quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Flávio Dino encontra embaixador da China

no Portal Vermelho

O cônsul Wang Xian e os vice-cônsules, Zhang Xiangyan e Zhang Re, estiveram com o governador do Maranhão, Flávio Dino, e o vice-governador, Carlos Brandão, em visita de cortesia aos gestores do Estado e conheceram as possibilidades de investimentos no Maranhão. O encontro ocorreu, na tarde desta quarta-feira (14), na sede do Governo do Estado.

A visita de cortesia se tornou, também, uma visita de trabalho. Flávio Dino e Carlos Brandão aproveitaram para fazer uma apresentação sobre as matrizes produtoras do estado e as oportunidades de investimentos que existem no Maranhão. As cadeias produtivas da agricultura e da produção de energia foram elencadas em apresentação feita aos representantes da China, que demonstraram interesse em ampliar o diálogo com o Governo do Maranhão.

A China, hoje, é o principal parceiro comercial do Brasil e o Maranhão também possui canais abertos de relacionamento com os chineses em caráter comercial, como no caso dos ciclos do ferro e da soja. Para ampliar as possibilidades de investimentos no Estado, de acordo com as diretrizes das relações internacionais apontadas pelo Governo Federal, o Maranhão buscará novas alternativas de fluxo comercial com a China e outros países.

“Nós abrimos um caminho que tenho certeza que vai trazer bons frutos para o nosso estado, visando a nossa meta que é melhorar a vida dos maranhenses. A China é o país que mais cresce no planeta, tem uma grande capacidade de investimentos e de geração de novas tecnologias”, afirmou o governador, que defende a diversificação dos parceiros comerciais para o Maranhão.

Após conhecer mais detalhes sobre o estado e suas oportunidades, o cônsul-geral Wang Xian mostrou interesse em ampliar as tratativas para cooperação entre a China e o Maranhão. “A reunião foi muito útil para conhecer melhor o estado e pesquisar novas oportunidades de cooperação econômica”, afirmou, destacando ainda a impressão positiva com a reunião de apresentação. “Aqui tem uma diversificação econômica muito grande, muitos recursos naturais o que nos fez gostar muito do Estado”, comentou.

Espanha, a próxima a se rebelar?

Como surgiu, dos Indignados, o “Podemos”. Por que está este prestes a derrubar partidos tradicionais, que se auto-sabotaram. Que transformações políticas e econômicas propõe.
POR VICENÇ NAVARRO no Outras Palavras
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por José Gilbert Arruda Martins

Por que o Partido dos Trabalhadores, aqui no Brasil, não consegue enxergar o que está acontecendo na Europa com a Grécia e com a Espanha?

Será que a cúpula do partido - PT -, esqueceu completamente seu passado glorioso? De quando era pequeno e defendia bandeiras contra a exploração dos trabalhadores pelas elites econômicas?

Recentemente, Marta Suplicy, um dos mais destacados quadros do partido, saiu do governo fazendo pesadas críticas. Deixando de lado o fato do personalismo político defendido entre linhas nas suas entrevistas, nada do ela disse sobre o partido e o governo pode ser aproveitado?

A militância petista e a sociedade sabe dos avanços proporcionados ao país nos últimos 12 anos. Inclusive já está mais que repetitivo usar esse discurso em praticamente todos os encontros, bate-papos etc.

Todos sabem também que o primeiro governo de Dilma Roussef, teve recuos fundamentais no que se refere ao distanciamento dos Movimentos Sociais, da falta de Reforma Agrária, Reforma Tributária que taxe as grandes fortunas, da falta, enfim, de coragem para governar como esquerda.

Agora, no segundo mandato, após uma luta feroz com a direita nas eleições, o governo Dilma Roussef, demonstra, mais uma vez, que irá se afastar ainda mais das lutas dos Trabalhadores e da esquerda, quando escolhe ministros ligados ao grande capital.

Será que o Partido dos Trabalhadores e o governo Dilma Roussef, não têm nada a aprender com o Syriza e com o Podemos?

Marta pode estar certa quando afirma que o PT pode estar no fim. O partido precisa urgentemente olhar para trás, ver o histórico de lutas, se aproximar do Povo. E, definitivamente, governar como esquerda.

Talvez uma das medidas mais importantes de todo esses 12 anos de governo do Partido dos Trabalhadores, seria a reestatização da Petrobrás. Outros países do mundo já fizeram e estão fazendo isso, a Argentina e a Venezuela reestatizaram suas empresas de petróleo. A prefeitura de Paris, numa parceria Público - Público, voltou a controlar a Companhia de Água da cidade.

Passa da hora do governo do PT ser popular. Tomar medidas que a população e os trabalhadores esperam.

Espanha, a próxima a se rebelar?

