domingo, 27 de novembro de 2016

Viva Fidel...Um mundo diferente é possível

por José Gilbert Arruda Martins

Vamos iniciar essa singela homenagem ao grande comandante Fidel Castro, que morreu antes de ontem dia 25/11, com um fragmento de um dos seus famosos e didáticos discursos, desta vez, pronunciado na Organização das Nações Unidas (ONU) em 1979.


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"Se fala com frequência sobre Direitos Humanos, mas há que se falar também dos Direitos da Humanidade, por que uns Povos tem andar descalços para que outros viagem em luxuosos automóveis? Por que uns tem que viver 35 anos para que outros vivam 70? Por que uns devem ser miseravelmente pobres para que outros sejam exageradamente ricos? 


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Falo em nome das crianças que no mundo não tem um pedaço de pão. Falo em nome dos doentes que não tem acesso a medicina. 

Falo em nome daqueles aos que foram negados o direito à vida e à dignidade humana. Uns países possuem abundantes recursos outros não possuem nada. Qual é o destino desses? Morrer de fome? Ser eternamente pobres? 

Para que serve então a civilização? Para que serve a consciência do homem? Para que serve as nações unidas? Para que serve o mundo? 

Não se pode falar de Paz em nome das dezenas de milhões de seres humanos que morrem todos os anos de fome ou doenças curáveis. 

Não se pode falar de Paz, em nome de 900 milhões de analfabetos. 

A exploração dos países pobres pelos países ricos, deve cessar. Sei que em muitos países pobres, há também exploradores e explorados. 

Me dirijo às nações ricas para que contribuam, me dirijo aos países pobres para que distribuam. 

Basta já de palavras é preciso ação" (parte de discurso de Fidel na ONU, 1979)

Viva Fidel!

Vivam suas ideias e seus ideais!

Um mundo diferente é possível.

Um mundo onde todas as pessoas sejam respeitadas na sua humanidade.

Um mundo onde todas as pessoas tenham acesso diário aos bens produzidos por todos e todas.

Um mundo onde todas as pessoas sejam respeitadas no seu direito sagrado de ir e vir.

Um mundo onde todos e todas tenham acesso e permanência em escolas e universidades de qualidade.

Um mundo onde o trabalho seja um direito e que os frutos do trabalho sejam socializados para toda a sociedade sem exploradores e sem explorados.

Um mundo onde os intermediários (sistema financeiro/bancos etc) sejam meios para que os investimentos sejam feitos em prol do bem de todos e todas e não em nome de lucros que enriquecem ainda mais um punhados de rentistas que têm preocupação zero com a Humanidade.

Um mundo que respeite a opção religiosa de todas as pessoas. Que a religião seja para o amor fraterno e não para a alienação e o ódio.

Um mundo diferente, mais humano, mais solidário é possível.

Neste sentido, o professor doutor francês em Estudos Ibéricos e Latino-americanos, Salim Lamrani, Fidel nasceu no dia 13 de agosto de 1926 em Bíran, filho de uma família (como a do Amadeu e da dona Neuza) de sete filhos. Aos sete anos ele se muda para a cidade de Santiago de Cuba e vive na casa de uma professora encarregada de educá-lo.

Fidel foi logo abandonado à própria sorte pela professora, passou fome e viu a dureza da vida e da miséria ainda jovem.

Alguns números da Ilha de Fidel=Cuba

. "Cuba tem o melhor IDH da América Latina.

. Segundo o Banco Mundial, Cuba tem o melhor sistema educacional da América Latina.

.  Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o sistema de saúde cubano é um modelo mundial.

. A indústria de Biotecnologia do país é tão avançada, que diversos estadunidenses viajam para Cuba atrás de remédios e vacinas baratos e raros, que sequer existem nos EUA.

. Segundo estudo da ONU, Cuba é o 2° país menos violento da América Latina, com 4,2 homicídios por 100 mil habitantes. Para efeito de comparação, esse índice chega a 25,2 por 100 mil habitantes no Brasil.

. A taxa de alfabetização na ilha chega a 99,9%.

. A taxa de desemprego tem variado entre 1 e 3% nos últimos 13 anos.

. O país foi o único de toda a América Latina com 0% de desnutrição infantil.

. Possui o maior número de leitos por habitante (5,9 por 1000 habitantes) da América. O Brasil possui 2,4.

. A melhor expectativa de vida da América latina (79 anos).

. A menor taxa de mortalidade infantil de toda a América (5 para cada 1000 nascimentos). O Brasil chega a 19 crianças mortas a cada 1000 nascimentos.

