segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Como vivem os políticos na Suécia: um trecho revelador de um novo livro

No jornal Aftonbladet, o primeiro-ministro sueco dá dicas de limpeza.
                                         No jornal Aftonbladet, o primeiro-ministro sueco dá dicas de limpeza.

no Outras Palavras

Claudia Wallin, jornalista brasileira radicada na Suécia, acaba de lançar um livro sobre os políticos suecos – “Um País Sem Excelências e Mordomias” (Geração Editorial). Abaixo, um trecho que retrata, em detalhes, a cultura escandinava. 
”É preciso aceitar os sacrifícios que se avizinham”, murmura para si próprio um sueco no momento revelador em que a sua real vocação para a carreira política se manifesta como um desejo irrefreável. ”Serão abomináveis os desafios”, alerta um forasteiro: os cintos apertados como os da amorfa massa do povo, a ausência de alegres comitivas de inúteis, os apartamentos funcionais que lembram quartos de hotéis de duas estrelas, a falta que hão de fazer os batalhões de assessores e parasitas. Quando tal provação parecer insuportável, será prudente invocar Mímir, o deus venerado pelos vikings por sua sabedoria infinita e pela cabeça que, mesmo decepada pelos inimigos, continua a pensar.
A Suécia não oferece luxo aos seus políticos: nesta sociedade essencialmente igualitária, a classe política não tem o status de uma elite bajulada e nem os privilégios de uma nobreza encastelada no poder. Sem direito a imunidade, políticos suecos podem ser processados e condenados como qualquer cidadão. Sem carros oficiais e motoristas particulares, deputados se acotovelam em ônibus e trens, como a maioria dos cidadãos que representam.
Sem salários vitalícios, não ganham a merecida aposentadoria após alguns poucos anos de trabalho pelo bem do povo. Sem secretária particular na porta, banheiro privativo ou copa com cafezinho, os gabinetes parlamentares são espartanos e diminutos como a sala de um funcionário de repartição pública. Sem verbas indenizatórias para alugar escritório nas bases eleitorais, deputados suecos usam a própria casa, a sede local do partido ou a biblioteca pública para trabalhar quando estão em suas regiões de origem.
”Está bom, mas pode ficar melhor”, resmunga o motorista de táxi que me leva do aeroporto de Arlanda ao centro de Estocolmo, a capital sueca. Ele reclama indignado, como tantos outros, do valor do salário líquido de um deputado do Parlamento sueco: horror dos horrores, é cerca de 50 por cento a mais do que ganha em média um professor primário no país. Um privilégio indefensável, que na lógica do motorista deveria estar em processo acelerado de extinção. Não é preciso consultar a cabeça de Mímir para deduzir que este é um povo que sabe quem é o patrão.
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”Sou eu que pago os políticos”, resumiu o cidadão sueco Joakim Holm, durante entrevista gravada em uma rua de Estocolmo para reportagem do Jornal da Band. ”Não vejo razão alguma para dar a eles uma vida de luxo”.
”Os políticos são eleitos para trabalhar para mim e para todos os outros cidadãos que pagam impostos. Aqui ninguém acha que os políticos são uma classe superior com direito a privilégios”, disse outro entrevistado, Mikael Forslund.
A nível municipal, o desejo de exercer a atividade política poderia ser mal interpretado, fora da Suécia, como um caso clínico: vereadores suecos não ganham sequer salários, e também não têm direito a gabinete – trabalham de casa. Estarão os seus nervos em desordem?
O que o modelo sueco demonstra é que as camisas de força se ajustariam melhor ao figurino das platéias entorpecidas de outras latitudes, que assistem, bovinizadas, ao fascinante espetáculo diário dos abusos do poder. A experiência da Suécia subverte o desconexo conceito de que aos políticos deve-se dispensar um tratamento reverencial digno de uma casta superior, formada por cavalheiros e damas mais ilustres do que a média, e portanto com direitos quase divinos a benesses jamais alcançáveis pelos cidadãos que vivem sob o Olimpo político.
Ainda lembro da estranha sensação de estar presenciando um fenônemo extraterreno quando encontrei, pela primeira vez, o ex-primeiro-ministro e atual ministro das Relações Exteriores, Carl Bildt, empurrando seu carrinho de compras no supermercado que frequento em Estocolmo. E o prefeito de Estocolmo, Sten Nordin, na fila do ônibus. E o presidente do Parlamento, Per Westerberg, em um vagão do metrô.
