O artigo deste domingo 24 da jornalista Miriam Leitão, em que ela afirma que o Brasil precisa afastar Jair Bolsonaro para que "o impeachment de Dilma não pareça injusto", prontamente rebatido pela ex-presidente, nos oferece, mais uma vez, a oportunidade de refletir sobre a maior canalhice da história do Brasil, que foi o golpe de 2016, em que um grupo de políticos extremamente corruptos se uniu para afastar uma presidente honesta, a pretexto de "combater a corrupção", numa farsa que uniu meios de comunicação, juízes, promotores, tribunais superiores, parlamentares à venda e militares. O único ponto ausente neste processo foi o interesse nacional. E como não havia qualquer intenção nobre, mas apenas ambição, torpeza, vilania e preconceito, não tinha como dar certo – como, efetivamente, não deu. Jair Bolsonaro, que hoje provoca uma certa vergonha nos golpistas de 2016, é apenas a consequência da trama articulada por nomes como Fernando Henrique Cardoso, Rodrigo Maia, Aécio Neves, José Serra, Michel Temer, Eduardo Cunha, Moreira Franco, Aloysio Nunes e tantos outros integrantes da elite que destruiu o Brasil.
AUTOR: Leonardo Attuc