. A taxa mais alta de médicos por habitante da América Latina, 1 para cada 160 habitantes. O Brasil tem 1 para cada 500 habitantes.

Não fosse a Revolução de 1959, Cuba seria um Haiti e um puteiro dos EUA.

Gracias Fidel!"

Fidel e seus companheiros e companheiras mostraram para toda a humanidade que somos capazes de construir um mundo novo, um mundo diferente.

Ilha de Cuba, um país de apenas 109.884 km², mostrou-se gigante em muitas e diversas áreas.

De norte a sul, mais ou menos a distância entre Brasília a Curitiba, um país no "quintal" da maior potencial militar do planeta, que conseguiu fazer e manter uma revolução, que, apesar de todas as dificuldades, deu e dá dignidade ao seu povo e modelo ao resto do mundo.

Obrigado Fidel!



Fontes:

. Notícias.uol.com.br

. Revista Fórum

. Operamundi

. Revista Excelências

. Otempo.com.br

. Internacional.eatadão.com.br

. Pragmatismo Político

. Index mundi.com

. BBC

ADEUS AO COMANDANTE - Fidel Castro morre aos 90 anos

na Rede Brasil Atual

"Seu espírito combativo e solidário animou sonhos de liberdade, soberania e igualdade", afirmou o ex-presidente sobre Fidel Castro. Lula fez uma homenagem a Fidel em seu sítio, no ABC Paulista


Lula: 'Morreu o maior de todos os latino-americanos'

São Paulo – "Morreu ontem o maior de todos os latino-americanos, o comandante em chefe da revolução cubana, meu amigo e companheiro Fidel Castro Ruiz", afirma hoje (26) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de sua nota em homenagem ao líder cubano, morto em Havana aos 90 anos. "Para os povos de nosso continente e os trabalhadores dos países mais pobres, especialmente para os homens e mulheres de minha geração, Fidel foi sempre uma voz de luta e esperança", disse Lula na internet, em nota que estampa foto dos dois líderes em 2010, em Havana.
O ex-presidente contou ter conhecido Fidel pessoalmente em julho de 1980, em Manágua, na Nicarágua, durante as comemorações do primeiro aniversário da revolução sandinista. "Mantivemos, desde então, um relacionamento afetuoso e intenso, baseado na busca de caminhos para a emancipação de nossos povos."
Para Lula, o dirigente cubano deixa um legado eterno de "dignidade e compromisso por um mundo mais justo". Ele disse sentir a morte de Fidel como "a perda de um irmão mais velho, de um companheiro insubstituível, do qual jamais me esquecerei".
"Seu espírito combativo e solidário animou sonhos de liberdade, soberania e igualdade. Nos piores momentos, quando ditaduras dominavam as principais nações de nossa região, a bravura de Fidel Castro e o exemplo da revolução cubana inspiravam os que resistiam à tirania", afirma Lula.

domingo, 20 de novembro de 2016

20 DE NOVEMBRO - Articulação de movimentos promove atos em todo Brasil no Dia da Consciência Negra

na Rede Brasil Atual

Pelo menos 18 capitais realizam manifestações, como São Paulo, Vitória, Manaus, Belém, Brasília e Rio de Janeiro. Na capital paulista, a concentração começa às 11h, no vão livre do Masp

por Lilian Campelo

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Grupo Imalê Ifé dança na celebração do Dia da Consciência Negra no monumento a Zumbi dos Palmares (2014)



Brasil de Fato  Manifestações em diversas cidades do Brasil irão celebrar neste domingo (20) o Dia da Consciência Negra. Os atos, que estão sendo organizados por uma articulação de movimentos negros chamada Convergência Negra, terá como mote "Fora, Temer, nenhum direito a menos para negros e negras!”.
Segundo nota dos organizadores, o objetivo do ato é "expor à sociedade que o governo de Michel Temer é oriundo de um golpe parlamentar e representa um retrocesso às conquistas democráticas e também uma ameaça aos direitos conquistados pela população negra nos últimos anos".
Um texto de convocação para as marchas apresenta 11 pontos que unificam os movimentos negros brasileiros, como extermínio da juventude negra e intolerância religiosa.
Leonor Araújo, presidente nacional do Instituto Gangazumba e coordenadora do Coletivo de Entidades Negras (CEN), afirma que alguns atos serão no dia 20 e outros no dia 18, como em Vitória (ES), cidade onde mora. "Como os movimentos que participarão da marcha entregarão uma carta com pautas de reivindicação do povo negro ao governador do estado (do Espírito Santo, Paulo César Hartung Gomes), a marcha precisava acontecer em um dia útil", justifica.
Márcio Gualberto, coordenador político institucional no CEN e integrante da Convergência Negra em Salvador, conta que nas principais capitais haverá atos e manifestações, já que a data integra a agenda dos movimentos negros pelo país. Em cidades pequenas, médias ou grandes ocorrem atividades e, segundo ele aponta, pelo menos em 18 capitais haverá manifestação, e cita como exemplo São Paulo, Vitória, Manaus, Belém, Brasília, Rio de Janeiro e Maceió.

