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por José Gilbert Arruda Martins
A incapacidade das pessoas e dos partidos de esquerda pode estar na forma direitista de ver a conjuntura econômica, social cultural e política do país e do mundo.
A crítica aos governos de esquerda eleitos em todos os níveis aqui no Brasil e no mundo, são sempre bem vindas. O problema é, talvez, quando quem critica e se diz de esquerda, age, pensa ou se comporta socialmente, culturalmente, politicamente, profissionalmente como direita.
Dizer que é de esquerda, e pautar seus argumentos a partir de leituras de jornais, revistas e canais de TV conservadores, sem quase nunca se importar em buscar canais alternativos de informação, pode ser um empecilho para enxergar melhor a conjuntura.
As "delícias" do consumo e do pensamento capitalista estão em volta, dentro, em cima, em baixo, estão em todos os lugares. Exigir também que o trabalhador (a) que conseguiu um aumento no salário não levar os filhos (as) ao cinema no shopping é exagero. Essa talvez não seja a questão central.
Qual é então a questão central? alguém sabe?
Quem milita na esquerda conhece, ou deveria conhecer, os grandes e históricos valores universais que norteiam e , de certa forma, orientam quem é de esquerda no mundo todo, quais sejam: democracia popular, defesa aos direitos humanos, solidariedade internacional, justiça global, consumo responsável...
Esses valores ou temas geram outros não menos importantes como por exemplo, reforma agrária popular, o combate à corrupção, combate à homofobia, salário digno, vida saudável, mobilidade urbana, passe livre, acesso à cultura, defesa do meio ambiente etc.
A defesa intransigente desses valores na cabeça e no coração de uma pessoa dita esquerda, não pode nunca ser algo individual apenas, o individual é apenas um apoio para se conseguir o coletivo, que todos e todas tenham, que todos e todas acessem, alcancem.
"Sonho que se sonha só é apenas um sonho, sonho que se sonha junto é realidade", já dizia o poeta.
As pessoas e os partidos de esquerda aqui ou em qualquer lugar, precisam voltar suas atenções e suas preocupações para os valores universais; as pessoas que desejam militar numa organização social, partido político ou qualquer outra, e que se dizem defensoras da esquerda, precisam procurar, não serem santas, é claro, mas falar e praticar uma vida em sociedade permeada pelos valores universais que unem a humanidade em torno do respeito à democracia plena, à justiça econômica, social, tributária etc.
Pensar, escrever ou falar é fácil.