Sem desesquilíbrios sociais monstruosos, este é sem dúvida um país mais seguro e menos violento, onde provavelmente os únicos carros blindados que circulam pelas ruas são guiados pelas forças de segurança. Mas mais que isso, esta é uma sociedade que elege políticos mais próximos da realidade e das dores do cidadão comum. Políticos que em geral não colocam a vaidade ou os interesses próprios na frente dos bois, em uma sociedade que mostra que o exercício da função política pode ser digno.
”Na Suécia, os políticos vivem uma vida simples, em condições semelhantes às que vivem os cidadãos. É uma tradição”, diz o jornalista Mats Knutson, apresentador e comentarista político da TV pública SVT.
Na década de 70, o então primeiro-ministro Olof Palme morava em sua própria casa no subúrbio de Vällinby, e costumava dirigir para a sede do Governo em um velho Fiat vermelho.
”Era um Fiat 600, fabricado na antiga Alemanha Oriental”, conta Mårten Palme, filho de Olof Palme e professor de Economia da Universidade de Estocolmo. ”Meu pai prezava a igualdade e a simplicidade, e vivíamos uma vida normal. Nossa casa de verão na ilha de Fårö era bastante primitiva, e não havia sequer água ou eletricidade”, ele me diz.
O antecessor de Palme, Tage Erlander, tomava o bonde para a sede do Governo. Ou ia de carona com a mulher, que trabalhava perto dali.
Os suecos só decidiram criar uma residência oficial para o primeiro-ministro depois de 1986, quando Olof Palme foi assassinado a tiros na saída do cinema quando caminhava para casa sem escolta, em um crime brutal e nunca solucionado. Seu sucessor, o também social-democrata Ingvar Carlsson, mudou-se aparentemente contrariado para a nova residência oficial. Diz-se que Carlsson, que renunciaria ao poder tempos depois, achava inapropriado para um primeiro-ministro sueco morar num lugar chamado de Palácio – ao construir a casa em 1884, a abastada família Sager a batizara de Palácio Sagerska.
Turistas menos atentos pisam, sem se dar conta, a um metro da porta de entrada da casa do primeiro-ministro sueco. Sem portões externos, a residência oficial de Sagerska está situada na Strömgatan, a rua de pedestres que margeia o Mar Báltico e o lago Mälaren nas proximidades do Parlamento. Com uma área de 305 metros quadrados, os aposentos privados do premier ocupam o andar superior da residência de 1,195 metros quadrados, vigiada do lado de fora por duas câmeras disfarçadas e pela presença ocasional de um Volvo das forças de segurança suecas.
Sagerska é uma bela mansão. Mas não há serviçais no apartamento do primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt.
”A limpeza dos aposentos privados do primeiro-ministro é feita uma vez por semana. Por este serviço, o primeiro-ministro deve pagar impostos em sua declaração de renda”, diz Anna Dahlén, assessora de imprensa do governo sueco.
Sem provocar reações de espanto sobrenatural entre a população, Fredrik Reinfeldt fala com naturalidade que lava, passa e cozinha como a maioria dos cidadãos deste país. ”E por que ele não faria isso, se todos nós fazemos?”, ouço de vários suecos.
Há quem vá sentir o cheiro acre da demogagia populista ao saber que na Suécia o primeiro-ministro dá dicas de limpeza em reportagens de jornal, e aconselha seus concidadãos a ajoelhar para raspar a sujeira. Mas a verdade é que cuidar das tarefas domésticas por aqui é tão natural como beber snaps, o destilado consumido em quantidades imoderadas no país.
Na Suécia, como em tantos outros países do mundo, a instituição da empregada doméstica não existe. Entre os suecos mais radicais, o zelo pela igualdade e o medo do ressurgimento de uma subclasse social chega a provocar reações exaltadas. Em um debate da campanha eleitoral de 2006, flechas voaram contra a então líder do Partido de Centro (Centerpartiet), Maud Olofsson, quando ela defendeu a introdução de abatimentos fiscais para permitir aos suecos contratar faxineiras e aliviar assim sua dupla jornada.
”E quem limpa o banheiro da empregada?”, perguntou, irritado, o intermediador do debate na TV4, Göran Rosenberg.
”E quem pinta a casa do pintor?”, retrucou Maud. ”A faxineira também pode contratar ajuda quando precisar”, argumentou ela.
A inesperada proposta de Maud também foi atacada pelo primeiro-ministro da época, o social-democrata Göran Persson.
”Cada pessoa deve cuidar das próprias tarefas domésticas, é o que eu digo”, falou o primeiro-ministro.
