segunda-feira, 18 de agosto de 2014

BANCO DE QUESTÕES ENEM, PAS E VESTIBULARES

HISTÓRIA – ENEM 1998
  
1. Enem-Mec - As diferentes formas em que as sociedades se organizam socioeconomicamente visam a atender suas necessidades para a época. O liberalismo, atualmente, assume papel crescente, com os Estados diminuindo sua atuação em várias áreas, inclusive vendendo empresas estatais. Da idéia de interferência estatal na economia, do “Estado de Bem-Estar”, da assistência social ampla e emprego garantido por lei, e, às vezes, à custa de subsídios (na Europa defendido pela Social-Democracia), caminha-se para um Estado enxuto e ágil, onde a manutenção do progresso econômico e uma maior liberdade na conquista do mercado são as formas de assegurar ao cidadão o acesso ao bem-estar. Nem sempre a população concorda.
Neste contexto, as eleições gerais na Alemanha, em 1998, poderão levar Helmuth Kohl, com longa e frutuosa carreira à frente daquele país, a entregar o posto ao social-democrata Gerhard Schroeder.
O desemprego na Alemanha atinge seu ponto máximo. A moeda única européia será o fim do Marco Alemão. A imagem de Helmuth Kohl começa a desvanecer-se. Conseguirá vencer este ano? Seja como for, ele luta. Mas recebeu um novo e tremendo golpe: o Partido Liberal (FDP) deixou Kohl. O secretário Geral do FDP, Guido Westerwelle declarou: Começou o fim da era Kohl!
A Alemanha ajuda a concretizar o bloco econômico da União Européia. A participação neste bloco implica a adoção de um sistema socioeconômico que:
a) dificulta a livre iniciativa econômica, inclusive das grandes empresas na Alemanha.
b) ofereça mercado europeu mais restrito aos produtos e serviços alemães.
c) diminua as oportunidades de iniciativa econômica para os alemães em outros países e vice-versa.
d) garanta o emprego, na Alemanha, pelo afastamento da concorrência de outros países da própria União Européia.
e) por meio da união de esforços com os o países da União Européia, permita à economia alemã concorrer em melhores condições com países de fora da União Européia.

2. Enem-Mec - A figura de Getúlio Vargas, como personagem histórica, é bastante polêmica, devido à complexidade e à magnitude de suas ações como presidente do Brasil durante um longo período de quinze anos (1930- 1945). Foram anos de grandes e importantes mudanças para o país e para o mundo. Pode-se perceber o destaque dado a Getúlio Vargas pelo simples fato de este período ser conhecido no Brasil como a "Era Vargas".
Entretanto, Vargas não é visto de forma favorável por todos. Se muitos o consideram como um fervoroso nacionalista, um progressista ativo e o "Pai dos Pobres", existem outros tantos que o definem como ditador oportunista, um intervencionista e amigo das elites.
Considerando as colocações acima, responda à questão seguinte, assinalando a alternativa correta:
Provavelmente você percebeu que as duas opiniões sobre Vargas são opostas, defendendo valores praticamente antagônicos. As diferentes interpretações do papel de uma personalidade histórica podem ser explicadas, conforme uma das opções abaixo. Assinale-a.
a) Um dos grupos está totalmente errado, uma vez que a permanência no poder depende de idéias coerentes e de uma política contínua.
b) O grupo que acusa Vargas de ser ditador está totalmente errado. Ele nunca teve uma orientação ideológica favorável aos regimes politicamente fechados e só tomou medidas duras forçado pelas circunstâncias.
c) Os dois grupos estão certos. Cada um mostra Vargas da forma que serve melhor aos seus interesses, pois ele foi um governante apático e fraco - um verdadeiro marionete nas mãos das elites da época.
d) O grupo que defende Vargas como um autêntico nacionalista está totalmente enganado. Poucas medidas nacionalizantes foram tomadas para iludir os brasileiros, devido à política populista do varguismo, e ele fazia tudo para agradar aos grupos estrangeiros.
e) Os dois grupos estão errados, por assumirem características parciais e, às vezes conjunturais, como sendo posturas definitivas e absolutas.

3. Enem-Mec - Depois de estudar as migrações, no Brasil, você lê o seguinte texto:
O Brasil, por suas características de crescimento econômico, e apesar da crise e do retrocesso das últimas décadas, é classificado como um país moderno. Tal conceito pode ser, na verdade, questionado se levarmos em conta os indicadores sociais: o grande número de desempregados, o índice de analfabetismo, o déficit de moradia, o sucateamento da saúde, enfim, a avalanche de brasileiros envolvidos e tragados num processo de repetidas migrações (...)
(adap.Valin,1996, pág.50 Migrações: da perda de terra à exclusão social.SP. Atuali, 1996).
Analisando os indicadores citados no texto, você pode afirmar que:
a) o grande número de desempregados no Brasil está exclusivamente ligado ao grande aumento da população.
b) existe uma “exclusão social” que é resultado da grande concorrência existente entre a mão-de-obra qualificada.
c) o déficit da moradia está intimamente ligado à falta de espaços nas cidades grandes.
d) os trabalhadores brasileiros não qualificados engrossam as fileiras dos “ excluídos” .
e) por conta do crescimento econômico do país, os trabalhadores pertencem à categoria de mão-de-obra qualificada.

4. Enem-Mec - Um dos fenômenos mais discutidos e polêmicos da atualidade é a “ Globalização” , a qual impacta de forma negativa:
a) na mão-de-obra desqualificada, desacelerando o fluxo migratório.
b) nos países subdesenvolvidos, aumentando o crescimento populacional.
c) no desenvolvimento econômico dos países industrializados desenvolvidos.
d) nos países subdesenvolvidos, provocando o fenômeno da “ exclusão social” .
e) na mão-de-obra qualificada, proporcionando o crescimento de ofertas de emprego e fazendo os salários caírem vertiginosamente.

5. Enem-Mec - Você está fazendo uma pesquisa sobre a globalização e lê a seguinte passagem, em um livro:
A SOCIEDADE GLOBAL
As pessoas se alimentam, se vestem, moram, se comunicam, se divertem, por meio de bens e serviços mundiais, utilizando mercadorias produzidas pelo capitalismo mundial, globalizado.
Suponhamos que você vá com seus amigos comer Big Mac e tomar Coca-Cola no Mc Donald’s. Em seguida, assiste a um filme de Steven Spielberg e volta para casa num ônibus de marca Mercedes.
Ao chegar em casa, liga seu aparelho de TV Philips para ver o videoclip de Michael Jackson e, em seguida, deve ouvir um CD do grupo Simply Red, gravado pela BMG Ariola Discos em seu equipamento AIWA.
Veja quantas empresas transnacionais estiveram presentes nesse seu curto programa de algumas horas.
Adap. Praxedes et alli, 1997. O MERCOSUL. SP, Ed. Ática, 1997.
Com base no texto e em seus conhecimentos de Geografia e História, marque a resposta correta.
a) O capitalismo globalizado está eliminando as particularidades culturais dos povos da terra.
b) A cultura, transmitida por empresas transnacionais, tornou-se um fenômeno criador das novas nações.
c) A globalização do capitalismo neutralizou o surgimento de movimentos nacionalistas de forte cunho cultural e divisionista.
d) O capitalismo globalizado atinge apenas a Europa e a América do Norte.
e) Empresas transnacionais pertencem a países de uma mesma cultura.

6. Enem-Mec - A leitura do texto ajuda você a compreender que:
I. a globalização é um processo ideal para garantir o acesso a bens e serviços para toda a população.
II. a globalização é um fenômeno econômico e, ao mesmo tempo, cultural.
III. a globalização favorece a manutenção da diversidade de costumes.
IV. filmes, programas de TV e música são mercadorias como quaisquer outras.
V. as sedes das empresas transnacionais mencionadas são os EUA, Europa Ocidental e Japão.
Destas afirmativas estão corretas:
a) I, II e IV, apenas.
b) II,IV e V, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) III, IV e V, apenas.

7. Enem-Mec - Em uma disputa por terras, em Mato Grosso do Sul, dois depoimentos são colhidos: o do proprietário de uma fazenda e o de um integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terras:
Depoimento 1
“A minha propriedade foi conseguida com muito sacrifício pelos meus antepassados. Não admito invasão. Essa gente não sabe de nada. Estão sendo manipulados pelos comunistas. Minha resposta será à bala. Esse povo tem que saber que a Constituição do Brasil garante a propriedade privada. Além disso, se esse governo quiser as minhas terras para a Reforma Agrária terá que pagar, em dinheiro, o valor que eu quero.” Proprietário de uma fazenda no Mato Grosso do Sul.
Depoimento 2
“Sempre lutei muito. Minha família veio para a cidade porque fui despedido quando as máquinas chegaram lá na Usina. Seu moço, acontece que eu sou um homem da terra. Olho pro céu, sei quando é tempo de plantar e de colher. Na cidade não fico mais. Eu quero um pedaço de terra, custe o que custar. Hoje eu sei que não estou sozinho. Aprendi que a terra tem um valor social. Ela é feita para produzir alimento. O que o homem come vem da terra. O que é duro é ver que aqueles que possuem muita terra e não dependem dela para sobreviver, pouco se preocupam em produzir nela.” – integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de Corumbá – MS.
A partir da leitura do depoimento 1, os argumentos utilizados para defender a posição do proprietário de terras são:
I. A Constituição do país garante o direito à propriedade privada, portanto, invadir terras é crime.
II. O MST é um movimento político controlado por partidos políticos.
III. As terras são o fruto do árduo trabalho das famílias que as possuem.
IV. Este é um problema político e depende unicamente da decisão da justiça.
Estão corretas as proposições:
a) I, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I , II e III, apenas.
e) I, III e IV, apenas.
8. Enem-Mec - A partir da leitura do depoimento 2, quais os argumentos utilizados para defender a posição de um trabalhador rural sem terra?
I. A distribuição mais justa da terra no país está sendo resolvida, apesar de que muitos ainda não têm acesso a ela.
II. A terra é para quem trabalha nela e não para quem a acumula como bem material.
III. É necessário que se suprima o valor social da terra.
IV. A mecanização do campo acarreta a dispensa de mão-de-obra rural.
Estão corretas as proposições:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) III, I, IV, apenas.

9. Enem-Mec - Você está estudando o abolicionismo no Brasil e ficou perplexo ao ler o seguinte documento:
Texto 1
Discurso do deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira – Brasil 1879
No dia 5 de março de 1879, o deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira, discursando na Câmara, afirmou que era preciso que o poder público olhasse para a condição de um milhão de brasileiros, que jazem ainda no cativeiro. Nessa altura do discurso foi aparteado por um deputado que disse: “ BRASILEIROS, NÃO” .
Em seguida, você tomou conhecimento da existência do Projeto Axé (Bahia), nos seguintes termos:
Texto 2
Projeto Axé, Lição de cidadania – 1998 – Brasil
Na língua africana Iorubá, axé significa força mágica. Em Salvador, Bahia, o Projeto Axé conseguiu fazer, em apenas três anos, o que sucessivos governos não foram capazes: a um custo dez vezes inferior ao de projetos governamentais, ajuda meninos e meninas de rua a construírem projetos de vida, transformando-os de pivetes em cidadãos. A receita do Axé é simples: competência pedagógica, administração eficiente, respeito pelo menino, incentivo, formação e bons salários para os educadores. Criado em 1991 pelo advogado e pedagogo italiano Cesare de Florio La Rocca, o Axé atende hoje a mais de duas mil crianças e adolescentes. A cultura afro, forte presença na Bahia, dá o tom do Projeto Erê (entidade criança do candomblé), a parte cultural do Axé. Os meninos participam da banda mirim do Olodum, do Ilé Ayê e de outros blocos, jogam capoeira e têm um grupo de teatro. Todas as atividades são remuneradas. Além da bolsa semanal, as crianças têm alimentação, uniforme e vale-transporte.
Com a leitura dos dois textos, você descobriu que a cidadania:
a) jamais foi negada aos cativos e seus descendentes.
b) foi obtida pelos ex-escravos tâo logo a abolição fora decretada.
c) nâo era incompatível com a escravidão.
d) ainda hoje continua incompleta para milhões de brasileiros.
e) consiste no direito de eleger deputados.

10. Enem-Mec A América Latina dos últimos anos insere-se num processo de democratização, oferecendo algumas oportunidades de crescimento econômico-social num contexto de liberdade e dependência econômica internacional. Cuba continua caracterizada por uma organização própria com restrições à liberdade econômica e política, crescimento em alguns aspectos sociais e um embargo econômico americano datado de 1962. Em 1998, o Papa João Paulo II visitou Cuba e depois disse ao cardeal Jaime Ortega, arcebispo de Havana, e a 13 bispos em visita ao Vaticano que apreciou as mudanças realizadas em Cuba após sua visita à ilha e espera que sejam criados novos espaços legais e sociais, para que a sociedade civil de Cuba possa crescer em autonomia e participação. A resposta internacional ao intercâmbio com Cuba foi boa, mas as autoridades locais mostraram pouco entusiasmo, não estando dispostas a abandonar o sistema socialista monopartidário.
A maioria dos países latino-americanos tem se envolvido, nos últimos anos, em processos de formação socioeconômicos caracterizados por:
a) um processo de democratização à semelhança de Cuba.
b) restrições legais generalizadas à ação da Igreja no continente.
c) um processo de desenvolvimento econômico com restrições generalizadas à liberdade política.
d) excelentes níveis de crescimento econômico.
e) democratização e oferecimento de algumas oportunidades de crescimento econômico.



HISTÓRIA – ENEM 1999

1) Enem-Mec – Considere os textos abaixo.
 (...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para que iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão que se torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé.
(Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da igreja católica sobre as relações entre fé e razão, 1998)
As verdades da razão natural não contradizem as verdades da fé cristã.
(São Tomás de Aquino-pensador medieval)

Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que:

(A) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de São Tomás de Aquino, refletindo a diferença de épocas.
(B) a encíclica papal procura complementar São Tomás de Aquino, pois este colocava a razão natural acima da fé.
(C) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João Paulo II.
(D) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias, não tem relação com o pensamento filosófico.
(E) tanto a encíclica papal como a frase de São Tomás de Aquino procuram conciliar os pensamentos sobre fé e razão.

2) Enem-Mec - Em dezembro de 1998, um dos assuntos mais veiculados nos jornais era o que tratava da moeda única européia. Leia a notícia destacada abaixo.
O nascimento do Euro, a moeda única a ser adotada por onze países europeus a partir de 1º de janeiro, possivelmente a mais importante realização deste continente nos últimos dez anos que assistiu à derrubada do Muro de Berlim, à reunificação das Alemanhas, à libertação dos países da Cortina de Ferro e ao fim da União Soviética. Enquanto todos esses eventos têm a ver com a desmontagem de estruturas do passado, o Euro é uma ousada aposta no futuro e uma prova da vitalidade da sociedade Européia. A “Euroland”, região abrangida por Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal, tem um PIB (Produto Interno Bruto) equivalente a quase 80% do americano, 289 milhões de consumidores e responde por cerca de 20% do comércio internacional. Com este cacife, o Euro vai disputar com o dólar a condição de moeda hegemônica.
(Gazeta Mercantil, 30/12/1998) A matéria refere-se à “desmontagem das estruturas do passado” que pode ser entendida como
(A) o fim da Guerra Fria, período de inquietação mundial que dividiu o mundo em dois blocos ideológicos opostos.
(B) a inserção de alguns países do Leste Europeu em organismos supranacionais, com o intuito de exercer o controle ideológico no mundo.
(C) a crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia levando à polarização ideológica da antiga URSS.
(D) a confrontação dos modelos socialista e capitalista para deter o processo de unificação das duas Alemanhas.
(E) a prosperidade das economias capitalista e socialista, com o conseqüente fim da Guerra Fria entre EUA e a URSS.

3) Enem-Mec - Leia um texto publicado no jornal Gazeta Mercantil. Esse texto é parte de um artigo que analisa algumas situações de crise no mundo, entre elas, a quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929, e foi publicado na época de uma iminente crise financeira no Brasil.
Deu no que deu. No dia 29 de outubro de 1929, uma terça-feira, praticamente não havia compradores no pregão de Nova Iorque, só vendedores. Seguiu-se uma crise incomparável: o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos caiu de 104 bilhões de dólares em 1929, para 56 bilhões em 1933, coisa inimaginável em nossos dias. O valor do dólar caiu a quase metade. O desemprego elevou-se de 1,5 milhão para 12,5 milhões de trabalhadores – cerca de 25% da população ativa – entre 1929 e 1933. A construção civil caiu 90%. Nove milhões de aplicações, tipo caderneta de poupança, perderam-se com o fechamento dos bancos. Oitenta e cinco mil firmas faliram. Houve saques e norte-americanos que passaram fome.
(Gazeta Mercantil, 05/01/1999) Ao citar dados referentes à crise ocorrida em 1929, em um artigo jornalístico atual, pode-se atribuir ao jornalista a seguinte intenção:
(A) questionar a interpretação da crise.
(B) comunicar sobre o desemprego.
(C) instruir o leitor sobre aplicações em bolsa de valores.
(D) relacionar os fatos passados e presentes.
(E) analisar dados financeiros americanos.

4) Enem-Mec - A tabela abaixo apresenta dados referentes à mortalidade infantil, à porcentagem de famílias de baixa renda com crianças menores de 6 anos e às taxas de analfabetismo das diferentes regiões brasileiras e do Brasil como um todo.
tabela
Fonte: Folha de S. Paulo, 11/03/99 * A mortalidade infantil indica o número de crianças que morrem antes de completar um ano de idade para cada grupo de 1.000 crianças que nasceram vivas.
Suponha que um grupo de alunos recebeu a tarefa de pesquisar fatores que interferem na manutenção da saúde ou no desenvolvimento de doenças. O primeiro grupo deveria colher dados que apoiassem a idéia de que combatendo-se agentes biológicos e químicos garante-se a saúde. Já o segundo grupo deveria coletar informações que reforçassem a idéia de que a saúde de um indivíduo está diretamente relacionada à sua condição socioeconômica.
Os dados da tabela podem ser utilizados apropriadamente para
(A) apoiar apenas a argumentação do primeiro grupo.
(B) apoiar apenas a argumentação do segundo grupo.
(C) refutar apenas a posição a ser defendida pelo segundo grupo.
(D) apoiar a argumentação dos dois grupos.
(E) refutar as posições a serem defendidas pelos dois grupos.

5) Enem-Mec - Em material para análise de determinado marketing político, lê-se a seguinte conclusão:
A explosão demográfica que ocorreu a partir dos anos 50, especialmente no Terceiro Mundo, suscitou teorias ou políticas demográficas divergentes. Uma primeira teoria, dos neomalthusianos, defende que o crescimento demográfico dificulta o desenvolvimento econômico, já que provoca uma diminuição na renda nacional per capita e desvia os investimentos do Estado para setores menos produtivos. Diante disso, o país deveria desenvolver uma rígida política de controle de natalidade. Uma segunda, a teoria reformista, argumenta que o problema não está na renda per capita e sim na distribuição irregular da renda, que não permite o acesso à educação e saúde. Diante disso o país deve promover a igualdade econômica e a justiça social.
Qual dos slogans abaixo poderia ser utilizado para defender o ponto de vista neomalthusiano?
(A) “Controle populacional – nosso passaporte para o desenvolvimento.”
(B) “Sem reformas sociais o país se reproduz e não produz.”
(C) “População abundante, país forte!”
(D) “O crescimento gera fraternidade e riqueza para todos.”
(E) “Justiça social, sinônimo de desenvolvimento.”

6) Enem-Mec - Qual dos slogans abaixo poderia ser utilizado para defender o ponto de vista dos reformistas?
(A) “Controle populacional já, ou o país não resistirá.”
(B) “Com saúde e educação, o planejamento familiar virá por opção!”
(C) “População controlada, país rico!”
(D) “Basta mais gente, que o país vai para frente!”
(E) “População menor, educação melhor!”

7) Enem-Mec – (...) Depois de longas investigações, convenci-me por fim de que o Sol é uma estrela fixa rodeada de planetas que giram em volta dela e de que ela é o centro e a chama. Que, além dos planetas principais, há outros de segunda ordem que circulam primeiro como satélites em redor dos planetas principais e com estes em redor do Sol. (...) Não duvido de que os matemáticos sejam da minha opinião, se quiserem dar-se ao trabalho de tomar conhecimento, não superficialmente mas duma maneira aprofundada, das demonstrações que darei nesta obra. Se alguns homens ligeiros e ignorantes quiserem cometer contra mim o abuso de invocar alguns passos da Escritura (sagrada), a que torçam o sentido, desprezarei os seus ataques: as verdades matemáticas não devem ser julgadas senão por matemáticos.
(COPÉRNICO, N. De Revolutionibus orbium caelestium.)
Aqueles que se entregam à prática sem ciência são como o navegador que embarca em um navio sem leme nem bússola. Sempre a prática deve fundamentar-se em boa teoria. Antes de fazer de um caso uma regra geral, experimente-o duas ou três vezes e verifique se as experiências produzem os mesmos efeitos. Nenhuma investigação humana pode se considerar verdadeira ciência se não passa por demonstrações matemáticas.
O aspecto a ser ressaltado em ambos os textos para exemplificar o racionalismo moderno é
(A) a fé como guia das descobertas.
(B) o senso crítico para se chegar a Deus.
(C) a limitação da ciência pelos princípios bíblicos.
(D) a importância da experiência e da observação.
(E) o princípio da autoridade e da tradição.

8) Enem-Mec - Uma pesquisadora francesa produziu o seguinte texto para caracterizar nosso país:
O Brasil, quinto país do mundo em extensão territorial, é o mais vasto do hemisfério Sul. Ele faz parte essencialmente do mundo tropical, à exceção de seus estados mais meridionais, ao sul de São Paulo. O Brasil dispõe de vastos territórios subpovoados, como o da Amazônia, conhece também um crescimento urbano extremamente rápido, índices de pobreza que não diminuem e uma das sociedades mais desiguais do mundo. Qualificado de “terra de contrastes”, o Brasil é um país moderno do Terceiro Mundo, com todas as contradições que isso tem por conseqüência.
([Adaptado de] DROULERS, Martine. Dictionnaire geopolitique des états. Organizado por Yves Lacoste. Paris: Éditions Flamarion, 1995)
O Brasil é qualificado como uma “terra de contrastes” por
(A) fazer parte do mundo tropical, mas ter um crescimento urbano semelhante ao dos países temperados.
(B) não conseguir evitar seu rápido crescimento urbano, por ser um país com grande extensão de fronteiras terrestres e de costa.
(C) possuir grandes diferenças sociais e regionais e ser considerado um país moderno do Terceiro Mundo.
(D) possuir vastos territórios subpovoados, apesar de não ter recursos econômicos e tecnológicos para explorá-los.
(E) ter elevados índices de pobreza, por ser um país com grande extensão territorial e predomínio de atividades rurais.

9) Enem-Mec - Um dos maiores problemas da atualidade é o aumento desenfreado do desemprego. O texto abaixo destaca esta situação.
O desemprego é hoje um fenômeno que atinge e preocupa o mundo todo. (...) A onda de desemprego recente não é conjuntural, ou seja, provocada por crises localizadas e temporárias. Está associada a mudanças estruturais na economia, daí o nome de desemprego estrutural.
O desemprego manifesta-se hoje na maioria das economias, incluindo a dos países ricos. A OIT estima em 1 bilhão – um terço da força de trabalho mundial – o número de desempregados em todo o mundo em 1998. Desse total, 150 milhões encontram-se abertamente desempregados e entre 750 e 900 milhões estão subempregados.
([CD-ROM] Almanaque Abril 1999. São Paulo: Abril.)
Pode-se compreender o desemprego estrutural em termos da internacionalização da economia associada
(A) a uma economia desaquecida que provoca ondas gigantescas de desemprego, gerando revoltas e crises institucionais.
(B) ao setor de serviços que se expande provocando ondas de desemprego no setor industrial, atraindo essa mão-de-obra para este novo setor.
(C) ao setor industrial que passa a produzir menos, buscando enxugar custos provocando, com isso, demissões em larga escala.
(D) a novas formas de gerenciamento de produção e novas tecnologias que são inseridas no processo produtivo, eliminando empregos que não voltam.
(E) ao emprego informal que cresce, já que uma parcela da população não tem condições de regularizar o seu comércio.

10) Enem-Mec - A Revolução Industrial ocorrida no final do século XVIII transformou as relações do homem com o trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se em regiões próximas às matérias-primas e grandes portos, originando vastas concentrações humanas. Muitos dos operários vinham da área rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas, na maioria das vezes em condições adversas. A legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao longo do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias concretizou-se no início do século XX.
Pode-se afirmar que as conquistas no início deste século, decorrentes da legislação trabalhista, estão relacionadas com
(A) a expansão do capitalismo e a consolidação dos regimes monárquicos constitucionais.
(B) a expressiva diminuição da oferta de mão-de-obra, devido à demanda por trabalhadores especializados.
(C) a capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses.
(D) o crescimento do Estado ao mesmo tempo que diminuía a representação operária nos parlamentos.
(E) a vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais européias.

11) Enem-Mec - Viam-se de cima as casas acavaladas umas pelas outras, formando ruas, contornando praças. As chaminés principiavam a fumar; deslizavam as carrocinhas multicores dos padeiros; as vacas de leite caminhavam com o seu passo vagaroso, parando à porta dos fregueses, tilintando o chocalho; os quiosques vendiam café a homens de jaqueta e chapéu desabado; cruzavam- se na rua os libertinos retardios com os operários que se levantavam para a obrigação; ouvia-se o ruído estalado dos carros de água, o rodar monótono dos bondes.
(AZEVEDO, Aluísio de. Casa de Pensão. São Paulo: Martins, 1973) O trecho, retirado de romance escrito em 1884, descreve o cotidiano de uma cidade, no seguinte contexto:
(A) a convivência entre elementos de uma economia agrária e os de uma economia industrial indicam o início da industrialização no Brasil, no século XIX.
(B) desde o século XVIII, a principal atividade da economia brasileira era industrial, como se observa no cotidiano descrito.
(C) apesar de a industrialização ter-se iniciado no século XIX, ela continuou a ser uma atividade pouco desenvolvida no Brasil.
(D) apesar da industrialização, muitos operários levantavam cedo, porque iam diariamente para o campo desenvolver atividades rurais.
(E) a vida urbana, caracterizada pelo cotidiano apresentado no texto, ignora a industrialização existente na época.

12) Enem-Mec - Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética, não foram um período homogêneo único na história do mundo. (...) dividem-se em duas metades, tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a história deste período foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o dominou até a queda da URSS.
(HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos. São Paulo: Cia das Letras,1996) O período citado no texto e conhecido por “Guerra Fria” pode ser definido como aquele momento histórico em que houve
(A) corrida armamentista entre as potências imperialistas européias ocasionando a Primeira Guerra Mundial.
(B) domínio dos países socialistas do Sul do globo pelos países capitalistas do Norte.
(C) choque ideológico entre a Alemanha Nazista / União Soviética Stalinista, durante os anos 30.
(D) disputa pela supremacia da economia mundial entre o Ocidente e as potências orientais, como a China e o Japão.
(E) constante confronto das duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial.

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Império Bizantino


Questões:

01. Defina o movimento iconoclasta, ocorrido no Império Bizantino.


02. (FUVEST) Entre os fatores citados abaixo, assinale aquele que não concorreu para a difusão da civilização bizantina na Europa Ocidental:

a) Fuga dos sábios bizantinos para o Ocidente, após a queda de Constantinopla.
b) Expansão da Reforma Protestante, que marcou a quebra da unidade da Igreja Católica.
c) Divulgação e estudo da legislação de Justiniano, conhecida como Corpus Juris Civilis.
d) Intercâmbio cultural ligado ao movimento das Cruzadas.
e) Contatos comerciais das repúblicas marítimas italianas com os portos bizantinos nos mares Egeu e
Negro.


03. Justiniano (527 - 565), no Império Romano do Oriente, enfrentou diferentes dificuldades internas, inclusive nas relações entre a Igreja e o Estado, devido a heresias como a dos monofisistas. Estes, entre outros princípios:

a) pretendiam a destruição de todas as imagens;
b) negavam a natureza humana de Cristo;
c) defendiam o conhecimento de Deus inspirado no misticismo;
d) admitiam o dualismo de inspiração budista;
e) acreditavam na reencarnação das almas em corpos animais.


04. (PUC) Em relação ao Império Bizantino, é certo afirmar que:

a) o governo era ao mesmo tempo teocrático e liberal;
b) o Estado não tinha influência na vida econômica;
c) o comércio era sobretudo marítimo;
d) o Império Bizantino nunca conheceu crises sociais;
e) o imperialismo bizantino restringiu-se à Ásia Menor.