Uma imenso mar humano povoou as ruas de Madri no último sábado. Centenas de milhares de pessoas manifestaram-se, atendendo a um chamado do partido-movimento Podemos, criado há menos de um ano. Esperançosas após a vitória eleitoral do Syriza, na Grécia, elas sinalizaram que a Europa vai continuar tremendo, nos próximos meses. Que já não será fácil manter “ajustes fiscais” [“austeridade”, na Europa] que cortam direitos e mantêm as rendas financeiras. Que a suposta “racionalidade econômica” não poderá mais ser usada como pretexto para afastar a sociedade das decisões e transferi-las a “especialistas”. Que pode estar com os dias contados o sistema em que dois partidos — rivais na disputa pelo Estado, mas cada vez mais semelhantes nas políticas que adotam — alternam-se eternamente no poder.
Que ventos produzem o furacão espanhol? Até há um ano, o sistema bipartidário instituído há quatro décadas parecia inabalável. PP (centro-direita) e PSOE (ex-social-democrata) estavam acomodados, com diferenças mínimas de tom, ao mesmo projeto que resultou — na Espanha e na maior parte do mundo — num aumento brutal das desigualdades sociais. Um partido ligado à esquerda história (“Izquierda Unida”) cumpria um previsível papel de coadjuvante.
Três fatores parecem ter sacudido este ambiente de pasmaceira. No texto abaixo, Vicenç Navarro, co-autor do programa econômico do Podemos, explica em detalhes, e em seu complexo contexto histórico, quais são.  Os partidos tradicionais auto-sabotaram-se, por julgarem que, à falta de alternativas, a população se acomodaria mais uma vez a uma democracia reduzida a teatro. A difusão de novas formas, desierarquizadas, de relações sociais, tornou grotesco o controle das instituições por um punhado de “líderes” partidários — hoje conhecidos na Espanha como “a casta”. Por fim, o próprio Podemos teve sabedoria para converter a energia rebelde dos Indignados de 2011 num projeto de transformações que dialoga de igual para igual com as maiorias — ao invés de auto-distanciar-se delas por meio de jargões e métodos de “direção” anacrônicos.
TEXTO-MEIO
Assim como o Syriza, o Podemos viverá oportunidades e desafios imensos, nos próximos meses. Ainda no primeiro semestre, disputará eleições municipais. A formação de um novo governo, por meio de um pleito antecipado, pode ocorrer ainda em 2015. Sobreviverá à necessidade de encontrar saídas para a crise — e aos riscos de ser cooptado pelo sistema que quer transformar? Navarro parece dizer que a resposta está em aberto. “É o fim de um período, sem que saibamos o que virá depois”, diz ele, referindo-se a Gramsci. Quando o futuro é incerto, cada ato e atitude são importantes. Vale conhecer o que está em jogo na Espanha e na Europa, neste exato momento (A.M.)
Por Vicenç Navarro | Tradução: Inês Castilho
Alguma coisa acontece na Espanha. Um partido fundado há apenas um ano, o Podemos, com um programa claramente de esquerda, poderia ganhar a maioria no Parlamento espanhol, se as eleições fossem hoje. Após a vitória do Syriza nas eleições gregas de 25 de janeiro, tem-se especulado sobre a possibilidade do Podemos alcançar feito semelhante nas eleições parlamentares da Espanha no final deste ano. Mas, o que está conduzindo o partido ao sucesso?
O apoio ao Podemos está intrinsecamente ligado às políticas impostas pelo governo conservador do Partido Popular, liderado por Mariano Rajoy. Essas políticas incluíram os maiores cortes em gastos sociais públicos (desmantelando o subfinanciado Estado de bem-estar social espanhol) desde que a democracia foi estabelecida na Espanha, em 1978, e as mais duras reformas trabalhistas fixadas no mesmo período, as quais deterioraram substancialmente as condições do mercado de trabalho. Os salários baixaram 10% desde a Grande Recessão iniciada em 2007, e o desemprego alcançou um recorde histórico de 26% (52% entre os jovens). O percentual de trabalho temporário e precário aumentou, tornando-se a maioria dos novos contratos no mercado de trabalho (mais de 52% da totalidade dos contratos); 66% dos desempregados não têm nenhuma forma de seguro desemprego ou assistência pública.
Essas medidas criaram um enorme problema de falta de demanda interna, importante causa da recessão duradoura. Houve apenas um recente crescimento muito limitado, devido principalmente à queda dos preços do petróleo, a uma desvalorização do euro e ao compromisso, pelo Banco Central Europeu (BCE), de comprar títulos públicos. O governo espanhol não teve nada a ver com esses fatos, embora reivindique a limitada recuperação como resultado de suas políticas.
As políticas atuais foram promovidas pela União Europeia por meio do Conselho Europeu, da Comissão Europeia e do BCE, e pelo Fundo Monetário Internacional. Foram realizadas na Espanha com apoio e estímulo do capital financeiro, das principais corporações e seu instrumento político, o Partido Popular. A direita espanhola conseguiu, possivelmente, o que sempre quis: a redução dos salários e a asfixia da proteção social, com o esfacelamento do estado de bem-estar. Essas políticas são aquilo que os participantes da última reunião do G20 na Austrália apresentaram como estratégia a ser seguida por todos os países, elegendo a Espanha como país modelo.
Por que razão os cortes foram feitos?
A redução dos salários e do número de pessoas que recebem salários, assim como a redução dos gastos públicos, resultaram num enorme declínio da demanda interna e, consequentemente, do crescimento econômico. A queda dos salários significou aumento do endividamento das famílias e das pequenas e médias empresas. A dívida aumentou enormemente. Isso significa que também as transações bancárias aumentaram enormemente (a Espanha tem um dos maiores setores bancários na Europa, proporcionalmente três vezes maior que o dos Estados Unidos). Mas a baixa rentabilidade da economia produtiva significou um grande aumento dos Investimentos bancários especulativos, causando enormes bolhas, das quais a mais importante foi a bolha imobiliária.