Persson disse mais: contou, com orgulho indisfarçável, que era capaz de passar sua camisa social em um minuto. Foi, então, rapidamente convidado para provar a façanha ao vivo no estúdio de um programa de TV, onde foi montada uma tábua de passar roupa. O feito, devidamente cronometrado pelo apresentador do programa, pode ser visto no Youtube .
As peripécias com o ferro renderam picos de audiência ao primeiro-ministro. Mas naquele ano, depois de dez anos no poder, Persson perdeu as eleições. Maud tornou-se vice-primeira-ministra, e muitos suecos passaram a ter a ajuda ocasional de faxineiras, em sua maioria imigrantes polonesas. Praticamente todos continuam no entanto a lavar, cozinhar e passar, como Göran Persson.
Ministros também vivem sem luxo: eleito pelo jornal britânico Financial Times como o melhor ministro das Finanças da Europa em 2011, o sueco Anders Borg mora em Estocolmo durante a semana, segundo confirma seu porta-voz, em um apartamento funcional conjugado de cerca de 25 metros quadrados.
”Políticos suecos são despretensiosos”, comenta o porta-voz de Borg, Peter Larsson.
O apartamento de um só cômodo do ministro das Finanças, segundo o porta-voz, fica em um edifício que serve de acomodação para estudantes da Escola Superior de Guerra sueca (Försvarshögskolan). No prédio vivem ainda alguns funcionários do Ministério sueco das Relações Exteriores. Nos finais de semana, Borg vive com a família em sua casa na região de Katrineholm, ao sul de Estocolmo.
Nem ministros, nem prefeitos e nem o presidente do Parlamento têm direito a residência oficial. Apenas políticos com base eleitoral fora da capital recebem auxílio-moradia para viver em apartamentos ou mesmo quitinetes funcionais, que têm em média 18 metros quadrados.
Parece pouco para criaturas tão excelsas, mas está melhor do que nunca: até o fim dos anos 80, apartamentos funcionais sequer existiam na Suécia. Todos os parlamentares dormiam em sofás-cama, em seus próprios gabinetes. Hoje, todos têm um apartamento garantido. E esta garantia é, para muitos suecos que disputam um imóvel no centro da capital, uma mordomia inexplicável.
”Por que os deputados não precisam entrar na fila das imobiliárias para conseguir um apartamento, como todos nós?”, diz uma funcionária da creche que funciona dentro do Parlamento. Sim, há uma creche no Parlamento para cuidar de filhos de deputados.
O apartamento funcional pode ser um direito garantido. Mas a cama, não. Em grande parte dos imóveis parlamantares, onde um único cômodo serve como sala e quarto de dormir, há apenas um sofá-cama.
Qual é a origem da frugal existência dos políticos suecos? Vou ao encontro da jornalista Lena Mehlin na sede do jornal Aftonbladet, onde ela assina uma das colunas políticas mais lidas do país.
”Mas eles têm privilégios”, reage Lena.
”Quais?”, quero saber.
”Os políticos não precisam pagar suas contas de telefone. Eles têm direito a viver de graça em apartamentos no centro de Estocolmo. Eles recebem um computador para levar para casa, e não pagam pela assistência técnica. Eles ganham mais do que a média dos cidadãos. E os parlamentares que vêm de outras bases eleitorais também viajam de graça para suas casas, nos finais de semana”, enumera a jornalista. ”Se algum cidadão arranjar emprego em outra cidade, nenhum empregador vai pagar suas viagens no fim de semana”.
Pergunto a Lena se estes são benefícios considerados razoavelmente modestos na Suécia, em comparação às benesses que políticos recebem em outros países.
”Pode ser. Os políticos suecos não têm luxo, pois somos uma sociedade que elegeu a igualdade entre os cidadãos como um valor fundamental. Mas eles têm privilégios”, ela insiste.
”Mas não privilégios como, por exemplo, parlamentares circulando em carros oficiais com motoristas particulares?”, digo.
”Carros com motorista para deputados? Meus Deus, não!”, sobressalta-se Lena. ”Benesses deste gênero criam problemas que você não precisa ter. Como a corrupção. Para obter um emprego desses na política, muitos não hesitariam em cometer atos sujos”, pondera Lena.
Pergunto qual seria a reação dos suecos se os políticos do país decidissem, em uum devaneio impensado e incontrolável, aumentar seus próprios salários, ter direito a pensão vitalícia, ocupar espaçosos gabinetes com copa e cafezinho servido por secretárias, empregar dezenas de assistentes particulares e parentes, andar de jatinhos e circular em carros oficiais com motorista. Tudo pago com o dinheiro dos cidadãos.
”A sociedade sueca jamais toleraria a concessão de privilégios aos seus políticos”, ela diz.
”Isto é uma das poucas coisas que poderiam causar uma revolução aqui na Suécia.”