05. Sobre o Império Bizantino, considere as afirmações abaixo se são verdadeiras ou falsas:

(    ) Constantinopla, a "Nova Roma" de Constantino, foi fundada para servir como capital do Império.
(    ) Sua localização geográfica era péssima, descampada por todos os lados, facilitando as invasões.
(    ) O grande imperador de Bizâncio foi Justiniano, de origem humilde, mas protegido por seu tio, o
imperador Justino.
(    ) No Corpus Juris Civilis, Justiniano organizou uma compilação das leis romanas desde a República
até o Império.
(    ) Com o objetivo de reconstruir o Antigo Império Romano, Justiniano empreendeu campanhas militares
conhecidas pelo nome genérico de "Reconquista".

Resolução:

01. O movimento iconoclasta caracterizou-se como um longo conflito religioso iniciado pelo imperador Leão III, o qual proibiu o uso e ordenou a destruição das imagens existentes nos templos. Não obstante, a veneração das imagens foi restabelecida mais tarde.
02. B03. B04. C05. V F V V V

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Alta Idade Média (Feudalismo/ Império Árabe/ Império Bizantino): Questões de Vestibulares - Gabarito


. (Puccamp) Preparando seu livro sobre o imperador Adriano, Marguerite Yourcenar encontrou numa carta de Flaubert esta frase: "Quando os deuses tinham deixado de existir e o Cristo ainda não viera, houve um momento único na história, entre Cícero e Marco Aurélio, em que o homem ficou sozinho". Os deuses pagãos nunca deixaram de existir, mesmo com o triunfo cristão, e Roma não era o mundo, mas no breve momento de solidão flagrado por Flaubert o homem ocidental se viu livre da metafísica - e não gostou, claro. Quem quer ficar sozinho num mundo que não domina e mal compreende, sem o apoio e o consolo de uma teologia, qualquer teologia?
           (Luiz Fernando Veríssimo. Banquete com os deuses)

A compreensão do mundo por meio da religião é uma disposição que traduz o pensamento medieval, cujo pressuposto é
a) o antropocentrismo: a valorização do homem como centro do Universo e a crença no caráter divino da natureza humana.
b) a escolástica: a busca da salvação através do conhecimento da filosofia clássica e da assimilação do paganismo.
c) o panteísmo: a defesa da convivência harmônica de fé e razão, uma vez que o Universo, infinito, é parte da substância divina.
d) o positivismo: submissão do homem aos dogmas instituídos pela Igreja e não questionamento das leis divinas.
e) o teocentrismo: concepção predominante na produção intelectual e artística medieval, que considera Deus o centro do Universo.


2. (UFPA) Nas relações de suserania e vassalagem dominantes durante o feudalismo europeu, é possível observar que:

a) a servidão representou, sobretudo na França e na península Ibérica, um verdadeiro renascimento da escravidão conforme existia na Roma imperial.
b) os suseranos leigos, formados pela grande nobreza fundiária, distinguiam juridicamente os servos que trabalhavam nos campos dos que produziam nas cidades.
c) mesmo dispondo de grandes propriedades territoriais, os suseranos eclesiásticos não mantinham a servidão nos seus domínios, mas sim o trabalho livre.
d) o sistema de impostos incidia de forma pesada sobre os servos. O imposto da mão morta, por exemplo, era pago pelos herdeiros de um servo que morria para que continuassem nas terras pertencentes ao suserano.
e) as principais instituições sociais que sustentavam as relações entre senhores e servos eram de origem muçulmana, oriundos da longa presença árabe na Europa Ocidental.

3. (Faap) A doutrina de Platão influenciou os primeiros filósofos medievais, Santo Agostinho, bispo de Hipona (354 a 430) e Boécio (480 a 524), autores de "Confissões" e "Consolação da Filosofia", respectivamente. Mas a Filosofia que predominou na Idade Média foi a:

a) Sofística
b) Epicurista
c) Escolástica
d) Existencialista
e) Fenomenológica

4. (Fgv) As principais características do feudalismo eram:
a) Sociedade de ordens, economia levemente industrial, unificação política e mentalidade impregnada pela religiosidade.
b) Sociedade estamental, economia tipicamente artesanal, organização política descentralizada e mentalidade marcada pela ausência do cristianismo.
c) Sociedade de ordens, economia terciária e competitiva, centralização política e mentalidade hedonista.
d) Sociedade de ordens, economia agrária e auto-suficiente, fragmentação política e mentalidade fortemente influenciada pela religiosidade.
e) Sociedade estamental, economia voltada para o mercado externo, fragmentação política e ausência de mentalidade religiosa.

5. (Fuvest) "O Feudalismo medieval nasceu no seio de uma época infinitamente perturbada.  Em certa medida, ele nasceu dessas mesmas perturbações.  Ora, entre as causas que contribuíram para criar ou manter um ambiente tão tumultuado, algumas existiram completamente estranhas à evolução interior das sociedades europeias."
                                    (Marc Bloch, A SOCIEDADE FEUDAL)
 O texto refere-se:
a) às invasões dos turcos, lombardos e mongóis que a Europa sofreu nos séculos IX e X, depois do esfacelamento do Império Carolíngio.
b) às invasões prolongadas e devastadoras dos sarracenos, húngaros e vikings na Europa, nos séculos IX e X (ao Sul, Leste e Norte respectivamente), depois do esfacelamento do Império Carolíngio.
c) às lutas entre camponeses e senhores no campo e entre trabalhadores e burgueses nas cidades, impedindo qualquer estabilidade social e política.
d) aos tumultos e perturbações provocadas pelas constantes fomes, pestes e rebeliões que assolavam as áreas mais densamente povoadas da Europa.
e) à combinação de fatores externos (invasões e introdução de novas doutrinas e heresias) e internos (escassez de alimentos e revoltas urbanas e rurais).

6.(Mackenzie) O ano de 1054 foi marcado pelo "Cisma do Oriente". Após um longo processo de conflitos, ocorreu a ruptura entre o papado romano e o patriarca de Constantinopla, ocasionando:
a) a criação da igreja Cristã Ortodoxa Grega.
b) a transferência da sede do papado para a cidade de Avignon.
c) o conflito denominado Querela das Investiduras.
d) a fundação da Igreja Cristã Protestante.
e) a divisão do Clero em secular ortodoxo e regular monástico.

7. (FGV) Na Idade Média, desenvolveram-se dentro da Igreja, instituições que tinham corporações de mestres e aprendizes, com privilégios e autonomia administrativa, e significaram importante avanço intelectual.
O texto anterior refere-se:
a) às Irmandades;
b) aos Museus;
c) às Bibliotecas;
d) aos Conventos;
e) às Universidades.

8. (Mackenzie) A respeito do Sistema Feudal, assinale a alternativa correta.
a) A sociedade feudal era estática e não permitia a mobilidade social, era uma sociedade de castas - dela faziam parte quatro ordens hierarquizadas: os nobres, o clero, os servos e os escravos.
b) Consistia em um sistema de relações onde os vassalos doavam terras aos seus suseranos, que ficavam obrigados a pagar impostos nas formas de produtos e serviços.
c) Esse sistema foi condenado pela Igreja Católica, que não concordava com as exigências senhoriais que sobrecarregavam os camponeses.
d) Através do domínio político, exercido por meio da violência e da obediência aos costumes, o servo era obrigado a prestar trabalhos e serviços ao Senhor Feudal.
e) A principal fonte de lucro era o excedente de produção, oriundo do trabalho servil e livremente comercializado pelos senhores feudais e servos.

9. (Puccamp) Valendo-se de sua crescente influência religiosa, a Igreja passou a exercer importante papel em diversos setores da vida medieval,
a) como por exemplo nas Universidades, onde disseminaram o cultivo das línguas nacionais.
b) inclusive estimulando o avanço da ciência, sobretudo da medicina.
c) impedindo a divulgação de conhecimentos científicos através do estabelecimento do Index.
d) pois, enriquecida com as grandes doações de terras feitas pela burguesia, passou a se omitir, não se preocupando mais com a construção de Igrejas e Mosteiros.
e) servindo como instrumento de homogeneização cultural diante da fragmentação política da sociedade feudal.

10. (Puccamp) A Igreja Cristã foi a instituição mais importante durante a Idade Média. Esta importância, que já existia nos séculos finais do Império Romano, continuou crescendo na medida em que
a) associada à sociedade bizantina atuou no combate às heresias.
b) sua influência política, obtida com o apoio dos alamanos, permitiu-lhe que organizasse um Estado em território conquistado aos saxões.
c) conseguiu ter êxito na conversão dos bárbaros germânicos.
d) aumentou seu domínio, através do Colégio dos Cardeais, sobre o Sacro Império Romano-Germânico.
e) fortaleceu seu papel no combate ao reformismo exigido pelos monges de Cluny.

11. (Puccamp) A Igreja integrou-se ao Sistema Feudal através dos mosteiros, cujas características se assemelhavam às dos domínios dos senhores feudais. Como tinha
a) o controle do destino espiritual, procurou combater a usura entre os integrantes do clero e entre os judeus, no que foi rigorosamente obedecida.
b) o monopólio da cultura, tinha também o monopólio da interpretação da realidade social.
c) grande influência na formação da mentalidade, insistia no ideal do preço justo, permitindo que na venda dos produtos se cobrasse a mais apenas o custo do transporte.
d) o controle da realidade social, exigia que os cristãos distribuíssem os excedentes entre seus parentes mais próximos para auferir lucros.
e) a fiscalização sobre a distribuição dos excedentes em épocas de calamidade, inibia a atuação dos comerciantes inescrupulosos, ameaçando-os com multas ou com a perda de suas propriedades.

12. (Puccamp) Para compreender a unificação religiosa e política da Arábia por Maomé, é necessário conhecer:
a) a atuação das seitas religiosas sunita e xiita, que contribuíram para a consolidação do Estado teocrático islâmico.
b) os princípios legitimistas obedecidos pela tribo coraixita, da qual fazia parte.
c) os fundamentos do sincretismo religioso que marcou a doutrina islâmica.
d) as particularidades da vida dos árabes nos séculos anteriores ao surgimento do islamismo.
e) a atuação da dinastia dos Omíadas que, se misturando com os habitantes da região do Maghreb, converteram-se à religião muçulmana e passaram a ser chamados de mouros.

13. (FGV) Para explicar a rápida expansão muçulmana, ou do Islão, há vários fatores. Qual dos tópicos a seguir não é explicativo disso:
a) o crescimento demográfico da população árabe, que pressionava o povo a procurar terras favoráveis à agricultura;
b) à fraqueza defensiva do Ocidente, devida à política de paz e tolerância da Igreja Católica;
c) o império Bizantino e o Império Persa guerrearam durante séculos, enfraquecendo-se mutuamente;
d) no Ocidente a expansão árabe soube aproveitar as fraquezas dos Estados bárbaros descentralizados, que sucederam o Império Romano;
e) o estímulo muçulmano à Guerra Santa (Jihad), coordenado pelos califas, em nome da expansão da fé islâmica.
  
14. (Uel) "O  modo de produção feudal, que se desenvolve e atinge seu apogeu na Alta Idade Média, é caracterizado essencialmente pela existência das relações servis de produção..."

Assinale a alternativa que se identifica com a fonte de poder e riqueza no modo de produção a que o texto se refere.
a) " ... Deus quis que, entre os homens, houvesse soluta igualdade..."
b) " ... os acontecimentos provam o julgamento de Deus sobre nós..."
c) " ... a luta social desaparece quando os homem vivem em comunhão..."
d) " ... não havia senhor sem terra, nem terra sem senhor..."
e) " ... quando Adão cavava a terra e Eva fiava, onde estavam os senhores... "

15. (Uel) Entre os fatores internos e externos que contribuíram para a formação do sistema feudal encontram-se
a) as instituições germânicas, como o 'comitatus' e o direito oral.
b) a utilização das moedas de prata republicana ou SOLIDI IMPERIAIS e a assimilação do arianismo.
c) a introdução pelos germanos da noção de Estado e a organização judicial caracterizada pelo 'wergeld'.
d) a prática constante do nicolaísmo e o enfraquecimento dos patrícios romanos.
e) a aceitação da simonia e o aperfeiçoamento da lavra (arados melhores, mais cortantes e resistentes).

16. (Ufes) Segundo a crença dos cristãos de Bizâncio, os ícones (imagens pintadas ou esculpidas de Cristo, da Virgem e dos Santos) constituíam a "revelação da eternidade no tempo, a comprovação da própria encarnação, a lembrança de que Deus tinha se revelado ao homem e por isso era possível representá-Lo de forma visível."
                        (Franco Jr., H. e Andrade Filho, R. O. O IMPÉRIO BIZANTINO. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 27). 

Apesar da extrema difusão da adoração dos ícones no Império Bizantino, o imperador Leão III, em 726, condenou tal prática por idolatria, desencadeando assim a chamada "crise iconoclasta".
Dentre os fatores que motivaram a ação de Leão III, podemos citar o (a):
a) intolerância da corte imperial para com os habitantes da Ásia Menor, região onde o culto aos ícones servia de pretexto para a aglutinação de povos que pretendiam se emancipar.
b) necessidade de conter a proliferação de culto às imagens, num contexto de reaproximação da Sé de Roma com o imperador bizantino, uma vez que o papado se posicionava contra a instituição dos ícones e exigia a sua erradicação.
c) tentativa de mirar as bases políticas de apoio à sua irmã, Teodora, a qual valendo-se do prestígio de que gozava junto aos altos dignitários da Igreja Bizantina, aspirava secretamente a sagrar-se imperatriz.
d) aproximação do imperador, por meio do califado de Damasco, com o credo islâmico que, recuperando os princípios originais do monoteísmo judaico-cristão, condenava a materialização da essência sagrada da divindade em pedaços de pano ou madeira.
e) descontentamento imperial com o crescente prestígio e riqueza dos mosteiros (principais possuidores e fabricantes de ícones), que atraíam para o serviço monástico numerosos jovens, impedindo-os, com isso de contribuírem para o Estado na qualidade de soldados, marinheiros e camponeses.

17. (Ufpe) A expansão muçulmana atingiu territórios da Europa, contribuindo para a divulgação de hábitos culturais que marcaram a formação histórica da Península Ibérica. Além disso, mudou as relações comerciais da época. Em relação a outros povos e à Igreja Católica, os muçulmanos:
a) mantiveram, ao longo de sua história, uma tradição de total tolerância religiosa.
b) eram temidos, em razão do seu grande poderio militar.
c) mantiveram uma convivência sem choques culturais, revelando-se, no entanto, intolerantes com os judeus.
d) foram intolerantes e violentos, não assimilando as culturas adversárias.
e) só eram temidos em Portugal, pelos cristãos e pelos judeus, sendo bem aceitos na Espanha.

18. (Unaerp) O feudalismo, como todos os outros modos de produção, não surgiu repentinamente. Ele foi o resultado:
a) do surgimento da Igreja Católica Romana, instituição que, de certa forma, tomou o lugar do Estado romano.
b) de uma síntese entre a sociedade romana em expansão e a sociedade bárbaro-germânica em decadência.
c) das contribuições isoladas dos bárbaros e dos romanos que deram aos feudos um caráter urbano.
d) do fortalecimento do Estado e da fragmentação política.
e) de uma lenta transformação que começou no final do império romano, passou pela invasão dos bárbaros-germânicos no século V, atravessou o império carolíngio, e começou a se efetivar a partir do século IX.

19. (Unesp) O Império Árabe está associado a um legado cultural islâmico secular. Assinale o significado histórico correto da expressão islâmica que se manifesta na crise atual do Golfo Pérsico.
a) "Jihad" é a luta pela fé, pela restauração da palavra de Alá e ação contra a opressão.
b) "Muçulmano" é ser árabe necessariamente.
c) "Mesquita" é livro sagrado.
d) "Kiffer" é aquele que pratica rezas diárias e segue o Islã.
e) "Hégira" é vocábulo árabe que no léxico português significa tufão.

20. (Unesp) A Civilização Bizantina floresceu na Idade Média, deixando em muitas regiões da Ásia e da Europa testemunhos de sua irradiação cultural. Assinale importante e preponderante contribuição artística bizantina que se difundiu expressando forte destinação religiosa:
a) Adornos de bronze e cobre.
b) Aquedutos e esgotos.
c) Telhados de beirais recurvos.
d) Mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas.
e) Vias calçadas com artefatos de couro.


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IDADE MÉDIA EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA

1. (Enem/1999) Considere os textos abaixo.
"(...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para que iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão que se torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé."
(Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da Igreja católica sobre as relações entre fé e razão, 1998)
"As verdades da razão natural não contradizem as verdades da fé cristã."
(Santo Tomás de Aquino – pensador medieval)

Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que:
a) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de Santo Tomás de Aquino, refletindo a diferença de épocas.
b) a encíclica papal procura complementar Santo Tomás de Aquino, pois este colocava a razão natural acima da fé.
c) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João Paulo II.
d) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias, não tem relação com o pensamento filosófico.
e) tanto a encíclica papal como a frase de Santo Tomás de Aquino procuram conciliar os pensamentos sobre fé e razão.
2. (Fuvest-SP) Ao longo da Idade Média, a Europa Ocidental conviveu com duas civilizações, às quais muito deve nos mais variados campos. Essas duas civilizações, bastante diferentes da Ocidental, contribuíram significativamente para o desenvolvimento experimentado pelo Ocidente, a partir do século XI, e para o advento da Modernidade no século XV.
a) Quais foram essas civilizações?
b) Indique suas principais características.
3. (Fatec-SP) Uma das características a ser reconhecida no feudalismo europeu é:
a) A sociedade feudal era semelhante ao sistema de castas.
b) Os ideais de honra e fidelidade vieram das instituições dos hunos.
c) Vilões e servos estavam presos a várias obrigações, entre elas o pagamento anual de capitação, talha e banalidades.
d) A economia do feudo era dinâmica, estando voltada para o comércio dos feudos vizinhos.
e) As relações de produção eram escravocratas.

4. (Fuvest-SP) Qual a diferença entre as obrigações de um vassalo e as de um servo na sociedade feudal?
5. (UFPA) Nas relações de suserania e vassalagem dominantes durante o feudalismo europeu, é possível observar que:
a) a servidão representou, sobretudo na França e na península Ibérica, um verdadeiro renascimento da escravidão conforme existia na Roma imperial.
b) os suseranos leigos, formados pela grande nobreza fundiária, distinguiam juridicamente os servos que trabalhavam nos campos dos que produziam nas cidades.
c) mesmo dispondo de grandes propriedades territoriais, os suseranos eclesiásticos não mantinham a servidão nos seus domínios, mas sim o trabalho livre.
d) o sistema de impostos incidia de forma pesada sobre os servos. O imposto da mão morta, por exemplo, era pago pelos herdeiros de um servo que morria para que continuassem nas terras pertencentes ao suserano.
e) as principais instituições sociais que sustentavam as relações entre senhores e servos eram de origem muçulmana, oriundos da longa presença árabe na Europa Ocidental.
6. (UFJF-MG) O islamismo, religião fundada por Maomé e de grande importância na Unidade árabe, tem como fundamento:
a) o monoteísmo, influência do cristianismo e do judaísmo, observado por Maomé entre povos que seguiam essas religiões.
b) o culto dos santos e profetas através de imagens e ídolos.
c) o politeísmo, isto é, a crença em muitos deuses, dos quais o principal é Alá.
d) o princípio da aceitação dos desígnios de Alá em vida e a negação de uma vida pós-morte.
e) a concepção do islamismo vinculado exclusivamente aos árabes, não podendo ser professado pelos povos inferiores.
7. (Fuvest-SP) A estrutura básica da sociedade feudal exprimia uma distribuição de privilégios e obrigações. Caracterize as três "ordens", isto é, camadas sociais que compunham essa sociedade.
8. (Vunesp) O islamismo, ideologia difundida a partir da Alta Idade Média, em que o poder político confunde-se com o poder religioso, era dotado de certa heterogeneidade, o que pode ser constatado na existência de seitas rivais como:
a) politeístas e monoteístas
b) sunitas e xiitas
c) cristãos e muezins
d) sunitas e cristãos
e) xiitas e politeístas
9. (Fuvest) As feiras na Idade Média constituíram-se:
a) instrumentos de comércio local das cidades para o abastecimento cotidiano dos seus habitantes.
b) áreas exclusivas de câmbio das diversas moedas européias.
c) locais de comércio de amplitude continental que dinamizaram a economia da época.
d) locais fixos de comercialização da produção dos feudos.
e) instituições carolíngias para renascimento do comércio abalado com as invasões no Mediterrâneo.
10.(EEM-SP) O surgimento das universidades medievais ocorre simultaneamente com o expansionismo europeu por meio das cruzadas, com o surgimento das cidades e com a expansão comercial. Como se explica essa correlação cronológica?
11.  (Fuvest) Do Grande Cisma sofrido pelo cristianismo no século XI, resultou:
a) o estabelecimento dos tribunais da Inquisição pela Igreja católica.
b) a Reforma protestante, que levou à quebra da unidade da Igreja católica na Europa Ocidental.
c) a heresia dos albigenses, condenada pelo papa Inocêncio II.
d) a divisão da Igreja em católica romana e ortodoxa grega.
e) a Querela das Investiduras, que proibia a investidura de clérigos por leigos.
12. (Osec-SP) “(...) Durante o século XII, toda a extensão da Flandres converteu-se em país de tecelões e batedores. O trabalho de lã, que até então se havia praticado somente nos campos, concentra-se nas aglomerações mercantis que se fundam por toda a parte e anima um comércio, cujo progresso é incessante. Formam-se, assim, a incipiente Bruges, Ipres, Lile, Duai e Arras." (Henri Pirenne)
Podemos relacionar o conteúdo desse texto:
a) às mudanças econômicas que exigiram adaptações e mudanças no regime feudal.
b) às ligas de mercadores que impulsionaram o desenvolvimento mercantil no mar do Norte, a exemplo da Liga Hanseática.
c) ao renascimento comercial que atingiu o interior da Europa, a partir do século XI.
d) às feiras de comércio local e internacional que se desenvolveram no interior da Europa.
e) às invasões bárbaras que aceleraram a formação de vilas durante o Baixo Império Romano.
13. (Cescem-SP) As corporações de ofício eram organizadas com o objetivo de:
a) defender os interesses dos artesãos diante dos patrões.
b) proporcionar formação profissional aos jovens fidalgos.
c) aplicar os princípios religiosos às atividades cotidianas.
d) combater os senhores feudais.
e) proteger os ofícios contra a concorrência e controlar a produção.
14.  (UFPA) O movimento das cruzadas foi essencial para o quadro das transformações por que a Europa passaria nos processos finais da Idade Média. Definida essa questão, é possível assegurar-se em relação ao movimento cruzadista que:
a) os efeitos imediatos das cruzadas sobre a vida européia foram de natureza política, já que contribuíram para abalar sensivelmente o poder absoluto dos monarcas europeus.
b) em termos jurídicos, as cruzadas contribuíram para modificar o sistema da propriedade no feudalismo, já que difundiram o começo da propriedade dominante no Extremo Oriente.
c) os seus resultados abalaram seriamente o prestígio do papado, provocando, inclusive, a separação entre a Igreja de Roma e a de Constantinopla, fato de implicações negativas para a autoridade clerical.
d) os efeitos sociais das cruzadas fizeram-se sentir principalmente sobre as relações de trabalho, já que os cruzados, ao retornarem do Oriente, defendiam a substituição da servidão pelo trabalho livre.
e) as exigências das expedições contribuíram decididamente para o recuo da dominação árabe no Mediterrâneo, abrindo os espaços para que as suas águas viessem a sustentar, mais tarde, parte das grandes rotas do comércio europeu.
15. (Unicamp-SP) No século XIII, um teólogo assim condenava a prática da usura:
"O usurário que adquirir um lucro sem nenhum trabalho e até dormindo, o que vai contra a palavra de Deus que diz: 'Comerás teu pão com o suor do teu rosto'. Assim o usurário não vende a seu devedor nada que lhe pertença, mas apenas o tempo, que pertence a Deus. Disso não deve tirar nenhum proveito."
(Adaptado de J. Le Goff, A bolsa e a vida. São Paulo: Brasiliense, 1989.)
a) O que é usura?
b) Por que a Igreja medieval condenava a usura? c) Relacione a prática da usura com o desenvolvi-
mento do capitalismo no final da Idade Média.
16. (Vunesp) A partir do século XII, em algumas regiões européias, nas cidades em crescimento, comerciantes, artesãos e bispos aliaram-se para a construção de catedrais com grandes pórticos, vitrais e rosáceas, produzindo uma "poética da luz", abóbadas e torres elevadas que dominavam os demais edifícios urbanos. O estilo da arte da época é denominado
a) renascentista
b) bizantino
c) românico
d) gótico
e) barroco
17. (Vunesp) Sobre as associações de importantes grupos sociais da Idade Média, um historiador escreveu:
"Eram cartéis que tinham por objetivo a eliminação da concorrência no interior da cidade e a manutenção do monopólio de uma minoria de mestres no mercado urbano". (Jacques Le Goff, A civilização do Ocidente medieval.)
O texto caracteriza de maneira típica
a) as universidades medievais
b) a atuação das ordens mendicantes
c) as corporações de ofício
d) o domínio dos senhores feudais
e) as seitas heréticas
18. (Fuvest) Uma característica da Idade Média foi o surgimento de heresias.
a) Que são heresias?
b) Quais as principais reações da Igreja católica
diante delas naquele período?
19. (PUC-SP) Não pode ser considerado como fator gerador do renascimento comercial que ocorre na Europa, a partir do século XI:
a) a crise do modo de produção feudal provocada pela superexploração da mão-de-obra, através das relações servis de produção.
b) a disponibilidade de mão-de-obra provocada, entre outros fatores, pelo crescimento demográfico a partir do século X.
c) a predominância cultural e ideológica da Igreja, com a valorização da vida extraterrena, a condenação à usura e sua posição em relação ao "justo preço" das mercadorias.
d) a aquisição das "cartas de franquias", que fortalecia e libertava a nascente burguesia das obrigações tributárias dos senhores feudais.
e) o movimento cruzadista, que, retratando a estrutura mental e religiosa do homem medieval, se estendeu entre os séculos XI e XIII.
20. (Fuvest) A partir do século XI, na Europa Ocidental os poderes monárquicos foram lentamente se reconstituindo, e em torno deles surgiram os diversos Estados nacionais. Explique as razões desse processo de centralização política.
21. (PUC-SP) "(...) a própria vocação do nobre lhe proibia qualquer atividade econômica direta. Ele pertencia de corpo e alma à sua função própria: a do guerreiro. (...) Um corpo ágil e musculoso não é o bastante para fazer o cavaleiro ideal. É preciso ainda acrescentar a coragem. E é também porque proporciona a esta virtude a ocasião de se manifestar que a guerra põe tanta alegria no coração dos homens, para os quais a audácia e o desprezo da morte são, de algum modo, valores profissionais."
(Bloch, Marc. A sociedade feudal. Lisboa: Edições 70, 1987.)
O autor nos fala da condição social dos nobres medievais e dos valores ligados às suas ações guerreiras, É possível dizer que a atuação guerreira desses cavaleiros representa, respectivamente, para a sociedade e para eles próprios:
a) a garantia de segurança, num contexto em que as classes e os Estados nacionais se encontram em conflito, e a perspectiva de conquistas de terras e riquezas.
b) o cumprimento das obrigações senhoriais ligadas à produção, e à proibição da transmissão hereditária das conquistas realizadas.
c) a permissão real para realização de atividades comerciais, e a eliminação do tédio de um cotidiano de cultura rudimentar e alheio a assuntos administrativos.
d) o respeito às relações de vassalagem travadas entre senhores e servos, e a diversão sob a forma de torneios e jogos em épocas de paz.
e) a participação nas guerras santas e na defesa do catolicismo, e a possibilidade de pilhagem de homens e coisas, de massacres e mutilações de inimigos.
22. (PUC-SP) Dentre os itens abaixo, dois representam características integrantes do ideário cristão que, à época do reconhecimento do cristianismo como religião oficial de Roma (séc. IV), funcionaram como elementos facilitadores da aliança que uniu os interesses da Igreja cristã aos do Estado romano:
1 – o dogma da transcendência divina
2 – as noções de culpa original dos homens e de perdão divino
3 – os dogmas da criação e do juízo final
4 – o missionarismo expansionista
5 – a moral celibatária
6 – as concepções de inferno, purgatório e reino dos céus
7 – a estrutura hierárquica da organização clerical
Os itens corretas são os de número:
a) 5 e 1
b) 3 e 6
c) 4 e 7
d) 6 e 4
e) 3 e 7
23.  (Fuvest-SP) "Se volveres a lembrança ao Gênese, entenderás que o homem retira da natureza o seu sustento e a sua felicidade. O usurário, ao contrário, nega a ambas, desprezando a natureza e o modo de vida que ela ensina, pois outros são no mundo seus ideais."
(Dante Alighieri, Divina comédia, Inferno, canto XI, trad. Hernâni Donato.)
Essa passagem do poeta florentino exprime.
a) uma visão já moderna da natureza, que aqui aparece sobreposta aos interesses do homem.
b) um ponto de vista já ultrapassado no seu tempo, posto que a usura era uma prática comum e não mais proibida.
c) uma nostalgia pela Antiguidade greco-romana, onde a prática da usura era severamente coibida.
d) uma concepção dominante na Baixa Idade Média, de condenação à prática da usura por ser contrária ao espírito cristão.
e) uma perspectiva original, uma vez que combina a prática da usura com a felicidade humana.
24. (Fuvest) Os movimentos fundamentalistas, que tudo querem subordinar à lei islâmica (Sharia), são hoje muito ativos em vários países da África, do Oriente Médio e da Ásia. Eles tiveram a sua origem histórica:
a) no desenvolvimento do Islamismo, durante a Antigüidade, na Península Arábica;
b) na expansão da civilização árabe, durante a Idade Média, tanto a Ocidente quanto a Oriente;
c) na derrocada do Socialismo, depois do fim da União Soviética, no início dos anos noventa;
d) no estabelecimento do Império Turco-Otomano, com base em Istambul, durante a Idade Moderna;
e) na ocupação do mundo árabe pelos europeus, entre a segunda metade do século XIX e a primeira do século XX.
25. (Vunesp) “Deus colocou o servo na Terra para trabalhar e obedecer.”
Analise os compromissos, fortemente influenciados pela ação de uma instituição feudal, vinculando-os ao enunciado proposto.
26. (Vunesp) “Na sociedade feudal, o vínculo humano característico foi o elo entre subordinado e chefe mais próximo. De escalão em escalão, os nós assim formados uniam, tal como se se tratasse de cadeias infinitamente ramificadas, os menores e os maiores. A própria terra só parecia ser uma riqueza tão preciosa por permitir obter ‘homens’, remunerando-os." (Marc Bloch. A sociedade feudal.)
O texto descreve a:
a) hierarquia eclesiástica da Igreja Católica;
b) relação de tipo comunitário dos camponeses;
c) relação de suserania e vassalagem;
d) hierarquia nas corporações de ofício;
e) organização política das cidades medievais.
27. (Unicamp-SP) A tomada da cidade de Jerusalém foi narrada assim pelo historiador árabe Ibn al-Athir: “A população da Cidade Santa foi morta pela espada e os franj (*) massacraram os muçulmanos durante uma semana. Na mesquita [...], eles mataram mais de setenta mil pessoas.”
(*) franj: os francos, os soldados cruzados.
Para os árabes, os soldados invasores eram "bestas selvagens”, atrasados, ignorantes das artes e da ciência e fanáticos religiosos que não hesitavam em queimar mesquitas e dizimar populações inteiras. (Baseado em Amin Maalouf. As Cruzadas vistas pelos árabes.)
a) Descreva a visão que os árabes tinham dos europeus e a visão que os europeus tinham dos árabes no período das Cruzadas. Compare-as.
b) Quais foram as conseqüências das Cruzadas para a Europa?
28. (Fuvest) “Após ter conseguido tirar da nobreza o poder político que ela detinha enquanto ordem, os soberanos a atraíram para a corte e lhe atribuíram funções políticas e diplomáticas."
Essa frase, extraída da obra de Max Weber, Política como vocação, refere-se ao processo que, no Ocidente:
a) destruiu a dominação social da nobreza, na passagem da Idade Moderna para a Contemporânea;
b) estabeleceu a dominação social da nobreza, na passagem da Antiguidade para a Idade Média;
c) fez da nobreza uma ordem privilegiada, na passagem da Alta Idade Média para a Baixa Idade Média;
d) conservou os privilégios políticos da nobreza, na passagem do Antigo Regime para a Restauração;
e) permitiu ao Estado dominar politicamente a nobreza, na passagem da Idade Média para a Moderna.