Quando a bolha ainda estava inchando, um sentimento de euforia dominava oestablishment político. Até mesmo o governo do líder socialista, José Luis R. Zapatero, sentia que, em tempos de crescimento tão exuberante, os impostos deviam ser reduzidos – seu slogan então era que “reduzir os impostos devia ser um objetivo da esquerda”. Reduziu enormemente os tributos, em especial sobre ganhos de capital e rendas elevadas. E em 2007, quando a bolha explodiu, surgiu um grande buraco nas receitas do Estado: 27 bilhões de euros. De acordo com economistas do departamento de estatística do Ministério das Finanças, 70% desse buraco era devido aos cortes de impostos, e apenas 30% à queda da atividade econômica no início da Grande Recessão.
Foi assim que começaram os cortes – sob o falso argumento de que era preciso enfrentar as medidas de austeridade porque o país estava gastando muito. Na realidade, quando a crise começou, o Estado espanhol tinha superávit. Na verdade, o gasto público da Espanha é muito baixo: muito menor do que exigiria o seu nível de desenvolvimento econômico. Os cortes demonstram a natureza política dessas intervenções.
Zapatero congelou as aposentadorias públicas para economizar 1,5 bilhão de euros, quando poderia ter obtido 2,5 bilhões recuperando os impostos sobre a propriedade, que havia abolido; revertendo a redução dos impostos sobre herança (2,3 bilhões); ou revertendo a diminuição dos impostos de indivíduos com rendimento anual de 120 mil euros (2,2 bilhões). Esses cortes foram mais tarde ampliados por Rajoy, que cortou 6 bilhões do Serviço Nacional de Saúde, argumentando, como dissera antes Zapatero, que “não havia alternativa” — a frase mais frequentemente usada na narrativa oficial.
Contudo, havia alternativas. Ele poderia ter revertido a redução de impostos sobre o capital para grandes corporações, que havia aprovado, obtendo 5,5 bilhões. De fato, escrevi, junto com Juan Torres e Alberto Garzón, um livro a esse respeito intitulado Hay Alternativas: Propuestas para Crear Empleo y Bienestar Social em España. O livro demonstrou, com números claros e convincentes, que havia na verdade outras opções às políticas impostas. Tornou-se um best-seller na Espanha e foi largamente utilizado pelo movimento dos Indignados.
O movimento dos Indignados
O corte dos gastos públicos e as três reformas do mercado de trabalho realizadas primeiro pelo governo socialista (PSOE) e depois pelo governo conservador (PP), despertaram a ira de muitos cidadãos, já que nenhuma dessas medidas havia recebido um mandato popular genuíno. Nenhuma dessas políticas foi mencionada no programa eleitoral dos partidos governantes. Em resposta, o movimento Indignados surgiu e espalhou-se rapidamente por todo o país. Seus slogans, tais como “A classe política não nos representa”, tornaram-se largamente populares. Em consequência, as instituições começaram a perder legitimidade, enquanto o Estado respondia tentando reprimir o movimento. Contudo, isso não deteve os Indignados: muitos de seus líderes eram jovens e portanto profundamente afetados pela crise.
O movimento reclamava uma segunda transição, pedindo o fim do regime de 1978 (o sistema político estabelecido quando terminou a ditadura) e a elaboração de uma nova ordem democrática, explicando a necessidade de substituir as instituições representativas existentes por outras, complementadas por novas formas de participação democrática tais como referendos e/ou assembleias populares. O objetivo era estabelecer um sistema democrático autêntico, com formas de participação direta dos cidadãos tais como referendos, acrescidas de formas indiretas tais como a democracia representativa, de modo a garantir que os partidos políticos fossem muito mais democráticos do que são hoje.
Os Indignados tiveram um impacto enorme, sendo seu primeiro passo um protesto contra o slogan “Não há alternativas”. De fato, a liderança do movimento exibiu nosso livro, Há Alternativas, diante da polícia, que tentava controlar a manifestação. A fotografia de milhares de pessoas mostrando o livro foi amplamente distribuída dentro do movimento e publicada pela imprensa. Seu alvo principal era, essencialmente, destacar que havia, sim, alternativas, e questionar a legitimidade do Estado, que impunha políticas para as quais não tinha mandato popular.
O novo partido político: Podemos
Os Indignados tornaram-se conscientes de que, paralelamente aos protestos, tinham também de intervir na arena política – e foi assim, essencialmente, que o Podemos começou. Os líderes do Podemos surgiram do grupo de pessoas que desempenharam um papel de liderança no movimento. Alguns são membros do jovem corpo docente do Departamento de Ciências Políticas e Sociais na maior universidade pública da Espanha, Complutense. Muitos haviam sido ativistas nos movimentos de juventude do Partido Comunista Espanhol.
Independentemente de sua origem, todos sentiam que a raiz do problema era o controle do Estado por uma classe de políticos sustentados principalmente pelos maiores partidos – o partido conservador-liberal (PP) e o socialista (PSOE) – que se relacionavam intimamente e estavam vinculados às principais corporações financeiras e bancárias que corromperam as instituições do Estado. Eles clamavam pelo estabelecimento de um Estado democrático e uma Europa democrática – “uma Europa do povo, não a Europa dos banqueiros”.