Como se desperta o pior que há em nós

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Sociedades meritocráticas de mercado corroem autoestima. Estimulam, como defesa, superficialidade, oportunismo e mesquinhez. Tornam-nos “livres” porém impotentes. Saberemos reagir?
Por Paul Verhaeghe | Tradução Eduardo Sukys
no Outras Palavras
Temos a tendência de enxergar nossas identidades como estáveis e muito separadas das forças externas. Porém, décadas de pesquisa e prática terapêutica convenceram-me de que as mudanças econômicas estão afetando profundamente não apenas nossos valores, mas também nossas personalidades. Trinta anos de neoliberalismo, forças de livre mercado e privatizações cobraram seu preço, já que a pressão implacável por conquistas tornou-se o padrão. Se você estiver lendo isto de forma cética, gostaria de afirmar algo simples: o neoliberalismo meritocrático favorece certos traços de personalidade e reprime outros.
Há algumas características ideais para a construção de uma carreira hoje em dia. A primeira é expressividade, cujo objetivo é conquistar o máximo de pessoas possível. O contato pode ser superficial, mas como isso acontece com a maioria das interações sociais atuais, ninguém vai perceber. É importante exagerar suas próprias capacidades tanto quanto possível – você afirma conhecer muitas pessoas, ter bastante experiência e ter concluído há pouco um projeto importante. Mais tarde, as pessoas descobrirão que grande parte disso era papo furado, mas o fato de terem sido inicialmente enganadas nos remete a outro traço de personalidade: você consegue mentir de forma convincente e quase não sentir culpa. É por isso que você nunca assume a responsabilidade por seu próprio comportamento.
Além de tudo isso, você é flexível e impulsivo, sempre buscando novos estímulos e desafios. Na prática, isso gera um comportamento de risco, mas nem se preocupe: não será você que recolherá os pedaços. Qual a fonte de inspiração para essa lista? A relação de psicopatologias de Robert Hare, o especialista mais conhecido em psicopatologia atualmente.
Esta descrição é, obviamente, uma caricatura exagerada. Contudo, a crise financeira ilustrou em um nível macrossocial (por exemplo, nos conflitos entre os países da zona do euro) o que uma meritocracia neoliberal pode fazer com as pessoas. A solidariedade torna-se um bem muito caro e luxuoso e abre espaço para as alianças temporárias, cuja principal preocupação é sempre extrair mais lucro de uma dada situação que seu concorrente. Os laços sociais com os colegas se enfraquecem, assim como o comprometimento emocional com a empresa ou organização.

Bullying era algo restrito às escolas; agora é uma característica comum do local de trabalho. Esse é um sintoma típico do impotente que descarrega sua frustração no mais fraco. Na psicologia, isso é conhecido como agressão deslocada. Há uma sensação velada de medo, que pode variar de ansiedade por desempenho até um medo social mais amplo da outra pessoa, considerada uma ameaça.
Avaliações constantes no trabalho causam uma queda na autonomia e uma dependência cada vez maior de normas externas e em constante mudança. O resultado disso é o que o sociólogo Richard Sennett descreveu com aptidão como a “infantilização dos trabalhadores”. Adultos com explosões infantis de temperamento e ciúme de banalidades (“Ela ganhou uma nova cadeira para o escritório e eu não”), contando mentirinhas, recorrendo a fraudes, rogozijando-se da queda dos outros e cultivando sentimentos mesquinhos de vingança. Essa é a consequência de um sistema que impede as pessoas de pensar de forma independente e que é incapaz de tratar os empregados como adultos.
Porém, o mais importante é o dano à autoestima das pessoas. O autorrespeito depende amplamente do reconhecimento que recebemos das outras pessoas, como mostraram pensadores desde Hegel a Lacan. Sennett chega a uma conclusão parecida quando percebe que a questão principal dos funcionários hoje em dia é “Quem precisa de mim?” Para um grupo cada vez maior de pessoas, a resposta é: ninguém.
Nossa sociedade proclama constantemente que qualquer pessoa pode “chegar lá” caso se esforce o suficiente. Isso reforça os privilégios e coloca cada vez mais pressão nos ombros dos cidadãos já sobrecarregados e esgotados. Um número crescente de pessoas fracassa, gerando sentimentos de humilhação, culpa e vergonha. Sempre ouvimos que até hoje nunca tivemos tanta liberdade para escolher o curso de nossas vidas, mas a liberdade de escolher algo fora da narrativa de sucesso é limitada. Além disso, aqueles que fracassam são considerados perdedores ou bicões, levando vantagem sobre nosso sistema de seguridade social.
Uma meritocracia neoliberal quer nos fazer acreditar que o sucesso depende do esforço e do talento das pessoas, ou seja, a responsabilidade é toda da pessoa, e as autoridades devem dar às pessoas o máximo de liberdade possível para que elas alcancem essa meta. Para aqueles que acreditam no conto das escolhas irrestritas, autonomia e autogestão são as mensagens políticas mais notáveis, especialmente quando parece que prometem liberdade. Junto com a ideia do individuo perfeito, a liberdade que acreditamos ter no Ocidente é a grande mentira dos dias atuais e de nossa época.
O sociólogo Zygmunt Bauman resume perfeitamente o paradoxo de nossa era como: “Nunca fomos tão livres. Nunca nos sentimos tão incapacitados.” Realmente somos mais livres do que antes no sentido de podermos criticar a religião, aproveitar a nova atitudelaissez-faire com relação ao sexo e apoiar qualquer movimento político que quisermos. Podemos fazer tudo isso porque essas coisas não têm mais qualquer importância – uma liberdade desse tipo é movida pela indiferença. Por outro lado, nossas vidas diárias transformaram-se em uma batalha constante contra uma burocracia que faria Kafka tremer. Há regulamentos para tudo, desde a quantidade de sal no pão até a criação de aves na cidade.
Nossa suposta liberdade está ligada a uma condição central: precisamos ser bem-sucedidos – ou seja, “ser” alguém na vida. Não é preciso ir muito longe para encontrar exemplos. Uma pessoa muito bem qualificada que decide colocar a criação de seus filhos à frente da carreira certamente receberá críticas. Uma pessoa com um bom trabalho, que recusa uma promoção para investir mais tempo em outras coisas é vista com louca – a menos que essas outras coisas garantam o sucesso. Uma jovem que deseja ser uma professora de primário ouve de seus pais que ela deveria começar obtendo um mestrado em economia. Uma professora de primário, o que será que ela está pensando?
Há lamentos constantes com relação à chamada perda de normas e valores em nossa cultura. Ainda assim, nossas normas e valores compõem uma parte integral e essencial de nossa identidade. Portanto, não é possível perdê-las, apenas mudá-las. E é exatamente isso que aconteceu: uma mudança de economia reflete uma mudança de ética e gera uma mudança de identidade. O sistema econômico atual está revelando nossa pior faceta.