GABARITO

1. (Enem/1999) Alternativa E
2. (Fuvest-SP) a) A civilização árabe (islâmica) e a bizantina (antigo Império Romano do Oriente)
b) Árabes: Estado e hierarquia social estruturados em bases religiosas, economia de excedentes dinamizada pelo comércio, urbanização, incorporação de elementos culturais do Oriente e do Ocidente, avanços significativos em diversos campos das ciências (da medicina à matemática, passando pela filosofia).
Bizantinos: Estado despótico, desenvolvimento da Igreja cristão do Oriente (ortodoxa, que se separou da Igreja católica romana), comércio sofisticado, centrado em Constantinopla, conservação do legado cultural romano, notadamente no campo do direito.
3. (Fatec-SP) Alternativa C
4. (Fuvest-SP) As obrigações de um vassalo compunham-se de compromissos de reciprocidade estabelecidos nas relações horizontais, ou seja, entre senhores. As obrigações servis, entretanto, definiam a condição de submissão dos camponeses (servos) e a sua exploração pelos membros da nobreza e do clero.
5.  (UFPA) Alternativa D
6. (UFJF-MG) Alternativa A
7. (Fuvest-SP) Camada sociais da sociedade feudal: clero: o maior proprietário de terras e controlador da ideologia medieval; nobreza: os senhores proprietários que, junto com o clero, controlavam todo o poder feudal; servos: os trabalhadores dominados, submetidos a uma pesada tributação.
8. (Vunesp) Alternativa B
9. (Fuvest) Alternativa C
10.  (EEM-SP) A expansão comercial e urbana ativou a efervescência cultural, que arruinaria a cultura monástica predominante, exigindo novos valores e conhecimentos, propiciados pelas novas instituições culturais, as universidade.
11.  (Fuvest) Alternativa D
12. (Osec-SP) Alternativa A
13. (Cescem-SP) Alternativa E
14.  (UFPA) Alternativa E
15. (Unicamp-SP) a) Usura é um contrato de empréstimo em que o devedor é obrigado a pagar juros.
b) A Igreja condenava o usurário por considerar que ele não produz riqueza ao lucrar com aquilo que não lhe pertence. A prática da usura estaria, portanto, contrariando o princípio bíblico de que “ganharás o pão com o suor do seu rosto”.
c) O renacimento comercial e urbano desencadeou o processo de formação do capitalismo. A dinamização das atividades econômicas foi acompanhada da expansão das atividades de crédito, inclousive a prática
dos empréstimos a juros. A mentalidade ainda fortemente religiosa, ao condenar a usura, acabava criando obstáculos para o pleno desenvolvimento do capitlaismo.
16. (Vunesp) Alternativa D
17. (Vunesp) Alternativa C
18. (Fuvest) a) Heresias são movimentos religiosos que discordam dos dogmas oficiais da Igreja católica.
b) A Igreja as condenou e reprimiu violentamente por intermédio dos tribunais da Inquisição.
19. (PUC-SP) Alternativa C
20. (Fuvest) O motos destas mudanças políticas foi o renascimento comercial, estimulado pela nova classe sociail, a burguesia. O renascimento provocou a decadência do feudalismo e dos poderes locais e universais.
21. (PUC-SP) Alternativa E
22. (PUC-SP) Alternativa E
23.  (Fuvest-SP) Alternativa D
24. (Fuvest) Alternativa B
25. (Vunesp) A idéia, apregoada pela Igreja católica, de uma sociedade dividida em três categorias: os que oram, os que lutam e os que trabalham. Aos servos Deus teria deixado a tarefa de trabalhar para sustentar  a todos e não questionar as regras vigentes naquela sociedade.
26. (Vunesp) Alternativa C
27. (Unicamp-SP) a) Basicamente, as duas civilizações tinham a mesma visão uma da outra: eram bárbaros, criminosos, infiéis, fanáticos que professavam uma religião herética.
b) O renascimento comercial, o enriquecimento de cruzados, a retomada das relações Ocidente-Oriente e, no limite, contribiu para o fim da Idade Média.
b) Quais foram as conseqüências das Cruzadas para a Europa?
28. (Fuvest) Alternativa E

ROMA ANTIGA: 


Questões de vestibulares com gabarito sobre a Roma Antiga

(UFPE) - Universidade Federal de Pernambuco -
Questão 1:
A grandiosidade do Império Romano criava muitos problemas administrativos e conflitos de poder, dificultando a ação dos seus governantes. Na arte, os romanos seguiram soluções práticas para facilitar sua vida urbana. A arquitetura romana, por exemplo, foi:
A - marcada pela influência dos etruscos no uso do arco e da abóbada.
B - definida pelas influências grega e egípcia, o que resultou em construções grandiosas em homenagem aos deuses.
C - marcada pela utilização de pedras e tijolos, utilizados em grandes edifícios públicos.
D - suntuosa nas construções públicas, que eram de grande originalidade para a época.
E - baseada no uso exclusivo do arco, graças à influência dos mesopotâmicos.

(UFSM/RS) Universidade Federal de Santa Maria -
Questão 2:
Assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada uma das afirmações sobre o desenvolvimento tecnológico das sociedades da Antiguidade.
1. ( ) A prática da agricultura, além de permitir aumentar a produção de alimentos, impulsionou inovações em diversos campos do conhecimento, como os sistemas de escrita, a matemática e a astronomia, com a utilização de calendários para organizar a vida social, religiosa e produtiva nas diversas estações.
2. ( ) As civilizações do Crescente Fértil aprimoraram conhecimentos para garantir o emprego adequado do solo, empregaram sistemas de irrigação para melhor aproveitar as águas dos rios, promoveram o conveniente armazenamento das safras, além de alcançarem notáveis avanços na arquitetura e engenharia com a construção de templos religiosos e funerários monumentais.
3. ( ) Mesmo sem terem desenvolvido grandes conhecimentos no campo da matemática e das ciências da natureza – como a biologia, a física e a cosmologia – as polis ou cidades-estados da Grécia antiga notabilizaram-se por legarem ao mundo posterior a filosofia e a democracia, concretizando os princípios de justiça social, igualdade política e cidadania para todos seus habitantes, independente de serem estrangeiros, escravos, mulheres, iletrados ou pobres.
4. ( ) O Império Romano, além de aprimorar a tecnologia da guerra para expandir suas conquistas militares, efetivou avanços significativos na arquitetura e na engenharia com a construção de estradas, portos, aquedutos, termas, circos, mercados, edifícios públicos e redes de esgoto e de água para as cidades.
A sequência correta é
A - V - F - V - F.
B - F - F - F - V.
C - V - V - V - V.
D - F - F - V - F.
E - V - V - F - V.

(UEPG/PR) - Universidade Estadual de Ponta Grossa -
Questão 3:
A antiguidade Greco-romana tornou a escravidão absoluta na forma e dominante na extensão, convertendo-se maciça e generalizada na Grécia (séculos V e IV a.C.) e em Roma (entre II a.C. e II d.C.). Nesse contexto, assinale o que for correto.
1 - A escravidão e a liberdade helênicas eram indivisíveis, pois uma era a condição estrutural da outra; uma condição polarizada da perda completa de liberdade justaposta a uma nova liberdade sem impedimentos.
2 - Embora solidamente enraizado na sociedade clássica antiga, o sistema escravista foi sendo paulatinamente abolido no período.
4 - Os escravos conseguiram melhores condições de vida após promoverem constantes revoltas, como a de Spartacus (73-71 a.C.), que liderou o último movimento rebelde contra Roma.
8 - Nesse período assistiu-se ao aparecimento de uma classe média de proprietários rurais e o desaparecimento do latifúndio.
16 - Foi na República romana que se efetivou a união entre a grande propriedade agrícola e a escravidão em grande escala, ou seja, sua sistematização por uma aristocracia urbana, cujo resultado foi a instituição rural do latifúndio escravo extensivo.

(UFPR) - Universidade Federal do Paraná -
Questão 4:
Toda a Gália está dividida em três partes, uma habitada pelos belgas, outra pelos aquitanos, a terceira por aqueles que nós chamamos de gauleses (em sua língua, celtas). Essas nações diferem entre si pela língua, pelos costumes e pelas leis.
(Júlio César, Guerra das Gálias.)
Esse trecho de Júlio César se refere às conquistas da Roma Antiga e à maneira como os romanos viam os povos que conquistavam. Sobre as conquistas romanas, é correto afirmar:
A - O exército romano era composto somente por escravos.
B - Os povos conquistados eram considerados incultos e menosprezados pelos romanos.
C - As estruturas administrativas construídas pelos romanos foram pouco duráveis, o que limitou a sua capacidade de expansão.
D - Os romanos não tinham uma política de destruição, nem de integração cultural dos povos conquistados, preservando a posição das elites que se aliassem a eles.
E - Durante as guerras de conquista, houve uma diminuição do número de escravos capturados pelos romanos.

(FUVEST/SP) - Fundação Universitária para o Vestibular -
Questão 5:
Cesarismo/cesarista são termos utilizados para caracterizar governantes atuais que, à maneira de Júlio César (de onde o nome), na antiga Roma, exercem um poder
A - teocrático.
B - democrático.
C - aristocrático.
D - burocrático.
E - autocrático.

(UFTM/MG) Universidade Federal do Triângulo Mineiro -
Questão 6:
Os romanos deram o nome de pax romana ao período de estabilização das fronteiras. Nesse período, 300 mil soldados, deslocando-se rapidamente pelas estradas do Império, defenderam as fronteiras junto aos rios Reno e Danúbio contra as incursões das tribos germânicas, contiveram invasões orientais e sufocaram rebeliões internas. A paz romana foi, antes de tudo, uma “paz armada”, o maior símbolo do apogeu do Império, que, no entanto, já carregava em seu interior os sinais de sua decadência.
(Flavio de Campos e Renan Garcia Miranda, A escrita da História)
O fim das conquistas romanas
A - fortaleceu os plebeus, em especial os mais ricos, que conquistaram a instituição do tribunato da plebe e a permissão do casamento com os patrícios.
B - provocou a guerra de Roma contra Cartago – as Guerras Púnicas –, pois os cartagineses colocaram em risco as conquistas romanas na Sicília e no norte da África.
C - gerou o término do suprimento de escravos, decorrendo disso todo um processo de desordem econômica em Roma, com a fragilização do Exército e o avanço dos germanos.
D - estabeleceu uma nova condição jurídica para os plebeus, que não podiam mais ser vítimas da escravização por dívidas e foram beneficiados com a distribuição de terras.
E - motivou o crescimento dos espaços urbanos no Império, com o consequente aumento das atividades manufatureiras e comerciais, além do crescimento da população.

(UFJF/MG) - Universidade Federal de Juiz de Fora -
Questão 7:
A partir do século III assiste-se ao longo processo de crise do Império Romano do Ocidente e ao desenvolvimento das instituições feudais, que daria início ao período medieval. Assinale o item que NÃO se enquadra nesse contexto.
A - A expansão do Império Romano do Ocidente cessou, levando ao decréscimo da obtenção de escravos e riquezas.
B - As fronteiras pouco controladas devido à fragilidade romana possibilitaram a invasão dos povos bárbaros e a fragmentação territorial do Império.
C - O poder político exercido pelas grandes cidades se manteve, levando a um crescimento da urbanização e desenvolvimento das instituições comerciais.
D - Desenvolveu-se o sistema de colonato através do qual escravos e plebeus empobrecidos passaram a trabalhar como colonos nas terras dos grandes proprietários.
E - Iniciaram-se as relações de suserania e vassalagem baseadas em fidelidade e prestação de serviços dos vassalos para com os senhores.

(UFAM) - Universidade Federal do Amazonas -
Questão 8:
Nos últimos anos, a indústria hollywoodiana investiu em filmes sobre a Antiguidade Clássica que se tornaram grandes sucessos. Heróis como Máximo em “Gladiador” ou Aquiles em “Troia” não deixam de representar um estímulo para um conhecimento aprofundado desse momento histórico. A respeito do referido período você pode afirmar que:
I. No século V a.C. os gregos consideravam a polis como o único contexto em que o homem podia realizar as suas capacidades espirituais, morais e intelectuais, ou seja, a sua cidadania.
II. O princípio de liberdade política, fundamental à política grega e estranho à experiência política do Oriente Próximo, era vital para a conformação do ideal democrático no Ocidente.
III. A grande realização de Roma foi transcender a estreita orientação política da cidade-Estado e criar um Estado universal que unificou as diferentes sociedades do mundo mediterrâneo.
IV. Entre os resultados do imperialismo romano sobressaem-se o afluxo de capitais, desenvolvimento de uma economia monetária, a concentração da propriedade fundiária e o crescimento da mão de obra servil.
Com relação a estas afirmativas, você pode concluir que:
A - Todas as proposições estão corretas;
B - Apenas as proposições II, III e IV estão corretas;
C - Apenas as proposições I, II e IV estão corretas;
D - Apenas as proposições I, II e III estão corretas;
E - Todas as proposições estão erradas.

(UFAM) - Universidade Federal do Amazonas -
Questão 9:
Tal como a história dos gregos, também a dos romanos começou pelo desenvolvimento de instituições políticas assentadas na cidade e elaboradas em benefício de uma comunidade de homens livres – os cidadãos – proprietários de terras e que reivindicavam a descendência direta dos fundadores de sua pátria. Em ambos os casos, estes cidadãos privilegiados conseguiram, no momento em que a vida urbana começou ganhar certa amplitude e consistência, eliminar a monarquia (cuja origem se confudia com a própria origem da pátria) dando início a instituições capazes de assegurar o seu domínio.
FLORENZANO, M. B. O Mundo Antigo: economia e sociedade. São Paulo: Brasiliense, 1986, p. 56.
O texto aponta que os cidadãos romanos percorreram uma trajetória política singular.
Sobre as instituições latinas ao longo deste processo podemos destacar:
I. O Senado, instituição mais importante do período republicano, que, no plano legislativo, aprovava as leis votadas nas assembleias, propunha novas leis para serem submetidas ao voto do povo, além de decidir sobre medidas excepcionais, como a de atribuir o poder supremo aos cônsules.
II. A Ditadura ou uma magistratura extraordinária, dotada de poderes excepcionais, substitutiva do Império, ao qual se recorria em momentos de particular gravidade.
III. O Tribunato da Plebe, cuja função era defender indivíduos e propriedades da plebe e administrar os jogos públicos, sendo o poder dos tribunos derivado do fato de serem invioláveis.
A - Apenas II é correta.
B - Apenas I é correta.
C - Apenas III é correta.
D - I, II e III são corretas.
E - I, II, e III são incorretas.

(UFAC) - Universidade Federal do Acre -
Questão 10:
Um legislador, em 621 a.C., na Grécia Antiga, selecionou, organizou e registrou na forma escrita leis que, até então, eram transmitidas pela oralidade e sob o domínio apenas de alguns. Mesmo produzindo um Código bastante severo, mantinha privilégios políticos e sociais para alguns grupos.
Assinale a alternativa correta que indica o nome desse legislador:
A - Sólon;
B - Péricles;
C - Helieu;
D - Drácon;
E - Demiurgo;

(UNIR/RO) - Fundação Universidade Federal de Rondônia -
Questão 11:
O texto abaixo faz referência à tentativa do tribuno da plebe Tibério Sempronio Graco de coibir um dos principais desdobramentos da expansão romana dos séculos III e II a.C.
Foi, então, quando Tibério Sempronio Graco, cidadão nobre animado por uma grande ambição [...] pronunciou [...] um discurso de extrema gravidade para os povos da Itália; falou de como povos particularmente aptos para a guerra e vizinhos dos romanos pelo sangue, mas em via de deslizar pouco a pouco para a miséria [...] Depois de pronunciar este discurso, pôs em vigor a lei que proibia a posse de mais de 500 medidas de terras.
(APIANO. Guerras civis, I, 9, 35-36.)
Qual desdobramento intencionou-se coibir?
A - Crescimento de latifúndios
B - Uso de escravos no exército romano
C - Aumento do poder pessoal dos generais romanos
D - Favorecimento econômico aos aliados em detrimento dos senadores romanos
E - Aumento de impostos para a plebe romana

(UNAMA/PA) - Universidade da Amazônia -
Questão 12:
A partir do texto que se segue e de seus conhecimentos, assinale qual das alternativas abaixo descreve corretamente como eram percebidas a escravidão e as revoltas escravas na Roma antiga.
“Tolere, contudo a desonra das revoltas dos escravos; embora o destino os faça de joguete, trata-se afinal de uma espécie de homens de segunda categoria, dos quais podemos dispor por causa de nossa liberdade”.
(Floro, século III. – retirado de Jaime Pinski. 100 textos de história antiga. São Paulo: Contexto, 1988, p. 13).
A - No texto, a revolta escrava era algo intolerável para os senhores romanos, porque estes escravos eram conhecidos como uma espécie de cidadãos de segunda categoria, com pouco prestígio ou vontade própria.
B - O autor entende que as revoltas escravas eram bem vistas no mundo romano, porque os deuses se divertiam com elas. Estes deuses sabiam que os escravos lutavam por uma causa justa: sua liberdade e que as revoltas escravas eram punições para os patrícios.
C - O texto comprova que os escravos na Roma antiga eram cidadãos de segunda categoria e que suas revoltas eram lutas em vão, porque os Deuses romanos só atuavam em favor dos cidadãos de elite, os patrícios.
D - A revolta escrava estava relacionada com a vontade do Destino. Contudo, os deuses que controlavam o destino, justificavam a escravidão, já que os patrícios não podiam viver como cidadãos livres sem o trabalho de seus escravos.

(UFMS) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul -
Questão 13:
Sobre a história de Roma, é correto afirmar:
1 - Paralelamente à versão lendária da fundação de Roma pelos irmãos gêmeos Rômulo e Remo, descobertas arqueológicas atestam que, antes de 753 a.C., a região do Lácio já era habitada por povos de diferentes etnias, organizados em comunidades agrícolas e pastoris, entre eles os etruscos que, entre os séculos VII e VI a.C., expandiram seu território e controlaram a monarquia em Roma.
2 - O período republicano foi marcado por lutas entre patrícios e plebeus, as quais resultaram na criação de magistrados especiais, conhecidos como Tribunos da Plebe, encarregados de defender os interesses jurídicos, políticos e sociais da plebe junto ao Senado.
4 - A expansão dos domínios romanos, na Península Itálica e em torno do Mar Mediterrâneo, acarretou uma desaceleração do processo de concentração fundiária nas mãos da aristocracia patrícia, haja vista que o Estado romano estabeleceu uma série de medidas visando distribuir terras aos pequenos e médios proprietários e à plebe urbana empobrecida.
8 - Entre as maiores heranças culturais dos romanos, para a civilização ocidental, estão o Direito, bem como a língua latina, que serviu de matriz linguística a inúmeros idiomas modernos.
16 - Deterioração do exército, crise de suprimento da mão de obra escrava, inflação, instabilidade política, instituição do colonato, como novo tipo de relação de trabalho, foram algumas das características que marcaram o período da história romana conhecido como Diarquia, instaurada entre os séculos III e V d.C.

(UFMT) - Universidade Federal de Mato Grosso -
Questão 14:
Os visigodos, ou seja, aqueles outros aliados e cultivadores do solo ocupado estavam aterrados como o haviam estado seus parentes e não sabiam que fazer, por causa do povo dos Hunos [...] enviaram embaixadores à România [...] para dizer que se lhes dessem uma parte da Trácia ou da Mésia a fim de cultivarem, eles se submeteriam às suas leis e decisões. E para que pudesse ter maior confiança neles, prometeram tornar-se cristãos [...] Quando [imperador] Valente ouviu isto, concedeu alegre e prontamente o que ele próprio havia tencionado pedir [aliança romana/visigótica].
(JORDANES apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média. Textos e testemunhas. São Paulo: UNESP, 2000.)
Sobre o assunto abordado no texto, assinale a afirmativa correta.
A - O paganismo ou a heresia ariana professada pelos invasores germânicos foi um elemento que impediu qualquer possibilidade de assimilação ou negociação com os romanos.
B - O Império Romano necessitava de mão de obra, por isso iniciou uma política de incorporação das tribos germânicas que foram escravizadas para atender aos interesses dos latifundiários.
C - O avanço dos povos germânicos no Império Romano aconteceu tanto de modo violento, por meio da conquista militar, quanto de maneira pacífica, por intermédio dos pactos de federação.
D - O esgotamento do solo do Império Romano, em decorrência dos muitos séculos de cultivo intensivo, tornou a agricultura pouco rentável, o que permitiu que amplas regiões fossem entregues aos germânicos em troca de impostos.
E - Os pequenos e médios proprietários romanos não apoiaram a política do Imperador Valente de conceder terras aos germânicos, pois significava a perda de parte de suas propriedades.

(UEG) - Universidade Estadual de Goiás -
Questão 15:
O primeiro Triunvirato foi um sinal inequívoco da crise vivida pela República romana. Apenas três homens, Pompeu, César e Crasso, acumularam quase todos os títulos e cargos importantes. O fim dessa aliança, marcado pela morte de Crasso em 53 a.C., representou imediatamente
A - o aumento da rivalidade entre os dois sobreviventes, César e Pompeu, que resultou em uma violenta guerra civil.
B - o enfraquecimento da influência de César, em virtude do fracasso de sua campanha militar na Gália.
C - o assassinato de César por membros da aristocracia romana dentro do próprio senado.
D - a formação de um novo triunvirato, constituído por Otávio, Marco Antônio e Lépido.

(UEG) - Universidade Estadual de Goiás -
Questão 16:
O advento do cristianismo representou uma revolução na história ocidental, ultrapassando a dimensão religiosa. Ele influenciou de maneira decisiva as estruturas políticas, sociais, culturais e econômicas do Ocidente. Tendo sido perseguido de forma implacável durante um longo período, o cristianismo foi incorporado pelo Império Romano no governo de Constantino. Ao longo do processo histórico que propiciou a expansão do movimento cristão, observa-se que
A - a ampliação e consolidação do Império Romano resultaram essencialmente de sua aliança precoce com o movimento cristão, sendo que este representou um instrumento formidável de sustentação para o governo imperial.
B - o cristianismo proporcionou a dinamização da economia do Império Romano, acelerando o processo do colonato que havia sido iniciado na crise do século III, garantindo a hegemonia de Roma sobre todo o mundo mediterrâneo.
C - o cristianismo apresentava um caráter herético e subversivo, na medida em que rompia com os dogmas judaicos e, ao mesmo tempo, representava um fator de desestruturação social e política para o governo de Roma.
D - o Império Romano apresentou uma forte expansão de suas fronteiras a partir da conquista da Gália e da Germânia, tendo sido favorecido nesse processo pela conversão das populações dessas regiões ao cristianismo.

(UCSAL/BA) - Universidade Católica de Salvador -
Questão 17:


O Império Romano ampliou seus domínios em torno do Mediterrâneo. Esse fato tornou possível, entre outros aspectos, a comunicação, as transações comerciais e o deslocamento de tropas para as diversas regiões romanas.
Sobre a expansão em questão, é correto afirmar que
A - as conquistas propiciaram, pela primeira vez na Antiguidade, a combinação entre o trabalho escravo em larga escala e o latifúndio, associação que constituiu uma alavanca de acumulação econômica graças às campanhas militares romanas.
B - a conquista de novos territórios desacelerou o processo de concentração fundiária nas mãos da aristocracia patrícia, uma vez que o Estado romano estabeleceu um conjunto de medidas que visava distribuir terras aos pequenos e médios proprietários e à plebe urbana empobrecida.
C - apesar da conquista do Mediterrâneo, os romanos não conseguiram estabelecer a integração das diversas formações sociais ao sistema escravista nem tampouco se dispuseram a criar mecanismos de cooptação social e política dos seus respectivos grupos dominantes.
D - as conquistas militares acabaram por solucionar o problema agrário em Roma, colocando em xeque as medidas defendidas por líderes como os irmãos Graco, que postulavam a expropriação das terras particulares dos patrícios e sua repartição entre as camadas sociais empobrecidas.
E - a expansão militar levou os romanos a empreender um duro processo de latinização dos territórios situados a leste, o que se tornou um elemento de constante instabilidade político-social durante a República e também à época do Império.

(UFAL) - Universidade Federal de Alagoas -
Questão 18:
A fim de controlar as inúmeras revoltas dos escravos e o descontentamento popular entre os plebeus, o Imperador romano Otávio Augusto adotou a seguinte medida:
A - a criação do Primeiro Triunvirato e a concessão de cidadania aos plebeus.
B - Redividiu as terras e criou novas colônias para acabar com a desocupação da plebe urbana e atraí-la para o trabalho rural.
C - Determinou que os latifundiários fossem obrigados a empregar pelo menos um terço dos trabalhadores livres.
D - Usou uma política chamada pelos romanos de Pão e Circo, na qual o governo organizava os espetáculos públicos onde se distribuía porções de trigo à população.
E - A criação em 493 a.C., do Tribunato da Plebe, assembleia formada exclusivamente por plebeus.