Eles participaram das eleições para o Parlamento Europeu em 2014 e tiveram muito mais votos que esperavam. Em seguida, e mais importante, pesquisas revelaram crescimento substancial de seu apoio popular. A ponto de se tornar claro, ao final de 2014, que o Podemos poderia chegar ao governo – uma situação que seus criadores nunca haviam pensado possível em tão pouco tempo. A mensagem do partido, “Vote contra a casta. Jogue-os todos fora”, ressoou profundamente entre o eleitorado. Parece claro que a maioria da população está farta do establishment político e mediático e voltou-se para o Podemos como alternativa.
No entanto, a esta altura ainda faltava ao partido uma estrutura claramente definida. Isso impôs a necessidade urgente de desenvolver uma organização partidária, baseada num modelo de assembleia e a partir de uma base proposta pela liderança. Para preparar este programa, pediram a mim e a Juan Torres (co-autor de Hay Alternativas) que formulássemos um esboço do programa econômico que um governo do Podemos deveria implementar, se eleito. Este esboço seria a base para uma vasta discussão no interior do partido. O documento recebeu um título inicial autoexplicativo: “A necessidade de democratizar a Economia para acabar com a crise e ampliar Justiça Social, Bem-estar e Qualidade de Vida – Uma proposta para abrir um debate e resolver os problemas da economia espanhola”. Foi amplamente distribuído pelo Podemos, com novo nome: Um projeto econômico para pessoas” (Un proyecto económico para la gente). Teve enorme impacto.
A apresentação da proposta, pelo porta-voz do Podemos, Pablo Iglesias, junto conosco, como autores, tornou-se um grande acontecimento na Espanha. A hostilidade da velha mídia e dos ornais econômicos, assim como dos intelectuais e porta-vozes dos grandes partidos governistas (PP e PSOE) produziu alguns ataques furiosos ao documento e a seus autores. Na Europa, o presidente do banco central alemão (Bundesbank) sustentou que as propostas expressas no texto causariam prejuízos às economias da Espanha e da Europa. Em paralelo a estas respostas negativas sem precedentes, no entanto, houve ampla aceitação das pessoas comuns, a ponto de alterar a agenda do debate econômico e desafiar a ideologia que o impregnava.
Nosso documento não é um orçamento para o futuro governo do Podemos, mas traça as linhas estratégicas a se4 seguidas. A análise das causas da crise está focada no enorme crescimento da desigualdade, responsável pelas crises financeira, econômica e política. Coloca no centro da análise o conflito do capital (sob a hegemonia do setor financeiro) contra o trabalho. Ele levou a um enorme declínio da demanda doméstica, causada pela redução real dos salários, aumento do desemprego e cortes nas despesas públicas. Voltadas a reverter este crescimento da desigualdade, as propostas, portanto, sugerem ampliar a demanda doméstica (elevando os salários e o emprego) e expandindo os gastos e investimentos públicos (em particular, os relacionados à infraestrutura social)
Sublinha-se também a necessidade de expandir os bancos públicos, como forma de oferecer crédito a famílias e a pequenas e médias empresas. Propõe-se a redução da jornada de trabalho para 35 horas e a idade de aposentadoria, dos 67 anos atuais para 65 – o que reverteria posições aprovadas pelo PP e PSOE. O impacto do programa fortaleceria o trabalho às custas do capital. Além disso, defende-se a clara necessidade de corrigir desigualdades de gênero, inclusive como forma de ampliar o emprego. E demonstrou que todas estas propostas poderiam ser sustentadas por meio de uma Reforma Tributária e da redução das fraudes fiscais.
Que explica o sucesso do Podemos?
É fácil responder a pergunta. Há enorme ira popular diante do que o Podemos chama dela casta. O termo inclui as elites governantes no establishment político, que desenvolveram cumplicidade aberta com as corporações financeiras e não-financeiras que dominam as instituições e a mídia. O apelo para “jogá-los todos fora” desperta apoio geral entre a maioria do povo espanhol.
Além disso, o Podemos foge dos jargões, usa linguagem comum, redefine luta de classes como o conflito entre os que estão no topo e todos os demais. É uma narrativa que mobiliza uma base de apoio ampla e diversa. Além disso, o partido tornou central, em sua estratégia, a luta pela democracia – e a redefiniu para incluir distintas formas de participação, como referendos (definidos como el derecho a decidir), além das formas tradicionais de representação. É por seu compromisso democrático que aceitou o direito a autodeterminação das diferentes nações que exitem na Espanha, rompendo com a visão que esta seria um Estado uninacional.
A compreensão da Espanha como um Estado “plurinacional” foi uma exigência de todos os partidos de esquerda (inclusive o PSOE), mas foi abandonada durante a transição para a democracia pelo Partido Socialista, por pressões do rei (apontado por Franco) e do exército. A ampla reivindicação popular dos catalães pelo direito à auto-determinação (não confundir com independência: 82% apoiam a primeira; apenas 33%, a segunda) criou enorme tensão entre o governo central e o tornou altamente impopular.
O sucesso do Podemos tornou-se uma grande ameça ao establishment espanhol (e europeu). Hoje, as elites financeira, econômica, política e midiática na Espanha estão na defensiva e em pânico. Aprovaram leis que tornam mais dura a repressão. Os dirigentes dos grandes bancos estão particularmente preocupados. O presidente do Santander, que morreu em setembro passado, anunciou pouco antes de falecer que estava extremamente preocupado, frisando que o Podemos e a Catalunha representavam, em sua opinião, grandes ameaças à Espanha – a sua Espanha, é claro. E ele tinha rezão. O futuro agora está aberto. Como disse Gramsci certa vez, é o fim de um período, sem que tenhamos visão clara sobre como sera o próximo. A Europa e a Espanha estão fechando uma era. Resta saber como será a próxima