Por que a Minas de Aécio deu a vitória a Dilma Minas nos livrou de seu filho.


no Conversa Afiada

Conversa Afiada reproduz artigo de Kiko Nogueira, extraído do Diário do Centro do Mundo:

POR QUE A MINAS DE AÉCIO DEU A VITÓRIA A DILMA


Uma das certezas desse fim de eleição é que os ignorantes de sempre culparão os nordestinos ignorantes pela derrota de Aécio Neves e proporão um racha.


Estarão errados, mais uma vez, não apenas pelo julgamento odioso. O Nordeste escolheu Dilma maciçamente — inclusive Pernambuco, onde a viúva de Eduardo Campos declarou apoio a Aécio Neves –, mas decidiu o pleito com a ajuda inestimável dos mineiros.


Em Minas, o ex-governador perdeu por 52,4% a 47,6%. São cerca de 500 mil votos.


Para quem se jactava de ter deixado o cargo com 92% de aprovação, número nunca comprovado, e falava de seu estado com um tom de apropriação, foi uma paulada.


Aécio não apenas não elegeu o candidato de seu partido em MG como apanhou de uma conterrânea que, como ele, passou muito pouco tempo por lá.


A nacionalização de Aécio, trazida pela campanha, mostrou aos habitantes de Minas um homem que eles talvez desconfiassem que não fosse grande coisa. Mas como saber ao certo com uma imprensa totalmente vendida e uma propaganda oficial diuturna?


Durante sua gestão e a de Anastasia, não foram publicadas notícias sobre o aeroporto construído em terras do tio, sobre o nepotismo, sobre as verbas publicitárias para veículos de comunicação da família etc. Isso só veio à tona nos últimos anos — e mesmo assim com uma imprensa de Rio e SP jogando a favor.


Aécio termina 2014 como um nome nacional, com um capital eleitoral forte num país dividido, recordista de votos no PSDB, mas derrotado. Terá pela frente dois concorrentes com sangue nos olhos: José Serra e Geraldo Alckmin, ambos de São Paulo.


Os dois estavam com Aécio em seu discurso pós derrota. Ressentido, Aécio não dirigiu palavra à mineirada. Em compensação, São Paulo foi lembrado.


“Eu deixo essa campanha ao final com o sentimento de que cumprimos o nosso papel. São Paulo retrata de forma mais clara o sentimento que tenho no meu coração pelo cumprimento da minha missão”, disse. “Combati o bom combate, cumpri minha missão e guardei a fé”.


Minas nos livrou de seu filho.

Essa imagem não tem preço Perdeu, Globo !


no Conversa Afiada

A plateia do discurso da vitória entrou ao vivo no jn com o brasileiríssimo “o povo não é bobo”.

Na mesma celebração, William Bonner foi homenageado, também.



Foi uma vitória gigantesca ! Se quer a paz prepara-te para o Golpe


no Conversa Afiada

Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:

VOCÊS TÊM IDEIA DO QUE VENCEMOS?


Vejo muita gente de achando que a vitória foi pequena.


Não se enganem, nossa vitória foi gigantesca.


Não vencemos um candidato da direita.


Vencemos um sistema econômico  que sabotou o Brasil por meses a fio.


Vencemos um império de comunicação que nos massacrou por anos a fio.


Dilma venceu sem ter a seu lado os jornais, as televisões, os políticos, os bancos, as grandes empresas e boa parte de uma classe média que ascendeu sem debate político.


E não terá nenhum deles a seu lado a partir de amanhã.