(UEPB) - Universidade Estadual da Paraíba -
Questão 19:
Dentre os movimentos sociais que marcaram a República Romana, podemos destacar as lutas entre patrícios e plebeus. Sobre estas lutas, é correto afirmar:
A - O casamento entre patrícios e plebeus não foi permitido, apesar das conquistas do povo romano nas lutas contra os patrícios.
B - Apesar da marginalização política, não havia discriminação entre patrícios e plebeus.
C - Os plebeus conquistaram, em 367 a.C, o direito de participar do consulado com a promulgação da Lei Licínia, que também regulamentou a exploração das terras públicas.
D - Quando um patrício tornava-se insolvente, sem condições de pagar dívidas, tinha de se submeter ao nexum. Este foi um dos fatores que causou os conflitos entre plebeus e patrícios.
E - Em 450 a.C, foi publicada a Lei das Doze Tábuas, um dos fundamentos do Direito Romano, que não assegurou a igualdade jurídica entre patrícios e plebeus.

(URCA/CE) - Universidade Regional do Cariri -
Questão 20:
Considerada a área do conhecimento mais aperfeiçoada pelos romanos na Antiguidade, a área do Direito foi uma de suas maiores contribuições para a cultura da chamada “civilização ocidental”. Após longa e complexa evolução, o Direito atingiu seu apogeu na época do Principado. No entanto, no período monárquico (753 a.C. – 509 a.C.) e no início do período republicano, o Direito Romano era todo oral e baseado nos costumes. Diversos conflitos entre patrícios e plebeus surgiram por causa dessa situação. O Direito Romano passou a ser escrito com:
A - A criação das Leis das XII Tábuas em 450 a. C.
B - A criação da Lei Licínia em 367 a.C.
C - As reformas políticas de Tibério e Caio Graco, em 133 a. C. e 121 a.C.
D - A criação do Principado de Otávio Augusto, a partir de 30 a.C.
E - A criação do Corpus Júris Civilis, de Justiniano.

(UECE) - Universidade Estadual do Ceará -
Questão 21:
As fronteiras do grandioso Império Romano foram, aos poucos, ocupadas. Ao longo dos Rios Reno e Danúbio, se instalaram grandes massas de Germanos. Sobre as principais causas dessa ocupação é correto afirmar que os Germanos
A - almejavam o controle dos itinerários e das rotas comerciais do mar Mediterrâneo que conduziam à Ásia.
B - ocuparam as fronteiras do Império Romano, pois foram derrotados, pressionados e expulsos de suas terras pelos Partos.
C - eram ambiciosos e tinham aversão e desprezo pelo modo de vida dos romanos, especialmente sobre suas práticas políticas corruptas.
D - foram pressionados por povos oriundos da Ásia central e para fugir da miséria e da guerra expandiram-se para o Ocidente.

(UFPE) - Universidade Federal de Pernambuco -
Questão 22:
O poder político dos romanos não foi uma sucessão de vitória e de crescimento de riquezas sem limites. A expansão do Império trouxe problemas e dificultou os governos, trazendo um aumento constante de conflitos políticos. Na época de Rômulo Augusto houve: A - a redução do poder dos sacerdotes e da Igreja católica.
B - a adoção oficial da religião cristã em todo o Império.
C - a divisão administrativa do Império para fortalecer sua força militar.
D - a construção de uma aliança política com os muçulmanos.
E - queda de Roma, em 476, com a invasão dos chamados bárbaros, fragmentando o Império.

(UFRPE/PE) Universidade Federal Rural de Pernambuco -
Questão 23:
No governo de Otávio Augusto, ocorreu em Roma:
A - um massacre dos povos insubordinados culturalmente.
B - um aumento majestoso dos gastos militares.
C - negociação entre os povos cristãos e o imperador.
D - a decadência administrativa e a crise militar.
E - um tratamento político mais diplomático com os povos vencidos.

(UESPI) - Universidade Estadual do Piauí -
Questão 24:
A preocupação romana, com as guerras e a manutenção do império, não evitou que a religião tivesse grande importância na vida cotidiana. Nas suas crenças religiosas, os romanos:
A - evitaram o politeísmo, seguindo os ensinamentos do cristianismo.
B - fugiram de divindades e de princípios religiosos que lembravam a falta de ética.
C - imitaram os gregos em muitos princípios e na aceitação das divindades.
D - desprezavam os cultos familiares, considerados supersticiosos e vazios.
E - tinham, inicialmente, uma religião ética e politeísta, com rituais rígidos.

(UEL/PR) - Universidade Estadual de Londrina -
Questão 25:
A expansão imperial romana resultou, a partir do século I d.C., na utilização do trabalho escravo em grande escala e no aumento significativo do número de plebeus desocupados, aos quais se juntaram levas de pequenos agricultores arruinados. Isso incrementou o êxodo rural e provocou o inchamento das cidades, especialmente de Roma. Para amenizar o problema social dessas massas, o Estado passou a dar-lhes subsídios.
Essa política caracterizou-se pela distribuição de:
A - terras para os desocupados, caracterizando uma verdadeira reforma agrária, conhecida como a política agrária, de Licínio.
B - dinheiro para a aquisição de roupas e alimentos, combatendo a inflação que assolava a República, provocada pela política de Tucídides.
C - grãos a preços baixos e espetáculos públicos gratuitos, conhecida como a política do pão e circo, de Augusto.
D - sementes, instrumentos agrícolas e escravos para o cultivo de terras na Sicília e no norte da África: a política de colonização, de Suetônio.
E - escravos para estimular a agricultura da Península Ibérica, conhecida como a política agrícola, de Cláudio.

(UFPR) - Universidade Federal do Paraná -
Questão 26:
No ano 313 d.C., o Imperador Constantino reconheceu o cristianismo como religião oficial do Império Romano, por meio do Édito de Milão. Sobre o cristianismo na Antiguidade, é INCORRETO afirmar:
A - Os primeiros cristãos sofreram grandes perseguições por motivos políticos.
B - Por serem politeístas, os romanos inicialmente resistiram em aceitar o monoteísmo cristão.
C - Durante a Antiguidade, ocorreram conversões ao cristianismo de muitos povos chamados “bárbaros”.
D - No início de sua formação, a Igreja Cristã baseou sua estrutura na organização do Império Romano, reproduzindo também sua divisão de poder.
E - A partir do Édito de Milão, ficou estabelecido que somente autoridades religiosas poderiam determinar os rumos da Igreja.

(UESPI) - Universidade Estadual do Piauí -
Questão 27:
A preocupação romana, com as guerras e a manutenção do império, não evitou que a religião tivesse grande importância na vida cotidiana. Nas suas crenças religiosas, os romanos:
A - evitaram o politeísmo, seguindo os ensinamentos do cristianismo.
B - fugiram de divindades e de princípios religiosos que lembravam a falta de ética.
C - imitaram os gregos em muitos princípios e na aceitação das divindades.
D - desprezavam os cultos familiares, considerados supersticiosos e vazios.
E - tinham, inicialmente, uma religião ética e politeísta, com rituais rígidos.

(UCS/RS) - Universidade de Caxias do Sul -
Questão 28:
A mais notável contribuição romana à cultura ocidental ocorreu no campo do Direito. Até hoje, os Códigos de Leis romanos permanecem entre os fundamentos do Direito contemporâneo.
Analise a veracidade (V) ou falsidade (F) das proposições abaixo, com relação ao Direito Romano.
( ) Era um código que tratava apenas da esfera pública, pois o Direito Privado, tal como entendemos hoje, estava ausente da preocupação dos juristas romanos.
( ) As leis romanas foram criadas para dar uma solução prática aos problemas decorrentes das lutas entre os grupos sociais e pelas guerras de conquista.
( ) Estava dividido em Civil, que regulamentava a vida dos cidadãos; Estrangeiro, aplicado aos que não eram cidadãos; e Natural, que regulamentava a vida de todos os habitantes de Roma.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.
A - V – V – V
B - V – F – F
C - V – V – F
D - F – F – V
E - F – V – V

(UERN) - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte -
Questão 29:
Em Roma havia uma nítida distinção entre o Direito Público – que regulava as relações entre o cidadão e o Estado – e o Direito Privado – que tratava das relações dos cidadãos entre si. Deve-se acrescentar que as mulheres não eram passíveis de ser julgadas pelos tribunais públicos. Competia ao pater famílias exercer o direito de justiças, na sua própria casa, sobre os membros da família subordinados à sua autoridade. (AQUINO ET AL, 1980, p. 263).
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre a cultura da Antiguidade Clássica, pode-se afirmar:
A - A nítida distinção entre o Direito Público e o Privado, transplantada da era romana para o Novo Mundo, tem sido aplicada no Brasil, desde a oficialização da colonização e do povoamento.
B - O Direito Público, instituído na Roma Antiga, permaneceu restrito à normatização das relações entre cidadãos de procedência patrícia e à categoria de escravos por dívidas.
C - A diferenciação evidente entre os dois tipos de direito resultou das exigências dos cristãos que compuseram os quadros do governo durante a República Romana.
D - O fato de ser o pater famílias apto a exercer o direito de justiça sobre os membros da família subordinados à sua autoridade comprova que a sociedade da Roma Antiga tinha como suporte a família patriarcal.
(UNIFESP/SP) - Universidade Federal de São Paulo -
Questão 30: [...] não era a falta de mecanização [na Grécia e em Roma] que tornava indispensável o recurso à escravidão; ocorrera exatamente o contrário: a presença maciça da escravidão determinou a “estagnação tecnológica” greco-romana.
(Aldo Schiavone. Uma história rompida: Roma antiga e ocidente moderno.
São Paulo: Edusp, 2005.)
A escravidão na Grécia e na Roma antigas
A - baseava-se em características raciais dos trabalhadores.
B - expandia-se nos períodos de conquistas e domínio de outros povos.
C - dependia da tolerância e da passividade dos escravos.
D - foi abolida nas cidades democráticas.
E - restringia-se às atividades domésticas e urbanas.

(UFAM) - Universidade Federal do Amazonas -
Questão 31: Durante sua primeira fase, os romanos assentavam sua organização política na forma monárquica de poder, mas já ali existia o Senado, uma das instituições políticas mais antigas de Roma.Neste momento inicial, o Senado:
A - Era formado pelos centuriões que, nomeados pelo rei, representavam as 100 mais importantes famílias patrícias de Roma.
B - Alcançou notável autonomia, limitando frequentemente o poder régio através do veto, o que ocorria quando dois terços de seus membros manifestavam-se contrários as decisões do monarca.
C - Funcionava como uma assembleia aristocrática de assessoramento às deliberações do Rei e era constituído pelos mais velhos (seniores), sendo vedada a presença de plebeus.
D - Composto por representações paritárias de patrícios e plebeus, restringiu suas funções à prática legislativa, elaborando o corpus jurídico do estado romano.
E - Funcionava como uma espécie de Assembleia de Notáveis que impunha obediência ao monarca e definia as ações estratégicas do Estado.

(UFTM/MG) Universidade Federal do Triângulo Mineiro -
Questão 32:
“Mesmo para um cidadão romano, seria impossível dizer, com certeza, se o sistema, em seu conjunto, era aristocrático, democrático ou monárquico. Com efeito, a quem fixar a atenção no poder dos cônsules, a constituição romana parecerá totalmente monárquica; a quem fixar no Senado parecerá aristocrática, e a quem se fixar no poder do povo, parecerá claramente democrática.
(...) cada uma das três partes [do Estado] é capaz, se desejar, de criar obstáculos ás outras, ou de colaborar com elas (...) Nenhum dos poderes predomina sobre os outros nem pode desprezá-los.”
(Políbio, História, século II a.C.)
De acordo com o historiador grego, Políbio, a Constituição de Roma, que favorecera as conquistas no Mediterrâneo, era:
A - baseada no predomínio do Senado sobre a autoridade dos cônsules e do povo.
B - certamente democrática, por entregar aos plebeus a maior parte dos poderes.
C - marcada pelo conflito entre os diferentes poderes que compunham o Estado.
D - claramente aristocrática, por concentrar o poder nas mãos dos cônsules.
E - caracterizada pelo equilíbrio de poder entre os cônsules, o Senado e o povo.

(PUC-PR) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná -
Questão 33:
As lutas por riquezas e territórios sempre estiveram presentes na História. Na Antiguidade, o Mediterrâneo foi disputado nas Guerras Púnicas por:
A - romanos e cartagineses.
B - gregos e persas.
C - macedônicos e romanos.
D - romanos e germânicos.
E - gregos e romanos.

(UFSC/SC) - Universidade Federal de Santa Catarina -
Questão 34:
“ELEFANTES – Vendo. Para circo ou zoológico. Usados mas em bom estado. Já domados e com baixa do exército. Tratar com Aníbal.” (p. 143)
“TORRO TUDO – E toco cítara. Tratar com Nero.” (p.144)
VERISSIMO, Luis Fernando. O Classificado através da História. In: Comédias para se ler naescola.
São Paulo: Objetiva, 2001.
Sobre Roma na Antigüidade, é CORRETO afirmar que:
1 - Aníbal foi um conhecido comandante de Cartago, que combateu os romanos durante as Guerras Púnicas.
2 - as Guerras Púnicas, que envolveram Cartago e Roma, aconteceram no contexto da expansão territorial romana.
4 - a expansão territorial acabou se revelando um fracasso. Isto pode ser percebido pela ausência de alterações nos hábitos da sociedade romana nos períodos que se sucederam.
8 - o domínio de Roma no Mediterrâneo favoreceu o fim da República e a ascensão do Império.
16 - Nero foi um governante de Roma conhecido pelo apoio que prestou aos cristãos, sendo responsável por elevar o Cristianismo a religião oficial do Império Romano.
32 - o período de governo de Nero é conhecido como um momento de decadência do Império Romano, cujos motivos estão, entre outros, nos graves problemas sociais causados pela existência de uma cidadania restrita e pelos abusos administrativos.
64 - a escravidão, embora presente, nunca foi economicamente relevante na sociedade romana.

(UEPA) - Universidade do Estado do Pará -
Questão 35:
“O Homem e o mundo”.
O homem e o mundo De ciência avançada / O homem e o mundo Mas também de AIDS / e fome / Que mundo? / De guerra, de terror./ Onde a paz se faz ausente / Mundo de pobres / E a violência presente Mundo de ricos / Que violência? Mundo, imundo, sujo e / Do campo? Onde morrem poluído. / os lavradores. Enfim ... Homem / Da cidade? Onde o homem / É este o mundo que tens / sofre horrores Para nele viver, procriar e /
Mundo de ontem, devagar morrer. / Mundo de hoje, apressado, De que? / Mundo de nets, sites, e De velhice, de doença, de / email. fome ou mesmo vítima da / violência.
Lenora Maria

Dado o questionamento da autora no verso “Que mundo? De guerra, de terror, onde a paz se faz ausente e a violência presente” é possível refletir sobre o quadro político que caracterizou a Roma Antiga, no período republicano. Neste cenário, a instituição da guerra:
A - representou a luta por conquistas políticas dos plebeus, a qual resultou nas leis agrárias aprovadas pelo Senado, no estabelecimento do Tribuno da Plebe, e na difusão da Pax Romana nos territórios conquistados.
B - enfraqueceu o desenvolvimento da política do pão e circo, que atendia aos anseios da plebe romana, o que provocou ondas de terror e de violência que resultaram na queda da República e a ascensão do Principado.
C - contribuiu para a expansão e conquistas territoriais, aumentando as tensões entre os povos conquistados e também entre a plebe e o patriciado romano, os quais reivindicavam maior participação política.
D - favoreceu a criação da Assembléia Centuriata, na qual se destacava a figura do centurião romano que, a partir daí, se fortaleceu politicamente, facilitando o acesso dos chefes legionários às magistraturas romanas.
E - permitiu a anexação de Reinos do Antigo Oriente, destacando-se o Egito dos Selêucidas, alcançado depois das guerras púnicas, quando os romanos venceram o exército dos cartagineses e dominaram o Mediterrâneo.

(UFPA) - Univesidade Federal do Pará -
Questão 36:
Leia o texto abaixo.
“Todos os caminhos levam a Roma!" O ditado é famoso. Mas, nos dias de hoje, a que Roma essas palavras estariam se referindo? À Roma atual, metrópole cosmopolita, capital da Itália, um dos mais importantes países da Europa? Ou à Roma antiga, capital de um dos mais poderosos impérios conhecidos pela humanidade? Ou, ainda, à Roma cristã, que tem no Vaticano a sede da Igreja Católica?”.
(Trecho retirado de um site de turismo: (http://www.ardus.com.br/inf/guia/roma.htm )
Nos dias de hoje, podemos duvidar sobre qual Roma visitar no final da Idade Antiga, no entanto, quando o ditado acima transcrito se popularizou, Roma era uma cidade única. Sobre esta especificidade de Roma antiga, é correto afirmar que esta cidade era:
A - conhecida como a sede do poder cristão, tendo o Vaticano e o Papa como ícones máximos do mundo cristão.
B - na Antiguidade uma “metrópole cosmopolita”, onde produtos de todas as partes circulavam de forma capitalista.
C - a principal cidade do Império Romano Ocidental, local central do exercício do poder político e da efetivação da cidadania romana.
D - a capital da Itália e símbolo da unificação européia centralizada desde a época Imperial.
E - conhecida por cidade luz, pois abrigava diferentes tipos de pessoas e nacionalidades que conviviam democraticamente como cidadãos.

(UNAMA/PA) - Universidade da Amazônia -
Questão 37:
“Em Roma a “voz do sangue” falava muito pouco; o que falava mais alto era a voz do nome de família”.
VEYNE, Paul. História da vida privada. São Paulo: Companhia das Letras, v. I, p. 25.
A partir da frase anterior, e de seus estudos históricos, é correto afirmar que os romanos:
A - escolhiam seus herdeiros em função do reconhecimento e legitimidade dos filhos, podendo deixar bens tanto para os filhos de sangue, quanto para os adotados.
B - distribuíam seus bens de acordo com o nascimento de seu filho, valorizando o primogênito e descartando os demais, sobretudo as mulheres;
C - selecionavam seus herdeiros de acordo com a educação recebida, cabendo aos homens e mulheres, com melhor desempenho escolar, a herança maior;
D - escolhiam seus herdeiros de acordo com o nome de família, ou seja, aqueles que eram de linhagem nobre eram os herdeiros, nada cabendo aos bastardos e aos adotados.

(UEMS)- Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul -
Questão 38:
A Pax Romana, que caracterizou os dois primeiros séculos da Era Cristã, marca um período de controle das guerras civis, das revoltas coloniais e dos conflitos urbanos. A adoção dessa política ocorreu no governo de:
A - Caio Júlio César;
B - Otávio;
C - Nero;
D - Calígula;
E - Tibério.

(UFES) - Universidade Federal do Espírito Santo -
Questão 39:
O oficial romano Orestes, tendo tomado o comando do exército, partiu de Roma ao encontro dos inimigos e chegou a Ravena, onde parou para fazer imperador seu filho, Rômulo Augusto. [...] Porém, pouco depois de Rômulo Augusto ter sido estabelecido imperador de Ravena por seu pai, Odoacro, rei dos turcilingos, tendo consigo cirus, hérulos e auxiliares de diversas tribos, ocupou a Itália. Orestes foi morto e seu filho, Rômulo Augusto, expulso do reino e condenado à pena de exílio no Castelo Luculano, na Campânia. Assim, o Império do Ocidente do povo romano, que o primeiro dos augustos – Otaviano Augusto – tinha começado a dirigir no ano 709 da fundação da cidade de Roma, pereceu com Rômulo Augusto no ano de 522 do reinado dos seus antecessores imperadores. Desde aí, Roma e a Itália foram governadas pelos reis dos godos.
Jordanes, in: PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média. São Paulo: Editora Unesp, 2000,
p. 39-40. Adaptado.
O texto acima, escrito por Jordanes, um autor do século VI d.C., nos informa sobre os acontecimentos políticos que marcaram o início e o fim do Império Romano do Ocidente: a ascensão de Otávio Augusto ao poder e a deposição de Rômulo Augusto por Odoacro, no contexto das invasões bárbaras. Tendo em vista essas considerações, explique
a) a importância da atuação política de Otávio Augusto para a criação do Império Romano.
b) dois fatores que contribuíram para a desagregação do Império Romano do Ocidente.

(UFAM) - Universidade Federal do Amazonas -
Questão 40:
A civilização romana conheceu a seguinte evolução política:
A - Império, Monarquia e República;
B - Monarquia, Império e República;
C - Monarquia, República e Império;
D - Império, República e Monarquia;
E - República, Monarquia e Império.

(UEA/AM) Universidade do Estado do Amazonas -
Questão 41:
Na Roma republicana, “o tribunal e a assembléia tribal foram simplesmente acrescentados às instituições centrais existentes no Senado, Consulado e Assembléia centuriada: não significavam uma abolição interna do complexo oligárquico de poder que guiava a República.”
(Anderson)
Assinale a alternativa correta a respeito da organização e do processo sociopolítico na Roma Antiga republicana:
A - A luta de classes em Roma foi por vezes violenta e prolongada, produziu desempenhos heróicos, como os de Caio e Tibério Graco, e alterações que beneficiavam a plebe, mas jamais aboliu ou substituiu a estrutura cívica de poder da nobreza hereditária.
B - O Senado Romano só teve poder no início da República e era constituído pelos indivíduos considerados mais capazes, independentemente de sua origem familiar.
C - Embora a democracia provenha da Grécia, a escolha dos magistrados em Roma era feita do modo mais democrático possível para os padrões da Antiguidade: eram escolhidos por todos os habitantes da cidade, em assembléia na praça pública.
D - Quem governava, na Roma republicana, era o cônsul, enquanto o Senado se constituía numa simples representação honorífica de família.
E - A plebe romana representava-se por uma assembléia tribal, que reunia os representantes das aldeias estrangeiras dominadas e ainda organizadas em comunidade primitiva.

(PUC-RS) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul -
Questão 42:
Para responder à questão 5, considere o texto abaixo:
“Depois de meio século de lutas internas, Caio Júlio César, um general aristocrata que se dizia descendente de Vênus e Enéias, conquistou em poucos anos a Gália, uma enorme área que corresponde, mais ou menos, à atual França, Suíça, Bélgica e parte da Alemanha. Quando o Senado não lhe quis permitir que continuasse a comandar as tropas, César recusou-se a obedecer (...) e tornou-se ditador em seguida”.
FUNARI, Pedro P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001, p. 89.
Considerando a história política da Roma Antiga, o contexto refere-se a uma culminância da crise:
A - da Realeza;
B - da República;
C - do Principado;
D - do Alto Império;
E - do Baixo Império.

(UFRGS) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul -
Questão 43:
Por cerca de cinco séculos, a Roma Antiga reinou sobre uma imensa formação imperial. Em relação aos elementos constitutivos desse Império, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo:
( ) O sistema econômico imperial repousava sobretudo na exploração de tributos impostos ao mundo conquistado (as províncias) em proveito dos conquistadores romanos.
( ) O uso do latim na administração e no Exército fez dessa língua o instrumento oficial de comunicação na parte ocidental do Império.
( ) A crise final do Império esteve ligada ao aumento excessivo do trabalho escravo, que arruinou os pequenos proprietários rurais e os camponeses pobres.
( ) O Édito de Caracala concedeu a cidadania a todos os homens livres do Império.
( ) Em nome da Pax Romana, os estrangeiros eram rigorosamente proibidos de entrar na capital do Império.
A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A - F – F – V – V – V.
B - V – V – F – F – F.
C - V – V – F – V – F.
D - V – F – V – F – V.
E - F – F – V – F – V.


(UFG/GO) - Universidade Federal de Goiás -
Questão 44:
Leia o texto abaixo:



O texto oferece subsídios para a compreensão do processo de:
A - fixação de colônias romanas nas regiões conquistadas;
B - cobrança dos tributos em escravos e em espécie para Roma;
C - expansão romana em direção ao Norte, no final do período republicano;
D - estabelecimento de alianças políticas de Roma com os povos vencidos;
E - fortalecimento do poder senatorial romano em relação ao poder imperial.

(UFSCAR/SP) - Universidade Federal de São Carlos -
Questão 45:
Considere os acontecimentos da história romana.
I. Construção da Muralha de Adriano.
II. Início da República romana.
III. Revolta dos Escravos liderada por Espártaco.
IV. A cidadania romana é concedida a todos os habitantes do Império.
V. Primeira Guerra Púnica.
Esses acontecimentos, colocados na ordem cronológica correta, são:
A - I, II, III, IV e V.
B - III, IV, V, II e I.
C - II, V, III, I e IV.
D - V, IV, III, II e I.
E - II, I, IV, V e III.

(UPE) - Universidade de Pernambuco -
Questão 46:
Os impérios da Antiguidade conseguiram dominar extensas áreas territoriais com força militar e negociações políticas. A grandeza dos romanos é sempre ressaltada, quando se refere ao domínio de outros povos. Os romanos:
A - construíram um império baseado apenas na sua expressiva força militar, decorrente de um numeroso e combativo exército;
B - dominaram toda península Ibérica, não conseguindo derrotar povos de outras regiões da Europa;
C - conseguiram construir uma complexa administração para manter seu império, com feitos administrativos seguidos pela cultura ocidental;
D - fracassaram na tentativa de dominar os gregos que resistiram nas lutas realizadas no Mar Mediterrâneo;
E - não se preocuparam com a cultura dos outros povos, mantendo sua identidade cultural e religiosa, basicamente ocidental.

(UFPE) - Universidade Federal de Pernambuco -
Questão 47:
Na história política de Roma, durante os governos monárquicos, os plebeus:
A - possuíam latifúndios, exercendo influência sobre as relações políticas existentes na época;
B - não eram cidadãos romanos, mas tinham poderes políticos destacados, inclusive na escolha dos monarcas;
C - dominavam o núcleo central do poder, obtendo vitória nas eleições em face dos seus privilégios políticos;
D - gozavam de privilégios diferentes daqueles concedidos aos patrícios, pois não eram vistos como descendentes dos fundadores de Roma;
E - tornaram-se grandes proprietários de terra e exportadores da produção agrícola de Roma para a Grécia.

(ACAFE/SC) - Associação Catarinense das Fundações Educacionais -
Questão 48:
O Império Romano constituiu-se como um dos mais importantes da Antiguidade, tanto pela área de sua abrangência quanto pelas heranças culturais deixadas para a posteridade do mundo ocidental, nas áreas de conhecimento e nos diversos campos de atividades.
Acerca do exposto, todas as alternativas estão corretas, exceto:
A - Na Palestina, alvo de conflitos interétnicos que estão na ordem do dia, surgiu o cristianismo, que se tornou a religião oficial do Império Romano.
B - O Direito Romano dividia-se em dois ramos fundamentais, o Direito Público e Direito Privado, classificação ainda usada na atualidade.
C - O termo mecenato, usado até os dias atuais, referia-se à proteção do estado romano para as instituições de crédito que promoviam obras sociais.
D - Abóbadas, arcos e cúpulas, freqüentemente utilizados em obras da arquitetura moderna, eram de uso comum no estilo funcional das construções romanas.
E - As terminologias científicas utilizadas internacionalmente para a denominação de insetos, animais, doenças e medicamentos derivam, em grande parte, do latim.

(ACAFE/SC) - Associação Catarinense das Fundações Educacionais -
Questão 49:
Analise as afirmações a seguir:
I. A Igreja Cristã, perseguida pelos romanos, transformou-se na instituição religiosa oficial do Império Romano, a partir do século IV d.C.
II. Inspiradas na cultura grega, a mitologia, a religião e as artes romanas consagraram uma unidade que caracterizou o mundo ocidental grecoromano.
III. Controlando um império de proporções gigantescas, os romanos criaram e mantiveram um exército forte e bem treinado, além de uma estrutura jurídica ampla e eficiente.
IV. A República Romana se caracterizou por um governo centralizado e monárquico em que os imperadores controlavam toda a política, fechando instituições como o Senado.
V. A economia romana era totalmente voltada ao comércio com o Oriente. A agricultura era desenvolvida nas províncias do Império Romano, sendo que elas produziam somente o que ele desejasse e determinasse.
A alternativa que contém todas as afirmações corretas é:
A - I – II – IV – V
B - I – II – V
C - II – III – IV
D - III – IV – V
E - I – II – III

(UFMS) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul -
Questão 50: Sobre reconhecimento do Cristianismo no contexto da história do Império Romano, é correto afirmar que:
A - após ter sido batizado por Paulo III, em 275, o imperador Constantino I declarou o Cristianismo como religião oficial do Império Romano;
B - temendo que os cristãos pudessem estimular ainda mais as rebeliões de escravos e, com isso, aprofundar a crise do sistema econômico escravista, o Império reconheceu o Cristianismo como religião em 330, mas cuidou de transferir seus seguidores para Constantinopla, recém-fundada capital do Império Romano do Oriente;
C - como nova religião, o Cristianismo gradualmente ganhou um caráter universal; a defesa da igualdade e a promessa de salvação após a morte deram, de início, um novo sentido à vida de setores populares urbanos e logo se estenderam aos campos e às classes de proprietários. Aos poucos, o Cristianismo adotou uma organização hierárquica, nos moldes do sistema administrativo imperial, até que, em 313, pelo Edito de Milão, o Estado romano reconheceu oficialmente a religião cristã;
D - o caráter público das reuniões mantidas pelos cristãos, seu apego às categorias sociais e honras terrenas, sua participação no culto imperial, a propaganda exaltada em defesa da vida militar e o apoio à escravidão, tudo isso levou o Cristianismo a ser reconhecido como a religião oficial do Império Romano;
E - após a morte de Jesus, rapidamente o Cristianismo se propagou em Roma, até ser, em 46, declarado como religião oficial do Império, tendo à frente Pedro, o pescador da Galiléia, como o primeiro papa da Igreja Católica Apostólica Romana.