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

51 cursos online e gratuitos de Engenharia em Stanford, Berkeley e USP

no Catraca Livre
iStock
Videoaulas podem ser acessadas por qualquer pessoa gratuitamente
Conhecimentos matemáticos, técnicos e científicos aplicados na criação, aperfeiçoamento de utilidades. De uma forma ampla, pode-se definir assim a Engenharia. Com cadeiras disputadas em todas as grandes universidades, ela está conectada a diferentes áreas da vida humana.
Aos interessados em Engenharia, o Veduca, plataforma que oferece gratuitamente videoaulas de grandes centros de estudo, possui 51 cursos relacionados ao tema. Os conteúdos - que vão desde Robótica a Circuitos Eletrônicos - são ministrados por docentes da Universidade Yale, USP, MIT, Universidade da Califórnia em Berkeley, entre outras.
A maioria dos vídeos conta com legendas em português. Para acessá-los, basta um cadastro breve na plataforma. Confira alguns destaques da plataforma:
Circuitos Eletrônicos - (MIT / com legendas em português)
Métodos Matemáticos para Engenheiros - (MIT / com legendas em português)
Engenharia de Sistemas Aeronáuticos - (MIT / com legendas em português)
Introdução à Engenharia Química - (Stanford / com legendas em português)
Introdução à Robótica - (Stanford / com legendas em português)
O Futuro da Saúde Humana - (Stanford / com legendas em português)
Gestão da Inovação - (USP)
Engenharia Econômica - (USP)
Circuitos Integrados Lineares - (Berkeley)
Circuitos Integrados Analógicos - (Berkeley)
A lista completa de cursos está disponível na página do Veduca.

Santayana: A Petrobras não é uma empresa, é uma Nação

Para ler de pé, em voz alta, para mandar para os amigos, os parentes, a todos aqueles que conseguem ir mais fundo que os cinco centímetros da histeria pseudo-moralista, que não consegue entender o que, dramaticamente, está em jogo:
Autor: Fernando Brito no Tijolaço
lulaget

Quanto vale a Petrobras?