Claro que é preciso desarmar os desarmáveis.


E ser impiedoso com os golpistas.


Dilma e Lula não escolheram o branco para se vestirem agora, na fala da presidenta ,por acaso.


Um sinal de que querem paz.


Paz também de que entende o latinismo.


Si vis pacem, para bellum.


Quem quer paz, prepara-se para a guerra.


Sader: ganhamos ! Ganhou a Dilma que soube enfrentar desafios e se elevou à condição de estadista.


no Conversa Afiada

Conversa Afiada reproduz artigo de Emir Sader, extraído da Carta Maior:

GANHAMOS!


Ganhou o povo o direito a consolidar os direitos conquistados e a avançar mais. Ganhou Dilma, que soube estar à altura dos desafios, em todas as circunstâncias.


por Emir Sader


Ganhou o povo, ganhou o direito a consolidar os direitos conquistados e a avançar mais.


Ganhou a esquerda, num segundo turno de clara contraposição entre direita e esquerda, derrotando mais uma vez a direita e todos os seus agentes – da mídia aos especuladores financeiros.


Ganhou a militância, que saiu às ruas, para desmentir que não existe mais, para fazer o maior ciclo de mobilizações populares que tínhamos conhecido em muito tempo e foi decisiva na vitória.


Ganhou o Lula, reafirmou sua condição de maior líder político que o Brasil tem.


Ganhou a Dilma, que soube estar à altura dos desafios, em todas as circunstâncias e certamente fortaleceu suas condições de estadista para o novo – duro e determinante – mandato.


Ganhou o povo, que tem a continuidade de um governo que sabe defender seus interesses, mesmo em meio à recessão mundial e à sabotagem do grande empresariado.


Ganhou a mídia alternativa que, mesmo em combate brutalmente desigual, soube manter sua guerrilha, seu combate pela verdade e pelas ideias corretas.


Ganhou a America Latina, que continuará a ter no Brasil um grande aliado.


Ganhou o Sul do mundo, que poderá avançar nos acordos e nas conquistas dos Brics para a construção de mundo multipolar.


Ganhou o Brasil, que segue sua luta para se tornar um país justo, solidário e soberano.


Ganhamos o direito de seguir lutando para avançar.

Em tempo: veja o que eles planejam ​: o impeachment ou uma bala no peito !​

E vote na trepidante enquete do C Af:
A Dilma tem que aplicar a Ley de Medios à Globo também?
  • Sim (98%, 10.056 Votos)
  • Não (2%, 172 Votos)
Nº Votos: 10.228

Dilma e Lula: 4 anos de seca no PiG os aguardam Presidente Lula, que microfone o aguarda nessa segunda-feira da vitória consagradora? Nenhum!​


no Conversa Afiada

Acabou a sopa dos magníficos programas no horário eleitoral, em que, finalmente, os brasileiros puderam conhecer o Governo Dilma.

(João Santana produziu peças magistrais !)

Acabou a sopa das entrevistas coletivas da Presidenta, com cobertura no jornal nacional, já que era preciso dar cobertura também ao Aécio Never.

A Dilma e o Lula terão agora, pela frente, quatro anos de seca.

Seca de Graciliano Ramos.

Vão apanhar muito.

24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano.

Vai começar tudo de novo.

tabelinha golpista da Veja e seus cúmplices no jornal nacional e no PiG.

O Lula vai denunciar a Globo e “certa imprensa” onde ?

Nas entrevistas anuais aos blogueiros ?

E a Dilma, que inaugurou a Norte-Sul e isso não deu materia no jornal nacional …

Não se esqueça que, durante o discurso da vitória, a plateia entrou ao vivo, na Globo, com o refrão “o povo não é bobo, abaixo a rede Globo”

A partir dessa segunda-feira (27/10), o PiG e seus colonistas (no ABC do C Af) ou “calunistas”, como diz o Miro Borges, montam a barraca do impeachment.

Por exemplo, é o que anunciar a colona do dos chapéus (também no ABC do C Af) na Fel-lha (no ABC).

Do canto dos lábios desce a baba arroxeada do ódio e da derrota.

Dezesseis anos na chuva, sem poder nomear o Gabeira embaixador em Paris …

Ele ameaça, desde já, a Dilma com a corrupção na Petrobrás.

Certo Gaspari não se refere ao Sérgio Guerra e aos 10 milhões para enterrar a CPI no Governo do Príncipe da Privataria.

Logo ele, o dos chapéus, que entrou para a História, malgré lui, a cunhar o termo “Privataria” e jamais foi buscar a paternidade.

Por que, amigo navegante. ?

Porque o Amaury Jr demonstrou de forma irrefutável que a Privataria foi obra do clã Cerra.

E o dos chapéus e o Cerra, na madrugada insone, trocam receitas de veneno.