(UFMT) - Universidade Federal de Mato Grosso -
Questão 51: Intensos conflitos fronteiriços com povos bárbaros, desvalorização da moeda, vazio de poder, desintegração do sistema de impostos, revoltas no campo, falta de mão-de-obra escrava, tendência à ruralização,
auto-suficiência dos domínios e insegurança principalmente nas cidades. O quadro descrito refere-se ao:
A - declínio do Império Romano e à passagem da Antigüidade ao feudalismo;
B - processo de transição do feudalismo ao capitalismo;
C - período que marcou o surgimento das cidades e o ressurgimento do comércio;
D - aparecimento de uma sociedade caracterizada pela propriedade coletiva da terra e centrada nas cidades;
E - declínio da sociedade urbana na Idade Média e ao surgimento de comunidades aldeãs.

(UNEMAT/MT) - Universidade do Estado de Mato Grosso -
Questão 52: Leia atentamente um fragmento de Suetônio (1990, p. 51) sobre a história de Júlio César e julgue as alternativas:
“(...) Não existem distinções que não recebessem segundo seu capricho e que não concedesse da mesma maneira. Cônsul pela terceira e quarta vez, se limitou a ostentar o título, e se contentou em exercer a ditadura que haviam concedido com os consulados; (...) durante os quais só reuniu comícios para eleição de tribunos e éditos do povo. Estabeleceu prefeitos em lugar de pretores, para administrarem abaixo das suas ordens”.
A - César limita-se aos poderes de ditador e cônsul da República Romana.
B - César nunca chegou a ser imperador, foi assassinado antes de receber de Roma essa honra.
C - César, como bem mostra o fragmento, já goza dos poderes de imperador.
D - O Consulado e a Ditadura são cargos típicos da República Romana, unificados por César no final da sua vida.

(PUC-PR) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná -
Questão 53: A importância de Otávio Augusto em Roma Antiga concentra-se principalmente no seu esforço para:
A - solucionar a crise agrícola decorrente da falta de pequenas propriedades;
B - vencer as guerras púnicas, trazendo paz para a sociedade romana;
C - estruturar um império com governo centralizado, apoiado em instituições republicanas;
D - impedir que as reformas introduzidas pelos Gracos alterassem a estrutura agrária de Roma;
E - favorecer a expansão do cristianismo, conciliando seus princípios com a filosofia romana.

(UEG) - Universidade Estadual de Goiás -
Questão 54:
Desenvolveu-se nos homens primeiro a sede do dinheiro, em seguida o amor ao poder; tais desejos foram, por assim dizer, as fontes de todos os males... mais tarde quando o contágio se propagou como uma epidemia, a cidade mudou de aspecto; e o seu governo, até esse momento tão justo e virtuoso, tornou-se cruel e insuportável.
SALÚSTIO. The Conspiracy of Catiline. Baltimore: Penguin Books, 1963. p. 181.
Salústio (86-34 a.C.) escreveu essas palavras condenando o colapso dos valores e do regime republicano. As observações do historiador romano devem ser inseridas no quadro de desorganização geral da vida social romana. Sobre a decadência do regime republicano, identifique a alternativa incorreta:
A - Nas longas guerras empreendidas pelos romanos contra os cartagineses, as pequenas propriedades rurais foram arruinadas, obrigando seus proprietários a vendê-las a baixos preços, provocando a formação de grandes latifúndios.
B - A introdução do trabalho escravo nas plantações chamadas latifundia provocou um grande êxodo rural dos pequenos camponeses para Roma, favorecendo a formação de uma camada urbana marginalizada e miserável.
C - Em 133 a.C., Tibério Graco, representante da plebe, foi eleito tribuno. A reforma agrária empreendida em seu governo, apoiada pela classe senatorial, conseguiu amenizar durante algum tempo as tensões no campo.
D - As revoltas dos escravos aumentaram as tensões em Roma. A mais famosa delas foi liderada pelo gladiador Espártaco, sendo duramente reprimida.
E - O exército deixou de ser um instrumento da República para se tornar patrimônio particular dos generais, cujo poder acabou ameaçando a autoridade do Senado.

(FTC/BA) - Faculdade de Tecnologia e Ciências -
Questão 55: (...) no final do Período Imperial, a administração romana já não tinha condições de impor sua autoridade em todas as regiões do império. Com o enfraquecimento do poder central, os grandes proprietários de terra foram adquirindo crescentes poderes locais. (Cotrim, p. 147.)
A situação descrita no texto favoreceu a instalação:
A - do trabalho assalariado nas atividades comerciais;
B - da mão-de-obra escrava no campo;
C - de práticas clientelistas e do colonato;
D - de manufaturas e das corporações de ofício;
E - de uma administração fortemente centralizada e do controle político da burguesia.

(UNIFOR/CE) - Universidade de Fortaleza -
Questão 56: Na Antiguidade, o expansionismo romano engendrou grandes transformações sociais e econômicas e proporcionou condições para a “grandeza” de Roma, mas possibilitou, ao mesmo tempo, a eclosão de lutas sociais que abalaram a República Romana. As origens dessas lutas sociais estavam relacionadas, entre outras:
A - à ampliação dos mecanismos democráticos de poder, com a extensão do direito de voto aos estrangeiros, medida que contrariou os interesses da plebe romana;
B - à ruína de grande parte dos camponeses, em razão do processo de concentração da terra nas mãos da aristocracia e de setores que se enriqueceram com as guerras;
C - às leis criadas pelos irmãos Tibério e Caio Graco, que reduziam as possibilidades de acesso das camadas populares à terra, já que eram representantes da nobreza latifundiária;
D - às ocupações das terras dos camponeses pelas famílias dos militares, que almejavam a ascensão social por meio dos títulos de propriedade;
E - às insurreições estimuladas por Espártaco, que era um gladiador que defendia os interesses do exército e das camadas dominantes do território romano.

(UECE) - Universidade Estadual do Ceará -
Questão 57: Em relação à História Romana, assinale a opção verdadeira:
A - A República Romana possuía um caráter democrático, em virtude da adoção do voto livre.
B - A vitória de Roma sobre Cartago, nas Guerras Púnicas, garantiu aos romanos o controle das rotas do Mediterrâneo.
C - O poder do Senado se sobrepunha ao do Imperador durante o apogeu do regime imperial.
D - Os plebeus participavam das decisões políticas, na época da realeza, em virtude do acordo celebrado com os patrícios.

(UFG/GO) - Universidade Federal de Goiás -
Questão 58:
O governo da República romana estava dividido em três corpos tão bem equilibrados em termos de direitos que ninguém, mesmo sendo romano, poderia dizer, com certeza, se o governo era aristocrático, democrático ou monárquico. Com efeito, a quem fixar a atenção no poder dos cônsules a constituição romana parecerá monárquica; a quem fixá-la no Senado ela mais parecerá aristocrática e a quem fixar no poder do povo ela parecerá claramente democrática. (POLÍBIOS. História. Brasília: Ed. da UnB, 1985. Livro VI, 11. p. 333.)
Políbios descreve a estrutura política da República romana (509-27 a.C.), idealizando o equilíbrio entre os poderes. Não obstante, a prática política republicana caracterizou-se pela:
A - organização de uma burocracia nomeada a partir de critérios censitários, isto é, de acordo com os rendimentos;
B - manutenção do caráter oligárquico com a ordem eqüestre dos homens novos assumindo cargos na administração e no exército;
C - adoção da medida democrática de concessão da cidadania romana a todos os homens livres das províncias conquistadas;
D - administração de caráter monárquico com o poder das assembléias baseado no controle do exército e da plebe;
E - preservação do caráter aristocrático dos patrícios que controlaram o Senado, a Assembléia centuriata e as magistraturas.

(UEG) - Universidade Estadual de Goiás -
Questão 59:
A inscrição gravada em honra de Otávio Augusto em um escudo na Cúria Juliana afirmava a importância do Princeps: "em consideração pela sua justiça e pela sua piedade". Em relação ao principado de Augusto, no início do Império Romano, marque a alternativa incorreta:
A - Durante o principado, o imperador passou a acumular todos os poderes, embora continuassem a existir vários órgãos da República. Otávio conseguiu reconciliar a monarquia militar com as instituições republicanas.
B - Foi graças ao poder e à estabilidade iniciada no principado que Roma pôde desfrutar de um período de grande prosperidade, constituindo a Pax Romana.
C - Na literatura, o período de governo de Otávio Augusto ficou conhecido como a época de ouro, graças a seu ministro Mecenas que, por seu interesse pelas artes, apoiou escritores como Horácio e Virgílio, entre outros.
D - Augusto promoveu reformas e melhorias em todo o império, ampliando a burocratização do Estado e a organização de um poderoso exército de mais de 300 mil homens.
E - O caráter piedoso de Augusto estava associado ao fim da perseguição aos cristões e ao estabelecimento de uma era de tolerância religiosa em Roma.

(UFMS) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul -
Questão 60: Nos séculos III e IV, uma série de crises atingiu o Império Romano, culminando, no século seguinte, na queda de seu último imperador. Durante esse período de crises, desenvolveram-se alguns elementos
fundamentais para a estruturação de uma nova forma de
organização da sociedade européia, a qual se manteve em vigor durante vários séculos.
Entre as alternativas abaixo, qual(is) delas caracteriza(m) corretamente as estruturas dessa nova sociedade européia?
1 - A exploração do trabalho plebeu, o retorno da população para o meio rural e o fortalecimento dos poderes regionais.
2 - A centralização política e administrativa nos Estados Nacionais Europeus e o fortalecimento acelerado do poder da Igreja Católica.
4 - A intensificação da produção e o crescimento das exportações de manufaturas produzidas nos feudos.
8 - O relacionamento amistoso entre todos os senhores feudais e o estabelecimento do regime de trabalho assalariado em vários países da Europa.
16 - A ruralização da sociedade ocidental, ao mesmo tempo que foi registrado o declínio das atividades mercantis e artesanais urbanas.

(FUVEST/SP) - Fundação Universitária para o Vestibular -
Questão 61:
A história da Antiguidade Clássica é a história das cidades, porém, de cidades baseadas na propriedade da terra e na agricultura.
(K. Marx. Formações econômicas pré-capitalistas.)
Em decorrência da frase de Marx, é correto afirmar que:
A - os comerciantes eram o setor urbano com maior poder na Antiguidade, mas dependiam da produção agrícola;
B - o comércio e as manufaturas eram atividades desconhecidas nas cidades em torno do Mediterrâneo;
C - as populações das cidades greco-romanas dependiam da agricultura para a acumulação de riqueza monetária;
D - a sociedade urbana greco-romana se caracteriza pela ausência de diferenças sociais;
E - os privilégios dos cidadãos das cidades gregas e romanas se originavam da condição de proprietários rurais.

(FUVEST/SP) - Fundação Universitária para o Vestibular -
Questão 62:
Ao longo de toda a Idade Média e da Moderna, a Sicília foi invadida e ocupada por bizantinos, muçulmanos, normandos e espanhóis. Na Antigüidade, por sua:
A - fertilidade e posição estratégica no Mediterrâneo Ocidental, a ilha foi disputada e dominada por gregos, cartagineses e romanos;
B - fertilidade e posição estratégica, a ilha tornou-se o centro da dominação etrusca no Mediterrâneo Ocidental;
C - aridez e pobreza, a ilha, apesar de visitada por gregos, cartagineses e romanos, não foi por estes dominada;
D - extensão e fertilidade, a ilha foi disputada pelas cidades gregas até cair sob domínio ateniense depois da Guerra do Peloponeso;
E - proximidade do continente, aridez e ausência de riquezas minerais, a ilha foi dominada somente pelos romanos.

(UNIFESP/SP) - Universidade Federal de São Paulo -
Questão 63:
Durante séculos, o Mar Mediterrâneo foi o centro comercial do mundo conhecido. Dominá-lo significava também exercer plena hegemonia política e militar. São exemplos da busca pelo controle do Mediterrâneo e de sua importância:
A - as Guerras Púnicas, nos séculos III e II a.C., entre Roma e Cartago, que determinaram a plena expansão dos romanos e asseguraram-lhes o domínio do norte da África;
B - as atividades mercantis, na Alta Idade Média, de cidades italianas, como Veneza ou Gênova, que se empenharam no estabelecimento de novas rotas oceânicas para o Oriente;
C - as colonizações desenvolvidas em território americano, a partir do século XV, por Portugal e Espanha, cujo objetivo era ligar a Atlântico ao Pacífico;
D - as guerras napoleônicas na Península Ibérica no princípio do século XIX, que ampliaram o comando francês sobre o norte e o centro do território africano;
E - as Guerras do Peloponeso, nos séculos V e IV a.C., que envolveram as cidades gregas de Atenas e Esparta, na busca pelo controle total da Península Balcânica.

(PUC/CAMP) - Pontifícia Universidade Católica de Campinas -
Questão 64: Teodósio estabeleceu que, após a sua morte, ocorrida em 395, o Império, para ser melhor administrado, deveria ser:
A - fracionado em quatro partes, com dois Imperadores e dois Césares;
B - dividido em duas partes: Império do Ocidente e o Império do Oriente;
C - atrelado ao paganismo e direcionar uma operação para destruir as catacumbas;
D - aliado dos árabes para defendê-los contra os hunos que se avizinhavam de Roma e de Meca;
E - dividido em áreas denominadas condados e doadas, em caráter hereditário, a seus sucessores.

(PUC-PR) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná -
Questão 65:
A grande realização de Roma foi transcender a estreita orientação política da Cidade-Estado e criar um Estado Universal que unificou diferentes nações do mundo mediterrâneo. (Marvin Perry)
Com relação à antiga civilização romana:
I. Os cônsules romanos eram encarregados da administração da justiça e da cobrança de impostos.
II. A principal herança da civilização romana para o mundo foi o seu sistema de leis.
III. A civilização helenística surgiu da fusão das civilizações grega e romana.
IV. Após Otávio ter posto ordem na anarquia, Roma atingiu a idade de ouro com os imperadores. Por quase duzentos anos o mundo mediterrâneo desfrutou a "pax romana", com ordem, eficiência e prosperidade.
São corretas as afirmações:
A - Apenas I e III.
B - Apenas I e IV.
C - I, II e III.
D - I, II e IV.
E - Apenas II e IV.

(PUC/CAMP) - Pontifícia Universidade Católica de Campinas -
Questão 66:
Na Roma Antiga, a expressão "até tu Brutus?" foi atribuída a Julio César que, de acordo com fontes históricas, a teria proferido no momento de seu assassinato, em 44 a.C. Nesse contexto da história de Roma, Julio César tornou-se conhecido porque:
A - iniciou o processo de expansão romana, desencadeando as chamadas guerras púnicas, por meio das quais Roma se converteu em potência marítima;
B - criou o primeiro código escrito, denominado "Leis das Doze Tábuas", que tratava de assuntos referentes ao Direito Civil e ao Direito Penal;
C - adquiriu grandes poderes e privilégios especiais, como os títulos de ditador perpétuo e de censor vitalício, suscitando lutas políticas pelo poder, sobretudo no Senado Romano;
D - contribuiu, com as suas leis abolicionistas, para crise geral do escravismo romano, que abalou as atividades agrícolas de todo o Império Romano;
E - propôs à Assembléia Romana o seu projeto de reforma agrária, limitando a ocupação de terras públicas aos cidadãos romanos.

(FUVEST/SP) - Fundação Universitária para o Vestibular -
Questão 67:
Em verdade é maravilhoso refletir sobre a grandeza que Atenas alcançou no espaço de cem anos depois de se livrar da tirania... Mas acima de tudo é ainda mais maravilhoso observar a grandeza a que Roma chegou depois de se livrar de seus reis.
(Maquiavel, Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio)
Nessa afirmação, o autor:
A - critica a liberdade política e a participação dos cidadãos no governo;
B - celebra a democracia ateniense e a República romana;
C - condena as aristocracias ateniense e romana;
D - expressa uma concepção populista sobre a Antiguidade Clássica;
E - defende a pólis grega e o Império Romano.

(UFES) - Universidade Federal do Espírito Santo -
Questão 68: A importância do Edito de Milão reside no fato de:
A - ter cristianizado o Império Romano, por decisão do imperador Constantino;
B - ter restaurado o antigo culto no Império Romano;
C - possibilitar uma reação mais consistente ao movimento iconoclasta;
D - consolidar o cesaropapismo;
E - ter se constituído no ponto alto da reação católica ao movimento reformista.

Questão 69: Diocleciano (284-305) e Constantino (312- 337) destacaram-se na história do Império Romano por terem:
A - conquistado e promovido a romanização da Lusitânia, incorporando-a ao Império;
B - introduzido costumes religiosos e políticos dos etruscos na cultura de Roma;
C - concedido à plebe defensores especiais – os tribunos da plebe, que protegiam seus direitos;
D - consolidado o direito romano na chamada Lex Duodecim Tabularum;
E - estabelecido medidas, visando a deter a crise que enfraquecia o Império.

Questão 70: Teodósio, militar de origem espanhola, elevou o cristianismo à categoria de religião do Estado. Ao morrer, seu Império foi dividido entre seus dois filhos, que se responsabilizaram pelas seguintes áreas respectivamente:
A - Arcádio com o Oriente e Honório com o Ocidente;
B - Arcádio com o Ocidente e Honório com o Oriente;
C - Arcádio com o Sul e Honório com o Norte;
D - Arcádio com o Norte e Honório com o Sul.

(UP/PR) - Universidade Positivo -
Questão 71: Sobre o imperador Diocleciano (284-305), é correto afirmar que:
A - deu liberdade de culto aos cristãos;
B - transformou o Império Romano numa Diarquia;
C - procurou frear a onda especulativa através do Edito Máximo (tabelamento de preços);
D - procurou governar de forma democrática;
E - permitiu que os bárbaros ocupassem a maior parte do Império.

(UFPR) - Universidade Federal do Paraná -
Questão 72: Na Antiguidade, Roma estendeu amplamente seu território e dominou povos diversos, criando um império em redor do Mar Mediterrâneo. São marcas dessa expansão e contatos:
1 - a elaboração do “Jus Gentium” (“direito das gentes”);
2 - a organização de províncias como unidades administrativas de governo;
4 - a implantação de extensa rede de estradas e difusão do latim como língua oficial;
8 - a democratização da propriedade da terra;
16 - a concessão de cidadania romana apenas aos que tivessem pai e mãe romanos.

(FGV/RJ) - Fundação Getúlio Vargas Rio -
Questão 73: Sobre as invasões dos “bárbaros” na Europa Ocidental, ocorridas entre os séculos III e IV, é correto afirmar que:
A - foi uma ocupação militar violenta que, causando destruição e barbárie,
acarretou a ruína de todas as instituições romanas.
B - se, por um lado, causaram destruição e morte; por outro, contribuíram, decisivamente,
para o nascimento de uma nova civilização, a da Europa Cristã.
C - apesar dos estragos causados, a Europa conseguiu, afinal, conter os bárbaros, derrotando-os militarmente e, sem solução de continuidade, absorveu e integrou os seus remanescentes.
D - se não fossem elas, o Império Romano não teria dasaparecido, pois, superada a crise do século III, passou a dispor de uma estrutura socioeconômica dinâmica e de uma constituição política centralizada.
E - os godos foram os povos menos importantes, pois quase não deixaram marcas de sua presença.

(UnB/DF) - Universidade de Brasília -
Questão 74: A penetração dos bárbaros no Império Romano:
A - foi realizada sempre através de invasões armadas;
B - realizou-se a partir do século VI, quando o Império entrou em decadência;
C - verificou-se inicialmente através de invasões pacíficas e posteriormente através de violência;
D - foi realizada sempre de maneira pacífica;
E - verificou-se principalmente entre os séculos II e III.

(PUC-SP) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo -
Questão 75: Sobre as invasões dos povos bárbaros, que destruíram a organização imperial romana no século V, sabemos que:
A - tornaram-se possíveis devido à capacidade de liderança de Átila, que organizou os governos em um grande exército conquistador;
B - foram precipitadas pela pressão dos hunos sobre os bárbaros germanos, obrigando-os a deslocarem-se em direção ao Império;
C - puderam alcançar seus objetivos de conquista graças ao fato de os romanos desconhecerem os costumes e a organização político-militar desses povos;
D - tornaram-se possíveis graças à solidariedade existente entre as tribos bárbaras, organizadas em uma federação estável;
E - alcançaram seus objetivos graças à superioridade cultural e organizacional dos bárbaros frente aos romanos.

(UNESP/SP) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho -
Questão 76: As “invasões” dos povos germânicos destruíram o Império Romano do Ocidente no século V. d.C.
Entre as causas desses deslocamentos, não podemos citar:
A - a busca de novas terras para o cultivo e a criação de gado;
B - as riquezas e atrativos da civilização do Império Romano;
C - a chegada dos hunos às planícies da Europa Central;
D - a incapacidade de os romanos, nessa época, guarnecerem todas as fronteiras do Império;
E - a unificação das tribos árabes pelo islamismo e sua expansão pelo território europeu, influenciadas pelo princípio da Guerra Santa.

(USP) - Universidade de São Paulo -
Questão 77: “Contemplei a plebe com 300 sestércios por cabeça, em execução do testamento de meu pai; dei em meu quinto consulado 400 sestércios; no meu décimo-primeiro consulado, distribuí doze vezes trigo comprado à minha custa; no meu décimo-segundo Poder Tribunício dei, por três vezes, 400 sestércios por cabeça.
Nunca houve menos de 250 000 indivíduos para eu beneficiar com essas liberalidades.
No ano de meu décimo-oitavo Poder Tribunício e de meu segundo consulado, dei a cada homem da plebe 60 dinheiros por cabeça. Durante o meu décimo-terceiro consulado, dei 60 dinheiros aos cidadãos inscritos no circo para divertir a plebe”.
(Suetônio, Vida dos Doze Césares)
A - O texto demonstra a continuidade da política de pão e circo na República e no Império Romano.
B - Percebemos, nas somas e quantias distribuídas, o empenho do príncipe em demonstrar sua caridade cristã.
C - O Poder Tribunício e o Poder Consular eram exercidos pela mesma pessoa e esse fato explica o poder absoluto dos governantes romanos.
D - O importante era somente a distribuição de moedas ao povo e não o trigo e os espetáculos circenses, como se diz tradicionalmente.
E - O Imperador faz questão de acentuar o caráter legal de seu poder, que advém de uma herança deixada por César.

Questão 78: “Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência? Quanto tempo ainda o teu furor ousará insultar-nos? Qual o termo onde parará essa audácia desavergonhada”?
O texto refere-se à história de Roma e pode ser identificado como sendo de:
A - César, atacando seus opositores no Senado Romano;
B - Cícero, denunciando uma conjuração de natureza social;
C - Demóstenes, advertindo sobre o imperialismo macedônico;
D - Catão, combatendo a indiferença do povo em relação às guerras púnicas;
E - Augusto, criticando a arrogância dos membros da nobreza romana.

(PUC/CAMP) - Pontifícia Universidade Católica de Campinas -
Questão 79: A civilização romana exerceu uma definida influência sobre as sociedades ulteriores.
Assinale a afirmação correta:
A - A ciência do Direito foi utilizada na Idade Média e na Época Contemporânea; países europeus incorporaram parte dela em seus códigos.
B - A arquitetura foi conservada nas igrejas luteranas.
C - A literatura romana influenciou o surgimento do Iluminismo.
D - A escultura romana do tempo de Péricles foi lembrada nas estátuas e colunas da Europa Medieval.
E - Nda.

(USP) - Universidade de São Paulo -
Questão 80: Sobre o Direito Romano, NÃO podemos afirmar que:
A - foi o mais importante legado cultural de Roma;
B - estabeleceu o conceito de jurisprudência;
C - a lei de Roma e de seus cidadãos estava incluída no “Jus Civile”;
D - o “Jus Civile” somente foi estabelecido durante o Império;
E - dividia o Direito em três grandes ramos.

(UFPR) - Universidade Federal do Paraná -
Questão 81: Nos séculos III d.C. e IV d.C., o Império Romano viveu uma fase de crise e de profundas transformações.
A respeito disso, é correto afirmar que:
1 - pela dificuldade de se encontrar mão-de-obra escrava, pois não havia mais guerras de conquistas que trouxessem escravos;
2 - pela abolição total da escravatura;
4 - pelo fato de a expansão do cristianismo ter gerado a diminuição do número de escravos – libertados por ato de piedade cristã – divulgando-se atitudes antiescravistas;
8 - pela evolução urbana – que fez da cidade o centro da vida no Império Romano – e o abandono dos campos;
16 - pela subdivisão de muitos latifúndios em pequenas propriedades, pela dificuldade de manter escravos numerosos de pouco valor, além das invasões de bárbaros seguidas de fuga de escravos.

(UFPR) - Universidade Federal do Paraná -
Questão 82: Nos séculos III d.C. e IV d.C., o Império Romano viveu uma fase de crise e de profundas transformações. A respeito disso, é correto afirmar que:
1 - as cidades do Ocidente Romano tornaram-se centros econômicos do Império em florescente processo de urbanização;
2 - antes religião perseguida, o cristianismo passou a ser aceito e veio a tornar-se a religião oficial do Império Romano, em substituição ao paganismo;
4 - os povos bárbaros invadiram o Império e se estabeleceram em seus territórios, contribuindo para a crise do mundo romano;
8 - a divisão político-administrativa do Império fez surgir o Império Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente.

(FGV/RJ) - Fundação Getúlio Vargas Rio -
Questão 83: Várias razões explicam as perseguições sofridas pelos cristãos no Império Romano, entre elas:
A - a oposição à religião do Estado Romano e a negação da origem divina do Imperador, pelos cristãos;
B - a publicação do Edito de Milão, que impediu a legalização do cristianismo e alimentou a repressão;
C - a formação de heresias, como a do Arianismo, de autoria do bispo Ário, que negava a natureza divina de Cristo;
D - a organização dos Concílios Ecumênicos, que visavam promover a definição da doutrina cristã;
E - o fortalecimento do paganismo sob o imperador Teodósio, que mandou martirizar milhares de cristãos.

(PUC-PR) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná -
Questão 84: Em 63 a.C., as tropas de Pompeu tomaram Jerusalém, ficando os judeus sob dominação romana. Na época do Império, rebeliões dos judeus contra os romanos acabaram levando à eliminação de Israel e Judá.
Neste quadro tivemos:
A - Rebeliões contra Júlio César, que deixa o Egito e esmaga os revoltosos em 59 a.C.; e contra Otávio, em 24 d.C.
B - Rebeliões em 70 d.C. e 136 d.C., nos governos de Vespasiano e Adriano, a última delas levando à dispersão total dos hebreus.
C - Rebeliões em 167 a.C., e 69 d.C., envolvendo os três grupos político-religiosos dos fariseus, saduceus e essênios.
D - Morte de meio milhão de judeus e a venda dos que escaparam ao massacre, provocando a total dispersão do que restara de Israel e Judá, em meio a rebeliões no governo de Teodósio.
E - Revolta contra Ptolomeu, Filopator, representante romano na Província da Síria, que esmagará totalmente os hebreus.

Questão 85: Quanto à História de Roma, pode-se considerar que:
A - Roma conheceu apenas duas formas de governo: República e Império.
B - na passagem da República para o Império, Roma deixou de ser uma democracia e tornou-se uma oligarquia.
C - os Irmãos Graco foram dois tribunos da plebe que lutaram pela redistribuição das terras do Estado entre os plebeus.
D - no Império Romano, todos os homens livres eram proprietários de terras.
E - no Império, os romanos viviam com base numa economia industrial.

