

O "endereço" da "Empire": empresa da Globo nunca funcionou aqui
O “endereço” da “Empire”: empresa da Globo nunca funcionou aqui
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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Dilma: os golpistas têm medo da Democracia

“O novo está nas ruas e nos movimentos sociais”
no Conversa Afiada
"Não fazemos reequilíbrio só por fazer, mas porque queremos garantir emprego e renda"


Em seu discurso na comemoração dos 35 anos do PT,  a Presidenta Dilma Rousseff reforçou o papel da Petrobras no desenvolvimento do país e garantiu a continuação do modelo de partilha para o pré-sal.
“A Petrobras é a empresa que mais contrata e mais investe no país. Na terça-feira, a Petrobras ganhou o maior prêmio na área do petroleo, equivale ao Oscar do petróleo. Essa é uma conquista histórica, após desenvolver uma tecnologia para explorar o pré-sal”, revelou a Presidenta. “Nós continuaremos a acreditar no modelo de partilha e de conteúdo nacional”, continuou.
Dilma também comentou as investigações da Operação Lava Jato. “Nunca antes na história desse país se combateu tanto a corrupção. Não tratamos Procurador como engavetador geral da República”.
E refutou qualquer tentativa de golpe. “Os que são inconformados com o resultado das urnas só tem medo da democracia. Temos força para resistir ao oportunismo e golpismo. Estamos juntos para vencer de novo e a cada dia”.
A Presidenta apontou os motivos que a levaram a fazer os ajustes na economia.
“Os ajustes são necessários para que a gente amplie as oportunidades e tenhamos forças para. As mudanças dependem da estabilidade e credibilidade na nossa economia”, nesta sexta-feira (6), em Belo Horizonte.
“Devemos garantir o controle da inflação, das contas públicas Ninguém faz essas alterações por elas. Nós queremos uma garantia de sustentabilidade, do aumento do emprego e do aumento de renda”.
“Esses passos em direção de um reequilíbrio fiscal visam sobretudo preservar nossas políticas sociais”, contou Dilma.
Dilma, como já havia feito na primeira reunião ministerial, disse que é “preciso travar a batalha da comunicação”.
“Não podemos permitir que a falsa versão se crie. Temos que reagir aos boatos. Temos que travar a batalha da comunicação”.


Lula critica o PiG
O Presidente Lula se disse “indignado” com a condução coercitiva da Polícia Federal, na condução do depoimento de Luiz Vaccari, secretário nacional de finanças do partido.

Lula também criticou a imprensa e a oposição diante dos desdobramentos da Operação Lava-Jato. “O critério adotado pela mídia é o da criminalização do PT desde que nós chegamos ao poder. Eles trabalham com a convicção que é preciso acusar o nosso partido.”, afirmou.
“Nossos adversários não se incomodam que essa campanha já tenha causado enormes prejuízos à Petrobrás e ao país. Querem  paralizar o Governo”.
Lula ainda declarou apoio à política econômica adotada no segundo governo da Presidenta Dilma. “Dilma, faça o que tiver que fazer. Você tem obrigação de governar para o povo brasileiro”.
E acusou o partido de “trocar a porta da fábrica por gabinetes”. “Não podemos esquecer que o PT nasceu para ser diferente. E resgatar esse espírito é o nosso grande desafio nesse momento”.


Defesa do legado e Reformas
Rui Falcão, presidente do partido, convocou a militância a defender o legado dos governos de Lula e Dilma e reiterou a necessidade do PT voltar à sua base.
“Primeira tarefa é defender o Governo da Presidenta Dilma, responder aos ataques e nos contrapor às pressões conservadoras dentro e fora do Congresso Nacional”, disse Falcão.

“O PT não pode encerrar-se em si mesmo. Devemos mobilizar a população para defender o nosso projeto e fazer as reformas estruturantes”, prosseguiu.

“O PT precisa reatar com os movimentos sociais, com a juventude”, completou.

Ele ditou o que deve ser as prioridades do segundo mandato da Presidenta. ” A reforma política, reforma agrária, lei das mídias, reforma tributária e os ajustes que são precisos fazer, mas sem mexer nos direitos”, citou.

“A Dilma se comprometeu com a regulação econômica da mídia que acabe com monopólios e ologópolios. O ministro Berzoini já está pondo em prática”, lembrou.

Sobre a reforma política, ao afirmar que é contra ao financiamento privado de campanhas, soltou: “A prioridade absoluta é barrar o nefasto projeto que introduz o voto facultativo e distrital e defende o financiamento privado”.

Na economia, “as reformas tributária e fiscal devem instituir a inversão do peso entre impostos direitos e indiretos”, opinou.