É o que se percebe-se na expressão alegre e jovial do Cerra no palanque da derrota do Aécio Never, enquanto Aécio Never falava e quando o cumprimentou.

É essa a turma que vai continuar a martelar a Dilma com o impeachment.

Eleita, não vai governar, dizia o Lacerda, que denunciaria a mediocridade de seus plagiadores.

Não vai governar, porque não vai poder sair do Palácio.

Trancada lá dentro, pelo PiG, sem microfone.

vitória gigantesca e apertada exige a Ley de Medios já.

E a Ley de Medios não deve se restringir à Veja, o cão danado, que ninguém quer comprar.

Fazer o que com essa marca fedorenta … Veja … ?

Lembrou muito bem o Fernando Brito: se queres a paz, prepara-te para a guerra.

Em tempo: Presidente Lula: que microfone o aguarda nessa segunda feira de vitória consagradora ?

Em tempo2: 
Veja o que eles planejam​: o impeachment ou uma bala no peito !​

https://twitter.com/jose_anibal/status/524697787116830721




Paulo Henrique Amorim

E vote na trepidante enquete do C Af:
A Dilma tem que aplicar a Ley de Medios à Globo também?
  • Sim (98%, 9.957 Votos)
  • Não (2%, 171 Votos)
Nº Votos: 10.128

Ministério tem que ter a cara da sociedade ! Essa história de país dividido só serve ao Golpe !

O ansioso blogueiro localizou o Oráculo de Delfos em Claudio, à espera do jatinho do Aécio Never.

E reproduz aqui algumas observações do sábio interlocutor:

- Dilma deve a eleição à mídia alternativa e à militância social.


- Não é a militância do PT só, não ! Foi a militância dos eleitores que foram para a rua.


- O que aconteceu em Minas e em Pernambuco foi emocionante.


- D Renata Campos não entendeu. Uma coisa é o eleitor querer preservar o Governo do marido morto, um bom Governador. Outra coisa é ser contra o PT. Ela deve ter sofrido com a derrota acachapante nesse segundo turno.


- Governo da Dilma vai ser difícil.


- Ela é o DISCURSO DA VITÓRIA, o discurso é ela inteira !


- Ela tem razão: o Brasil não está dividido !


- Isso é coisa da Direita para levar o país a um impasse institucional, aquela coisa do “se for eleito, não governa”…


- Em todo lugar do mundo é assim: os eleitores se dividem entre dois projetos – nos Estados Unidos, na França, na Inglaterra, na Argentina … E eles não racharam ao meio !


- Querer instalar uma divisão, uma luta de classes só ajuda a radicalização, a deslegitimação da vitória.


- Isso é o que se chama de Golpe.


- A UDN era especialista nisso.


- Não podemos cair na velha armadilha deles.


- Temos que conversar, dialogar.


- Ganhamos para aplicar o NOSSO projeto.


- O projeto deles perdeu. Isso tem que ficar muito claro !


- Diálogo, muito diálogo para fazer a NOSSA reforma tributária, a NOSSA reforma política.


- Não gosto nada desse negócio de plebiscito.


- A gente pode perder feio num plebiscito, com a propaganda maciça deles e aí vem um voto distrital, um voto facultativo !


- Prefiro o dialogo no Congresso.


- Tentar aprovar um voto distrital misto, o alemão, que é o mais próximo do voto em lista.


- E tem que lutar por uma reforma da comunicação social.


- O papel do TSE na última hora, com a Veja, pode ser um caminho e uma abertura política importante para essa discussão: o TSE legitimou nossa demanda e mandou a Veja corrigir o que tinha feito.


- Partiu o cristal deles.


- A IstoÉ é pior que a Veja. Porque a Veja assume. A IstoÉ fica na dela. Mas, se prestou ao mesmo papel sórdido de servir ao Aécio, sem nenhum receio ou pudor…


- Ela tem que tomar a iniciativa e propor uma regulação da mídia.


- Vocês da mídia alternativa têm que ficar em cima do PT.


- O PT tem que dialogar com ela, mas com independência.


- Não pode dizer amém a tudo !


- O nosso projeto ganhou !


- Ela tem que distensionar para fazer a reforma política, a tributária e a da comunicação.


- Mas, por favor, não esquecer. O nosso projeto ganhou !


- O ministério tem que ter a cara de uma parte da sociedade.


- Quando o Lula assumiu em 2003 tinha o Meirelles no Banco Central, José Alencar, Marcio Thomaz Bastos, Furlan, Roberto Rodrigues.


- Uma parte da sociedade se sentia identificada com eles.


- Por que não a Katia Abreu no Ministério da Agricultura ? Vai criar um monte de problemas. Mas, resolve muitos outros !


- E por que não o Trabucco do Bradesco na Fazenda ?