(UP/PR) - Universidade Positivo -
Questão 86: – “As casas vacilavam depois de freqüentes e graves tremores de terra; abaladas em seus alicerces, pareciam balançar de um lado para outro. Ao ar livre, por outro lado, temia-se a queda de pedras-pomes, embora fossem leves e porosas. Foi a isto que todos preferiram depois de compararem os perigos. Quanto a meu tio, a proposta mais razoável venceu: quanto aos outros, venceu o medo maior. Colocando travesseiros sobre a cabeça, amarraram-nos com fronhas e lençóis: isto servia de proteção contra tudo que caía do alto.” (Plínio, o Jovem)
O texto se refere à erupção de um vulcão ocorrida em 79 d.C., no Império Romano. Relacionar corretamente: o nome do vulcão, uma cidade destruída e o Imperador romano da época:
A - Vesúvio, Herculano e Nero.
B - Etna, Pompéia e Vespasiano.
C - Vesúvio, Pompéia e Tito.
D - Miseno, Somma e Vespasiano.
E - Vesúvio, Pisa e Tito.

Questão 87:
Associe corretamente as colunas e assinale a alternativa correta:
I. Autoridade máxima da República romana
II. Administravam a justiça em Roma
III. Organizavam jogos e festividades públicas em Roma
IV. Autoridade máxima da Monarquia romana
V. Título de Júlio César
( ) Ditador perpétuo
( ) Senado
( ) Pretores
( ) Edis
( ) Rei
A - V - I - II - III - IV
B - V - II - III - I - IV
C - V - IV - III - II - I
D - I - IV - III - V - II
E - IV - V - I - II - III

(CEFET/PR) - Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná -
Questão 88: Eram funções básicas dos CÔNSULES, os mais importantes magistrados durante a República Romana:
A - administrar as finanças públicas;
B - administrar a justiça;
C - comandar o exército, dirigir o Estado e convocar o Senado;
D - cuidar do recenseamento dos cidadãos e da vigilância dos costumes;
E - administrar aspectos da vida da cidade de Roma como: abastecimento, festas públicas, edifícios públicos, policiamento e outros.

(UFES) - Universidade Federal do Espírito Santo -
Questão 89: Na administração da Roma Antiga, o pretor era encarregado de:
A - chefiar os exércitos nas campanhas militares;
B - promover o censo qüinqüenal;
C - fiscalizar a execução orçamentária;
D - ministrar justiças;
E - zelar pelo abastecimento.

(FGV/RJ) - Fundação Getúlio Vargas Rio -
Questão 90: A expansão de Roma durante a república, com o conseqüente domínio da bacia do Mediterrâneo, provocou sensíveis transformações sociais e econômicas, dentre as quais:
A - marcado processo de industrialização, êxodo urbano, endividamento do Estado.
B - fortalecimento da classe plebéia, expansão da pequena propriedade, propagação do cristianismo.
C - crescimento da economia agro-pastoril, intensificação das exportações e aumento do trabalho livre.
D - enriquecimento do Estado romano, aparecimento de uma poderosa classe de comerciantes, aumento do número de escravos.
E - diminuição da produção nos latifúndios, acentuado processo inflacionário, escassez de mão-de-obra escrava.

Questão 91:
Uma das mais importantes contribuições dos romanos para a posteridade foi o Direito. Sobre a famosa “Lei das Doze Tábuas”, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta:
I. Trata-se de lei editada no período de Júlio César.
II. Considera-se a primeira lei escrita e sistematizada do Direito Romano.
III. Permitia o casamento entre patrícios e plebeus.
IV. Foi elaborada pelos decênviros.
V. Admitia, ainda, a pena de Talião.
Estão corretas as afirmativas:
A - I, III, IV;
B - II, IV, V;
C - I, IV, V;
D - II, III, V;
E - II e III.

(PUC-SP) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo -
Questão 92: A monarquia romana terminou quando:
A - os bárbaros invadiram Roma, em 476;
B - o Senado atribuiu a Otávio o título de imperador;
C - Teodósio dividiu o império entre seus dois filhos, em 395 d.C.;
D - Tarquínio o Soberbo foi deposto pelos patrícios;
E - Ocorreu a oficialização do cristianismo, pelo Edito de Tessalônica.

(ULBRA/RS) - Universidade Luterana do Brasil -
Questão 93:
Em ano de eleição discute-se a importância das instituições que alicerçam a organização política brasileira. A república é sempre lembrada como fundamento de explicação para as características políticas do nosso país. Na história, a República é estudada como fazendo parte do desenvolvimento das relações políticas do mundo romano. Sobre a organização da República romana, podemos dizer que:
I. o cargo de senador era vitalício, implicando ações consultivas, legislativas e administrativas, no aspecto tocante as províncias;
II. inicialmente os plebeus eram discriminados quanto a participação nas questões do Estado romano, porém com a ação de revoltas conseguiram o tribunato da plebe, que lhes garantia o reconhecimento de sua importância social;
III. o presidente da República era empossado após um plebiscito, articulado em todas as províncias e organizado pela Sátrapa que possuísse a maior graduação da península.
Assinale a alternativa correta:
A - Apenas a proposição I está correta.
B - Apenas as proposições I e II estão corretas.
C - Apenas as proposições I e III estão corretas.
D - Apenas as proposições II e III estão corretas.
E - As proposições I, II e III estão corretas.

(UFRGS) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul -
Questão 94:
O assunto tratado na revista em quadrinhos Asterix diz respeito à relação entre romanos e:
A - germanos, no século IV d.C.
B - gauleses, no século I a.C.
C - anglo-saxões, no século II d.C.
D - etruscos, no século IV a.C.
E - gregos, no século I d.C.

(UFBA) - Universidade Federal da Bahia -
Questão 95:
Os Romanos mostraram-se extraordinariamente inventivos no domínio do urbanismo. As "cidades novas", construídas durante a época imperial, muitas vezes a partir de acampamentos militares, espalharam a ordem romana até aos confins do Império. Esta concepção de cidade planejada, edificada com uma finalidade muito concreta e, por vezes, quase simultaneamente em cada uma das suas partes, só a voltaremos a encontrar no século XX.
(UPJOHN et al., p. 48)
Com base na análise do texto e nos conhecimentos sobre a arquitetura na Antigüidade Oriental e na Clássica, pode-se afirmar:
1 - A arquitetura romana concentrou-se na construção de edifícios com finalidade religiosa, descuidando-se das obras de infra-estrutura e de atendimento às necessidades das populações urbanas.
2 - As cidades romanas do Período Imperial obedeciam a modelos urbanísticos voltados para "finalidade muito concreta", enquanto as cidades-estado da Grécia e da Fenícia funcionavam para atender ao conjunto de ações necessárias ao exercício da vida social.
4 - A sobrevivência, até os dias atuais, de templos e palácios construídos pelos gregos e pelos egípcios decorre do uso de materiais resistentes e da aplicação de princípios arquitetônicos científicos conhecidos na época, fazendo-os resistir à ação do tempo e dos homens.
8 - A sobrevivência, até os dias atuais, de templos e palácios construídos pelos gregos e pelos egípcios decorre do uso de materiais resistentes e da aplicação de princípios arquitetônicos científicos conhecidos na época, fazendo-os resistir à ação do tempo e dos homens.
16 - A arquitetura romana expressava o caráter burocrático e pragmático da cultura dominante, enquanto a arquitetura grega se voltava para a representação dos elementos que fundamentavam sua mitologia e sua concepção de mundo.
32 - As catedrais de Colônia, na Alemanha, e de Notre Dame, em Paris, representam a arte gótica que predominou na Europa Medieval e reproduzem os princípios arquitetônicos construídos pelos gregos e pelos romanos.

(UFJF/MG) - Universidade Federal de Juiz de Fora -
Questão 96:
Sobre o sistema político de Roma no período republicano, assinale a alternativa incorreta:
A - A estrutura administrativa inicialmente criada garantiu aos patrícios o controle sobre os principais cargos públicos da cidade.
B - A organização de movimentos sociais e de uma série de leis escritas, a partir do século V a.C., limitaram fortemente os direitos dos plebeus que constituíam a maior parte da população.
C - O Senado era a instituição política mais importante do período, estando entre as suas atribuições principais: a elaboração de leis, a condução da política externa e das finanças públicas.
D - O sistema previa a divisão de poderes, como por exemplo, as magistraturas, que tinham seus integrantes renovados periodicamente.
E - O século I a.C. foi marcado por uma ampla crise política, representada pelo esgotamento do sistema republicano e pelo fortalecimento do poder pessoal, manifesto nos sucessivos confrontos entre importantes generais.

(UFPE) - Universidade Federal de Pernambuco -
Questão 97:
Em uma casa romana aristocrática, habitada pelo pai da família, sua mulher, esposa em justas bodas, filhos, filhas, escravos e ex-escravos libertos, cada um tinha seu papel definido. Sobre os costumes das filhas de uma família aristocrática romana, é correto afirmar que:
A - a jovem herdava o orgulho do pai, acrescido da fortuna que lhe cabia, a qual geralmente não era transmitida ao marido;
B - em geral, as filhas de um nobre romano não tinham direitos iguais aos filhos homens que herdavam mais bens patrimoniais;
C - cabia ás filhas da nobreza romana apenas a clientela pertencente à sua estirpe;
D - em caso de morte dos pais, as jovens aristocráticas solteiras não poderiam comandar uma casa romana; elas só mantinham suas posições de poder através de casamentos;
E - ligações amorosas ou casamentos com viúvas da aristocracia romana eram proibidos pela legislação romana, fundamentada no pátrio poder.

(UERGS) - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul -
Questão 98:
No contexto das Guerras Púnicas, Roma sofreu em Canas a mais sombria das derrotas. A desforra viria tempos depois, quando Cipião o Africano emprestou seu gênio às legiões, levando-as à vitória. Aliás, os conflitos púnicos entre romanos e cartagineses tiveram como causa principal:
A - a invasão de Roma por Aníbal Barca, depois de cruzar os Alpes;
B - a disputa pela posse estratégica do Mediterrâneo;
C - o secular ódio que nutriam os romanos pelos povos semitas;
D - a ameaça que representava para Roma a concentração de povos guerreiros ao norte;
E - o estímulo cartaginês a rebeliões de escravos romanos contra os seus senhores.

(UCS/RS) - Universidade de Caxias do Sul -
Questão 99:
Após as Guerras Púnicas (264 - 146 a.C.) - Conflito entre Roma e Cartago pela disputa comercial do Mediterrâneo -, os romanos abriram caminho para a dominação de regiões do Mediterrâneo Ocidental (Gália, Península Ibélica) e Oriental (Macedônia, Grécia, Ásia Menor). O Mar Mediterrâneo foi inteiramente controlado pelos romanos, que o chamavam de mare nostrum ("nosso mar"). A expansão romana foi acompanhada de importantes transformações econômicas, sociais, políticas e culturais. Entre elas destacam-se:
A - o fortalecimento do sistema assalariado, o enfraquecimento dos cavaleiros, a consolidação das instituições republicanas e a adoção dos deuses gregos com nomes latinos;
B - o fim do trabalho escravo, a concentração populacional no campo, o desaparecimento dos latifúndios e a mudança no estilo de vida romano, que se tornou mais simples e sóbrio;
C - o crescimento do escravismo, o empobrecimento da plebe, o desenvolvimento do comércio, o fortalecimento dos chefes militares e o enfraquecimento das instituições republicanas;
D - o abandono dos centros urbanos, a adoção do trabalho servil, a ruralização da produção e o fortalecimento dos chefes militares e das instituições republicanas;
E - o aumento do trabalho escravo, a implantação de minifúndios, a instabilidade política interna, o fortalecimento da família e o enfraquecimento dos chefes militares.

(UESC/BA) - Universidade Estadual de Santa Cruz -
Questão 100:
Seja qual for a cidade, o fato fundamental da sociedade do Império Romano é a convicção de que existe uma distância social intransponível entre os notáveis "bem-nascidos" e seus inferiores (...) As classes superiores procuram diferenciar-se das inferiores através de um estilo de cultura e vida moral cuja mensagem mais vibrante é que não pode ser partilhado pelos outros.
(Veyne (org.), p. 230)
A distância social referida no texto relaciona-se à distinção entre:
A - romanos e bárbaros;
B - bárbaros e guerreiros;
C - sacerdotes e guerreiros;
D - cidadãos patrícios e plebeus;
E - tribunos da plebe e sacerdotes.

Questão 101. As “Guerras Civis” na Roma republicana foram provocadas pela (o) :
a) Assassinato dos irmãos Graco, dividindo os romanos em dois partidos
b) Ascensão dos homens novos e militares e marginalização da plebe
c) Insistência dos cristãos contra a escravidão e o culto ao imperador
d) Tentativa de Julio César de tornar-se imperador
e) Disputa política envolvendo os membros dos dois Triunviratos

Questão 102. Durante o Baixo Império, o império romano viveu grande decadência, determinada principalmente pela (o) :
a) Retração das guerras, responsável pela diminuição do afluxo de riquezas, crise do escravismo e da própria produção
b) Crise do comércio romano pelo Mediterrâneo, dado a ocupação realizada pelos povos bárbaros
c) Adesão imperador Constantino ao cristianismo, diminuindo a força do paganismo
d) Guerra civil envolvendo patrícios e plebeus, determinando a decadência da produção agrícola
e) Édito do máximo, responsável pela ilimitação da produção agrícola e importação de escravos

Questão 103. (PUC) A religião romana assemelhava-se à grega porque ambas:
a) tinham como centro a crença na vida futura
b) condenavam as injustiças sociais
c) tinham objetivos nitidamente políticos
d) eram apoiadas por uma forte classe sacerdotal
e) eram terrenas e práticas, sem conteúdo espiritual e ético

Questão 104. Roma, de simples cidade-estado, transformou-se na capital do país e mais duradouro dos impérios conhecidos. Assinale a alternativa diretamente relacionada com o declínio e queda do império Romano:
a) Redução considerável dos tributos e abolição do poder despótico do tipo oriental.
b) Triunfo do cristianismo e urbanização do campo.
c) Barbarização do exército e crise no modo de produção escravista.
d) Estabilização das fronteiras e crescente oferta de mão-de-obra.
e) Ensino democrático dos estóicos e aumento dos privilégios das classes superiores.

Questão 105. (OSEC) Sobre a ruralização da economia ocorrida durante a crise do Império Romano, podemos afirmar que:
a) foi a causa principal da falta de escravos
b) incentivou o crescimento do comércio
c) proporcionou às cidades o aumento de suas riquezas
d) proporcionou ao Estado a oportunidade de cobrar mais eficientemente os impostos
e) foi conseqüência da crise econômica e da insegurança provocada pelas invasões dos bárbaros

Questão 106. O modo de produção asiático foi marcado pela formação de comunidades primitivas caracterizadas pela posse coletiva de terra e organizadas sobre relações de parentesco. Sobre essa estrutura é correto:
a) As relações comunitárias de produção impediram o desenvolvimento do comércio e da mineração na Antiguidade Oriental
b) Os povos que não vivam próximos aos grandes rios não se desenvolveram e tenderam a desaparecer
c) Neste sistema verifica-se a passagem da economia de predação para uma economia de produção, quando o homem começa a plantar
d) O Estado controlava o uso dos recursos econômicos essenciais, extraindo uma parcela de trabalho e da produção das comunidades que controlava
e) O fator condicionante dessa situação foi o meio geográfico, responsável pela pequena produtividade

Questão 107. (FUVEST) A civilização ocidental contemporânea apresenta traços marcantes que revelam o legado cultural da civilização romana. Indique e comente dois traços.
a) O idioma usado pelos romanos - o latim - que deu origem às chamadas línguas polilatinas, e o Direito Romano, que constituiu a base da legislação ocidental
b) O idioma usado pelos romanos - o latim - que deu origem às chamadas línguas neolatinas, e o Direito Romano, que constituiu a base da legislação ocidental
c) O idioma usado pelos romanos - o italiano - que deu origem às chamadas línguas neolatinas, e o Direito Romano, que constituiu a base da legislação ocidental
d) n.d.a.

Questão 108. No decorrer do último século de República em Roma, as conquistas se ampliaram, o exército passou a ser permanente e tornou-se profissional, o que foi fundamental para:
a) Preservar as culturas políticas, limitando as conquistas realizadas pela plebe
b) A ascensão dos militares ao poder, e conseqüentemente para decadência do Senado
c) Consolidar as instituições republicanas, impossibilitando o retorno à monarquia
d) A realização das guerras civis, contra os plebeus, impedindo a reforma agrária.

Questão 109. Entre os séculos IV e V os pequenos proprietários arruinaram0se e buscaram a proteção dos grandes latifundiários. Surgiu assim o Patrocínio, instituição pela qual, em troca de proteção, um homem livre obrigava-se a cultivar um grande lote de terra para um grande proprietário. Grande parte da mão-de-obra foi recrutada entre os “bárbaros”, que invadiam as fronteiras do Império. O texto retrata
a) A abertura das fronteiras romanas aos povos germânicos
b) O surgimento do colonato e das Villae, com economia natural
c) A consolidação do sistema escravista de produção
d) A principal forma de salvação do Império
e) A barbarização do exército e anarquia militar

Questão 110. (OSEC) Quanto à história de Roma, pode-se considerar que:
a) no Império Romano, todos os homens livres - os cidadãos - eram proprietários de terras
b) no Império Romano, a base da economia era o comércio e a indústria
c) na passagem da República para o Império, Roma deixou de ser uma democracia e transformou-se numa oligarquia
d) os irmãos Tibério e Caio Graco foram dois tribunos da plebe que lutaram pela redistribuição das terras do Estado (ager publicus) entre todos os cidadãos romanos
e) Roma conheceu apenas dois regimes políticos: a República e o Império


GABARITO:
questão 1: A, C
questão 2: E
questão 3: 17
questão 4: D
questão 5: E
questão 6: C
questão 7: C
questão 8: D
questão 9: B
questão 10: D
questão 11: A
questão 12: D
questão 13: 11
questão 14: C
questão 15: A
questão 16: C
questão 17: A
questão 18: D
questão 19: C
questão 20: A
questão 21: D
questão 22: E
questão 23: E
questão 24: C
questão 25: C
questão 26: E
questão 27: C
questão 28: E
questão 29: D
questão 30: B
questão 31: C
questão 32: E
questão 33: A
questão 34: 43
questão 35: C
questão 36: C
questão 37: A
questão 38: B
questão 39:
questão 40: C
questão 41: A
questão 42: B
questão 43: C
questão 44: C
questão 45: C
questão 46: C
questão 47: D
questão 48: C
questão 49: E
questão 50: C
questão 51: A
questão 52: A, B
questão 53: C
questão 54: C
questão 55: C
questão 56: B
questão 57: B
questão 58: E
questão 59: E
questão 60: 17
questão 61: E
questão 62: A
questão 63: A
questão 64: B
questão 65: E
questão 66: C
questão 67: B
questão 68: A
questão 69: E
questão 70: A
questão 71: C
questão 72: 7
questão 73: B
questão 74: C
questão 75: B
questão 76: E
questão 77: E
questão 78: B
questão 79: A
questão 80: D
questão 81: 5
questão 82: 14
questão 83: A
questão 84: B
questão 85: C
questão 86: C
questão 87: A
questão 88: C
questão 89: D
questão 90: D
questão 91: B
questão 92: d
questão 93: b
questão 94: b
questão 95: 30
questão 96: b
questão 97: a
questão 98: b
questão 99: c
questão 100: d
questão 101: b
questão 102: a
questão 103: e
questão 104: c
questão 105: e
questão 106: d
questão 107: b
questão 108: b
questão 109: a
questão 110: d

____________________________________________________________________________

A Civilização Romana

Questões:
1. Roma, de simples cidade-estado, transformou-se na capital do país e mais duradouro dos impérios conhecidos. Assinale a alternativa diretamente relacionada com o declínio e queda do império Romano:

a) Triunfo do cristianismo e urbanização do campo.
b) Redução considerável dos tributos e abolição do poder despótico do tipo oriental.
c) Barbarização do exército e crise no modo de produção escravista.
d) Ensino democrático dos estóicos e aumento dos privilégios das classes superiores.
e) Estabilização das fronteiras e crescente oferta de mão-de-obra.

 
2. 
O modo de produção asiático foi marcado pela formação de comunidades primitivas caracterizadas pela posse coletiva de terra e organizadas sobre relações de parentesco. Sobre essa estrutura é correto:

a) O Estado controlava o uso dos recursos econômicos essenciais, extraindo uma parcela de trabalho e da produção das comunidades que controlava.

b) Neste sistema verifica-se a passagem da economia de predação para uma economia de produção, quando o homem começa a plantar.

c) O fator condicionante dessa situação foi o meio geográfico, responsável pela pequena produtividade.

d) As relações comunitárias de produção impediram o desenvolvimento do comércio e da mineração na Antiguidade Oriental.

e) Os povos que não vivam próximos aos grandes rios não se desenvolveram e tenderam a desaparecer.


3. As “Guerras Civis” na Roma republicana foram provocadas pela (o):

a) Tentativa de Julio César de tornar-se imperador.
b) Ascensão dos homens novos e militares e marginalização da plebe.
c) Assassinato dos irmãos Graco, dividindo os romanos em dois partidos.
d) Insistência dos cristãos contra a escravidão e o culto ao imperador.
e) Disputa política envolvendo os membros dos dois Triunviratos.

 
4.
 Entre os séculos IV e V os pequenos proprietários arruinaram0se e buscaram a proteção dos grandes latifundiários. Surgiu assim o Patrocínio, instituição pela qual, em troca de proteção, um homem livre obrigava-se a cultivar um grande lote de terra para um grande proprietário. Grande parte da mão-de-obra foi recrutada entre os “bárbaros”, que invadiam as fronteiras do Império. O texto retrata:

a) A barbarização do exército e anarquia militar.
b) A principal forma de salvação do Império.
c) A abertura das fronteiras romanas aos povos germânicos.
d) A consolidação do sistema escravista de produção.
e) O surgimento do colonato e das Villae, com economia natural.

 
5.
 No decorrer do último século de República em Roma, as conquistas se ampliaram, o exército passou a ser permanente e tornou-se profissional, o que foi fundamental para:

a) A realização das guerras civis, contra os plebeus, impedindo a reforma agrária.
b) Conter as invasões bárbaras que ameaçavam as fronteiras ao norte.
c) Preservar as culturas políticas, limitando as conquistas realizadas pela plebe.
d) A ascensão dos militares ao poder, e conseqüentemente para decadência do Senado.
e) Consolidar as instituições republicanas, impossibilitando o retorno à monarquia.


06. Durante o Baixo Império, o império romano viveu grande decadência, determinada principalmente pela (o):

a) Retração das guerras, responsável pela diminuição do afluxo de riquezas, crise do escravismo e da própria produção.

b) Adesão imperador Constantino ao cristianismo, diminuindo a força do paganismo.

c) Guerra civil envolvendo patrícios e plebeus, determinando a decadência da produção agrícola.

d) Édito do máximo, responsável pela ilimitação da produção agrícola e importação de escravos.

e) Crise do comércio romano pelo Mediterrâneo, dado a ocupação realizada pelos povos bárbaros.


07. (FUVEST) A civilização ocidental contemporânea apresenta traços marcantes que revelam o legado cultural da civilização romana. Indique e comente dois traços.


08. (OSEC) Quanto à história de Roma, pode-se considerar que:

a) Roma conheceu apenas dois regimes políticos: a República e o Império;
b) na passagem da República para o Império, Roma deixou de ser uma democracia e transformou-se numa
oligarquia;
c) os irmãos Tibério e Caio Graco foram dois tribunos da plebe que lutaram pela redistribuição das terras
do Estado (ager publicus) entre todos os cidadãos romanos;
d) no Império Romano, todos os homens livres - os cidadãos - eram proprietários de terras;
e) no Império Romano, a base da economia era o comércio e a indústria.


09. (OSEC) Sobre a ruralização da economia ocorrida durante a crise do Império Romano, podemos afirmar que:

a) foi conseqüência da crise econômica e da insegurança provocada pelas invasões dos bárbaros;
b) foi a causa principal da falta de escravos;
c) proporcionou ao Estado a oportunidade de cobrar mais eficientemente os impostos;
d) incentivou o crescimento do comércio;
e) proporcionou às cidades o aumento de suas riquezas.


10. (PUC) A religião romana assemelhava-se à grega porque ambas:

a) tinham objetivos nitidamente políticos;
b) eram terrenas e práticas, sem conteúdo espiritual e ético;
c) eram apoiadas por uma forte classe sacerdotal;
d) condenavam as injustiças sociais;
e) tinham como centro a crença na vida futura.
 
Resolução:
01. C02. A03. B
04. C05. D06. A
07. O idioma usado pelos romanos - o latim - que deu origem às chamadas línguas neolatinas, e o Direito Romano, que constituiu a base da legislação ocidental.
08. C  09. A   10. B

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Roma Antiga: Questões de Vestibulares




1. Na Roma Antiga, a expressão "até tu Brutus?" foi atribuída a Júlio César que, de acordo com fontes históricas, a teria proferido no momento de seu assassinato, em 44 a.C. Nesse contexto da história de Roma, Júlio César tornou-se conhecido porque 
a) iniciou o processo de expansão romana, desencadeando as chamadas guerras púnicas, por meio das quais Roma se converteu em potência marítima. 
b) criou o primeiro código escrito, denominado "Leis das Doze Tábuas", que tratava de assuntos referentes ao Direito Civil e ao Direito Penal. 
c) adquiriu grandes poderes e privilégios especiais, como os títulos de ditador perpétuo e de censor vitalício, suscitando lutas políticas pelo poder, sobretudo no Senado Romano. 
d) contribuiu, com as suas leis abolicionistas, para crise geral do escravismo romano, que abalou as atividades agrícolas de todo o Império Romano. 
e) propôs à Assembleia Romana o seu projeto de reforma agrária, limitando a ocupação de terras públicas aos cidadãos romanos. 

2. (Fuvest) "A história da Antiguidade Clássica é a história das cidades, porém, de cidades baseadas na propriedade da terra e na agricultura." 
(K. Marx. "Formações econômicas pré-capitalistas.") 

Em decorrência da frase de Marx, é correto afirmar que 
a) os comerciantes eram o setor urbano com maior poder na Antiguidade, mas dependiam da produção agrícola. 
b) o comércio e as manufaturas eram atividades desconhecidas nas cidades em torno do Mediterrâneo. 
c) as populações das cidades greco-romanas dependiam da agricultura para a acumulação de riqueza monetária. 
d) a sociedade urbana greco-romana se caracterizava pela ausência de diferenças sociais. 
e) os privilégios dos cidadãos das cidades gregas e romanas se originavam da condição de proprietários rurais. 

3. (Fatec) A expansão romana pelo Mar Mediterrâneo gerou importantes transformações políticas, econômicas e sociais. 
Dentre elas temos: 
a) fortalecimento da família; desenvolvimento das atividades agropastoris; grande afluxo de riquezas, provenientes das conquistas. 
b) aumento do trabalho livre; maior concentração populacional nos campos e enriquecimento da elite patrícia. 
c) influência bastante grande da cultura grega; domínio político dos plebeus; grande moralização dos costumes. 
d) fim do trabalho escravo; concentração da plebe no campo; domínio político dos militares. 
e) grande número de escravos; predomínio do comércio; êxodo rural, gerando o empobrecimento da plebe. 

4. (Fgv) O Edito de Milão (313), no processo de desenvolvimento histórico de Roma, reveste-se de grande significado, tendo em vista que 
a) combateu a heresia ariana, acabando com a força política dos bispados de Alexandria e Antioquia. 
b) tornou o cristianismo a religião oficial de todo Império Romano, terminando com a concepção de rei-deus. 
c) acabou inteiramente com os cultos pagãos que então dominavam a vida religiosa. 
d) deu prosseguimento à política de Deocleciano de intenso combate à expansão do cristianismo. 
e) proclamou a liberdade do culto cristão passando Constantino a ser o protetor da Igreja. 

5. (Fgv) Com a expansão do poder romano [sob a República], tornou-se enorme a diferença entre a pequena cidade nascida às margens do Tibre e a Roma todo-poderosa, agora senhora do Mediterrâneo. A economia, a política, a vida social e religiosa dos romanos passaram por profundas modificações. 
(José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti, "Toda a História") 

Entre as modificações que se pode identificar está 
a) a prosperidade do conjunto da plebe, maior beneficiária da ampliação do mercado consumidor em função das províncias conquistadas. 
b) a disseminação da pequena propriedade, com a distribuição da terra conquistada aos legionários, maiores responsáveis pela expansão. 
c) a crescente influência cultural dos povos conquistados, em especial os gregos, alterando as práticas religiosas romanas. 
d) o enrijecimento moral de toda a sociedade, que passou a não mais tolerar as bacanais - festas em honra ao deus Baco. 
e) a criação e consolidação do colonato como base da economia romana e sua disseminação pelas margens do mar Mediterrâneo. 