“Nada de arrocho, de recessão, cancelamento de direitos e desemprego”.



Leia outras frases de Rui Falcão:

” Para a Presidenta Dilma cumprir ainda melhor o seu segundo mandato, precisamos nos unir com outros partidos de esquerda”

“Patrus Ananias [ministro do Desenvolvimento Agrário] quer debater índices de produtividade da terra, os mesmos de 1970, para fazer a Reforma Agrária”




Demais frases de Dilma:

Depois de 12 anos de políticas de inclusão e desenvolvimento social, o Brasil é hoje um país muito melhor.”

“Brasileiros esperam que trilhemos um caminho de nação desenvolvida, em que o direito de todos sejam respeitados”

“A nossa responsabilidade é grande, porque os brasileiros esperam q honremos a continuidade do que fizemos, mas também q aprofundemos as transformações e ampliemos a democracia.”

“A história do PT é um roteiro de identificação com o povo brasileiro. Desde a origem teve uma profunda ligação com os movimentos sociais”

“Deixei claro durante a campanha que teriamos um compromisso: o objetivo seria a preparação do Brasil para uma nova etapa do desenvolvimento, com prioridade para investimentos em educação”

“Transformar o Brasil numa pátria educadora significa abrir essa história de futuro para que o País deixe de ser uma nação emergente”

“Construir um país cada vez mais desenvolvido e menos desigual”

“Tudo o que fazemos tem um objetivo”

“A superação da miséria é apenas um começo”

“A economia sofre efeitos de dois choques”

“Nós vamos promover o equilíbrio fiscal de maneira gradual, sem comprometer a renda e o emprego”
“Vamos ampliar as concessões de infraestrutura: ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias também”

“Nos próximos dias vamos lançar a terceira etapa do Minha Casa Minha Vida com 3 milhões de moradias”

“Confiamos na força do nosso povo, temos certeza da base social e econômica do nosso País”
Outras frases de Lula:


“Dia 10 de fevereiro de 1980, alguns brasileiros começavam a escrever uma das mais bonitas páginas da história da política brasileira”

“O PT surge da necessidade sentida por milhões de brasileiros de intervir na vida social e política do país para transformá-la”

“O PT criou o Orçamento Participativo e abriu novos caminhos para a democracia”

“Nova política foi combinar a atuação dos nossos deputados e vereadores com a presença nas ruas, nas greves e nas lutas populares”

“Disputamos três eleições presidenciais antes de alcançar a primeira vitória, acumulando ensinamentos e ampliando articulação social”

“Nova política foi acabar com a fome neste país”

“O PT deve ser motivo de orgulho para cada militante, das primeiras e das novas gerações”

“Governar o Brasil, com as complexidades de um país historicamente marcado pela desigualdade, foi a missão que a sociedade nos confiou”

“Nunca um governo se abriu tanto às propostas e reivindicações da sociedade”

“E nunca traímos o compromisso com as camadas mais amplas da população, as que sempre foram relegadas no curso da história”

“Temos que nos orgulhar de um governo q herdou um desemprego de 12,5% e reduziu esse índice a 4,8% em 2014, o menor de todos os tempos”

“Não podemos nos acomodar. Temos de compreender que foram os primeiros passos de uma jornada que vai nos levar muito longe”



Do ex-presidente do Uruguai, José Mujica:


“Vocês do PT tenham consciência da responsabilidade que o futuro do Brasil tem para o futuro deste continente”

“Queridos companheiros do PT, é preciso mudar o mais difícil, a cultura”

“Temos que mudar o mais difícil, a Cultura dos trabalhadores, porque eles tem que consumir a cultura de seus dominadores”

“Pertencemos a uma nação de duas linguas e um coração”

“Sonhamos um mundo não só que é possível como necessário”




Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT):

“A burguesia conservadora não suporta o fato do Brasil ter desenvolvido pelas mãos do PT, empoderado a classe trabalhadora.”

“Essa elite preconceituosa não suporta Lula e Dilma terem colocado o Brasil em um patamar de respeito internacional.”

“A campanha contra um PT é porque o compromisso do partido é ao lado da classe trabalhadora.”

“Recado à elite golpista: se pensam que eventuais problemas vão enfraquecer a nossa militância, estão muito enganados. Estaremos alerta para que Dilma faça o melhor governo da história desse país.”

“Dia 24 faremos (CUT, FUP, Lula, entre outros) um movimento em defesa da Petrobras.”

“Eles querem entregar a Petrobras para a Chevron, Esso e outras.”

Alisson Matos, editor do Conversa Afiada