Mauro Santayana
O adiamento do balanço da Petrobras do terceiro trimestre do ano passado foi um equívoco estratégico da direção da companhia, cada vez mais vulnerável à pressão que vem recebendo de todos os lados, que deveria, desde o início do processo, ter afirmado que só faria a baixa contábil dos eventuais prejuízos com a corrupção, depois que eles tivessem, um a um, sua apuração concluída, com o avanço das investigações.
A divulgação do balanço há poucos dias, sem números que não deveriam ter sido prometidos, levou a nova queda no preço das ações.
E, naturalmente, a novas reações iradas e estapafúrdias, com mais especulação sobre qual seria o valor — subjetivo, sujeito a flutuação, como o de toda empresa de capital aberto presente em bolsa — da Petrobras, e o aumento dos ataques por parte dos que pretendem aproveitar o que está ocorrendo para destruir a empresa — incluindo hienas de outros países, vide as últimas idiotices do Financial Times – que adorariam estraçalhar e dividir, entre baba e dentes, os eventuais despojos de uma das maiores empresas petrolíferas do mundo.
O que importa mais na Petrobras?
O valor das ações, espremido também por uma campanha que vai muito além da intenção de sanear a empresa e combater eventuais casos de corrupção e que inclui de apelos, nas redes sociais, para que consumidores deixem de abastecer seus carros nos postos BR; à aberta torcida para que “ela quebre, para acabar com o governo”; ou para que seja privatizada, de preferência, com a entrega de seu controle para estrangeiros, para que se possa — como afirmou um internauta — “pagar um real por litro de gasolina, como nos EUA”?
Para quem investe em bolsa, o valor da Petrobras se mede em dólares, ou em reais, pela cotação do momento, e muitos especuladores estão fazendo fortunas, dentro e fora do Brasil, da noite para o dia, com a flutuação dos títulos derivada, também, da campanha antinacional em curso, refletida no clima de “terrorismo” e no desejo de “jogar gasolina na fogueira”, que tomou conta dos espaços mais conservadores — para não dizer golpistas, fascistas, até mesmo por conivência — da internet.
Para os patriotas – e ainda os há, graças a Deus – o que importa mais, na Petrobras, é seu valor intrínseco, simbólico, permanente, e intangível, e o seu papel estratégico para o desenvolvimento e o fortalecimento do Brasil.
Quanto vale a luta, a coragem, a determinação, daqueles que, em nossa geração, foram para as ruas e para a prisão, e apanharam de cassetete e bombas de gás, para exigir a criação de uma empresa nacional voltada para a exploração de uma das maiores riquezas econômicas e estratégicas da época, em um momento em que todos diziam que não havia petróleo no Brasil, e que, se houvesse, não teríamos, atrasados e subdesenvolvidos que “somos”, condições técnicas de explorá-lo?
Quanto vale a formação, ao longo de décadas, de uma equipe de 86.000 funcionários, trabalhadores, técnicos e engenheiros, em um dos segmentos mais complexos da atuação humana?
Quanto vale a luta, o trabalho, a coragem, a determinação daqueles, que, não tendo achado petróleo em grande quantidade em terra, foram buscá-lo no mar, batendo sucessivos recordes de poços mais profundos do planeta; criaram soluções, “know-how”, conhecimento; transformaram a Petrobras na primeira referência no campo da exploração de petróleo a centenas, milhares de metros de profundidade; a dezenas, centenas de quilômetros da costa; e na mais premiada empresa da história da OTC – Offshore Technology Conferences, o “Oscar” tecnológico da exploração de petróleo em alto mar, que se realiza a cada dois anos, na cidade de Houston, no Texas, nos Estados Unidos?
Quanto vale a luta, a coragem, a determinação, daqueles que, ao longo da história da maior empresa brasileira — condição que ultrapassa em muito, seu eventual valor de “mercado” — enfrentaram todas as ameaças à sua desnacionalização, incluindo a ignominiosa tentativa de alterar seu nome, retirando-lhe a condição de brasileira, mudando-o para “Petrobrax”, durante a tragédia privatista e “entreguista” dos anos 1990?
Quanto vale uma companhia presente em 17 países, que provou o seu valor, na descoberta e exploração de óleo e gás, dos campos do Oriente Médio ao Mar Cáspio, da costa africana às águas norte-americanas do Golfo do México?
Quanto vale uma empresa que reuniu à sua volta, no Brasil, uma das maiores estruturas do mundo em Pesquisa e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, trazendo para cá os principais laboratórios, fora de seus países de origem, de algumas das mais avançadas empresas do planeta?
Por que enquanto virou moda — nas redes sociais e fora da internet — mostrar desprezo, ódio e descrédito pela Petrobras, as mais importantes empresas mundiais de tecnologia seguem acreditando nela, e querem desenvolver e desbravar, junto com a maior empresa brasileira, as novas fronteiras da tecnologia de exploração de óleo e gás em águas profundas?
Por que em novembro de 2014, há apenas pouco mais de três meses, portanto, a General Electric inaugurou, no Rio de Janeiro, com um investimento de 1 bilhão de reais, o seu Centro Global de Inovação, junto a outras empresas que já trouxeram seus principais laboratórios para perto da Petrobras, como a BG, a Schlumberger, a Halliburton, a FMC, a Siemens, a Baker Hughes, a Tenaris Confab, a EMC2 a V&M e a Statoil?
Quanto vale o fato de a Petrobras ser a maior empresa da América Latina, e a de maior lucro em 2013 — mais de 10 bilhões de dólares — enquanto a PEMEX mexicana, por exemplo, teve um prejuízo de mais de 12 bilhões de dólares no mesmo período?
Quanto vale o fato de a Petrobras ter ultrapassado, no terceiro trimestre de 2014, a Exonn norte-americana como a maior produtora de petróleo do mundo, entre as maiores companhias petrolíferas mundiais de capital aberto?
É preciso tomar cuidado com a desconstrução artificial, rasteira, e odiosa, da Petrobras e com a especulação com suas potenciais perdas no âmbito da corrupção, especulação esta que não é apenas econômica, mas também política.
A Petrobras teve um faturamento de 305 bilhões de reais em 2013, investe mais de 100 bilhões de reais por ano, opera uma frota de 326 navios, tem 35.000 quilômetros de dutos, mais de 17 bilhões de barris em reservas, 15 refinarias e 134 plataformas de produção de gás e de petróleo.
É óbvio que uma empresa de energia com essa dimensão e complexidade, que, além dessas áreas, atua também com termoeletricidade, biodiesel, fertilizantes e etanol, só poderia lançar em balanço eventuais prejuízos com o desvio de recursos por corrupção, à medida que esses desvios ou prejuízos fossem “quantificados” sem sombra de dúvida, para depois ser — como diz o “mercado” — “precificados”, um por um, e não por atacado, com números aleatórios, multiplicados até quase o infinito, como tem ocorrido até agora.
As cifras estratosféricas (de 10 a dezenas de bilhões de reais), que contrastam com o dinheiro efetivamente descoberto e desviado para o exterior até agora, e enchem a boca de “analistas”, ao falar dos prejuízos, sem citar fatos ou documentos que as justifiquem, lembram o caso do “Mensalão”.
Naquela época, adversários dos envolvidos cansaram-se de repetir, na imprensa e fora dela, ao longo de meses a fio, tratar-se a denúncia de Roberto Jefferson, depois de ter um apaniguado filmado roubando nos Correios, de o “maior escândalo da história da República”, bordão esse que voltou a ser utilizado maciçamente, agora, no caso da Petrobras.
Em dezembro de 2014, um estudo feito pelo instituto Avante Brasil, que, com certeza não defende a “situação”, levantou os 31 maiores escândalos de corrupção dos últimos 20 anos.
Nesse estudo, o “mensalão” — o nacional, não o “mineiro” — acabou ficando em décimo-oitavo lugar no ranking, tendo envolvido menos da metade dos recursos do “trensalão” tucano de São Paulo e uma parcela duzentas vezes menor que a cifra relacionada ao escândalo do Banestado, ocorrido durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso, que, em primeiríssimo lugar, envolveu, segundo o levantamento, em valores atualizados, aproximadamente 60 bilhões de reais.
E ninguém, absolutamente ninguém, que dizia ser o mensalão o maior dos escândalos da história do Brasil, tomou a iniciativa de tocar, sequer, no tema — apesar do “doleiro” do caso Petrobras, Alberto Youssef, ser o mesmo do caso Banestado — até agora.
Os problemas derivados da queda da cotação do preço internacional do petróleo não são de responsabilidade da Petrobras e afetam igualmente suas principais concorrentes.
Eles advém da decisão tomada pela Arábia Saudita de tentar quebrar a indústria de extração de óleo de xisto nos Estados Unidos, aumentando a oferta saudita e diminuindo a cotação do produto no mercado global.
Como o petróleo extraído pela Petrobras destina-se à produção de combustíveis para o próprio mercado brasileiro, que deve aumentar com a entrada em produção de novas refinarias, como a Abreu e Lima; ou para a “troca” por petróleo de outra graduação, com outros países, a empresa deverá ser menos prejudicada por esse processo.
A produção de petróleo da companhia está aumentando, e também as descobertas, que já somam várias depois da eclosão do escândalo.
E, mesmo que houvesse prejuízo — e não há — na extração de petróleo do pré-sal, que já passa de 500.000 barris por dia, ainda assim valeria a pena para o país, pelo efeito multiplicador das atividades da empresa, que garante, com a política de conteúdo nacional mínimo, milhares de empregos qualificados na construção naval, na indústria de equipamentos, na siderurgia, na metalurgia, na tecnologia.
A Petrobras foi, é e será, com todos os seus problemas, um instrumento de fundamental importância estratégica para o desenvolvimento nacional, e especialmente para os estados onde tem maior atuação, como é o caso do Rio de Janeiro.
Em vez de acabar com ela, como muitos gostariam, o que o Brasil precisaria é ter duas, três, quatro, cinco Petrobras.
É necessário punir os ladrões que a assaltaram?
Ninguém duvida disso.
Mas é preciso lembrar, também, uma verdade cristalina.
A Petrobras não é apenas uma empresa.
Ela é uma Nação.
Um conceito.
Uma bandeira.
E por isso, seu valor é tão grande, incomensurável, insubstituível.
Esta é a crença que impulsiona os que a defendem.
E, sem dúvida alguma, também, a abjeta motivação que está por trás dos canalhas que pretendem destruí-la.