6. (Fuvest) A expansão de Roma durante a República, com o consequente domínio da bacia do Mediterrâneo, provocou sensíveis transformações sociais e econômicas, dentre as quais: 
a) marcado processo de industrialização, êxodo urbano, endividamento do Estado. 
b) fortalecimento da classe plebeia, expansão da pequena propriedade, propagação do cristianismo. 
c) crescimento da economia agropastoril, intensificação das exportações, aumento do trabalho livre. 
d) enriquecimento do Estado romano, aparecimento de uma poderosa classe de comerciantes, aumento do número de escravos. 
e) diminuição da produção nos latifúndios, acentuado processo inflacionário, escassez de mão-de-obra escrava. 

7. (Fuvest) Várias razões explicam as perseguições sofridas pelos cristãos no Império Romano, entre elas: 
a) a oposição à religião do Estado Romano e a negação da origem divina do Imperador, pelos cristãos. 
b) a publicação do Edito de Milão que impediu a legalização do Cristianismo e alimentou a repressão. 
c) a formação de heresias como a do Arianismo, de autoria do bispo Ário, que negava a natureza divina de Cristo. 
d) a organização dos Concílios Ecumênicos, que visavam promover a definição da doutrina cristã. 
e) o fortalecimento do Paganismo sob o Imperador Teodósio, que mandou martirizar milhares de cristãos. 

8. (Mackenzie) A ruralização econômica do Império Romano do Ocidente (do século III ao V d.C.) NÃO teve como consequência: 
a) o rebaixamento de muitos homens livres à condição de colonos que se tornaram presos à terra. 
b) o surgimento do colonato, que se constituiu no arrendamento de terras aos camponeses. 
c) o latifúndio, principal unidade de produção, tornou-se quase autossuficiente. 
d) o aumento do afluxo de escravos para Roma, que dinamizou a expansão da economia agrícola. 
e) o campo tornou-se mais seguro que as cidades, em decorrência das desordens político-sociais e da crise econômica. 

9. (Mackenzie) Leia o texto: 

"Os homens que combatem e morrem pela Itália têm o ar, a luz e mais nada (...). Lutam e perecem para sustentar a riqueza e o luxo de outro, mas embora sejam chamados senhores do mundo, não têm um único torrão de terra que seja seu." 
(Tibério Graco - Perry Anderson, PASSAGEM DA ANTIGÜIDADE AO FEUDALISMO, pág. 60) 

Os irmãos Tibério e Caio Graco, Tribunos da Plebe romana, pretendiam: 
a) limitar a área de terras públicas (Ager Publicus) ocupadas por particulares e distribuir as mesmas aos cidadãos pobres. 
b) limitar a área de latifúndios e distribuir as terras públicas aos Patrícios. 
c) limitar o direito de cidadania romana aos habitantes do Lácio, Etrúria e Sabínia. 
d) limitar a excessiva expansão territorial derivada de uma prolongada política de conquista e anexação de terras. 
e) limitar a expropriação dos latifúndios e estabelecer propriedades coletivas. 

10. (Mackenzie) As Guerras Púnicas, conflitos entre Roma e Cartago, no século II a.C., foram motivadas: 
a) pela disputa pelo controle do comércio no Mar Negro e posse das colônias gregas. 
b) pelo controle das regiões da Trácia e Macedônia e o monopólio do comércio no Mediterrâneo. 
c) pelo domínio da Sicília e disputa pelo controle do comércio no Mar Mediterrâneo. 
d) pela divisão do Império Romano entre os generais romanos e a submissão de Siracusa a Cartago. 
e) pelo conflito entre o mundo romano em expansão e o mundo bárbaro persa. 

11. (Mackenzie) Durante a República Romana, a conquista da igualdade civil e política, os tribunos da plebe e a lei das Doze tábuas foram decorrentes: 
a) da marginalização política, discriminação social e desigualdade econômica que afetavam a plebe romana. 
b) da crise do sistema escravista de produção, transformando escravos em colonos e consequente declínio da agricultura. 
c) do elevado poder do exército, que para conter a pressão das invasões bárbaras realizou reformas político-administrativas. 
d) do afluxo de riqueza para Roma devido às conquistas e enfraquecimento da classe equestre. 
e) da elevação do cristianismo que pregava a igualdade de todos os homens. 

12. (Puccamp) Sobre os primitivos habitantes da Itália, pode-se afirmar que os: 
a) italiotas acomodaram-se no Sul da Itália, onde desenvolveram povoados. 
b) gregos ocuparam a parte Central da Península, subdividindo-se em vários clãs. 
c) etruscos, provavelmente originários da Ásia, ocuparam o Norte da Península. 
d) lígures fixaram-se ao Sul combatendo ferrenhamente os etruscos. 
e) sículos penetraram na Península através da cadeia dos Alpes e ocuparam o Norte. 

13. (Pucpr) A importância de Otávio Augusto em Roma antiga, concentra-se principalmente no seu esforço para: 
a) solucionar a crise agrícola decorrente da falta de pequenas propriedades. 
b) vencer as guerras púnicas, trazendo paz para a sociedade romana. 
c) estruturar um império com governo centralizado, apoiado em instituições republicanas. 
d) impedir que as reformas introduzidas pelos Gracos alterassem a estrutura agrária de Roma. 
e) favorecer a expansão do cristianismo, conciliando seus princípios com a filosofia romana. 

14. (Ufg) O governo da República romana estava dividido em três corpos tão bem equilibrados em termos de direitos que ninguém, mesmo sendo romano, poderia dizer, com certeza, se o governo era aristocrático, democrático ou monárquico. Com efeito, a quem fixar a atenção no poder dos cônsules a constituição romana parecerá monárquica; a quem fixá-la no Senado ela mais parecerá aristocrática e a quem fixar no poder do povo ela parecerá claramente democrática. 
(POLÍBIOS. "Historia". Brasília: Ed. da UnB, 1985. Livro VI, 11. p. 333.) 

Políbios descreve a estrutura política da República romana (509-27 a. C.), idealizando o equilíbrio entre os poderes. Não obstante, a prática política republicana caracterizou- se pela 
a) organização de uma burocracia nomeada a partir de critérios censitários, isto é, de acordo com os rendimentos. 
b) manutenção do caráter oligárquico com a ordem equestre dos "homens novos" assumindo cargos na administração e no exército. 
c) adoção da medida democrática de concessão da cidadania romana a todos os homens livres das províncias conquistadas. 
d) administração de caráter monárquico com o poder das assembleias baseado no controle do exército e da plebe. 
e) preservação do caráter aristocrático dos patrícios que controlaram o Senado, a Assembleia centuriata e as magistraturas. 

15. (Ufrn) Sidônio Apolinário, aristocrata da Gália romana, escrevendo a um amigo, num período de grandes transformações culturais, assim se expressou: 

O vosso amigo Eminêncio, honrado senhor, entregou uma carta por vós ditada, admirável no estilo [...]. A língua romana foi há muito tempo banida da Bélgica e do Reno; mas se o seu esplendor sobreviveu de qualquer maneira, foi certamente convosco; a nossa jurisdição entrou em decadência ao longo da fronteira, mas enquanto viverdes e preservardes a vossa eloquência, a língua latina permanecerá inabalável. Ao retribuir as vossas saudações o meu coração alegra-se dentro de mim por a nossa cultura em desaparição ter deixado tais traços em vós [...]. 
Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. "História da Idade Média: textos e testemunhas". São Paulo: Editora UNESP, 2000. p. 42-43. 

A opinião contida no fragmento da carta está diretamente relacionada às 
a) invasões dos territórios do Império Romano pelos povos germânicos, provocando mudanças nas instituições imperiais. 
b) influências da cultura grega sobre a latina após a conquista da Grécia pelos romanos e sua anexação ao Império. 
c) vitórias dos romanos sobre Cartago nas chamadas Guerras Púnicas (264-146 a. C.), impondo a cultura do Império a todo o norte da África. 
d) crises que se abateram sobre o Império Romano depois do governo de Marco Aurélio (161-180 d. C.), quando o exército passou a controlar o poder. 

16. (Ufscar) Quando a notícia disto chegou ao exterior, explodiram revoltas de escravos em Roma (onde 150 conspiraram contra o governo), em Atenas (acima de 1.000 envolvidos), em Delos e em muitos outros lugares. Mas os funcionários governamentais logo as suprimiram nos diversos lugares com pronta ação e terríveis torturas como punição, de modo que outros que estavam a ponto de revoltar- se caíram em si. 
(Diodoro da Sicília, sobre a Guerra Servil na Sicília. 135-132 a.C.) 

É correto afirmar que as revoltas de escravos na Roma Antiga eram 
a) lideradas por senadores que lutavam contra o sistema escravista. 
b) semelhantes às revoltas dos hilotas em Esparta. 
c) provocadas pela exploração e maltratos impostos pelos senhores. 
d) desencadeadas pelas frágeis leis, que deixavam indefinida a situação de escravidão. 
e) pouco frequentes, comparadas com as que ocorreram em Atenas no tempo de Sólon. 

17. (Ufv) A respeito das classes que compunham a sociedade romana na Antiguidade, é CORRETO afirmar que: 
a) os "plebeus" podiam casar-se com membros das famílias patrícias, forma pela qual conseguiam quitar suas pendências de terra e dinheiro, conseguindo assim certa ascensão social. 
b) os "plebeus" compunham a classe formada pelos camponeses, artesãos e alguns que conseguiam enriquecer-se por meio do comércio, atividade que lhes era permitida. 
c) os "clientes" eram estrangeiros acolhidos pelos patrícios e transformados em escravos, quando sua conduta moral não condizia com a de seus protetores. 
d) os "patrícios" foram igualados aos plebeus, durante a democracia romana, quando da revolta dos clientes, que lutaram contra a exclusão social da qual eram vítimas. 
e) os "escravos" por dívida eram o resultado da transformação de qualquer romano em propriedade de outrem, o que ocorria para todos que violassem a obrigação de pagar os impostos que sustentavam o Estado expansionista. 

18. (Unaerp) Na história de Roma, o século III da era cristã é considerado o século das crises. Foi nesse período que: 
a) As tensões geradas pelas conquistas se refletiram nas contendas políticas, criaram um clima de constantes agitações, promovendo desordens nas cidades. 
b) O exército entrou em crise e deixou de ser o exército de cidadãos proprietários de terras. 
c) O império romano começou a sofrer a terrível crise do trabalho escravo, base principal de sua riqueza. 
d) Os soldados perderam a confiança no Estado e tornaram-se fiéis a seus generais partilhando com eles os espólios de guerra. 
e) Os conflitos pela posse da terra geraram a Guerra Civil. 

19. (Unesp) "O vínculo entre os legionários e o comandante começou progressivamente a assimilar-se ao existente entre patrão e cliente na vida civil: a partir da época de Mário e Sila, os soldados procuravam os seus generais para a reabilitação econômica e os generais usavam os soldados para incursões políticas." 
(Perry Anderson, "PASSAGEM DA ANTIGUIDADE AO FEUDALISMO".) 

O texto oferece subsídios para a compreensão: 
a) da crise da República romana. 
b) da implantação da monarquia etrusca. 
c) do declínio do Império Romano. 
d) da ascensão do Império Bizantino. 
e) do fortalecimento do Senado. 

20. (Unifesp) Fomos em busca dos homens fugidos de nosso povoado e descobrimos que cinco deles e suas famílias estavam nas terras de Eulogio, mas os homens deste senhor impediram nos com violência de nos aproximar da entrada do domínio. 
(Egito romano, em 332 d.C.)
... os colonos não têm liberdade para abandonar o campo ao qual estão atados por sua condição e seu nascimento. Se dele se afastam em busca de outra casa, devem ser devolvidos, acorrentados e castigados. 
(Valentiniano, em 371 d.C.) 

Os textos mostram a 
a) capacidade do Império romano de controlar a situação no campo, ao levar a cabo a política de transformar os escravos em colonos presos à terra. 
b) luta de classes, entre camponeses e grandes proprietários, pela posse das terras que o Estado romano, depois da crise do século III, é incapaz de controlar. 
c) transformação, dirigida pelo governo do Baixo Império, das grandes unidades de produção escravistas em unidades menores e com trabalho servil. 
d) permanência de uma política agrária, mesmo depois da crise do século III, no sentido de assegurar um número mínimo de camponeses soldados. 
e) impotência do governo romano do Baixo Império em controlar a política agrária, por ele mesmo adotada, de fixar os pobres livres no campo.





PIG PESQUISA O QUE QUER E DIVULGA QUANDO QUER - O PiG (*) dirige o manchetômetro, as pesquisas e os debates. É demais, não ?


O Brasil precisa ter rapidamente uma imprensa alternativa. Para o bem da nossa combalida democracia.
Os canais de tv já existentes: Record, Band etc. precisam investir em aparelhos modernos e, o mais importante em jornalismo sério.
As TVs comunitárias, rádios comunitários precisam receber apoio financeiro para inovar tecnologicamente e oferecer mais qualidade aos telespectadores e ouvintes de todo o país.
Precisamos de uma lei democrática que, SEM CENSURAR NADA E NINGUÉM crie as condições legais para a sociedade ter acesso, controle, qualidade, seriedade e valores em reais justos nos sinais de Tv e conhecimento e acesso a várias alternativas de leitura de jornais e revistas.
A sociedade brasileira não pode continuar sobre o domínio de uma revista, de um jornal e de um canal de Tv. É absurdo. É perigoso à democracia brasileira, por que os caras podem fazer o que bem entender. É ASSUSTADOR O DOMÍNIO DA GLOBO.
por José Gilbert Arruda martins (professor)
O Conversa Afiada reproduz da Carta Capital inspirado artigo de Marcos Coimbra:

AS ELEIÇÕES E A MÍDIA

A influência dos meios de comunicação vai além da produção de noticiário. Eles contratam as pesquisas e organizam os debates
por Marcos Coimbra

Na próxima terça 19, com o início da propaganda eleitoral na televisão e no rádio, entraremos na etapa final da mais longa eleição de nossa história. Começou em 2011 e nossa vida política gira em torno dela desde então.

A batalha da sucessão de Dilma Rousseff foi iniciada quando cessou o curto período de lua de mel com as oposições, no primeiro ano de governo. Talvez em razão do vexame protagonizado por José Serra na campanha, o antipetismo andava em baixa.

Durou pouco. Na entrada de 2012, o clima político deteriorou-se. As oposições perceberam que, se não fizessem nada, marchariam para nova derrota na eleição deste ano. Ao analisar as pesquisas de avaliação do governo e notar que Dilma batia recordes de popularidade a cada mês, notaram ser elevadas as possibilidades de o PT chegar aos 16 anos no poder. E particularmente odiosa. Serem derrotadas outra vez por Dilma doía mais do que perder para Lula.

Ela era “apenas” uma gestora petista, sem a aura mitológica do ex-presidente. Sua primeira eleição podia ser creditada, quase integralmente, à força do mito. Mas a segunda, se viesse, seria a vitória de uma candidatura “normal”. Quantas outras poderiam se seguir?

A perspectiva era inaceitável para os adversários do PT. Na sociedade, no sistema político e no empresariado, seus expoentes arregaçaram as mangas para evitá-la. A ponta de lança da reação foi a mídia hegemônica, em especial a Rede Globo.

Recordar é viver. Muitos se esqueceram, outros nem souberam, mas a realidade é que a “grande imprensa” formulou com clareza um projeto de intervenção na vida política nacional.

Não é teoria conspiratória. Quem disse que os “meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste País, já que a oposição está profundamente fragilizada”, foi a Associação Nacional de Jornais, por meio de sua presidenta, uma das principais executivas do Grupo Folha. Enunciada em 2010, a frase nunca foi tão verdadeira quanto de 2012 para cá.

Como resultado da atuação da vanguarda midiática oposicionista, estamos há três anos imersos na eleição de 2014. A derrota de Dilma é buscada de todas as formas. O “mensalão”? Joaquim Barbosa? A “festa cívica” do “povo nas ruas”? O “vexame” da Copa do Mundo? A “compra da refinaria”? O “fim do Plano Real”? A “volta da inflação”? O “apagão” na energia? A “crise na economia”? A “desindustrialização”? O “desemprego”?

Nada disso nunca teve verdadeira importância. Tudo foi e continua a ser parte do esforço para diminuir a chance de reeleição da presidenta.

Ou alguém acha que os analistas e comentaristas dessa mídia acreditam, de fato, na cantilena que apregoam quando se vestem de verde-amarelo e se dizem preocupados com a moral pública, os empregos dos trabalhadores ou a renda dos pobres? Ou que queiram fazer “bom jornalismo”?

Temos agora uma ferramenta para elucidar o papel da mídia na eleição. Por iniciativa do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, está no ar o manchetômetro (http://www.manchetometro.com.br), um site que acompanha a cobertura diária da eleição na “grande imprensa”: os jornais Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo, além do Jornal Nacional da Globo (como se percebe, os organizadores do projeto julgaram desnecessário analisar o “jornalismo” do Grupo Abril).

Lá, vê-se que os três principais candidatos a presidente foram objeto, nesses veículos, de 275 reportagens de capa desde o início de 2014. Aécio Neves, de 38, com 19 favoráveis e 19 desfavoráveis. Tamanha neutralidade equidistante cessa com Dilma: ela foi tratada em 210 textos de capa. Do total, 15 são favoráveis e 195 desfavoráveis. Em outras palavras: 93% de abordagens negativas.

É assim que a população brasileira tem sido servida de informações desde quando começou o ano eleitoral. É isso que faz a mídia para exercer o papel autoassumido de ser a “oposição de fato”.

O pior é que a influência dessas empresas ultrapassa o noticiário. Elas contratam as pesquisas eleitorais que desejam e as divulgam quando e como querem. E organizam os debates entre candidatos.

Está mais que na hora de discutir a interferência dessa mídia no processo eleitoral e, por extensão, na democracia brasileira.


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

domingo, 17 de agosto de 2014

EUA: por trás da Casa Branca, o Estado profundo (e o que isso tem a ver com o Brasil)

por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

O que esse assunto tratado no texto abaixo tem a ver conosco? com o Brasil? sua gente, seus governos, sua economia, suas elites?
Em primeiro lugar, esse tipo de assunto/tema nunca é debatido em salas de aula.
Segundo, nenhum ou quase nenhum professor(a) ou aluno(a) conhece o que seja - governo visível vs governo profundo/invisível dos Estados Unidos e sua ligação com o mundo e o Brasil em particular.
As ligações e interferências das grande corporações econômicas/comerciais e das empresas daquele país, vem desde o início do século XX, mas principalmente pós Segunda Grande Guerra, foram e são intensas e, nunca estão ligadas a apenas questões comerciais, as ligações são mais profundas, chegando inclusive na derrubada de governos democraticamente eleitos como foi na época do governo de João Goulart.
Na época da derrubada do governo João Goulart chegaram ao absurdo de patrocinar manifestações de rua com milhões de pessoas, boicotes, entrevistas de lideranças daqui e de fora, interferências em associações de empresários de sindicatos de trabalhadores e até na igreja católica contra o governo Jango.
A maioria desses eventos foram feitos através de organismos supostamente democráticos, é tanto que as pessoas desavisadas não conseguiam enxergar e, quando percebiam já estavam defendo os interesses das elites conservadoras e da oposição ao governo de Jango.
Essas minúcias, esses detalhes não são facilmente percebidos, precisamos ter mais cuidado e atenção, talvez ler mais, pensar mais...
O certo é que as interferências não pararam por aí, hoje, com as eleições brasileiras, o lado invisível/profundo do poder nos Estados Unidos estão presentes mais do que nunca, as elites daqui sabem em parte dessa interferência e, como elas defendem seus interesses também, não se importam, ao contrário, apoiam, às vezes de forma oculta outras abertamente.
Outra coisa certa que esses interesses não são os do Povo, da sociedade brasileira em geral, são interesses excludentes, são interesses das grandes corporações.
O texto abaixo ajuda a entender. Leia.

