por Redação RBA
por José Gilbert Arruda Martins
Esse, a meu ver, é o caminho. O debate das ideias, a formulação e planejamento de debates abertos com a sociedade é saudável e, com certeza, ajudará a fortalecer nossa democracia.
A direita demonstrou o que pode fazer. Ela não está morta, é forte por que tem os ricos, a "grande" mídia a seu lado e grande parte da sociedade conservadora.
Espaços como o "Fórum 21", onde o debate democrático poderá ser feito. Pode também, além do debate, expandir os encontros para outras cidades no país e criar condições para difundirmos textos e documentários em vídeo sobre questões que dizem respeito ao país, como por exemplo, o filme - Privatizações: A distopia do Capital.
Os movimentos conservadores são atuantes, são ativos e militantes. A esquerda dormiu e, parece que está acordando.
Retroceder agora, permitir que os grupos conservadores tomem de conta dos espaços políticos e "façam a cabeça" da sociedade, sem a ação dos grupos, partidos e pessoas da esquerda e progressistas em geral, é jogar no lixo nossa própria história e os avanços sociais que tivemos na última década.
Fórum 21 define grupo executivo e divulga carta de princípios
Proposta é 'ampliar o nível de politização de uma sociedade que reivindica mais participação, ao mesmo tempo em que carece de canais públicos de diálogo e reflexão'
São Paulo – Em reunião realizada hoje (13) em São Paulo, o Fórum 21 aprovou o grupo executivo encarregado de organizar textos, temas, seminários e livros para a produção e divulgação dos conteúdos que serão debatidos em seu âmbito.
Segundo a carta de princípios aprovada a partir de discussões por e-mail entre o final de dezembro do ano passado e o início deste mês, o Fórum 21 se propõe a ser um “espaço de convergência e debates em rede, horizontal, empenhado na conformação de sínteses programáticas que contribuam para a renovação do pensamento de esquerda no Brasil”. Ele foi instalado em 15 de dezembro. Segundo Igor Felippe, jornalista do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o fórum é um “grupo em construção”.
O grupo executivo é formado pelo próprio Felippe e por Altamiro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Rodrigo Vianna, do blog Escrevinhador, Anivaldo Padilha, cientista social e membro da Igreja Metodista (pai do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha), o economista Eduardo Fagnani, da Plataforma Política Social, Pedro Paulo Zahluth Bastos, professor de Economia da Unicamp, Paulo Salvador, diretor da RBA, e Joaquim Palhares, diretor da Carta Maior.
O grupo volta a se reunir na semana que vem.
Leia, abaixo, a versão definitiva da Carta de Princípios do Fórum 21:
"O resultado das urnas em 2014 não arrefeceu a disputa política no país. Ao contrário, intensificou a mobilização de setores conservadores empenhados em colocar as forças progressistas, democráticas e populares na defensiva.
A disposição da direita em promover o acirramento da luta ideológica e política convoca as forças da esquerda à mobilização para o debate e a ação. É preciso disputar hegemonia ideológica na sociedade. Para tanto, será imprescindível ampliar o nível de politização de uma sociedade que reivindica mais participação, ao mesmo tempo em que carece de canais públicos de diálogo e reflexão.
Cabe às forças progressistas começar pelo que é mais evidente: romper os limites do diálogo no seu próprio campo. A articulação para a troca de ideias daqueles que defendem a justiça social e a soberania popular é essencial à arregimentação de forças mais amplas para os embates que virão.
Cientes desse desafio, cidadãs e cidadãos brasileiros (abaixo assinados), reunidos em São Paulo no último dia 15 de dezembro, decidiram criar o Fórum 21: um espaço de convergência e de debates em rede, horizontal, empenhado na conformação de sínteses programáticas que contribuam para a renovação do pensamento de esquerda no Brasil.
O Fórum será composto por ativistas, partidos políticos progressistas e seus militantes, organizações populares, entidades da sociedade e por todos aqueles cidadãos e cidadãs que se disponham a ajudar na construção de uma plataforma comum que sirva aos avanços das conquistas sociais, ao alargamento da participação cidadã e à consolidação da democracia no Brasil."
A disposição da direita em promover o acirramento da luta ideológica e política convoca as forças da esquerda à mobilização para o debate e a ação. É preciso disputar hegemonia ideológica na sociedade. Para tanto, será imprescindível ampliar o nível de politização de uma sociedade que reivindica mais participação, ao mesmo tempo em que carece de canais públicos de diálogo e reflexão.
Cabe às forças progressistas começar pelo que é mais evidente: romper os limites do diálogo no seu próprio campo. A articulação para a troca de ideias daqueles que defendem a justiça social e a soberania popular é essencial à arregimentação de forças mais amplas para os embates que virão.
Cientes desse desafio, cidadãs e cidadãos brasileiros (abaixo assinados), reunidos em São Paulo no último dia 15 de dezembro, decidiram criar o Fórum 21: um espaço de convergência e de debates em rede, horizontal, empenhado na conformação de sínteses programáticas que contribuam para a renovação do pensamento de esquerda no Brasil.
O Fórum será composto por ativistas, partidos políticos progressistas e seus militantes, organizações populares, entidades da sociedade e por todos aqueles cidadãos e cidadãs que se disponham a ajudar na construção de uma plataforma comum que sirva aos avanços das conquistas sociais, ao alargamento da participação cidadã e à consolidação da democracia no Brasil."