- Nós esticamos a corda da inflação, do endividamento para preservar o emprego. Foi a decisão certa. Mas, a corda está esticada. Precisa acertar os ponteiros. Nada radical, mas mexer. E por que não fazer isso pelas mãos de alguém que acalme os mercados, como o Palocci e o Meirelles acalmaram em 2003 ?


- O filho do Zé Alencar seria perfeito naquele ministério que o Aécio chamou do “Desenvolvimento”… O Ministério do BNDES !


- Sabe por que eles radicalizaram, foram à loucura ?


- Já imaginou se o Lula volta em 2018 ? E ela em 2022 ?


- O Aécio volta, não acabou. Ele foi bom de serviço.


- Mas, não tem mais força que os tucanos de São Paulo.


- Aécio perdeu em Minas !, é bom não esquecer.


- E o Alckmin ganhou muito bem, duas vezes, em São Paulo.


- A precedência é dele.


- Bom, você me pergunta pelo PT de São Paulo…


- Não vou falar do candidato nem da campanha.


- Mas, pense bem no estrago que o Supremo fez conosco: José Dirceu, Genoino, João Paulo não se candidataram.


- Palocci, Berzoini, Mercadante e Gilmar Tatto também não.


- Isso aí dá por baixo uns três milhões de votos que não participaram da campanha nos dois turnos …


- Eles fizeram um trabalho muito bem feito na judicialização da Política.


- E esconderam a Operação Castelo de Areia … por enquanto.


- Se e quando a Castelo de Areia for julgada, quem vai para a cadeia e vai ficar, como o Dirceu, 45 dias fechado numa cela, sozinho – embora tenha sido condenado ao regime aberto – , será o …


- Você sabe quem. Não vou falar o nome dele para não azedar o doce sabor da vitória !



Em tempo: veja o que eles planejam : o impeachment ou uma bala no peito !​

https://twitter.com/jose_anibal/status/524697787116830721



Paulo Henrique Amorim

E vote na trepidante enquete do C Af:
A Dilma tem que aplicar a Ley de Medios à Globo também?
  • Sim (98%, 9.781 Votos)
  • Não (2%, 168 Votos)
Nº Votos: 9.949

sábado, 25 de outubro de 2014

Dilma: "eu vou investigar a fundo, doa a quem doer" Em Porto Alegre para seu último ato de campanha, presidenta ainda condenou a o fato de a sede da Editora Abril ter sido pichada: “Repudio todas as formas de violência"

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por Agência Brasil  - na Carta Capital 

Em seu último ato de campanha, a candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, participou no início tarde de hoje (25) de caminhada com militantes pelo centro de Porto Alegre. Ela desfilou em carro aberto acompanhada do candidato à reeleição ao governo estadual, Tarso Genro.
Em entrevista coletiva antes da caminhada, Dilma conclamou os brasileiros a compareceram às urnas amanhã (26). “Há uma característica democrática fundamental numa eleição, que é um homem, um voto, uma mulher, um voto. Isso significa que as pessoas, diante da eleição e diante da urna, têm o mesmo poder. Faço um apelo às pessoas mais simples, compareçam para votar. Você tem o mesmo poder igual ao resto da população brasileira. Do mais pobre ao mais rico, todos têm o mesmo poder.”
Sobre a reportagem de capa da revista Veja com denúncias sobre o esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato, Dilma reafirmou que vai investigar as denúncias de corrupção. Segundo a matéria da Veja, em depoimento à PF como parte do processo de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef teria dito que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta tinham conhecimento das irregularidades na Petrobras.
“Eu quero aqui manifestar meu repúdio a esse tipo de processo, que é um processo golpístico. Quero dizer que eu tenho uma vida inteira que demonstra o meu repúdio à corrupção. Eu não compactuo com a corrupção, eu nunca compactuei. Quero que provem que eu compactuei com a corrupção e não esse tipo de situação em que se insinua e não tem prova. Nesse caso da Petrobras, ou qualquer outro, que tenha a ver com corrupção, eu vou investigar a fundo, doa a quem doer. Quero dizer que não vai ficar pedra sobre pedra.”
Dilma acrescentou que os responsáveis “pelas injúrias e calúnias devem ser punidos”. “Não se pode tratar assim uma presidenta da República a três dias da eleição. Por que isso nunca apareceu antes? Que história é essa? A minha indignação é proporcional à injustiça que estão cometendo e ao uso político que estão fazendo disso”.
Em relação ao fato de a sede da Editora Abril, em São Paulo, ter sido pichada, na noite de ontem, a candidata disse lamentar qualquer ato de vandalismo. “Repudio todas as formas de violência como resposta e discussão política. Isso é uma barbárie, não deve ocorrer, deve ser coibido.”
Segundo a assessoria da candidata, Dilma não tem mais agenda de campanha hoje. Neste domingo 26, ela toma café da manhã com aliados e correligionários antes de votar na Escola Estadual Santos Dumont, na zona sul da cidade.