Como o Pentágono e mega-instituições financeiras norte-americanas constituíram um “governo das sombras”, que pressiona incessantemente por  guerra, vigilância e concentração de riquezas
Por Mike Lofgren | Tradução: Inês Castilho
Roma viveu de seu capital até que a ruína a encarou de frente.
A indústria é a única fonte de riqueza verdadeira, e não havia nenhuma indústria em Roma.
Durante o dia, o caminho de Ostia ficava lotado de carroças e tropeiros
transportando para a cidade grande sedas e especiarias do Oriente,
mármore da Ásia Menor, madeira do Atlas, grãos da África e do Egito;
e na volta as carroças não traziam nada além de um monte de esterco.
Essa era sua carga no retorno
Winwood Reade, “The Martyrdom of Man” (“O Martírio do Homem”), 1871
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Há o governo visível localizado em torno do National Mall, em Washington, mas também há outro governo, mais sombrio e indefinido, que não é explicado na escola secundária ou observável por turistas na Casa Branca ou no Capitólio. O primeiro consiste na política partidária tradicional de Washington: a ponta do iceberg que os jornais e TVs enxergam diariamente e que, em teoria, pode ser controlado via eleições. O subsolo do iceberg será denominado Estado Profundo, que opera por sua própria bússola, independentemente de quem está, em teoria, no poder [1].
Durante os últimos cinco anos, a mídia vem sendo inundada por especialistas que criticam a política fragmentada de Washington. O saber convencional diz que desacordo e impasses entre os partidos são a nova normalidade. Certamente é isso mesmo, e tenho sido um dos críticos mais severos desse estado de coisas. Mas é também imperativo reconhecer os limites dessa crítica, quando se trata do sistema de governo norte-americano. Por um lado, a crítica é evidente: naquilo que pode ser observado pelo público, o Congresso está num impasse irremediável, o pior desde os anos 1850, década violentamente rancorosa anterior à Guerra Civil.
Como escrevi em “The Party is Over , o objetivo atual dos congressistas republicanos é debilitar o poder executivo, pelo menos até que um presidente republicano seja eleito (uma meta que as leis de exclusão de eleitores, em estados controlados pelo Partido Republicano [ou Great Old Party – GOP, como também é conhecido] pretendem claramente alcançar). O presidente Obama não pode executar seu orçamento e políticas domésticas; por causa do incessante obstrucionismo do GOP, ele não apenas não pode preencher um grande número de vagas na magistratura federal, como sequer consegue a nomeação de suas mais inócuas indicações para a administração federal. Democratas que controlam o Senado responderam enfraquecendo a obstrução das nomeações, mas os republicanos vão com certeza reagir com outras táticas parlamentares protelatórias. Esta estratégia resulta na anulação dos braços do Poder Executivo no Congresso, por um partido que tem maioria em apenas uma das casas do Congresso.
A despeito dessa aparente impotência, o presidente Obama pode matar cidadãos americanos sem o devido processo, deter indefinidamente prisioneiros sem acusação, exercer vigilância tipo “arrastão”, sem mandado judicial, contra o povo norte-americano, e envolver-se em caça às bruxas sem precedentes – ao menos desde a era McCarthy – contra funcionários federais (o chamado Insider Threat Program, ou “Programa de Ameaça Interna”). Nos Estados Unidos, esse poder caracteriza-se pela exibição de força intimidatóriamaciça, pelas polícias de nível local, estadual e federal. No exterior, o presidente Obama pode iniciar guerras à vontade e envolver-se em praticamente qualquer outra atividade, sem muita licença do Congresso Nacional, incluindo aí a organização do pouso forçado de um avião que transportava um presidente de Estado soberano sobre território estrangeiro. Apesar da hipocrisia habitual sobre a expansão de poderes do Executivo por Obama, suposto aspirante a ditador, até recentemente ouvimos muito pouco de congressistas republicanos sobre essas ações – com a exceção menor de um provocador como o senador Rand Paul, de Kentucky. Os democratas, salvo alguns independentes como Ron Wyden, do Oregon, não estão tampouco perturbados – a ponto de permitirem aparente perjúrio de funcionários do Executivo, em depoimento ao Congresso, sob juramento, sobre vigilância ilegal.
Estas não são casos isolados de uma contradição; eles têm sido tão onipresentes que a tendência é ignorá-los como ruído de fundo. Em 2011, no período em que a guerra política em torno do teto da dívida começava a paralisar o serviço de governança em Washington, o governo dos Estados Unidos de alguma forma conseguiu recursos para derrubar o regime de Muammar Kadhafi na Líbia, e quando a instabilidade criada pelo golpe respingou até o Mali, providenciou assistência aberta e encoberta para que houvesse ali uma intervenção francesa. Num momento em que havia um debate acalorado sobre inspeções contínuas da carne e do controle de tráfego aéreo civil, por causa da crise orçamentária, nosso governo foi de algum modo capaz de comprometer 115 milhões de dólares para manter uma guerra civil na Síria, e pagar ao menos 100 milhões de libras para o Escritório de Comunicações do governo do Reino Unido para comprar influência e acesso à inteligência daquele país. Desde 2007, duas pontes que ligam rodovias interestaduais desabaram devido à falta de manutenção da infra-estrutura, uma delas matando treze pessoas; durante esse mesmo período, o governo gastou 1,7 bilhões de dólares na construção de um edifício do tamanho de dezessete campos de futebol, em Utah. Essa estrutura gigantesca destina-se a permitir que a Agência de Segurança Nacional (NSA) armazene um yottabyte de informações, a maior que os cientistas da computação jamais tiveram. Um yottabyte é igual a 500 quintilhões de páginas de texto. Eles precisam disso tudo para armazenar cada traço eletrônico que você faz.
Sim, há outro governo oculto por trás daquele que é visível em cada extremidade da Pennsylvania Avenue, uma entidade híbrida de instituições públicas e privadas a governar o país, oportuna e inoportunamente, conforme padrões consistentes, conectados, mas apenas intermitentemente controlados pelo Estado visível cujos líderes escolhemos. Minha análise desse fenômeno não é a exposição de uma cabala secreta e conspirativa; em sua maioria, o Estado dentro do Estado esconde-se à vista de todos, e seus operadores atuam principalmente à luz do dia. Também não pode ser chamado com precisão de “establishment”. Todas as sociedades complexas têm um “establishment”, uma rede social comprometida com seu próprio enriquecimento e perpetuação. Quanto ao seu escopo, recursos financeiros e alcance global direto, o estado norte-americano híbrido, o Estado Profundo, consiste numa única classe. Isso posto, ela não é nem onisciente nem invencível. Nem é a instituição tão sinistra (embora tenha aspectos altamente sinistros) quanto implacavelmente bem entrincheirada. Longe de ser invencível, seus fracassos, como no Iraque, Afeganistão e Líbia, são bastante rotineiros, de modo que só a proteção do Estado Profundo a seu pessoal de alto escalão lhes permite escapar das consequências de sua tão frequente inépcia [2].
Como consegui fazer uma análise do Estado Profundo, e por que estaria eu apto a fazê-la? Como membro da equipe do Congresso especializado em segurança nacional, por 28 anos, e detentor de um certificado de segurança top secret, eu me encontrava pelo menos nas franjas do mundo que estou descrevendo, ainda que não totalmente, pela adesão plena e disposição psicológica. Mas, como praticamente todas as pessoas empregadas, fui até certo ponto assimilado pela cultura da instituição em que trabalhava, e só lentamente  – a partir de pouco antes da invasão do Iraque – , é que passei a questionar fundamentalmente as razões de Estado que motivam as pessoas que são “os decisores”, para citar George W. Bush.
Assimilação cultural é parte daquilo que o psicólogo Irving L. Janis chamou de “pensamento de grupo”, a capacidade camaleônica das pessoas assimilaram os pontos de vista dos seus superiores e colegas. Esta síndrome é endêmica em Washington: a cidade é caracterizada por modismos repentinos, sejam eles orçamento bienal, grandes negócios ou invasão de países. Então, depois de um tempo, todos os garotos espertos da cidade largam mão dessas ideias, como se contivessem material radioativo. Assim como os militares, todo mundo tem de embarcar na missão, e questionar a missão não é um movimento propulsor da carreira. O universo de pessoas que analisam criticamente os fatos nas instituições em que trabalham sempre será pequeno. Como disse Upton Sinclair: “É difícil fazer um homem entender alguma coisa quando seu salário depende de não entender essa coisa.”
Um aspecto mais esquivo da assimilação cultural é sua completa normalidade, uma vez que você se plantou pela décima-milésima vez na sua cadeira de escritório. Sua vida não é propriamente uma vinheta de novela de Allen Drury a respeito de intrigas sob a cúpula do Capitólio. Sentar-se olhando para o relógio na parede quase branca do escritório às onze da noite, jurando nunca, jamais em sua vida comer outro pedaço de pizza pra viagem, não é uma experiência que convoca os mais altos instintos literários de um possível memorialista. Depois de um tempo, um funcionário estatal começa a ouvir coisas que, em outro contexto, seriam bastante impressionantes, ou pelo menos notáveis, e ainda assim elas simplesmente escapam da consciência: “Isso significa que o número de grupos terroristas contra os quais estamos lutando é informação confidencial?” Não se admira que poucas pessoas sejam denunciantes, para além da terrível retaliação que a denúncia de irregularidades frequentemente provoca: a menos que seja abençoado com imaginação e fino senso de ironia, é fácil tornar-se imune à curiosidade do próprio ambiente. Parafraseando o inimitável Donald Rumsfeld, eu não sabia tudo o que sabia, pelo menos até estar há um par de anos longe do governo para refletir sobre isso.
O Estado Profundo não abrange todo o governo. É um híbrido de segurança nacional e agências de aplicação da lei: o Departamento de Defesa, o Departamento de Estado, o Departamento de Segurança Interna, a Agência de Inteligência Central (CIA) e o Departamento de Justiça. Isso inclui  também o Departamento do Tesouro, por causa de sua jurisdição sobre os fluxos financeiros, sua aplicação de sanções internacionais e sua simbiose orgânica com Wall Street. Todas essas agências são coordenadas pelo Gabinete Executivo do Presidente via Conselho de Segurança Nacional. Certas áreas chaves do Judiciário pertencem ao Estado Profundo, como a Corte de Vigilância de Inteligência Exterior, cujas ações são um mistério até mesmo para a maioria dos membros do Congresso. Está também incluído um punhado de tribunais federais cruciais, tais como o Distrito Leste de Virgínia e o Distrito Sul de Manhattan, nos quais são conduzidos procedimentos sensíveis em casos de segurança nacional. O componente final do governo (e possivelmente o último em prioridade entre os ramos formais de governo estabelecidos pela Constituição) é uma espécie de filé do Congresso, que consiste na liderança do Congresso e alguns (mas não todos) membros dos comitês de Defesa e Inteligência. O resto do Congresso, normalmente tão turbulento e partidarizado, é em sua maioria apenas intermitentemente consciente do Estado Profundo e, quando necessário, normalmente resigna-se diante de algumas poucas e bem escolhidas palavras de emissários do Estado.
Eu assisti a esse tipo de submissão em várias ocasiões. Um incidente memorável foi a votação da Lei de Alterações da Vigilância de Inteligência Estrangeira, de 2008. Essa lei legalizou retroativamente a vigilância ilegal e inconstitucional revelada pela primeira vez pelo The New York Times em 2005 e indenizou as empresas de telecomunicações pela cooperação nesses atos. A lei passou facilmente: só se exigiu a invocação da palavra “terrorismo” e a maioria dos membros do Congresso respondeu como limalha de ferro a um imã. Um dos que responderam desse modo foi o senador Barack Obama, logo depois consagrado candidato presidencial pelos Democratas na Convenção Nacional, em Denver. Ele então já havia ganho a maioria dos delegados ao fazer campanha à esquerda de sua principal oponente, Hillary Clinton, sobre os excessos da guerra ao terrorismo e a erosão das liberdades constitucionais.
Como o voto sobre a indenização mostrou, o Estado Profundo não consiste apenas de agências governamentais. O que é eufemisticamente denominado empresa privada é parte integral das suas operações. Na série especial do The Washington Postdenominada “Top Secret America”, Dana Priest e William K. Arkin descreveram o escopo do Estado Profundo privatizado, e o tanto de metástase que sofreu após os ataques de 11 de setembro. Existem hoje 854 mil funcionários do governo com autorização de confidencialidade – um número maior do que o dos principais funcionários civis. Embora eles estejam espalhados em todo o país e em todo o mundo, é inconfundível sua grande concentração em torno dos subúrbios de Washington: desde o 11 de Setembro, 33 instalações para a inteligência ultra secreta foram construídas ou estão em construção. Combinadas, elas ocupam o espaço de quase três Pentágonos – cerca de 17 milhões de metros quadrados. Setenta por cento do orçamento da comunidade de inteligência vão para o pagamento de contratos. E a separação entre o governo e as companhias prestadoras de serviços é altamente permeável: o diretor de Inteligência Nacional, James R. Clapper, é um ex-executivo do Booz Allen, um dos maiores empreiteiros de inteligência do governo. Seu antecessor, o almirante Mike McConnell, é o vice-presidente em exercício da mesma empresa. A Booz Allen é 99 por cento dependente de negócios com o governo. Esses empreiteiros agora dão o tom político e social em Washington, assim como estão cada vez mais definindo a direção do país, mas estão fazendo isso em silêncio, seus atos não constam dos Registros do Congresso ou no Registro Federal, e raramente são submetidos a audiências no Congresso.
Washington é o nódulo mais importante, mas não o único do Estado Profundo que dominou os EUA. Tramas invisíveis de dinheiro e ambição conectam a cidade a outros nódulos. Um é Wall Street, que fornece o dinheiro que mantém a máquina política em vigília e operação, como um teatro de marionetes. Se os políticos esquecem suas tramas e ameaçam o status quo, Wall Street inunda a cidade de dinheiro e advogados para ajudar mãos contratadas a lembrar dos seus próprios interesses. Os executivos das gigantes financeiras ainda têm imunidade penal de fato. Em 6 de março de 2013, ao testemunhar perante o Comitê Judiciário do Senado, o procurador-geral Eric Holder declarou o seguinte: “Estou preocupado que algumas dessas instituições se tornem tão grandes que fique difícil para nós processá-los, por haver indícios de que se os processarmos, se dirigirmos a eles uma acusação criminal, isso terá um impacto negativo sobre a economia nacional, talvez até mesmo a economia mundial.” Isso, dito pelo diretor de aplicação da lei de um sistema de justiça que praticamente aboliu o direito constitucional de julgamento para os réus mais pobres acusados de certos crimes. Não é demais dizer que Wall Street pode ser o proprietário final do Estado Profundo e suas estratégias. Se não por outra razão, porque possui dinheiro para premiar agentes do governo com uma segunda carreira que é lucrativa para além dos sonhos da avareza – certamente para além dos sonhos de um assalariado do governo [3].
O corredor entre Manhattan e Washington é uma estrada bem trilhada para as personalidades que tornaram-se conhecidas por todos nós desde a desregulamentação maciça de Wall Street: Robert Rubin, Lawrence Summers, Henry Paulson, Timothy Geithner e muitos outros. Nem todo o tráfego envolve pessoas ligadas às operações puramente financeiras do governo: em 2013, o general David Petraeus juntou-se à KKR (Kohlberg Kravis Roberts, anteriormente) da Rua 57, em New York, umaempresa de administração de fortunas privadas com 62,3 bilhões  de dólares em ativos. A KKR é especializada na gestão de aquisições e finanças alavancadas; a perícia do general Petraeus nessas áreas não é clara; sua capacidade de vender influência, no entanto, é uma mercadoria conhecida e valorizada. Ao contrário de Cincinato, os comandantes militares do Estado Profundo não pegam na enxada quando largam a espada. Patreus também obteve uma sinecura como membro sênior não-residente no Centro Belfer para Ciência e Assuntos Internacionais, na Universidade de Harvard. A Liga Ivy é, naturalmente, a banheira preferida para o branqueamento e a escola charmosa da oligarquia norte-americana [4].
Petraeus, e a maioria dos avatares do Estado Profundo – os conselheiros da Casa Branca que impeliram Obama a não impor limites à remuneração dos executivos (CEOs) de Wall Street, os especialistas do think tank ligado à empreiteira que pediram para “manter o curso” no Iraque, os gurus econômicos que demonstraram perpetuamente que a globalização e a desregulamentação são uma bênção que nos torna melhores no longo prazo – são cuidadosos ao fingir que não têm ideologia. Sua pose preferida é a do tecnocrata politicamente neutro que oferece conselhos bem considerados, com base em conhecimento profundo. Isso é nonsense. Eles estão completamente tingidos pela cor da ideologia oficial da classe governante, uma ideologia que não é especificamente nem democrata nem republicana. No plano interno, seja qual for sua crença particular sobre questões sociais essencialmente polêmicas, como o aborto ou o casamento gay, quase sempre acreditam no “Consenso de Washington”: financeirização, terceirização, privatização, desregulamentação e mercantilização do trabalho. Internacionalmente, defendem o excepcionalismo norte-americano do século XXI: o direito e o dever de os Estados Unidos se intrometerem em todas as regiões do mundo, a diplomacia coercitiva, de botas no chão, e o direito de ignorar as normas internacionais de comportamento civilizado dolorosamente conquistadas. Parafraseando o que Sir John Harrington disse mais de 400 anos atrás sobre a traição, agora que a ideologia do Estado Profundo prosperou, ninguém se atreve a chamá-lo de ideologia [5]. É por isso que descrever a tortura com a denominação de tortura na televisão aberta é considerado menos como heresia política do que como um lapso imperdoável de etiqueta de Washington: como fumar um cigarro diante das câmeras, simplesmente “não se faz” nos dias de hoje.
Depois das revelações de Edward Snowden sobre a extensão e profundidade da espionagem praticada pela Agência Nacional de Segurança [NSA, National Security Agency], tornou-se publicamente evidente que as grandes empresas de tecnologia da informação do Vale do Silício também são um nódulo vital do Estado Profundo. Ao contrário dos contratantes militares e de inteligência, o Vale do Silício vende  especialmente para o mercado privado; mas seus negócios são tão importantes para o governo que surgiu um estranho relacionamento. Embora o governo pudesse simplesmente obrigar as empresas de alta tecnologia a cumprir as ordens da NSA, ele prefere cooperar com tão importante motor da economia do país, talvez com um quid pro quo implícito. Isso talvez explique a extraordinária indulgência do governo com as práticas do Vale em matéria de propriedade intelectual. Se um norte-americano “desbloqueia” seu smartphone (ou seja, modifica-o para que possa usar outro provedor que não o determinado pelo fabricante), pode sofrer uma multa de até 500mil dólares e vários anos de prisão; tudo isso apesar dos alardeados direitos de propriedade do cidadão consumidor. A pose libertária dos magnatas do Vale do Silício, tão cuidadosamente cultivada por seus relações públicas, foi sempre uma farsa. Há muito o Vale do Silício vem rastreando para fins comerciais as atividades de cada pessoa que usa um dispositivo eletrônico; não é de surpreender que o Estado Profundo deva igualar o Vale e fazer o mesmo para os seus próprios fins. Também não é surpreendente que ele recrute o apoio do Vale.
Ainda, apesar do papel essencial desempenhado pela Baixa Manhattan (Lower Manhattan, onde está situado Wall Street) e o Vale do Silício, o centro de gravidade do Estado Profundo está firmemente localizado dentro e no entorno do anel rodoviário de Washington (o Beltway),  isto é, junto aos fornecedores e lobistas do governo federal, em oposição aos interesses da populaçãonorte-americana. A expansão e consolidação do Estado Profundo em torno do Beltway parece ser uma paródia dos frequentes pronunciamentos de que a governança em Washington é disfuncional e fragmentada. Que o Estado Profundo, oculto e não-responsável, flutue livremente acima do engarrafamento entre as duas extremidades da Pennsylvania Avenue é o paradoxo do governo americano no século XXI: ataques aéreos, extração de dados, prisões secretas e controle tipo panóptico, por um lado; e, por outro, as visíveis, ordinárias instituições parlamentares de governo em declínio, até o status de uma república de bananas, em meio  ao colapso gradual da infraestrutura pública.
Os resultados dessa contradição não são abstratos, como se poderá atestar num passeio pelas falidas, deterioradas, apodrecidas cidades do meio-oeste norte-americano. Nem sequer estão limitados àquelas partes do país largadas pra trás por um Consenso de Washington que decretou a financeirização e desindustrialização da economia no interesse da eficiência e lucros para o acionista. Esse paradoxo é evidente até mesmo dentro do próprio Beltway, a região metropolitana mais rica da nação. Embora demógrafos e urbanistas invariavelmente considerem Washington como “cidade global”, isso nem sempre é evidente para aqueles que vivem ali. Praticamente toda vez que há uma forte tempestade de verão, dezenas – ou mesmo centenas – de milhares de residentesficam sem energia elétrica, muitas vezes por vários dias. Há racionamentos de água ocasionais em grandes áreas, em razão doestouro de adutoras mal construídas e inadequadamente mantidas [6]. Para a área metropolitana de Washington, é uma tarefa hercúlea construir uma ligação ferroviária para o seu aeroporto internacional – com sorte, ela poderá ser concluída até 2018.
É como se a Muralha de Adriano ainda estivesse totalmente guarnecida e as fortificações ao longo da fronteira com a Germânia nunca tivessem estado mais fortes, mesmo enquanto Roma desintegrava-se por dentro e os aquedutos de sustentação da vida, descendo a ladeira, começavam a desmoronar. As classes dirigentes do Estado Profundo podem continuar a enganar-se com seus sonhos de onipotência tipo Zeus, mas há quem discorde. A pesquisa Pew Poll 2013, que entrevistou 38 mil pessoas em todo o mundo, descobriu que em 23 dos 39 países pesquisados uma enormidade de entrevistados disse acreditar que a China já substituia ou viria no futuro a substituir os Estados Unidos como maior potência econômica do mundo.
O Estado Profundo é a maior história do nosso tempo; é o fio vermelho que corre através da guerra ao terrorismo, da financeirização e desindustrialização da economia norte-americana, o ascenso de uma disfuncionalidade política e estrutura social plutocráticas. Washington é a sede do Estado Profundo, e seu tempo sob o sol como rival de Roma, Constantinopla ou Londres pode ter seu termo limitado pelo senso arrogante de autoimportância e seu hábito, como Winwood Reade disse de Roma, a “viver do seu capital até a ruína encará-la de frente.” Viver em cima de seu capital, neste caso, significa que o Estado Profundo vem extraindo valor do povo americano à moda de um vampiro.
Estamos face a face com duas implicações desagradáveis. Primeiro, o Estado Profundo está tão fortemente enraizado, tão bem protegido por vigilância, poder de fogo, dinheiro e capacidade de cooptar resistências que é quase impermeável a mudanças. Em segundo lugar que, assim como tantos impérios anteriores, o Estado Profundo está entupido por aqueles cuja reação instintiva ao fracasso de suas políticas é dobrar a aposta nessas mesmas políticas para o futuro. O Iraque foi um fracasso brevemente camuflado pelo sucesso total propagandístico da chamada “ofensiva”; esta prestidigitação permitiu uma ofensiva no Afeganistão, que deu igualmente em nada. Sem deixar-se abater por essa falha, os funcionários do Estado Profundo mergulharam na Líbia; os destroços fumegantes do consulado de Benghazi, ao invés de desencorajar mais desventura, pareceu apenas aumentar a coceira para bombardear a Síria. Irá o passeio do Estado Profundo de fracasso em fracasso, pelas costas do povo americano, até que o próprio país, apesar das suas enormes reservas de capital humano e material, esteja lentamente esgotado? A estrada empoeirada do império estásemeada com os ossos de ex-grandes potências que se esgotaram de maneira semelhante.
Mas há sinais de resistência ao Estado Profundo e suas demandas. Na sequência das revelações de Snowden, a Câmara quase conseguiu aprovar uma emenda que teria compartilhado a coleção de dados pessoais de norte-americanos sem mandato da NSA. Pouco depois o presidente, ao defender mais uma intervenção militar no Oriente Médio, desta vez na Síria, defrontou-se com ceticismo tão avassalador no Congresso que mudou de assunto, agarrando-se a um salva-vidas diplomático lançado a ele por Vladimir Putin [7].
Terá o Estado visível, constitucional, aquele contemplado por Madison e os outros Fundadores da nação norte-americana, finalmente começado a agitar-se contra as reivindicações e usurpações do Estado Profundo? Talvez, até certo ponto. O desdobramento das revelações no âmbito da vigilância sem mandado da NSA tornou-se tão notório que até mesmo apologistas institucionais, como a senadora Diane Feinstein, começaram a recuar – ainda que apenas retoricamente – de suas intempestivas defesas  da agência. À medida que mais pessoas começam a despertar do estado sugestionável e de medo que 11 de Setembro criou em suas mentes, é possível que a tática de uma década, já, do Estado Profundo, de gritar “terrorismo!” cada vez que enfrenta resistência, não esteja mais provocando a mesma resposta pavloviana de dócil obediência. E o povo norte-americano, possivelmente até mesmo os seus legisladores, estão ficando cada vez mais cansados dos intermináveis pesadelos no Oriente Médio.
Mas há outra razão mais estrutural pela qual o Estado Profundo pode ter  atingido o pico de sua posição de domínio. Embora pareça flutuar acima do estado de direito, sua natureza essencialmente parasitária, capturadora de riquezas, significa que ainda está amarrado a processos formais de governança. O Estado Profundo prospera quando há funcionalidade tolerável nas operações cotidianas do governo federal. Enquanto os dotações são aprovadas a tempo, as listas de promoção são confirmadas, orçamentos negros (ou seja, secretos) são chancelados, vantagens fiscais especiais para certas corporações são aprovados sem controvérsias, enquanto não são feitas muitas perguntas embaraçosas, as engrenagens do estado híbrido rodam sem fazer barulho. Mas quando uma casa do Congresso é tomada por ultra-fundamentalistas do Tea Party, a vida torna-se mais difícil para a classe dominante .
Se há alguma coisa que o Estado Profundo requer é fluxo de recursos silencioso, ininterrupto, e a confiança de que as coisas se darão como aconteciam no passado. Ele está até mesmo disposto a tolerar um grau de impasse: disputas partidárias sobre questões culturais podem ser uma distração útil para sua agenda. Mas recentes palhaçadas do Congresso envolvendo o sequestro, a paralisação do governo e a ameaça de calote sobre a extensão do teto da dívida têm perturbado esse equilíbrio. E uma dinâmica de extremo impasse desenvolveu-se entre as duas partes, de tal modo que continuar algum nível de sequestro é politicamente a opção menos má para ambas as partes, embora por razões diferentes. Por mais que muitos republicanos queiram aliviar o orçamento para os órgãos de segurança nacional, eles não podem reverter totalmente o sequestro sem os democratas demandarem aumentos de receita. E democratas, ao querer gastar mais em programas domésticos arbitrários, não podem anular o sequestro em programas nacionais ou de defesa sem que os republicanos insistam em cortes de direitos.
Por isso, no futuro previsível, o Estado Profundo deve restringir seu apetite por dinheiro do contribuinte: ofertas limitadas podem suavizar o sequestro, mas é improvável que pedidos de agências sejam totalmente financiados no futuro próximo. Mesmo operações rentistas de Wall Street foram afetadas: depois de ajudar a financiar o Tea Party para fazer avançar suas próprias ambições plutocráticas, o Big Money da América está agora lamentando ter criado o monstro Frankenstein. Como crianças brincando com dinamite, a compulsão do Tea Party para levar a nação ao calote de crédito alarmou os adultos que comandam as alturas do capital; estes agora dizem aos políticos quepensavam ter sido contratados para desbaratá-los.
O voto da Câmara para desfinanciar os programas de vigilância ilegal da NSA foi igualmente ilustrativo da natureza disruptiva da insurgência do Tea Party. Democratas comprometidos com as liberdades civis, sozinhos, nunca teriam chegado tão perto da vitória; o inflexível deputado Justin Amash (R-MI), do Tea Party, que inclusive aborreceu a comunidade de negócios por seu fundamentalismo sobre limite da dívida, foi o principal patrocinador republicano da emenda do NSA, e a maioria dos republicanos que votaram com ele estavam alinhados com o Tea Party.
O fator final é o Vale do Silício. Devido ao sigilo e à obscuridade, é difícil saber o quanto do relacionamento da NSA com o Vale é baseado em cooperação voluntária, o quanto é obrigação legal através de mandados de FISA e o quanto é uma questão de a NSA sorrateiramente invadir sistemas de empresas de tecnologia. Dada a exigência de relações públicas do Vale para acalmar seus clientes preocupados com a privacidade, é difícil tomar pelo valor de face os protestos libertários das empresas de tecnologia sobre o acordo do governo com seus sistemas, especialmente porque eles se envolvem em atividades semelhantes, contra seus próprios clientes, por razões comerciais. Isso posto, acumulam-se evidências de que o Vale do Silício está perdendo bilhões em negócios no exterior para empresas, indivíduos e governos que querem manter a privacidade. Para os empreendedores de alta tecnologia, o nexo da grana é, em última análise, mais atraente do que a demanda do Estado Profundo por cooperação patriótica. Mesmo a compulsão legal pode ser combatida: ao contrário do cidadão individual, empresas de tecnologia têm bolsos profundos e montes de advogados com os quais combater as imposições do governo.
Esta resistência foi tão longe que, em 17 de janeiro, o presidente Obama anunciou revisão nos programas de coleta de dados da NSA, incluindo a retirada de custódia do NSA de um banco de dados de registros de telefones domésticos, ampliando os requisitos para mandados judiciais e acabando com a espionagem de (indefinidos) “líderes estrangeiros amigáveis”. Os críticos denunciaram as alterações como umajogada de relações públicas cosmética, mas ainda assim elas são significativas, já que o clamor tornou-se tão alto que o presidente sentiu a necessidade política de enfrentá-lo.
Quando as contradições internas de uma ideologia dominante vão tão longe, os antagonismos aparecem e aquela ideologia começa lentamente a desintegrar-se. Oligarcas corporativos como os irmãos Koch já não estão totalmente satisfeitos com o grupo de frente político pseudo-populista que ajudaram a constituir e financiar. O Vale do Silício, por todas as tendências tipo Ayn Rand de seus principais jogadores, suas estratégias off-shore e consequente exacerbação da desigualdade de renda, está agora pressionando o Congresso para restringir a NSA, um componente central do Estado Profundo. Algumas empresas de tecnologia estão se mobilizando para criptografarseus dados. Empresas de alta tecnologia, assim como governos, buscam o domínio sobre as pessoas pela coleta de dados pessoais, mas as empresas estão abandonando o barco, agora que a reação adversa do público aos escândalos da NSA ameaça seus lucros.
O resultado de todos esses desdobramentos é incerto. O Estado Profundo, baseado nos pilares gêmeos do imperativo da segurança nacional e hegemonia corporativa, parecia até recentemente inabalável, e os últimos eventos podem ser uma perturbação apenas temporária em sua trajetória. Mas a história tem uma maneira de derrubar o altar dos poderosos. Embora as duas grandes ideologias materialistas e deterministas do século XX, o marxismo e o Consenso de Washington, tenham decretado sucessivamente que a ditadura do proletariado e a ditadura do mercado eram inevitáveis, o futuro na verdade é indeterminado. Pode ser que as correntes econômicas e sociais profundas criem o quadro da história, mas essas correntes podem ser canalizadas, sofrer reviravoltas ou mesmo ser revertidas pelas circunstâncias, o acaso e a ação humana. Temos apenas que refletir sobre despotismos glaciais extintos, como a URSS ou Alemanha Oriental, para conscientizar-nos de que nada é para sempre.
Ao longo da história, sistemas estatais com pretensões agigantadas de poder reagiram ao seu meio de duas maneiras. A primeira estratégia, refletindo a esclerose das elites dirigentes, consiste em repetir que não há nada errado, que o status quo reflete a boa sorte única da nação favorecida por Deus, e que aqueles que pedem mudanças são apenas arruaceiros subversivos. Como descobriram o Velho Regime francês, a dinastia Romanov e os imperadores Habsburgo, a estratégia funciona esplendidamente por um tempo, em especial se a pessoa tem talento para desconsiderar fatos desagradáveis. Os resultados finais, contudo, provavelmente serão totalmente decepcionantes.
A segunda estratégia é adotada, em graus diferentes e com diversos objetivos, por figuras de personalidades tão contrastantes como Mustafa Kemal Attatürk,  Franklin D. Roosevelt, Charles de Gaulle e Deng Xiaoping. Eles com certeza não eram revolucionários por temperamento; sua natureza era conservadora, se tanto. Mas eles entenderam que as culturas políticas em que viviam estavam fossilizadas e incapazes de adaptar-se aos tempos. No impulso de reformar e modernizar os sistemas políticos que herdaram, o primeiro obstáculo a ser superado eram os mitos ultrapassados que estavam incrustados no pensamento das elites do seu tempo.
À medida que os Estados Unidos confrontam-se com seu futuro após experimentar duas guerras fracassadas, uma economia precária e 17 trilhões de dólares de dívida acumulada, a controvérsia nacional encontra-se dividida em dois campos: o primeiro, dos “declinistas”, enxerga um sistema político fragmentado, disfuncional e impossível de reformar, e uma economia que em breve será ultrapassada pela China. O outro campo, dos “reformadores”, oferece uma profusão de panaceias para transformar a nação: financiamento público das eleições para cortar a artéria de dinheiro entre os componentes corporativos do Estado Profundo e os funcionários dependentes de financiamento para eleger-se; reverter a maré da terceirização nas funções de governo e os conflitos de interesse que ela cria; uma política fiscal que valorize o trabalho humano mais que as transações financeiras; e uma política comercial que privilegie a exportação de produtos manufaturados sobre a exportação de capitais para investimento.
Tudo isso é necessário, mas não suficiente. As revelações de Snowden, cujo impacto foi surpreendentemente forte; a iniciativa descarrilada de intervenção militar na Síria; e um Congresso turbulento, cujas disfunções tornaram-se grave inconveniente para o Estado Profundo, mostram que há agora um profundo, embora ainda incipiente apetite por mudança. O que os EUA não tem é uma figura com autoconfiança serena para nos dizer que os ídolos gêmeos de segurança nacional e do poder corporativo são dogmas ultrapassados, que não têm nada mais a oferecer-nos . Assim libertas, as próprias pessoas irão desvendar o Estado Profundo com velocidade surpreendente.
[1] A expressão “Estado Profundo” foi cunhada na Turquia, e denomina um sistema composto de elementos de alto nível nos serviços de inteligência, militar, de segurança, judiciário e crime organizado. No último romance do autor britânico John Le Carré, A Delicate Truth (“Uma Verdade Delicada”), um personagem descreve o Estado Profundo como “… o círculo eternamente em expansão de iniciados não-governamentais dos bancos, indústria e comércio liberados para receber informação altamente confidencial negada a grande parte da Whitehall e Westminster.” Uso o termo para designar uma associação híbrida de elementos do governo e parcela do nível superior das finanças e da indústria que são efetivamente capazes de governar os Estados Unidos sem submeter-se ao consentimento dos governados como se expressa pelo processo político formal.
[2] Vinte e cinco anos atrás o sociólogo Robert Nisbet descreveu esse fenômeno como “o atributo da Não Culpa. … Presidentes, secretários e generais e almirantes nos EUA aparentemente apoiam a doutrina de que nenhuma culpa é atribuída à política e suas operações. Esta convicção da Não Culpa os impede de levar muito a sério desastres notórios como o do Desert One, de Granada, do Líbano e, agora, do Golfo Pérsico”. À sua lista podemos acrescentar o 11 de Setembro, o Iraque, o Afeganistão e a Líbia.
[3] A atitude de vários membros do Congresso diante de Wall Street foi memoravelmente expressa pelo deputado Spencer Bachus (Republicano de Alabama), o novo presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, em 2010: “Em Washington, a visão é de que os bancos devem ser regulados, e minha visão é de que Washington e os reguladores estão lá para servir os bancos.”
[4] Todos os presidentes dos EUA, desde 1988, formaram-se em Harvard ou Yale. Desde 2000, todo candidato presidencial perdedor também formou-se em Harvard ou Yale, com exceção de John McCain em 2008.
[5] Recentemente, a população norte-americana assistiu a um vívido exemplo de operador do Estado Profundo que faz propaganda de sua ideologia sob a bandeira do pragmatismo. O ex-Secretário de Defesa Robert M. Gates – um antigo oficial de carreira da CIA e empregado profundamente engajado na política da família Bush – camuflou sua defesa da escalada militar (que ofereceu ao país apenas vítimas e aflição fiscal), como se fosse um livro de memórias de um típico filho do Kansas, que desdenha Washington e seus políticos.
[6] Enquanto isso, o governo norte-americano assumiu a liderança na restauração do sistema de esgotos de Bagdá, a um custo de US$ 7 bilhões.
[7] A abrupta meia-volta de Obama sugere que ele pode ter sido o tempo todo cético em relação a uma intervenção militar na Síria, mas só abandonou a ideia quando o Congresso e Putin deram-lhe a saída para fazê-lo. Em 2009, ele foi em frente com a “ofensiva” no Afeganistão, em parte porque a campanha de relações públicas do general Petraeus e lobbies nos bastidores de Washington, para a implementação de sua estratégia militar preferida, frustraram outras opções. Estes incidentes levantam a questão perturbadora de o quanto um presidente democraticamente eleito – qualquer presidente – define a política do estado de segurança nacional, e o quanto a política é definida, para ele, pelos agentes profissionais daquele Estado, que engendram fatos consumados a forçar sua mão.