Marcha

Em Salvador (BA), o Dia da Consciência Negra será marcado por três atividades, com início ainda na madrugada do dia 20 com a ‘Alvorada dos Ojás’ que, de acordo com Gualberto, será uma cerimônia cultural que consiste em envolver os troncos das árvores do Dique do Tororó, lagoa onde estão as estátuas que representam os orixás, em um pano branco formando um laço. O ato simboliza a ligação do homem com a natureza. A atividade cultura é organizada pelo CEN, juntamente com outras entidades que partirão em caminhada até o Pelourinho.
Em mais dois pontos da cidade, nos bairros da Liberdade e Campo Grande, irão ocorrer duas marchas seguindo em direção ao encontro dos participantes da atividade cultural, como explica Gualberto. “Esse ano todas essas ações serão unificadas às 15h. Nós nos deslocaremos junto com o povo do Candomblé para o Pelourinho ao Terreiro de Jesus e receberemos as duas caminhadas que se unificarão ali, será uma culminância desses atos que ocorrem em lugares diferentes e elas se encontrarão para que a gente tenha um grande ato no centro de Salvador”, conclui.
Na capital paraense, como uma das manifestações em celebração ao Dia da Consciência Negra acontece o “Encontro de Negras e Negros do Pará (ENNPA) – Identidades negras, combate, enfrentamento e superação do racismo”, entre os dias 17 a 19 de novembro, organizado pelo Centro de Estudo e Defesa pelo Negro no Pará (Cedenpa).
O evento que será no Centro Cultural Tancredo Neves (Centur) e contará com feira de produtos de empreendedoras negras e empreendedores negros, exposição de artistas negras e negros, oficinas e plenárias. Os debates abordarão temas como o extermínio da juventude negra, a estética, a identidade, a religiosidade e a saúde. No dia 20, uma roda de negritude, com apresentação de artistas locais, encerrará o encontro, que será no Quilombo da República, localizado na Praça da República, em Belém.
E, integrando a agenda nacional, a marcha “Um milhão de negras e negros nas ruas contra o golpe” ocorreu em Belém, no dia 18. Segundo Arthur Leandro, integrante da Rede Amazônica de Matriz Africana (Reata), a data foi escolhida para que lideranças do povo tradicional de matriz africana pudessem participar, visto que a sexta-feira é um dia mais tranquilo nos terreiros. se comparado aos outros dias.

São Paulo

Em São Paulo (SP), a XIII Marcha da Consciência Negra será realizada no domingo (20), a partir das 11h no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Na sexta (18), em comemoração a um ano da Marcha das Mulheres Negras, o coletivo impulsor da atividade no estado paulista organizou uma maratona de 12h de debates online. As entrevistas e debates estão disponíveis na página do coletivo de São Paulo da Marcha das Mulheres Negras.

Genocídio

Arthur Leandro, da Reata no Pará, afirma que várias organizações do movimento negro, coletivos de mulheres e juventude negra participarão da marcha em Belém afirmando o combate ao genocídio da população negra. Este ano, seis líderes afro-religiosos foram assassinados na região metropolitana da capital paraense, e neste mês é lembrado os dois anos da “Chacina de Belém”, nome pelo qual ficou conhecido o assassinato de onze jovens, todos moravam na periferia da cidade. “O Pará é um dos estados com maior índice de violência contra a juventude negra”, indica Leandro.
O “Mapa da Violência 2016: homicídios por armas de fogo no Brasil”, estudo que pesquisa a evolução de mortes causadas por armas de fogo, no período de 1980 a 2014, apontou que as maiores vítimas deste tipo de violência são homens jovens e negros. Segundo os dados do estudo, entre 2003 e 2014, as taxa de homicídios por arma de fogo na população branca diminuiu 26,1%, enquanto que na população negra aumentou 46,9%. No ano de 2003, morriam 71,7% mais negros do que brancos; em 2014, esse número saltou para 158,9%. Este é um dado que o próprio estudo chama de “perversa e preocupante” “seletividade racial”, ou seja, morrem 2,6 vezes mais negros do que brancos no país.