O amor e o mito da alma gêmea

no blog Psicologia em Brasília (http://psicologiaembrasilia.blogspot.com.br/)
O livro O Banquete do filósofo Platão apresenta vários discursos sobre o amor. Dentre os discursos apresentados há um muito interessante onde um dos personagens, Erixímaco, apresenta a teoria de que existiam seres que possuíam quatro braços, quatro pernas e duas cabeças chamados andrógenos. Eles eram muito fortes, velozes e poderosos, sendo muito superiores aos homens. Por suas características, os andrógenos se rebelaram contra os deuses. Zeus, portanto, resolveu partir-lhes ao meio para puni-los tornando-os mais fracos.

Segundo Erixímaco, essa seria a origem das almas gêmeas, ou seja, os andrógenos, sendo partidos ao meio, buscavam sem fim sua outra metade na tentativa de completar-se novamente.
“Por conseguinte, desde que a nossa natureza se mutilou em duas, ansiava cada um por usa própria metade e a ela se unia, e envolvendo-se com as mãos e enlaçando-se um ao outro, no ardor de se confundirem, morriam de fome e de inércia em geral, por nada quererem fazer longe um do outro.” (O Banquete, Platão)

Apesar de poucas pessoas acreditarem no mito do andrógeno, ainda persiste a crença de que existe um encontro perfeito entre duas pessoas, de tal modo que o sentimento de completude superará o vazio existencial humano. No fundo, todos nós gostaríamos de encontrar nossa alma gêmea, aquela pessoa que nos dispensará de qualquer necessidade por mais gente.

Um ponto crucial na história dos andrógenos, e portanto, da alma gêmea, não é apenas a busca incessante pela outra metade perdida, mas sim, o que ocorre após esse encontro, ou seja, a morte. A necessidade de contato e o sentimento de completude impediam as duas metades dos andrógenos de viverem, eles ansiaram tanto por se reencontrar, que preferiam morrer de inanição a desgrudar-se novamente e ter que lidar com a falta.

No consultório é fácil perceber essa necessidade de completude total. Não é raro perceber em homens e mulheres a fantasia de que o parceiro irá completá-lo e fazê-lo feliz eternamente. Por um lado, observa-se uma frustração com a realidade, onde o parceiro não consegue suprir todas as necessidades do indivíduo. Por outro, há uma cobrança excessiva de que o casal deve se bastar. Alguns discursos demonstram plenamente isso, por exemplo, o homem que não entende porque a mulher precisa de amigos para desabafar, “Ela pode contar as coisas pra mim! Eu não sirvo?”.

Outros discursos são mais implícitos e socialmente aceitos, como, por exemplo, o desrespeito à individualidade dos sujeito. “Nós somos casados. Não deve haver segredos entre nós.”. A necessidade de contato estreito e constante acaba fadando o relacionamento ao mesmo destino dos andrógenos: a morte.

No relacionamento entre almas gêmeas (ou entre andrógenos) não há espaço para gostos divergentes, não pode haver individualidade, não é admissível a separação do par. Ela não gosta de futebol? Ele não vai ao campo. Ele não gosta de dançar, ela não vai ao samba. E nessa mistura perde-se a essência da pessoa.

É interessante ver pessoas após o rompimento de uma relação longa. Geralmente elas encontram-se perdidas, não sabem mais o que gostam de fazer, ou porque fazem as coisas que fazem. Aparentemente para que haja união, tudo aquilo que distingue o sujeito do parceiro deve ser jogado fora, os dois devem se fundir perfeitamente, sendo assim, é necessário matar uma parte de si para se adequar ao outro. A grande dúvida que surge é - será que realmente isso é amor? 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

GDF afirma que vai contratar professores temporários

Por André Barreto no site do Sinpro-DF
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Distrito Federal

Na manhã desta segunda-feira (2), a equipe da secretaria de Educação entrou em contato com o Sinpro para reafirmar a disposição do governo em contratar professores sob regime temporário.
Segundo o GDF, a área da Educação é prioritária e os temporários são indispensáveis para suprir a carência de servidores efetivos em decorrência de licenças médicas e outros afastamentos. “Não temos um banco de concursados para serem imediatamente contratados e zerar esse déficit”, justificou o secretário de Educação, Júlio Gregório.
Para evitar qualquer contratempo jurídico, a contratação de professores temporários será discutida com a Procuradoria-Geral do DF ainda hoje. A PGDF vai analisar a adoção de mecanismos legais para assegurar as contratações e o início do ano letivo com profissionais em todas as salas de aula, no dia 23 de fevereiro.
A secretaria informou ainda que o cronograma de contratação, anteriormente divulgado, está mantido.

Ato em apoio ao Plebiscito Constituinte na próxima quarta-feira (4)

CUT Geral - no site do Sinpro-DF
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Na próxima quarta-feira (4/2), às 14h, entidades dos movimentos social e sindical, partidos políticos e organizações populares realizarão ato no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, em apoio ao Decreto Legislativo 1508/14. O decreto convoca um plebiscito para que a população decida se quer a convocação de uma assembleia nacional constituinte exclusiva para a reforma política.
O decreto foi assinado por 181 parlamentares e entregue ao Congresso Nacional em outubro de 2014. Ele propõe que o plebiscito oficial reitere a pergunta que foi feita no popular: Você é favor de uma assembleia nacional constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?
Essa assembleia seria composta de deputados eleitos pelo povo para modificar a economia e a política do País, além de definir as regras, instituições e o funcionamento das instituições de um Estado como o governo, o que resulta em uma nova Constituição.
De acordo com as entidades que defendem o plebiscito popular, a reforma política é importante porque apenas a partir de uma nova Constituição é possível garantir paridade, igualdade e promover mudanças mais profundas no sistema político do Brasil.
Atualmente o Congresso é composto por parlamentares que representam a minoria da população: mais de 70% de ruralistas e empresários, enquanto a população brasileira é composta por trabalhadores e camponeses; 9% de mulheres, enquanto a metade da população é do sexo feminino; 8.5% de negros auto declarados, enquanto 51% da população se auto-declara negra; e menos de 3% de jovens (16 a 35 anos), grupo que representa 40% do eleitorado do país.
Mais de 500 entidades, movimentos, sindicatos, pastorais sociais, partidos e organizações, entre eles a CUT, participaram da organização do plebiscito popular realizado em 2014. Estima-se que mais de 100 mil pessoas engajaram-se no movimento, que contou com quase 8 milhões de assinaturas no país.